Previsão de Vazões Naturais Diárias Afluentes ao Reservatório da UHE Tucuruí Utilizando a Técnica de Redes Neurais

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Transcrição:

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 1 Previsão de Vazões Naturais Diárias Afluentes ao Reservatório da UHE Tucuruí Utilizando a Técnica de Redes Neurais C. C. Ferreira, Eletrobras Eletronorte, G. Cruz Jr., EEEC-UFG e C. D. N. Vinhal, EEEC-UFG Abstract- Devido à preponderância da geração hidrelétrica no parque gerador brasileiro, a previsão de vazões naturais aos reservatórios destas usinas torna-se um insumo fundamental para o planejamento e operação do Sistema Interligado Nacional SIN. Diversos modelos são utilizados na determinação destas previsões, por exemplo os modelos físicos, estatísticos e aqueles baseados nos algoritmos de Redes Neurais Artificiais (RNAs). O objetivo deste trabalho é calibrar e avaliar um modelo baseado em redes neurais por combinação de blocos de regressões sigmóides não lineares (NSRBN) para a previsão de vazões naturais diárias, no horizonte de 1 até 12 dias à frente, considerando as vazões naturais observadas em postos hidrométricos à montante do reservatório da usina hidrelétrica (UHE) Tucuruí. Index Terms- Forecasting, Artificial Neural Networks, Hydroelectric Power Generation, Power Generation Planning, Non-linear Sigmoidal Regression Blocks Networks. N I. INTRODUÇÃO O âmbito do Setor Elétrico Brasileiro, a previsão de vazões naturais afluentes aos reservatórios das usinas hidrelétricas apresenta-se como insumo fundamental para o planejamento e programação da operação das unidades pertencentes ao Sistema Interligado Nacional SIN. Essas informações permitem avaliar, as condições operacionais das usinas e subsidiar as tomadas de decisão, de forma a explorar a capacidade de geração e proporcionar ganhos sinérgicos. O órgão responsável pelo planejamento e operação dos ativos de geração e transmissão no Brasil é o ONS - Operador Nacional do Sistema. Desta forma, uma de suas atribuições consiste na elaboração, em conjunto com os agentes de geração, da previsão de vazões naturais médias diárias, semanais e mensais, para todos os locais de aproveitamentos hidroelétricos do SIN, a qual servirá de insumo para o Programa Mensal de Operação PMO e suas revisões [1]. C. C. Ferreira. Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletrobras Eletronorte, SCN Quadra 6 Conj. A Edif. Venâncio 3000 Bloco B, sala 805 CEP 70.716-000 Brasília, DF Brasil. (e-mail: carlos.ferreira@eln.gov.br). G. Cruz Jr. Escola de Engenharia Elétrica e de Computação, Universidade Federal de Goiás EEEC-UFG, Av. Universitária, nº 1488 Quadra 86 Bloco A 3º piso CEP 74605-010 Setor Leste Universitário Goiânia Goiás Brasil. (e-mail: gcruz@eee.ufg.br). C. D. N. Vinhal. Escola de Engenharia Elétrica e de Computação, Universidade Federal de Goiás EEEC-UFG, Av. Universitária, nº 1488 Quadra 86 Bloco A 3º piso CEP 74605-010 Setor Leste Universitário Goiânia Goiás Brasil. (e-mail: cassio@eee.ufg.br). Atualmente, o ONS utiliza diversos modelos computacionais para a obtenção das previsões de vazões. Os principais modelos utilizados são os modelos estocásticos PREVIVAZ [2] e PREVIVAZH [3], respectivamente, para o horizonte semanal e diário. Outras metodologias e ferramentas computacionais são utilizadas, como: o modelo CPINS para as duas primeiras semanas operativas, para o reservatório da UHE Sobradinho; o modelo NEURO3M utilizado para o UHE Três Marias, baseado na técnica de RNA; o modelo MGB-IPH para o trecho incremental entre a UHE Itumbiara e a UHE São Simão, que incorpora a previsão de precipitação; o modelo FUZZY para a bacia do rio Iguaçú; o modelo SMAPMEL para o trecho incremental à UHE Itaipu; o modelo SMAP para a bacia do alto/médio rio Grande até a UHE Porto Colômbia e para a bacia do rio Paranapanema e o modelo MPCV para a bacia do rio Uruguai. Neste trabalho será calibrado um modelo de previsão de vazões naturais, utilizando a metodologia de RNAs, mais especificamente as redes construtivas do tipo NSRBN (Nonlinear Sigmoidal Regression Blocks Networks), no horizonte de 1 até 12 dias à frente, considerando as vazões naturais advindas dos postos fluviométricos a montante do reservatório da UHE Tucuruí. Adicionalmente, será realizada uma análise comparativa dos resultados encontrados pela rede neural calibrada e aqueles obtidos e divulgados pelo ONS. A. Descrição da Bacia II. DESCRIÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO A bacia hidrográfica dos rios Tocantins/Araguaia localizase entre os paralelos 2º00 e 18º00 Sul e os meridianos 46º00 e 55º00 Oeste, abrangendo superfícies dos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Distrito Federal. Sua configuração é alongada no sentido norte-sul, seguindo as diretrizes dos importantes cursos d água que a formam, ou seja, o rio Tocantins e o rio Araguaia, conforme apresenta a Fig. 1. A área de drenagem da bacia totaliza 763.614 km 2 [3].

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 2 balizamento o objetivo do trabalho e o elenco de séries históricas de vazões naturais de estudos anteriores. Na seleção dos postos fluviométricos buscou-se aqueles que se encontram atualmente em operação e com histórico sem muitas falhas, tendo sido selecionadas inicialmente 9 (nove) estações fluviométricas na área de interesse, conforme apresentado na Tabela I. TABELA I POSTOS FLUVIOMÉTRICOS SELECIONADOS Fig. 1. Bacia Hidrográfica dos rios Tocantins e Araguaia. B. Características do Aproveitamento Hidrelétrico Tucuruí Estratégica para o SIN, a usina hidrelétrica de Tucuruí, além de atender a região Norte do país, exporta energia para os sistemas Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Construída e operada pela Eletronorte, está situada no rio Tocantins, no Estado do Pará. A área de drenagem da bacia totaliza 757.577 km 2 até o eixo de barramento, dos quais 384.460 km 2 pertencem à bacia do rio Araguaia [4]. A usina foi concebida para ser implantada em duas etapas. Na 1ª etapa foram implantadas 12 unidades geradoras de 350 MW e 2 unidades auxiliares de 22,5 MW cada, totalizando 4.245 MW de potência instalada. Na 2ª etapa foram instaladas 11 unidades geradoras de 375 MW, fazendo com que a usina atingisse uma capacidade total instalada de 8.370 MW. III. ANÁLISE DOS DADOS Tendo em vista a vasta extensão territorial da bacia, buscou-se repartir a área em um número mínimo de regiões, tomando-se por base referencial os padrões de sazonalidade das chuvas médias observadas nos vários postos pluviométricos da região, conforme sugere [3]. Neste trabalho foram utilizadas informações de estações pluviométricas localizadas na bacia dos rios Tocantins e Araguaia, na região delimitada por uma faixa mais ao norte, no período de Jan/1970 a Dez/2009. Todo o acervo de dados e informações coletado para o desenvolvimento do estudo foi levantado junto às entidades mais diretamente relacionadas ao assunto, quais sejam: Eletrobras Eletronorte, ONS e ANA Agência Nacional de Águas. A série de vazões naturais do reservatório da UHE Tucuruí corresponde à existente na base de dados do ONS, disponibilizada em sua página eletrônica no endereço: http://www.ons.org.br/operacao/vazoes_naturais.aspx. A. Rede Fluviométrica A seleção da rede de interesse resultou de um balanço entre a necessidade e disponibilidade de informações, tendo como Código Nome Rio Área de Drenagem (km 2 ) 1 UHE Tucuruí Tocantins 757.577 2 Itupiranga Tocantins 727.900 3 Marabá Tocantins 695.198 4 Descarreto Tocantins 296.638 5 Tocantinópolis Tocantins 288.609 6 Fazenda Alegria Itacaiúnas 194.413 7 Araguatins Araguaia 381.802 8 Xambioá Araguaia 370.452 9 Conceição do Araguaia Araguaia 352.434 B. Rede Pluviométrica A rede hidrometeorológica da bacia do rio Tocantins é razoavelmente ampla, comportando, entre as estações extintas e operantes, algumas centenas de postos de observação pluviométrica. Para o presente estudo, face principalmente à necessidade de dados de grande abrangência temporal entre 1970 e 2009, pode-se afirmar que o suporte fornecido por essa rede não é satisfatório. Desta forma, na seleção dos postos pluviométricos buscou-se aqueles que se encontram atualmente em operação e com histórico sem muitas falhas, tendo sido selecionadas inicialmente 5 (cinco) estações pluviométricas na área de interesse, apresentadas na Tabela II. TABELA II POSTOS PLUVIOMÉTRICOS SELECIONADOS Código Nome Entidade Responsável 10 Tucuruí INMET 1 11 Marabá INMET 12 Imperatriz INMET 13 Xambioá ANA 14 Tocantinópolis ANA 1 INMET Instituto Nacional de Meteorologia C. Análise Estatística As informações foram submetidas a um preenchimento de falhas, por meio de uma correlação múltipla com os três postos melhor correlacionados na bacia. Analisando os coeficientes de correlação dos dados selecionados, observa-se que os mesmos apresentam uma correlação razoável, com coeficientes de correlação sempre superiores a 0,70. Os dados disponibilizados abrangeram apenas o período de Jan/1970 à Dez/2001, desta forma, foi necessário estender as séries no período de Jan/2002 a Dez/2009. Para isso, foram utilizados os dados de cota média dos postos fluviométricos constantes no Hidroweb da ANA, e aplicadas as curvas de descarga revalidadas pelo ONS, constantes em [3]. A Fig. 2 apresenta a área de interesse considerada, bem como a localização dos postos hidrométricos.

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 3 Fig. 3. Arquitetura Combinatorial de uma Rede NSRBN. Fig. 2. Localização dos postos fluviométricos e pluviométricos. IV. REDES NEURAIS ARTIFICIAIS As Redes Neurais Artificiais (RNAs) são uma técnica integrante dos chamados Sistemas Inteligentes, inspirados no comportamento humano ou da natureza. Essas redes apresentam a capacidade de tratar as relações de entrada e saída de dados não lineares, destacando-se pela sua capacidade de aprendizado, generalização, associação, busca paralela e aplicabilidade. Essas qualidades as tornam capazes de identificar e assimilar as características mais marcantes das séries, tais como sazonalidade, periodicidade e tendência, muitas vezes camufladas por ruídos, proporcionando assim melhores resultados [5]. A. Arquitetura da Rede Neural As redes neurais compostas com blocos de regressões sigmóides não-lineares (NSRBN Non-linear Sigmoidal Regression Blocks Networks) são comumente utilizadas na área de recursos hídricos. Essas redes têm uma poderosa capacidade de mapeamento, e qualquer função contínua definida em um conjunto compacto em redes neurais pode ser uniformemente aproximada [6]. Dentre as características principais das redes NSRBN duas merecem destaque: uma estrutura compacta, por possuir apenas uma camada escondida e um algoritmo construtivo baseado em um método de aprendizado construtivo que é responsável pela definição de sua complexidade ótima [7]. As redes NSRBN são redes de blocos de polinômios homogêneos, com funções de ativação nas camadas intermediária e de saída, sendo nesta última mais complexa, uma vez que é realizada uma regressão logística não-linear com relação à saída dos neurônios escondidos. A Fig. 3 mostra a arquitetura de uma rede NSRBN. Utilizando-se a arquitetura proposta, uma função qualquer f (x) pode ser aproximada pelo uso direto de uma rede NSRBN por dividir f (x) em blocos homogêneos de ordem 1 até o bloco de ordem d. Dessa forma, a função total f (x) (polinomial completo) pode ser aproximada pela soma das funções parciais f ( x), p = 1,2, L, d (polinômios homogêneos), de maneira incremental, podendo ser representada matematicamente por: ^ ^ f ( x) = g( f ( x) + f ( x) + L + f ( x)) (1) 1 2 O modelo proposto tem como princípio manter congelados os pesos de todos os blocos anteriores ao atualmente otimizado, de tal forma que o número de pesos a ser otimizado a cada grau de complexidade não aumente explosivamente, como no algoritmo combinatorial tradicional [8]. B. Divisão dos Dados A série de dados é dividida em 3 (três) subconjuntos distintos e independentes: a) um conjunto para ajustar os pesos da rede neural durante o treinamento, b) conjunto de validação cruzada, usado principalmente para evitar superajustamento dos dados e c) conjunto para verificação do desempenho do modelo. Esta divisão dos dados pode ter impacto significativo nos resultados, pois quando os dados não são divididos adequadamente e possuem comportamento hidráulico distintos para os subconjuntos, a modelagem e o resultado podem ficar prejudicados. V. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS ATUAIS MODELOS DE PREVISÃO DE VAZÕES AFLUENTES À UHE TUCURUÍ Os modelos de previsão de vazões atualmente utilizados para praticamente todos os locais de aproveitamentos são os modelos estocásticos PREVIVAZ Modelo de Previsão de Vazões Semanais [2] e PREVIVAZH Modelo de Previsão de Vazões Diárias [3]. Estes modelos consideram como insumo básico apenas as informações históricas de vazões naturais observadas nos locais dos aproveitamentos hidrelétricos. ^ d

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 4 O modelo PREVIVAZ foi desenvolvido visando à obtenção das previsões de afluências semanais, até seis semanas à frente. Este modelo analisa a série histórica de afluências semanais de cada aproveitamento e seleciona, para cada semana, um modelo estocástico entre diversas alternativas de modelagem estocásticas de vazões semanais [10]. O modelo PREVIVAZH foi desenvolvido visando à obtenção das previsões de vazões diárias, até 14 dias à frente. As previsões são baseadas na desagregação, em intervalos diários, das previsões das afluências semanais obtidas pelo PREVIVAZ, e uma metodologia de desagregação não paramétrica destas afluências em valores diários que faz uso das últimas afluências diárias e de séries sintéticas de vazões diárias [10]. Para comparar as diferenças entre os valores observados e previstos de cada local de aproveitamento hidrelétrico, utilizase o erro percentual médio absoluto, conhecido como MAPE, cuja formulação apresenta-se a seguir: 1 MAPE = N N Q P, i Q Q i= 1 O, i O, i x100 onde, Q, _ vazão média prevista na semana i; P i Q O, i _ vazão média observada na semana i; N _ número de semanas consideradas na estatística. A análise de desempenho disponível destes modelos ao longo dos últimos anos apresenta índices MAPE para a previsão de vazões semanais na UHE Tucuruí, variando de 9,0% a 14,8%, para o período de 1997 a 2009, como mostra a Tabela III. TABELA III RESULTADO DA PREVISÃO DE VAZÕES SEMANAIS NA UHE TUCURUÍ ANO MAPE (%) 1997 11,3 1999 9,4 2000 13,4 2001 12,8 2002 14,8 2003 13,0 2004 11,6 2007 13,9 2008 12,5 2009 9,0 Fonte: [11] e [12]. Constata-se que para os anos de 1998, 2005 e 2006 o ONS não disponibilizou em sua página eletrônica na internet o relatório anual de avaliação das previsões, o que impossibilitará comparações de desempenho dos modelos de previsão nestes anos. (2) VI. SIMULAÇÃO COM REDES NEURAIS ARTIFICIAIS Neste trabalho, a previsão de vazões médias diárias afluentes ao reservatório da UHE Tucuruí, de 1 até 12 dias à frente, foi realizada através da metodologia baseada nas redes construtivas NSRBN. Como dados de entrada para as redes neurais, foram consideradas as informações dos postos fluviométricos listados na Tabela I e a vazão natural verificada no reservatório da UHE Tucuruí. Para todas essas variáveis de entrada foram consideradas diferentes defasagens temporais, de modo que refletissem o tempo de viagem da água de um posto até o local do aproveitamento. Futuras calibrações do modelo levarão em consideração também os postos pluviométricos listados na Tabela II, cujos resultados poderão mostrar a influência dos dados de chuva neste tipo de modelo. O conjunto de dados foi dividido da seguinte forma: um conjunto para treinamento, correspondente ao período de Janeiro/1970 a Dezembro/1989; um conjunto de validação cruzada que se estende de Janeiro/1990 a Dezembro/1999 e um conjunto de verificação que abrange o período de Janeiro/2000 a Dezembro/2009. Os dois parâmetros do algoritmo backpropagation são: a taxa de aprendizagem (α) e o momentum (β). Quando o valor da taxa de aprendizagem é muito baixo o processo de aprendizagem pode ser muito lento, além de ter uma maior chance de ficar preso a mínimos locais. Por outro lado, se seu valor for muito grande, pode causar instabilidade numérica durante o treinamento. Assim, uma forma proposta para minimizar este problema foi incluir outro parâmetro conhecido como momentum que permite aumentar os passos de treinamento sem aumentar as instabilidades do algoritmo [7]. Outro fator importante a ser considerado durante o treinamento de uma rede neural é o critério de parada. O número máximo de ciclos ou a fixação de um erro mínimo para o conjunto de treinamento são critérios de parada que têm sido utilizados em diversos estudos. Neste estudo, foram estudadas diversas configurações de redes neurais NSRBN, alterando-se as variáveis de entrada, os parâmetros do algoritmo taxa de aprendizagem (α) e o momentum (β), bem como os critérios de parada denominados EPOCASMIN e EPOCASMAX. Com o objetivo de reduzir a variabilidade das informações, aos dados de entrada da vazão natural foi aplicada a função logarítmica natural. A fim de extrair erros de sazonalidade, foi ajustada uma rede para o período úmido da área em estudo (novembro a abril) e outra para o período seco (maio a outubro). A saída obtida da combinação das redes para as vazões altas e baixas previstas, servem de entrada para uma terceira rede neural, implementada com base no conceito de redes neurais recorrentes, responsável pela ação de correção do erro de defasagem. Após vários testes com a rede de postos considerada, verificou-se que aquela que apresentava o menor erro para o conjunto de validação cruzada era a formada pelos postos

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 5 pluviométricos Tucuruí, Itupiranga, Marabá, Descarreto, Tocantinópolis, Araguatins e Xambioá, perfazendo um total de 44 variáveis na camada de entrada e respeitados os devidos tempos de viagem da água até o reservatório da UHE Tucuruí. VII. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a calibragem da melhor rede neural NSRBN é possível avaliar o desempenho obtido com a metodologia em termos do erro percentual médio absoluto. A Tabela IV apresenta os resultados para a previsão de 1 à 12 dias à frente, considerando o conjunto de dados utilizados para verificação. TABELA IV RESULTADO DA PREVISÃO DE VAZÕES PARA O CONJUNTO DE VERIFICAÇÃO Dias à Frente MAPE (%) 1 4,72 2 5,29 3 6,10 4 7,02 5 9,74 10,34 7 11,01 8 11,62 9 12,45 10 13,35 11 14,27 12 17,42 Por meio dos resultados apresentados na Tabela IV acima, pode-se inferir que as melhores previsões ocorrem para os primeiros dias de análise, piorando os resultados com o decorrer dos dias, como era esperado. As previsões de vazões são elaboradas semanalmente pelo ONS, no dia imediatamente anterior ao PMO ou a quaisquer de suas revisões. Como regra geral, a previsão é elaborada nas quartas-feiras da última semana operativa do mês e as previsões para as revisões às quintas-feiras da semana operativa anterior, conforme mostra a Fig. 4 [13]. Selecionando o melhor modelo para os períodos úmido e seco e apresentando o resultado na mesma base de dados adotada no PMO, a Tabela V mostra o desempenho das previsões semanais para o conjunto de dados da verificação. TABELA V RESULTADO DA PREVISÃO DE VAZÕES SEMANAIS REDE NEURAL NSRBN ANO MAPE (%) 2000 3,51 2001 4,81 2002 6,94 2003 8,20 2004 6,05 2005 6,31 2006 6,51 2007 7,00 2008 7,84 2009 6,70 Comparando os resultados apresentados nas Tabelas III e V, percebe-se que as redes neurais construtivas NSBRN apresentam um MAPE bastante inferior aos obtidos com o modelo PREVIVAZ pelo ONS, para os anos analisados. A diminuição do MAPE foi, em média, 48% inferior aos divulgados pelo ONS, mostrando assim a vantagem da metodologia proposta neste trabalho. Destacam-se os resultados para os anos de 2000 e 2001, cujas reduções no valor do MAPE foram, respectivamente, de 73,8% e 62,4%. Em contrapartida, a menor redução ocorreu no ano de 2009, cujo MAPE reduziu 25,6%. De uma forma geral, os modelos de redes neurais fornecem uma boa aproximação do hidrograma, mas as previsões geralmente apresentam-se com um erro de defasagem temporal, ou seja, o modelo em geral só é capaz de prever a ascensão depois que ela ocorre (o que é conhecido como efeito sombra) [14]. Nesse aspecto, a melhor metodologia será aquela que apresentar uma previsão da ascensão com maior sintonia temporal em relação aos dados observados. A Fig. 5 e Fig. 6, a seguir, apresentam as previsões de vazões semanais para a UHE Tucuruí, respectivamente, obtidas pelo ONS e por meio da Rede NSRBN, para o ano de 2008. Por meio delas é possível observar o quanto é melhor a previsão no período da ascensão quando se utiliza as redes NSRBN. VIII. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES No que diz respeito às previsões de vazões em nível diário e semanal, os resultados apresentados neste trabalho comprovam a eficácia das redes neurais construtivas, especificamente as redes NSRBN, que apresentaram resultados superiores aos modelos estocásticos atualmente utilizados no Setor Elétrico Brasileiro, para a métrica de erro utilizada para análise do desempenho. A bibliografia diz que a consideração dos dados pluviométricos para calibração da rede neural traz ganhos consideráveis para o modelo. Desta forma, recomenda-se que nas próximas etapas de análise estes dados sejam considerados. IX. AGRADECIMENTO Os autores agradecem as contribuições do Professor Mêuser Valença da Universidade de Pernambuco e do Eng. Admir Conti da Eletrobras Eletronorte, para a atual versão deste trabalho. Agradecemos também o apoio dado pela Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletrobras Eletronorte na formulação do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento P&D intitulado: Metodologia e Modelo Computacional de Análise Operacional-Financeira de Contratos e Novos Investimentos, por meio do qual foi possível a realização deste trabalho em nível de mestrado junto à Universidade Federal de Goiás UFG.

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 6 Fig. 5. Previsão de Vazões Semanais - UHE Tucuruí em 2008 (ONS) Fig. 6. Previsão de Vazões Semanais - UHE Tucuruí em 2008 (NSRBN) X. REFERÊNCIAS [1] ONS Submódulo 9.5 Previsão de Vazões e Geração de Cenários de Afluências, ONS Procedimentos de Rede, Rev. 1.0, Ago. 2009. [2] CEPEL. Modelo de Previsão de Vazões Semanais Aplicado ao Sistema Hidrotérmico Brasileiro PREVIVAZ, Relatório Técnico DPP/PEL 125/97. Rio de Janeiro, RJ: CEPEL, 1997. [3] A. R. L. de Carvalho, F. S. Costa, J. M. Damásio e A. O. Ghirardi, Previsão de Vazões Diárias através de uma Abordagem Estocástica Modelo PREVIVAZH, in XIV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, Aracaju, SE, 2001. [4] THEMAG Engenharia e Gerenciamento S/C Ltda e AQUAVIA Engenharia e Meio Ambiente - Reavaliação das Séries de vazões Naturais Bacia do Tocantins - Relatório Final - Rev. 0, 2004. [5] MME Ministério de Minas e Energia, Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobras e Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletrobras Eletronorte. Projeto Básico da Usina Hidrelétrica Tucuruí - Relatório Final - Vol. 1 Texto, Agosto, 1996. [6] L. F. C. Gomes, Previsão de vazões naturais diárias ao reservatório de Três Marias usando redes neurais. Dissertação de Mestrado, Dep. De Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. CRG, 2006. [7] M. J. S. Valença, Análise e projeto de redes neurais com abordagem construtiva para modelagem de sistemas complexos. Tese de Doutorado em Ciência da Computação, Dep. De Informática, Universidade Federal de Pernambuco UFPE, 1999. [8] M. J. S. Valença, Fundamentos das Redes Neurais, 2ª Edição. Recife, PE: Editora Livro Rápido. 2010, p.300. [9] M. J. S. Valença e T. B. Ludermir, Redes Compostas por Blocos de Regressões Sigmóides Não-lineares: Uma eficiente rede de alta ordem com aplicações na previsão de séries temporais, in V Congresso Brasileiro de Redes Neurais, pp. 67-72, Abril 2-5, 2001 PUC, Rio de Janeiro - RJ - Brasil. [10] CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica Modelos Computacionais para Previsão de Afluências Mensais, Semanais e Diárias Manual do Usuário, v1.4, 2005.

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - SBSE 2012 7 [11] ONS Operador Nacional do Sistema - Relatório Anual de Avaliação das Previsões de Vazões 2009. ONS RE 3/113/2010. Disponível em: http://www.ons.org.br/operacao/previsao_vazoes.aspx [12] ONS Operador Nacional do Sistema - Relatório Anual de Avaliação das Previsões de Vazões 2010. ONS RE 3/11/2011. Disponível em: http://www.ons.org.br/operacao/previsao_vazoes.aspx [13] ONS Operador Nacional do Sistema Relatório Anual de Avaliação das Previsões de Vazões 2008. ONS RE 3/130/2009. Disponível em: http://www.ons.br/operacao/previsao_vazoes. aspx [14] M. J. S. Valença e T. B. Ludermir, Proposta de uma Nova Função Objetivo para Ajustes dos Parâmetros de Modelos de Previsão, in XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, São Paulo - SP Brasil, 2007. XI. BIOGRAFIAS Carlos da Costa Ferreira nascido em Bicas, Minas Gerais, em 19 de Abril de 1982. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atualmente cursa mestrado em Engenharia Elétrica e de Computação na Universidade Federal de Goiás. Atualmente, trabalha na Gerência de Planejamento da Expansão da Geração nas Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletrobras Eletronorte. Gelson da Cruz Junior, nasceu em Araçatuba, São Paulo, em 10 de Dezembro de 1967. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual Paulista, possui mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente, é Professor Associado na Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal de Goiás. Cássio Dener Noronha Vinhal, nasceu em Carmo do Paranaíba, Minas Gerais, em 02 de Agosto de 1968. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia, possui mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente, é Professor Associado na Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal de Goiás.