Previsão da perda de solo na Fazenda Canchim SP (EMBRAPA) utilizando geoprocessamento e o USLE 2D



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Transcrição:

Previsão da perda de solo na Fazenda Canchim SP (EMBRAPA) utilizando geoprocessamento e o USLE 2D Loss of soil determination in Fazenda Canchim SP (EMBRAPA) using geographic information systems and USLE 2D Artigo Técnico Fernando das Graças Braga da Silva Mestre. Doutor e Pós-Doutor em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP). Professor Adjunto III da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Vice-Diretor do Instituto de Recursos aturais da Unifei Ricardo Tezini Minotti Mestre e Doutor em Ciência das Engenharia Ambiental pela EESC/USP. Técnico analista do Ministério do Meio Ambiente Francisco Lombardi eto Pesquisador Científico Aposentado pelo Instituto Agronômico de Campinas, S.P. Odo Primavesi Pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste de São Carlos (SP) Silvio Crestana Mestre e Doutor em Física pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Pós-Doutorado na Califórnia University. Pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária Resumo Os modelos hidrossedimentológicos têm enorme potencial no Brasil para ser a melhor ferramenta de estimativa de perda de solo, devido principalmente a sua complexidade na descrição dos processos e sua robustez que os fundamenta. Entretanto, devido à necessidade de uma quantidade muito grande de informações requerida, aliada a dificuldades de adaptações desses modelos internacionais e necessidade de tempo e estrutura para criação de modelos nacionais, a Equação Universal de Perda de Solo (EUPS) e suas variações ainda são uma referência no Brasil para determinação de perda de solo. este trabalho, utilizou-se um atual modelo de cálculo do fator LS, o Software USLE 2D, em conjunto com o IDRISI. A aplicação foi feita na Fazenda Canchim da Embrapa Pecuária Sudeste; consistindo o primeiro trabalho desta natureza realizado nessa área com tais ferramentas. Os resultados obtidos mostraram-se coerentes com os tipos de solo, as declividades e a cobertura vegetal da área de estudo. Palavras-chave: Equação Universal de Perda de Solo; geoprocessamento; erosão. Abstract The hydrosedimentological models have an enormous potential in Brazil to be the best tool for the estimative of soil lost principally due to their complexity on description of the processes and the robustness that validate them. However, due to a need of a very big volume of required information in connection with the difficulties to adapt the international models and the need of time and structure to create national models, the Universal Soil Lost Equation (USLE) and its variations still are a reference in Brazil to soil lost determination. In this article, a new model to calculate the SL factor, the USLE 2D Software combined with the IDRISI were used. The inedited application was done in Southeast Cattle Breeding Embrapa s Canchim Farm, consisting on the first work of this nature done in this area with such tools. The results obtained were coherent to types of soil, slopes and vegetal cover in the area of study. Keywords: Universal Soil Loss; technical Gis; erosion. Endereço para correspondência: Fernando das Graças Braga da Silva Instituto de Recursos aturais Avenida Bps, 1303 Bairro Pinheirinho 37500-903 Itajubá (MG), Brasil Tel.: (35) 3629-1265 ramal 1485 e-mail: ffbraga.silva@gmail.com Recebido: 30/9/08 Aceito: 26/3/10 Reg. ABES: 149/08 Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148 141

Silva, F.G.B. et al Introdução O processo erosivo em bacias hidrográficas é um dos processos mais prejudiciais à integridade da infraestrutura, dos serviços ambientais essenciais e da produtividade agrícola. Sua ação devastadora pode afetar as atividades econômicas e, principalmente, o meio ambiente. A erosão do solo tem sido extensamente estudada dentro do ponto de vista agrícola, pois está relacionada a sérias perdas em termos de produção de água e de produtividade das mais variadas culturas. Mais recentemente tem-se dado atenção especial aos problemas ambientais relacionados a erosão, transporte e deposição de sedimentos. Do ponto de vista ambiental, uma contribuição importante a ser dada seria a da quantificação da poluição difusa em uma bacia hidrográfica, tarefa nada fácil, tendo em vista os diferentes usos dos recursos edafo-hidricos, sejam eles urbanos ou rurais. O primeiro passo para a determinação da poluição difusa é a quantificação da perda de solo por erosão hídrica. Atualmente, percebe-se uma tendência em adaptar os modelos hidrossedimentológicos, principalmente os norte-americanos, às condições de solo, cultura agrícola e temperatura brasileiros. o Brasil, algumas pesquisas encontram-se em andamento na tentativa de adaptar modelos internacionais ou mesmo criar modelos nacionais, inclusive por autores deste trabalho, podendo-se citar o trabalho de Silva et al (2006). Por outro lado, o uso desses modelos internacionais, em geral ajustados para solos de clima temperado, demanda muito tempo em vista da necessidade de obtenção de muitos dados de entrada e de adaptação de informações, tais como unidades de grandezas, condições de aplicação e condições de medidas. Dessa forma, a curto prazo, a Equação Universal de Perda de Solo (EUPS), apesar de ser uma formulação empírica, ainda é a de maior referência no Brasil para estimativa de perda de solo. A sua aplicação é viável graças a estudos brasileiros para parâmetros determinados em condições locais da EUPS, como os de Bertoni e Lombardi eto (1990). Segundo Crestana et al. (2007), a USLE (abreviatura do inglês Universal Soil Loss Equation) começou a ser desenvolvida no final da década de 1950 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A EUPS consiste de um modelo empírico, utilizando extensas bases de dados de campo, a qual estima a erosão difusa e concentrada. A EUPS começou a ser uma ferramenta de gestão do uso do solo em escala local, como a parcela agrícola, a encosta ou a pequena exploração. A maioria dos trabalhos relacionados a perdas de solo trazem revisões sobre a EUPS. Dentre as obras nacionais, pode-se citar Bertoni e Lombardi eto (1990), Carvalho (1994), Souto (1998) e Marcomin (2002) e Minoti (2006) com o uso da USLE 2D. Em conformidade com essas obras, pode-se afirmar que a EUPS é a fórmula mais empregada para cálculo de erosão em termos anuais. Dentre os diversos softwares que poderiam ser utilizados para trabalhos com dados raster, aplicou-se a combinação do IDRISI com a USLE 2D para estimativa da perda de solo na Fazenda Canchim da Embrapa Pecuária Sudeste, pela facilidade de uso, domínio e segurança na confiabilidade dos resultados adquiridos. Metodologia Equação Universal de Perda de Solo Com base em inúmeros trabalhos da literatura, podendo citar o trabalho de Carvalho (1994), a EUPS apresenta a seguinte fórmula: A = R.K.L.S.C.P equação 1 onde: A: perda de solo por unidade de área e tempo, em t/ha.ano ou outra unidade, dependendo das que forem usadas nos diversos parâmetros; R: fator de erosividade da chuva, expressa a erosão potencial, ou poder erosivo da precipitação média anual da região; K: fator de erodibilidade do solo que representa a capacidade do solo de sofrer erosão por uma determinada chuva; L: fator topográfico que expressa o comprimento do declive; S: fator topográfico, que expressa a declividade do terreno ou o grau de declive; C: fator que expressa uso e manejo do solo e cultura; P: fator de práticas conservacionistas. IDRISI De acordo com Eastman (1999), um SIG é um sistema auxiliado por computador para aquisição, armazenamento, análise e visualização de dados geográficos. Atualmente, uma variedade de ferramentas de software está disponível para auxiliar nessa atividade, muitas das quais definem a si próprias como um SIG. O conjunto de ferramentas utilizadas para a determinação e aplicação da EUPS foram o IDRISI e alguns aplicativos associados. O IDRISI é um sistema de informação geográfica e um software para processamento de imagens desenvolvido pela Graduate School of Geography da Clark University. Esse sistema é líder na funcionalidade analítica raster, cobrindo todo o espectro de necessidades de SIG e de sensoriamento remoto, desde consulta a 142 Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148

Perda de solo utilizando geoprocessamento e USLE 2D banco de dados e modelagem espacial até realce e classificação de imagens. Facilidades especiais estão incluídas para monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais, incluindo análises de séries temporais/mudanças, apoio à decisão por critérios múltiplos e por objetivos múltiplos, análise de incerteza e modelagem de simulação. Para a simulação da perda de solo foi utilizada a ferramenta Image Calculator do IDRISI, sendo que o fator LS foi calculado utilizando-se o Software USLE 2D. Software USLE 2D O Software Usle 2D foi desenvolvido pelo Laboratory for Experimental Geomorphology da University of Leuven, na Bélgica. É uma ferramenta para se calcular o fator LS da EUPS. Baseado no modelo de elevação digital, a USLE 2D fornece diferentes algoritmos de rotina para calcular o LS de áreas de contribuição. A união dessa ferramenta com uma plataforma SIG constitui-se em uma poderosa ferramenta para análises em bacias hidrográficas. Para sua aplicação, necessita-se do modelo de elevação digital (DEM) da área em estudo para calcular os gradientes de declividades e as áreas de contribuição (Figura 1). Outra informação necessária para a simulação é o mapa com as divisões das áreas de interesse ( máscara de entrada ) com as subdivisões convenientes (Figura 2), que estão associadas a uso e tipo de solo. Figura 1 Esquema genérico de mapa de elevação digital (manual USLE 2D) Caracterização da área de estudo A área eleita para o estudo foi uma sub-bacia localizada na Fazenda experimental Canchim da Embrapa no município de São Carlos SP. De acordo com Primavesi et al (1999), a área de estudo está localizada na região central do Estado de São Paulo. Seu relevo entalhado estende-se na direção sudeste e se localiza, topograficamente, na região da chamada Serra do Chibarro. A sede da Fazenda Canchim, próxima ao centro geográfico do Estado, fica a 7 km da rodovia Washington Luís e tem uma área total aproximada de 1.500 ha. A Figura 3 ilustra a hidrografia da área em estudo. O levantamento planialtimétrico da Fazenda Canchim foi feito na escala 1:10.000. Foi utilizada a imagem de satélite Lansat TM5. Os dados vetoriais foram posteriormente convertidos em imagens raster. A Figura 4 ilustra os tipos de solos da área em estudo. Observa-se que existe uma predominância de Latossolos vermelhos ácricos e distróficos, que também compõem os solos da área: Latossolo Vermelho Eutroférrico, Argissolo vermelho e eossolo Quartzarênico. O pixel dos mapas utilizados no trabalho foi de 40 m. A caracterização dos mapas de solos foi feita na escala 1:10.000, realizada pela Embrapa Solos (CALDERAO FILHO et al, 1998). Também foi utilizado o mapa de levantamentos de Figura 2 Esquema genérico de mapa de máscara de divisões em função dos parâmetros de interesse (manual USLE 2D) Limites-pic.shp Rios3-2-shape-pic.shp 3 0 3 6 Kilometers Figura 3 Hidrografia da Fazenda Canchim -area de estudo Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148 143

Silva, F.G.B. et al Fazenda Morro Alto, do Rio Monjolinho e da Fazenda Sapé, utilizando-se a Universal Transversa de Mercator (UTM). Dados de entrada do modelo Parâmetros da EUPS Os dados a seguir, necessários para a simulação do modelo, foram obtidos da obra de Lombardi eto (2005a), sendo transcritos alguns trechos e definições. Fator chuva erosividade R 3 0 3 6 Kilometers Solo-arc. shp Latossolo vermelho Latossolo roxo Latossolo vermelho amarelo Argissolo vermelho eutrófico eossolo quartzarênico Figura 4 Mapa de solos da área em estudo O fator chuva é um índice numérico que representa o potencial da chuva e da enxurrada para provocar erosão em uma área sem proteção. A perda de terra provocada por chuvas numa área cultivada é diretamente proporcional ao produto da energia cinética da chuva pela sua intensidade máxima em 30 minutos. Esse produto é denominado índice de erosão (EI30). A média dos valores anuais de EI30 de um longo período de tempo (mais de 20 anos) é o valor R da equação. O valor de R pode ser calculado a partir de dados de pluviômetros, segundo modelo proposto por Lombardi eto & Moldenhauer (1992). EI mensal = 89, 823(r 2 / P) 0,759 Equação 2 solo do Estado de São Paulo, Quadrícula Descalvado, na escala de 1:100.000. A Figura 5 ilustra o uso de solo da Fazenda Canchim. Observase que a maior parte da área é composta por pastagem. Uma pequena área é composta de cana, milho e eucalipto. Uma parte representativa da área em estudo é composta por Mata ativa e Cerrado-Cerradão. Testejun-pictures.shp Pastagem Cana Eucalipto Mata Milho Água 3 0 3 6 Kilometers Figura 5 Mapa de uso de solo da área em estudo O mapa de uso e ocupação de solo foi obtido para a escala 1:10.000 a partir de quadrículas do Córrego do Engenho Velho, da onde: EI: média mensal do índice de erosão em MJ.mm/h.ha; R: precipitação média mensal em milímetros; P: precipitação média anual em milímetros. Lombardi eto (2005b) desenvolveu um software para o cálculo da erosividade da chuva para o Estado de São Paulo, o qual utilizou 140 locais do Estado que dispunham de dados de precipitação média mensal consistentes e determinaram a erosividade, utilizando a equação de Lombardi eto e Moldenhauer (1992). Fator solo - erodibilidade K O significado de erodibilidade do solo é diferente de erosão do solo. A intensidade de erosão de uma área qualquer pode ser influenciada mais pelo declive, características das chuvas, cobertura vegetal e manejo, do que pelas propriedades do solo. Alguns solos, contudo, são mais facilmente erodidos que outros, mesmo quando o declive, a precipitação, a cobertura vegetal e as práticas de controle de erosão são as mesmas. Essa diferença, devida às propriedades inerentes ao solo, é referida como erodibilidade do solo. As propriedades do solo que influenciam a erodibilidade pela água são aquelas que: a) afetam a velocidade de infiltração, a 144 Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148

Perda de solo utilizando geoprocessamento e USLE 2D Tabela 1 Fator C para alguns usos de solo para a região de São Carlos. Usos Culturas Anuais Fator C Milho 0,0827 Soja 0,206 Algodão 0,465 Culturas Culturas Outros Temporárias Cana-de-açúcar 0,1124 Cana-de-açúcar Forrageira 0,0112 Perenes Café formado 0,135 Citros formado 0,135 Usos Pastagem Degradada 0,05 Sem manejo 0,01 Com manejo 0,001 ativa 0,005 Testejun-pictures.shp C = 0,0010 C = 0,1124 C = 0,0470 C = 0,0004 C = 0,0827 C = 0,0000 3 0 3 6 Figura 6 Mapa gerado com fator uso e manejo da Fazenda Canchim Reflorestamento Eucalipto (corte a cada 7 anos) 0,047 Mata e vegetação nativas 0,0004 permeabilidade e a capacidade total de armazenamento de água; b) resistem às forças de dispersão, salpico, abrasão e transporte pela chuva e o escoamento. Bertoni e Lombardi eto (1990) estabeleceram para vários solos o valor de K, bem como de sua tolerância a perdas. Fator uso e manejo C O fator uso e manejo do solo é a relação esperada entre as perdas de solo de um terreno cultivado em dadas condições, e as perdas correspondentes desse terreno mantido continuadamente descoberto e cultivado. Os efeitos das variáveis uso e manejo não podem ser avaliados independentemente, devido às diversas interações que ocorrem. O fator C mede o efeito combinado de todas as relações das variáveis de cobertura e manejo acima enumeradas. Para a obtenção do valor C, a intensidade de perdas de solo de cada período é combinada com dados relativos à chuva, isto é, em relação à porcentagem de distribuição do índice de erosão (EI) anual para determinado local. A Tabela 1 apresenta valores do fator C para vários usos na região de São Carlos, SP. Fator prática conservacionista P O fator P é a relação entre a intensidade de perdas de terra com determinada prática conservacionista e aquelas quando a cultura está plantada no sentido do declive (morro abaixo). 3 0 3 6 Kilometers Solo-arc.shp k=0,0193 k=0,0177 k=0,0223 k=0,0405 k=0,0161 Figura 7 Mapa gerado para o fator de erodibilidade do solo para a Fazenda Canchim As práticas conservacionistas mais comuns para as culturas anuais são: plantio em contorno, plantio em faixas de contorno, terraceamento e alternâncias de capinas. Lombardi eto (2005a) estabeleceu o valor de p para o plantio em nível, em função da declividade, conforme a equação para declividades entre 0,5 a 20%. Para declividades menores que 0,5% foram Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148 145

P = 0.69947 0,08911.D + 0,01184.D 2 0,000335.D 3 Equação 3 Silva, F.G.B. et al assumidos o valor de p=0,6 e para declividades maiores que 20% assumiu-se o valor de p=1. Resultados e discussão Mapas gerados Figura 8 Mapa gerado para o fator de práticas conservacionistas para a Fazenda Canchim Figura 9 Mapa gerado para o fator LS para a Fazenda Canchim Tabela 2 Perdas de solo calculadas para a Fazenda Canchim, em função de diferentes coberturas Cobertura Perda de solo (t/ha/ano) Mata nativa 0,39 Eucalipto 2,9 Pastagem 3,86 Cana 32,5 Milho 42 fator R X valor de C X valor de K X valor de P Figura 10 Fluxograma indicativo de multiplicação de mapas X fator LS A partir dessas informações obtidas para a região, produziu-se mapas de elevação digital, e os mapas relativos às áreas de interesse dos parâmetros da EUPS, como o do fator de erodibilidade do solo (K), fator uso e manejo (C) e fator de prática conservacionista (P). A composição LS foi gerada utilizando-se o Software USLE 2D, e o fator de erosividade da chuva foi obtido para a região, a partir do Software de Lombardi eto (2005b). A Figura 6 a seguir indica o mapa gerado na plataforma IDRISI para o fator uso e manejo. A Figura 7 ilustra os valores de erodibilidade do solo obtidos para a Fazenda Canchim, a partir do trabalho de Lombardi eto (2005a). Esses valores variam de 0,0161 a 0,0405. É apresentado, na Figura 8, o mapa dos valores de práticas conservacionistas P para a Fazenda Canchim. A Figura 9 ilustra os valores de LS para a área de estudo; observase que esses valores chegam a um máximo de 40. De acordo com o trabalho de Lombardi eto (2005b), o fator de erosividade da chuva obtido foi de 7.361 MJmm/ha para a região de São Carlos SP. Após o processamento dos mapas no Software IDRISI, chegou-se aos valores indicados na Tabela 2. Vale a pena salientar que os cálculos de perda de solo foram realizados para as respectivas coberturas em função de sua área ocupada; dessa forma, as coberturas podem ter diferentes fatores LS e K e P, sendo o R o mesmo para a região em estudo e C específico de cada cobertura. A Figura 10 ilustra o procedimento de multiplicação de mapas para a obtenção dos resultados de erosão. Com relação às coberturas, observa-se que o menor valor de 0,39 t/ha/ano foi obtido para a mata ativa e os maiores foram de 32,50 t/ ha/ano e 42 t/ha/ano para as culturas de cana e milho respectivamente. Os resultados parecem ser razoáveis, pois as culturas de milho e cana apresentam menor cobertura vegetal em relação às outras. Observa-se, pela Tabela 3, que os menores valores de perda de solo são obtidos para o Latossolo Vermelho Eutroférrico e eossolo Quartzarênico e para o Latossolo Vermelho Amarelo com valores respectivamente 1,79 t/ha/ano e 1,92 t/ha/ano; e os maiores valores são obtidos para Argissolo Vermelho Eutrófico (176 t/ha/ano) e para o Latossolo Vermelho Amarelo (8,17 t/ha/ano). Os resultados têm coerência com os valores apresentados por Lombardi eto (2005a), pois indicam que, dos solos analisados, o Argissolo Vermelho 146 Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148

Perda de solo utilizando geoprocessamento e USLE 2D Eutrófico apresenta maiores valores de erodibilidade e o eossolo Quartzarênico e Latossolo Vermelho Eutroférrico são menores. Além da influência do fator de erodibilidade alto para o Argissolo Vermelho Eutrófico, outro fator que, no caso da área em estudo, contribui para o elevado valor de perda de solo é o de grandes valores de declividade e, consequentemente, os elevados fatores LS relativos à área desse solo. Vale salientar que os resultados obtidos pela EUPS fornecem a erosão média plurianual oriunda de planos. Outros trabalhos do grupo estão sendo desenvolvidos com modelos hidrossedimentológicos para determinação da erosão, deposição em calhas e cursos de água. Conclusões 1. O uso das ferramentas IDRISI e USLE 2D demonstram ser um conjunto potencial para a aplicação da EUPS em escala espacial. 2. Os resultados de perda do solo obtidos parecem coerentes, pois estão relacionados com os parâmetros C, K e LS que constituem os dados de entrada. 3. Os altos valores de perda de solo obtidos para a cana e o Argissolo Vermelho Eutrófico podem ser justificados em parte pelos altos valores de K e LS para essas respectivas delimitações de cultura e solo; entretanto, novos estudos específicos devem ser processados. Tabela 3 Perdas de solo calculadas para a Fazenda Canchim, em função de diferentes tipos de solos Tipo de solo Perda de solo (t/ha/ano) Latossolo Vermelho Eutroférrico 1,79 eossolo Quartzarênico 1,92 Latossolo Vermelho (Ácrico e Distrófico) 6,81 Latossolo Vermelho Amarelo 8,17 Argissolo Vermelho Eutrófico 176 4. Os valores de LS ficaram em 99,5% da área abaixo do valor 40, sendo que alguns pontos de valores discrepantes foram eliminados. 5. Esse primeiro estudo de erosão feito na Fazenda Canchim da Embrapa Pecuária Sudeste pode ser um trabalho inicial para novos estudos. 6. Sugere-se, em trabalhos futuros, a construção de parcela experimental para melhor validação dos resultados. Agradecimentos À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de ível Superior (CAPES) pela bolsa PRODOC 03/02-6 (PPG-SEA-USP) concedida ao primeiro autor; à Embrapa Instrumentação Agropecuária em especial aos doutores Ladislau Martin eto, Carlos Manoel Pedro Vaz e João De Mendonça aime; e ao apoio dado pela Embrapa Pecuária Sudeste. Referências BERTOI, J.; LOMBARDI ETO, F. Conservação do solo. 4. ed. São Paulo: Ícone, 1990. CALDERAO FILHO, B.; SATOS, H.G. dos; FOSECA, O.O.M. da; SATOS, R.D. dos; PRIMAVESI, O.; PRIMAVESI, A.C. Os solos da Fazenda Canchim, Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste, São Carlos, SP: Levantamento semidetalhado, propriedades e potenciais. Rio de Janeiro: Embrapa-CPS/São Carlos: Embrapa-CPPSE, 1998. (Embrapa CPS. Boletim de Pesquisa, 7). (Embrapa CPPSE. Boletim de Pesquisa, 2). CARVALHO,.O. Hidrosedimentologia Prática. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Eletrobrás. Rio de Janeiro: CPRM: Eleltrobrás, 1994.Local de publicação e editora, 1994. CRESTAA, S.; SILVA, F.G.B.; MIOTI, R.T. Estudos e aplicação de modelos para avaliação de impactos da agricultura em microbacias hidrográficas. In: MARTI ETO, L.; Vaz, C.M.P.; CRESTAA, S. (Org.). Instrumentação avançada em ciência do solo. Brasília: Embrapa, v. 1, p. 291-340, 2007. EASTMA, J.R. IDRISI 32 Guide to GIS and image processing. Clark Labs, Clark University, Worcester, USA, 1999. LOMBARDI ETO, F. Relatório fornecido por comunicação pessoal com o pesquisador. 2005a. LOMBARDI ETO, F. Software para cálculo do fator de erosividade da chuva para o Estado de São Paulo fornecido por comunicação pessoal com o pesquisador. 2005b. LOMBARDI ETO, F.; MOLDEHAUER, W.C. Erosividade da chuva: sua distribuição e relação com as perdas de solo em Campinas (SP). Bragantia Revista de Ciências Agronômicas Instituto Agronômico, Campinas, v. 51, n. 2, p. 189-196, 1992. Eng Sanit Ambient v.15 n.2 abr/jun 2010 141-148 147

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