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Transcrição:

354 O PERÍODO DE MAIOR OCORRÊNCIA DE GOLS NO FUTSAL: UM ESTUDO EM JOGOS ESCOLARES Rogério da Cunha Voser 1, José Cícero Moraes 1 Marcelo da Silva Cardoso 1, Pablo Morales da Silva 1 Miguel Angelo dos Santos Duarte Junior 1 RESUMO O objetivo do presente estudo é verificar o período de maior incidência dos gols na Taça Escolar de Futsal na categoria juvenil no ano de 2015. Este estudo de cunho quantitativo e observacional analisou 82 súmulas (jogos) na categoria juvenil da competição Taça Escolar de Porto Alegre, que reuniu escolas particulares da região metropolitana. Os dados foram obtidos através de súmulas com a permissão do coordenador responsável pela categoria juvenil da competição. Os resultados mostraram que é no 4º período (30min e 1seg a 40min) que ocorre o maior número de gols. Este estudo concluiu que são nos últimos 10 minutos de jogo que há maior incidência de gols. Estes achados corroboram com a maioria dos estudos na área do futsal. Sugere-se que outros estudos sobre competições escolares sejam realizados, incluindo também análises sobre futsal feminino. Palavras Chave: Futsal. Incidência de gols. Analise do Jogo. ABSTRACT The period of highest occurrence of goals in futsal: a study in school games The present study aims to analyze the period in which bigger scores occurre in futsal school games the Taça Escolar de Porto Alegre in 2005. This quantitative study analyzed 82 overviews (games) in the youth category of the competition Taça Escolar de Porto Alegre, which brought together private schools in the metropolitan area. Data were obtained through overviews with the permission of the coordinator responsible for the youth category of the competition. The results showed that it is in the 4th period (30min and 40min 1sec) that occurs the most goals. This study found that are in the last 10 minutes of the game that there is a higher incidence of goals. These findings corroborate with the most studies in futsal area. It is suggested that further studies about school competitions need to be conducted, also including analysis of female futsal. Key words: Futsal. Incidence of goals. Game analysis. 1-Escola Superior de Educação Física, Fisioterapia e Dança, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre-RS, Brasil. E-mail dos autores: rogerio.voser@ufrgs.br cicero@esef.ufrgs.br marcelocardoso.esef@gmail.com j.pablom.s@hotmail.com miguel.nutricao@hotmail.com Endereço para correspondência: Rogério da Cunha Voser. Av. Túlio de Rose, 260 ap. 801 Torre A. Bairro Passo D Areia, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. CEP: 91340-110., São Paulo. v.10. n.38. p.354-358. Set./Out./Nov./Dez. 2018. ISSN 1984-4956

355 INTRODUÇÃO Hoje, na escola, o esporte tem função inegável no processo de ensinoaprendizagem, não só como conteúdo da educação física, mas também como atividade extraclasse que, por meio da motivação que as crianças demonstram por esta ou por aquela modalidade, possibilita ao professor trabalhar conjuntamente os aspectos técnicotáticos do jogo e as questões sociais, como o individualismo, a cooperação, o espírito de grupo, o respeito, a liderança, as críticas, a justiça, entre outros (Voser e Giusti, 2015). É possível observar que no âmbito escolar, o esporte não apresenta estudos significativos em relação a competições esportivas. Contudo, observa-se que as primeiras experiências das crianças no esporte ocorrem na escola. As escolas vinculam seus nomes ao esporte, e assim buscam competições escolares para o desenvolvimento integral dos seus alunos e também como divulgação da instituição. Dentre os esportes praticados na escola, o Futsal é um dos mais praticados, tanto nas aulas de educação física, como também nas escolinhas e equipes das escolas. São muitos os torneios e campeonatos de futsal que têm a participação de escolas públicas e privadas, mas ainda carecem estudos que possam qualificar ainda mais a ação pedagógica dos professores responsáveis pelas equipes. No futsal a análise de jogo é uma ferramenta que auxilia os professores/treinadores a elaborarem seus treinos (Schneider, Voser e Voser, 2015) e organizarem suas equipes, qualificando assim a sua ação pedagógica. Os alunos que participam da equipe poderão analisar os vídeos e dados concretos de suas ações do jogo. Cabe destacar que o processo de coleta e análise dos dados nos jogos têm se tornado cada vez mais importante na busca do aumento do rendimento coletivo e individual (Moraes e colaboradores, 2013). Em relação ao período de maior incidência dos gols em jogos escolares, encontraram-se apenas dois estudos na literatura. Staudt e Voser (2011), ao analisarem 43 súmulas (jogos) na Copa Paquetá de Futsal Masculino de 2009 realizada em Porto Alegre, verificaram que o maior número de gols ocorreu nos últimos períodos de cada tempo, sendo que o jogo tinha 2 tempos 15 min e para análise foram divididos em 6 períodos de 5 min. Já Zacarias, Silva e Olivas (2015) que analisaram 16 jogos do módulo 1 da Competição Escolar de Futsal Masculino de Minas Gerais observaram a maior incidência de gols no 4º período. Para a análise o tempo total de jogo que era de 30 min que foi dividido em 4 períodos de igual tempo. Baseado na relevância do tema e no cenário observado, este estudo procura responder a seguinte questão: em qual período do jogo ocorre o maior número de gols na Taça Escolar de Futsal na categoria juvenil? A hipótese do pesquisador é de que os gols ocorrem em sua maioria no período final do jogo, no caso deste estudo entre 30 01min a 40 min. Como objetivo geral tem-se de verificar o período de maior incidência dos gols na Taça Escolar de Futsal na categoria juvenil no ano de 2015. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo proposto se caracteriza como de cunho quantitativo e observacional (Thomas, Nelson e Silverman, 2007). Fizeram parte da amostra 20 escolas particulares de Porto Alegre e região metropolitana na categoria juvenil que participaram da competição Taça Escolar de Porto Alegre no ano de 2015. A Taça Escolar de Futsal é uma competição esportiva organizada por um grupo de professores, com a missão de promover o esporte e a educação através da formação dos alunos, visando à integração e prática esportiva (Site Taça Escolar de Futsal). Por conta disso, as equipes devem colocar um time nos primeiros 10 minutos de partida, outro time nos 10 minutos seguintes e um misto nos últimos 20 minutos. Foram analisadas 82 súmulas de todos os jogos que ocorreram na Taça Escolar totalizando 541 gols. Para analisar e quantificar os dados, foram utilizadas as tabelas do Programa Microsoft Excel 2010., São Paulo. v.10. n.38. p.354-358. Set./Out./Nov./Dez. 2018. ISSN 1984-4956

356 Os períodos de ocorrência foram divididos da seguinte maneira (Staudt e Voser, 2011): 1º período (0 a 10min); 2º período (10min e 01s a 20min); 3º período (20min e 01s a 30min); 4º período (30min e 01s a 40min). Os dados foram obtidos através de súmulas com a permissão do coordenador responsável pela categoria juvenil da competição. A competição ocorreu durante todo o ano de 2015, sendo dividida em rodadas ocorridas em diversas escolas. Após o período de pontos corridos, ocorreram as semifinais, utilizando o sistema chamado mata-mata, onde quem vencesse passaria para a fase final da competição. Os resultados foram analisados mediante a uma estatística descritiva com apresentação da média de ocorrência de gols por cada período do jogo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 1 - Tabela com número de gols em cada período. Período de Incidência de Gols % 38% 22% 16% 0-10min 10 01-20min 20 01-30min 30 01-40min 24% Figura 2 - Porcentagem de gols em cada período., São Paulo. v.10. n.38. p.354-358. Set./Out./Nov./Dez. 2018. ISSN 1984-4956

357 Conforme as figuras 1 e 2 pode-se verificar que ocorreram 121 gols (22%) no 1º período, 86 gols (16%) no 2º período, 131 gols (24%) no 3º período e 203 gols (38%) no 4º período. Visualize-se então que no 4º período ocorreu a maioria dos gols na Taça Escolar. Os achados desta pesquisa vão ao encontro dos estudos no ambiente escolar realizados por Staudt e Voser (2011) e Zacarias, Silva e Olivas (2015), onde demonstram que no período o final de jogo tem a maior incidência dos gols. Estudos relacionados com o futsal no rendimento que são apresentados a seguir, tanto para equipes masculinas e femininas profissionais, também têm demonstrado ocorrer nos últimos 10 min a maioria dos gols. No estudo sobre o tempo de incidência dos gols em equipes de diferentes níveis competitivos na Copa do Mundo de Futsal de 2004, Dias e Santana (2006) verificaram que ao final do campeonato foram marcados 238 gols e que houve maior incidência de gols no 4º período, valores semelhantes aos encontrados por Navarro e Costa (2009) ao quantificar os gols durante a Copa do Mundo de Futsal de 2004 verificaram que a maior incidência recai sobre os 10 minutos finais do jogo. No futsal feminino ocorre fato semelhante, Massardi, Oliveira e Navarro (2011), ao estudarem a incidência de gols na liga futsal feminina nos anos 2010 e 2011, observaram que a maioria dos gols ocorreram nos últimos 5 minutos do jogo. Na VI Taça Brasil de Clubes de 2010 na categoria sub-20 feminino, o maior número ocorreu nos 10 minutos finais do jogo (Bezerra e Navarro, 2012). Fukuda e Santana (2012) ao analisarem o período de incidência dos gols em jogos da liga futsal 2011, observaram que 27% aconteceram no primeiro período, 14% no segundo, 21% no terceiro, 37% no quarto e 1% na prorrogação. David, Picanço e Reichert (2014) ao analisar 12 jogos da equipe da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) no Campeonato Estadual de Futsal Feminino, em 2011, verificaram que o maior número ocorreu nos 10 minutos finais das partidas e originado na área adversária. Em relação às possíveis explicações sobre a ocorrência dos gols nos últimos 10 minutos da partida, cabe destacar a fala de Gonçalves (2015 p.156) onde o autor descreve: Com relação ao tempo, percebe-se que no segundo tempo de jogo os gols saem em maior número, principalmente nos últimos 10 minutos da partida. É nítido também, que nesses últimos 10 minutos, o número de gols através de contraataque e de goleiro linha é muito maior em relação aos outros momentos do jogo, vale ressaltar que os gols obtidos através de erro de goleiro linha foram enquadrados em contraataques. CONCLUSÃO A partir da realização deste trabalho, pode-se concluir que o quarto período de jogo é onde ocorreu a maior incidência de gols na Taça Escolar de Futsal, na categoria juvenil. Estes achados vão ao encontro de estudos realizados no ambiente escolar e das pesquisas com equipes competitivas tanto do naipe masculino como feminino. Assim, é importante que o professor/treinador esteja a todo o momento orientando e buscando condições ideais para que sua equipe jogue todos os períodos criando condições para fazer os gols e também para proteger a sua meta. Como a maior incidência dos gols ocorrem nos finais do jogo, seria indicado que os atletas que estejam neste momento em quadra tenham boa condição física, sejam inteligentes taticamente e emocionalmente. Também deve estar em quadra com uma equipe equilibrada, que saiba atuar com uma vantagem ou desvantagem numérica numa expulsão temporária, que tenham uma boa capacidade de atacar e defender nas situações com a utilização do goleiro linha e que tenham velocidade para realizarem situações de contra-ataque. Sugerem-se mais estudos sobre competições de futsal escolar em outros campeonatos, ampliando também para outras faixas etárias e com o naipe feminino. REFERÊNCIAS 1-Bezerra, R, B.; Navarro, A.C. Análise dos gols da VI Taça Brasil de Clubes de 2010 na categoria sub-20 feminino. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 4. Núm. 11.p.47-54. 2012. Disponível em:, São Paulo. v.10. n.38. p.354-358. Set./Out./Nov./Dez. 2018. ISSN 1984-4956

358 ew/124/122> 2-David, G. B.; Picanço, L. M.; Reichert, F. F. Análise de fatores determinantes do gol no futsal feminino. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 6. Núm.19. p.18-26. 2014. Disponível em: ew/225/208> 3-Dias, R. M. R.; Santana, W. C. Tempo de incidência dos gols em equipes de diferentes níveis competitivos na Copa do Mundo de Futsal. Revista Digital Lecturas: Educación Física y Desportes. Buenos Aires. Ano 11. Núm. 101. 2006. 4-Fukuda, J.; Santana, W. C. Análises dos gols em jogos da liga futsal 2011. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 4. Núm. 11. p.62-66. 2012. Disponível em: ew/125/124> 5-Gonçalves, M. C. Análise dos gols da segunda fase da Liga Futsal 2013. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 7. Núm. 24. p. 153-157. 2015. Disponível em: ew/278> 6-Massardi, F.P.; Oliveira, M.C.; Navarro, A.C. A Incidência de gols na liga de futsal feminina nos anos 2010 e 2011. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 3. Núm. 9. p. 229-235. 2011. Disponível em: ew/102/96> 9-Schneider, I.; Voser, R. C.; Voser, P. E. G. Análise dos gols sofridos e gols feitos pela equipe de futsal de Nova Itaberaba-SC categoria sub-17 no campeonato catarinense 2013/2014. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 7. Núm. 25. p.327-331. 2015. Disponível em: ew/343> 10-Staudt, A. R.; Voser, R. C. Incidência de gols ocorridos em campeonato estudantil de futsal masculino. Revista Digital. Lecturas: Educación Física y Desporte. Buenos Aires. Ano. 16. Núm. 160. 2011. 11-Thomas, J. R.; Nelson, J. K.; Silverman, S. J. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. 5ª edição. Porto Alegre. Artmed. 2007. 12-Voser, R. C.; Giusti, J. G. M. O futsal e a escola: uma perspectiva pedagógica. Porto Alegre. Editora Pensar. 2015. 13-Zacarias, F.; Silva, A. S.; Olivas, M. A. Incidência de gols nas partidas de futebol de salão nos jogos escolares de Minas Gerais no módulo 1 da fase de Itajubá. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 7. Núm. 23. p-16-20. 2015. Disponível em: ew/310> Recebido para publicação em 05/12/2017 Aceito em 21/01/2018 7-Moraes, J. C.; Perin, D.; Cardoso, M. F. S.; Monteiro, A. O.; Voser, R. C. Análise das finalizações e posse de bola em relação ao resultado do jogo de futebol. R. Min. Educ. Fis. Viçosa. Edição Especial. Vol. 9. p. 397-403. 2013. 8-Navarro, A.C.; Costa, J. S. O momento do gol na copa do mundo de futsal de 2004.. São Paulo. Vol. 1. Núm. 2. p.129-133. 2009. Disponível em: ew/16/16>, São Paulo. v.10. n.38. p.354-358. Set./Out./Nov./Dez. 2018. ISSN 1984-4956