SisPinus - SIMULADOR DE CRESCIMENTO E DE PRODUCAO PARA PLANTIOS DE Pinus e//iotti E Pinus taeda SOB MANEJO NO SUL DO BRASIL RESUMO

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Transcrição:

SisPinus - SIMULADOR DE CRESCIMENTO E DE PRODUCAO PARA PLANTIOS DE Pinus e//iotti E Pinus taeda SOB MANEJO NO SUL DO BRASIL Veda Maria Malheiros de Oliveira * Edilson Batista de Oliveira ** Wi liiam L. Hafley * * * RESUMO Neste trabalho apresenta-se uma descrição de um sistema de simulação desenvolvido para uso em microcomputadores padrão IBM/PC na Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA e adaptado para a prognose de plantios de Pinus elliottií e P. taeda estabelecidos no sul do Brasil. A variável básica para o modelo utilizado no sistema é o índice de sítio ou curva da altura dominante em função da idade. O sistema oferece opções para a escolha entre equações de volume ou de peso assim como para desbastes seletivos e/ou sistemáticos, ou a combinação destes. Nos relatórios de saída, o usuário pode identificar as idades e intervalos entre estas, para as quais as informações de produção são desejadas. Palavras-chave: Simulação, volume, desbaste, rendimento. MANAGED PINE PLANTATION GROWTH ANO YIELD SIMULATOR FOR SOUTHERN YELLOW PINE GROWN IN BRAZIL ABSTRACT This paper describes a software developed at the NCSU-North Carolina State University to be used with IBM/PC microcomputers and adapted to predict grovvth and yield of slash and loblolly pine planted in southern Brasil. lhe basic variable of the simulation model is the site index or the curve of dominant height over age. lhe program offers opportunities to choose different volume or weight equations. Severa I thinning options are also available in the model. lhe user may specify the ages at which yield information is desired. Key-words: Simulation, volume, thinning, P. taeda. P. elliottií. * ** * ** Engenheira Florestal, M. Se. CREA nu 6932-0, Pesquisddora da EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Engenheiro AgrOnomo, M. Sc., CREA no 1211-0, Pesquisador da EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Professor de Ciências Florestais e Estatística da NCSU - North Carolina Stats Universitv, PhO., consultor para a EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. 107

1. INTRODUÇAO o SisPinus é um sistema de linguagem Turbo Pascal desenvolvido para uso em microcomputadores padrão IBM/PC com capacidade mínima de 256Kb. Sua versão original foi desenvolvida na Universidade Estadual de Carolina do Norte - NCSU, pelo Dr. William Hafley e, nos anos de 1988 e 1989 foi adaptado para prognose de produção de plantios de P. etliottii e P. taeda estabelecidos no Sul do Brasil, por ocasião da consultoria do Dr. Hafley junto ao Centro Nacional de Pesquisas de Florestas - CNPF/EMBRAPA. (1988/1989). O SisPinus é de manuseio extremamente simples. O operador é quem, através de um processo de tomadas de decisões, dirige o sistema para o objetivo desejado. As perguntas durante a operação são feitas de forma objetiva e o usuário pode alterar decisões tomadas anteriormente, em busca de soluções otimizadas. A estrutura e aspectos da operação do SisPinus serão descritos a seguir. 2. INPUTS NECESSÁRIOS PARA A UTILlZAÇAO DO SISTEMA O Sistema incorpora índice de sítio e equação de volume desenvolvidos em trabalhos executados no CNPF, porém estes podem ser substituídos por outros modelos, caso seja desejado. 3. CONDIÇOES INICIAIS As primeiras perguntas referem-se à escolha da espécie (P. el/iottii ou P. taedal e a lnformaçâo do índice de sítio em que se encontra o povoamento. Conforme mencionado no item 2, o usuário pode optar pelo uso de curvas geradas pelo sistema, que considera o intervalo entre 15 e 25 m para a altura dominante aos 15 anos de idade. Neste caso, define a altura dominante de 21 m como representativa de um sítio médio e é esta a entrada default, ou seja, o índice de sítio assumido caso não se introduza outro valor. Adicionalmente, o usuário poderá adotar outra equação, bastando solicitar ao sistema a troca do modelo. Para a inicializaçâo propriamente dita do sistema, serão aceitas as seguintes informações iniciais: 108 1. número de árvores sobreviventes no povoamento; 2. número de árvores sobreviventes em dado ponto no tempo; 3. número de árvores sobreviventes e seu porte médio em um dado ponto no tempo.

Setor selecionado o item (1) o usuário será questionado quanto ao número de árvores plantado por hectare e a porcentagem de sobrevivência do povoamento estabelecido. O termo "povoamento estabelecido" é, neste contexto, um ano após o plantio, quando a mortalidade inicial já tiver sido quantificada e mio mais pode ser esperada. Se for selecionado o item (2), o usuário será questionado sobre o número de árvores sobreviventes e a idade na qual esta sobrevivência foi avaliada. Isto permite a deterrninação, através do modelo, das condições iniciais de povoamento. O menu de entrada mostrará a estimativa inicial de densidade de plantio e indicará a porcentagem de sobrevivência. Se a opção for a (31. o usuário deverá responder, além das questões da opção (2), qual a área basal por hectare no momento da avaliaçâ'o ou o diâmetro médio quadrático (dg), diâmetro este que é, por definição, aquele que corresponde à árvore com área transversal média do povoamento. 4. DADOS UTILIZADOS PARA A ADAPTAÇÃO DO SISTEMA Indice de Sítio Foram utilizados dados de parcelas de Inventário Florestal Contínuo (I FC) instaladas nas Florestas Nacionais de Capão Bonito (SP), Irati (PRI. Três Barras (SC) e São Francisco de Paula (RS). O modelo selecionado para expressâ'o da relação altura dominante/idade foi: Os valores encontrados foram divididos em 6 classes, a saber: IS15, IS17, IS19, IS23 e IS25 que se refereriam à altura dominante em metros na idade índice de 15 anos, onde IS significa classe de sítio. DistribuiçlJo adotada Foram utilizados dados de parcelas de Inventário Florestal Contínuo (IFC)instaladas nas Florestas Nacionais de Capão Bonito (SP), lrati (PRI. Três Barras (SC) e São Francisco de Paula (RS). Cada parcela possuía em média 5 medições sucessivas com amplitudes em média de 6 a 30 anos de idade e espaçamentos iniciais de 2,25 a 9,00 m 2 /árvore. Por características de implantação do IFC, 1/3 das parcelas não sofreram nenhum desbaste e os restantes 2/3 foram submetidas a tratamento idêntico ao restante do talhão. Desbastes usuais, sistemáticos, seletivos ou mistos foram adotados. Estes dados foram então submetidos a um programa de distribuição de diâmetro. No caso, a distribuição adotada foi a SB ou a SBB de Johnson. A distribuição SBB (bivariada) foi preferencialmente utilizada quando as informaç6es de altura e diâmetro estavam disponíveis na parcela. 109

No caso do SisPinus, em particular, foram importantes os maiores e menores indivíduos, o diâmetro modal, a altura rnodal, desvio padrão de diâmetro e altura e correlação entre diâmetro e altura. Para todas as parcelas contantes do trabalho foram obtidas tabelas-resumo com as informações citadas e estas foram incorporadas ao modelo formando um conjunto de dados que abrangia vários espaçamentos, várias idades, várias densidades e características diferentes em relação a taxas de incremento em diâmetro e altura. Foram identificados nove características de interesse para discriminação dos povoamentos e desenvolvidas equações para estimativa dos parâmetros da distribuição SSS; para estas características. - Determínou-se a altura domínante através de equação de índice do srno, - Adotou-se funções de crescimento para uma determinada característica desejada versus altura dominante para as diferentes densidades representadas nos dados. - adotou-se as equações para predição dos coeficientes destas funçc5es de crescimento como equações polinomiais em densidade. EXEMPLO Para a estimativa do maior diâmetro: O mesmo procedimento foi adotado para as demais características, a saber: índice de Sítio ajustado, altura modal, o menor diâmetro e a menor altura, desvio padrão de diâmetro e altura, diâmetro modal, o menor diâmetro, altura dominante e correlação entre diâmetro e altura. 6. MODELAGEM DA MORTALIDADE Considerando as florestas de Pinus implantadas no Brasil, a mortalidade não parece estar em grande evidência. Árvores dominadas que morreriam em condições de povoamento natural podem sobreviver, principalmente se há ausência de patógenos naturais e ausência de estiagens. A mortalidade pode eventualmente ocorrer em função da competição por espaço e nutrientes, mas o uso frequente de desbastes evidencia que a inexistência de uma função precisa de mortalidade não é fator liminante para o uso do SisPinus. 110

Assim, dados de mortalidade obtidos no tempo através de parcelas do IFC foram adaptados à função de mortalidade original do modelo. Foi usado o algoritmo de BLlSS & FISCHER (1953) onde o número de árvores mortas em um dado intervalo de crescimento é determinado como sendo uma função de altura. 7. VOLUME Após a incorporaçã'o das informações iniciais o sistema verifica a intenção do usuário em permanecer com a equação de volume gerada no sistema ou substituí-ia por outra e, adicionalmente, oferece a possibilidade de inserção de até 9 (nove) diferentes equações de volume e suas unidades associadas. As equações devem ser baseadas em DAP e ALTURA TOTAL, podendo ser de volume total com casca ou ainda equações de peso. As equações podem ficar armazenadas em arquivo para uso futuro. 8. DESBASTES O sistema aceita desbastes: Seletivos 1. Para uma área basal específica por hectare; 2. Para um número de árvores específico por hectare. Neste caso, remove os menores diâmetros e menores alturas até alcançar a área basal ou número de árvores remanescentes especificados. - Sistemáticos Solicita o número de linhas a serem removidas com 1 em cada 3 ou 1 em cada 5. Nesta situaçâo, o povoamento á reduzido em porcentagens iguais à porcentagem de área representada pelas linhas removidas, ou seja, um corte a cada 5 linhas representa a rernoçâo de 20% do povoamento. - Mistos Inicialmente segue o procedimento de desbaste sistemático e depois faz um desbaste seletivo nas linhas remanescentes. 9. RELATÓRIOS DE SA(DA O usuário poderá identificar as idades em que as informações de produção desejadas. As opções previstas são: são 1. lnforrnaçâo das idades desejadas para os relatórios; 2. Informação do primeiro, último ano e do intervalo de idade para os relatórios; 3. Utilização da saída padrão, a qual prevê relatórios das idades de 3 a 25, com intervalo de 2 anos. 111

Se um desbaste é simulado, um relatório das condições do povoamento anteriores ao desbaste á automaticamente produzido. Ao término do trabalho, é dada a opção de obtenção de uma cópia da tabela de produção para a impressora. 10. ENTRADA DE INFORMAÇOES E CORREÇOES DE DADOS Antes de iniciar o processamento propriamente dito, o usuário poderá alterar os dados introduzidos. No início e antes de cada novo processamento, ao usuário é dada a opção de editar o último conjunto de condições processadas, ou entrar para um novo conjunto de condições. Para exemplificação dos relatórios apresentados pelo SisPinus considera-se 2 situações: a) Povoamento de P.taeda com densidade inicial de 2.000 árvores por hectare, porcentagem de sobrevivência de 95% e índice de sítio médio (21 m de altura dominante aos 15 anos de idade). Consideramos ainda que este povoamento não sofreu nenhum tipo de desbaste ao longo da rotação. O sistema apresenta, inicialmente, uma tela resumo dos dados considerados, para possíveis alterações, ou seja: RESUMO 112

Em seguida é produzida a Tabela de Produção que, para os dados considerados, seria: TABELA DE PRODUÇAO (Pinus taeda) rndice de S(tio Densidade Porcentagem de Sobrevivência Inicial (idade (nd. 15) IArv./ha) Sobrevivência (Arvores/ha) 21,0 2000 95 1900 Idade Alt. Dillm. Alt. Area Volume anos dom. N/ha Med. Med. Bas!1 Total m em m m m 3 (c/c) IMA IPA 3 4,4 1900 5,0 3,7 3,8 7,0 2,3 2,3 5 7,9 1900 9,8 6,8 14,2 48,3 9,7 20,6 7 11,1 1897 13,3 9,5 26,2 124,7 17,8 38,2 9 13,9 1887 15,9 12,0 37,6 224,6 25,0 50,0 11 16,5 1865 18,1 14,1 47,8 338,1 30,7 56,7 13 18,8 1829 19,8 16,1 56,6 456,4 35,1 59,1 15 21,0 1778 21,4 18,0 63,7 571,9 38,1 57,8 17 23,0 1715 22,7 19,6 69,1 678,7 399 53,4 19 24,9 1641 23,8 21,2 72,8 772,5 40,7 46,9 21 26,6 1560 24,7 22,7 75,0 851,0 40,5 39,3 23 28,2 1475 25,6 24,1 75,9 913,5 39,7 31,2 25 29,8 1388 26,4 25,4 75,7 960,5 38,4 23,5 NOTA: CURVA ALTURA/IDADE UTILIZADA - EMBRAPA/CNPF onde IMA Incremento Médio Anual; e IPA Incremento Peri6dico Anual. 113

o próximo passo é solicitar do usuário se deseja tabelas de frequência ou não. Se negativo, retoma para a próxima simulação. Se positivo, adverte que as tabelas são apresentadas para as idades em que foram realizados desbastes e para a idade final simulada, além de solicitar o intervalo de classe de diâmetro desejado. Como o exemplo não previu a execução de desbastes, o sistema apresentará a tabela de frequência como segue: TABELA DE FREQUENCIA PARA IDADE DE 25 Diêmetro Alt. Volume Lim. de Classe H/ha Med. m 3 (c/c) 12.0-13.9 19 19.1 2.3 14.0-15.9 61 21.0 10.9 16.0-17.9 95 22,2 22.9 18.0 19.9 118 23,1 37,2 20.0-21.9 134 23.9 53.2 22.0-23.9 143 24.5 70.3 24.0-25.9 148 25.2 88.0 26.0-27.9 148 25.8 105.2 28.0-29.9 143 26.4 120.3 30.0-31.9 132 27.0 130.5 32.0-33.9 114 27.8 136.5 34.0 35.9 86 28.6 118.6 36.0-37.9 44 29.7 69.7 38.0-39.3 4 31.2 7.8 TOTAIS 1389 960.5 b) O mesmo povoamento anteriormente citado, com densidade inicial de 2.000 árvores por hectare, porcentagem de sobrevivência de 95% e índice de sítio médio (21 m de altura dominante aos 15 anos de idade). Programe-se um desbaste sistemático puro para os sete anos, corte de 1 a cada 7 linhas, e outro seletivo, reduzindo para 940 árvores por hectare aos 14 anos. Planeje-se também o corte final para os 25 anos de idade. Os relatórios seriam: RESUMO 114

A seguir o sistema apresenta um relatório das condições do povoamento anteriores ao desbaste e prepara se para efetuar o desbaste. TABELA DE PRODUçAO (Pinus taeda) (ndice de Sítio (idade [nd, 15) Densidade (Arv.lha) Porcentagem de Sobrevivência Sobrevivência Inicial (Arvores/ha) 21,0 2000 95 1900 Idade Alt. Diãm. N/ha Alt. Ares Volume anos dom. Med. Med. Bas:rl Total IMA IPA m cm m m m 3 (c/c) 3 4.4 1900 5.0 3.7 3.8 7.0 2.3 2.3 5 7.9 1900 9.8 6.8 14.2 48.3 9.7 20.6 7 11.1 1897 13.3 9.5 26.2 124.7 17.8 38.2 PRONTO PARA DESBASTE Tecle (ENTER) para continuar: Em seguida o SisPinus verifica o tipo de desbaste a ser simulado, pergunta se haverá um próximo desbaste e em que idade e apresenta um breve resumo das informações até aqui lançadas, com o seguinte relatório: TABELA DE PRODUçAO (Pinus taeda) Indice de Sitio Densidade Porcentagem de Sobrevivência Inicial (idade (nd. 15) (Arv.lha) Sobrevivência (Arvores/ha) 21,0 2000 95 1900 Idade Alt. Diãm, A11:. Area N/ha Volume anos dom. Med. Med. Basal Total m cm m m 2 m 3 (c/c) IMA IPA 3 4.4 1900 5.0 3.7 3.8 7.0 2.3 2.3 5 7.9 1900 9.8 6.8 14.2 48.3 9.7 20.6 7 11.1 1897 13.3 9.5 26.2 124.7 17.8 38.2 O POVOAMENTO FOI DESBASTADO PELA REMOÇA0 DE 1 EM CADA SETE LINHAS ( * ) 1626 13.3 9.5 22.5 106.9 REMOVIDO = 17.8 9 13.9 1620 16.0 12.0 32.6 195.0 23.6 44.0 11 16.4 1607 18.3 14.1 42.1 297.4 28.7 51.2 13 18.8 1584 20.1 16.1 50.4 406.2 32.6 54.4 14 19.9 1568 20.9 17.1 54.0 460.9 34.2 54.7 ( *) Os dados desta linha referem-se ao desbaste efetuado. PRONTO PARA DESBASTE Tecle (ENTER) para continuar: Com esta nova Tabela de Produção, o sistema está pronto para realizar o último desbaste planejado para o exemplo, sendo este: seletivo, aos 14 anos e reduzindo o número de árvores para 940 por hectare. 115

TABELA DE PRODUÇAO (Pinus taeda) (ndice de Sftio Densidade Porcentagem de Sobrevivência Inicial (idade fnd. 15) (Arv./ha) 50 brev ivê nci a (Arvores/na) 21,0 2000 95 1900 Idade anos Alt. Diãm. Alt. Area Volume dom. N/ha Med. Med. Basal Total IMA IPA m cm m m 2 m 3 (c/c) 3 4.4 1900 5.0 3.7 3.8 7.0 2.3 2.3 5 7.9 1900 9.8 6.8 14.2 48.3 9.7 20.6 7 11.1 1897 13.3 9.5 26.2 124.7 17.8 38.2 O POVOAMENTO FOI DESBASTADO PELA REMOÇA0 DE 1 EM CADA 7 LINHAS ( *) 1626 13.3 9.5 22.5 106.9 REMOVIDO = 17.8 9 13.9 1620 16.0 12.0 32.6 195.0 23.6 44.0 11 16.4 1607 18.3 14.1 42.1 297.4 28.7 51.2 13 18.8 1584 20.1 16.1 50.4 406.2 32.6 54.4 14 19.9 1568 20.9 17.1 54.0 460.9 34.2 54.7 O POVOAMENTO FOI DESBASTADO PELA REMOÇA0 DE 628 ARVORES ( * ) 942 23.5 18.0 40.9 368.7 REMOVIDO = 92.2 15 21.1 934 24.1 19.0 42.6 403.4 34.2 34.8 17 23.2 915 25.7 20.7 47.3 490.1 35.3 43.3 19 25.1 890 27.0 22.4 51.0 570.7 35.8 40.3 21 26.9 860 28.2 24.0 53.7 643.4 35.9 36.3 23 28.6 827 29.2 25.5 55.5 706.4 35.5 31.5 25 30.2 790 30.2 26.9 56.4 758.9 34.8 26.2 ( *) Os dados desta linha referem-se ao desbaste efetuado. Este último relatório apresenta informações até a idade 25, selecionada como idade de corte final. As tabelas de frequência do número de árvores/ha removidas por classe de DAP (Stand Tablesl são opcionais, para as idades em que foram realizados desbastes e para a idade de corte final. Utilizam-se de classes de diâmetro cujo intervalo de classe é fornecido pelo usuário (no exemplo, foram usadas classes de 2 cm). TABELA DE FREQUl:NCIA PARA ÁRVORES REMOVIDAS NA IDADE DE 7. 116 Diêmetro Alt. Volume N/ha Lim. de Classe Med. m 3 (c/c) 4.0-5.9 5 7.7 0.0 6.0 7.9 17 8.3 0.3 8.0-9.9 34 8.7 0.9 10.0-11.9 50 9.1 2.1 12.0-13.9 59 9.5 3.7 14.0-15.9 55 9.8 4.8 16.0-17.9 38 10.2 4.4 18.0-19.9 12 10.8 1.9 TOTAIS 270 17.8

TABELA DE FREOUENCIA PARA ÁRVORES REMOVIDAS NA IDADE 14 Dlãmetro N/ha Alt. Volume Lim. de Classe Med. m 3 (c/c) 6.8-7.9 1 12.6 0.0 8.0-9.9 22 14.1 0.9 10.0-11.9 67 15.0 4.3 12.0-13.9 113 15.5 10.5 14.0-15.9 152 16.0 19.3 16.0-17.9 122 16.3 19.8 18.0-19.9 58 13.5 11.4 20.0-21.9 43 13.9 10.3 22.0-23.9 28 14.3 8.0 24.0-25.9 15 14.7 5.6 26.0-27.9 6 15.2 2.5 28.0-29.9 1 15.9 0.6 TOTAIS 628 92.2 TABELA DE FREOuENCIA PARA IDADE 25 Dlãmetro N/Ha Alt. Volume Lim. de Classe Med. m 3 (c/c) 19.3-19.9 3 24.0 1.2 20.0-21.9 51 24.9 21.2 22.0-23.9 80 25.6 41.4 24.0 25.9 91 26.1 56.5 26.0-27.9 94 26.5 69.7 28.0 29.9 94 26.9 81.8 30.0-31.9 92 27.3 94.7 32.0-33.9 88 27.7 104.3 34.0-35.9 81 28.1 109.8 36.0-37.9 68 28.7 105.4 38.0-39.9 42 29.5 74.0 40.0-40.9 4 30.8 7.6 TOTAIS 788 758.9 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Para maior detalhamento das bases técnicas do sistema as seguintes obras podem ser consultadas: B L1SS. C.1. & F ISCH ER. R.A. Fitting the negative binomial distribution to biological data. Biometrics 9:176-199,1953. 117

HAFLEY, W.L. SMITH, W.D. & BUFORD M.A. A new yield production model for unthinned loblolly pine in plantations. Raleigh, Southern For. Res. Center, North Carolina State Universitv, 1982, 63p. Technical Report no 1. SMITH, W.D. & HAFLEY, W.L. Evaluation of a loblolly pine plantation thinning rnodel. Southern Journal 01 Applied Forestry, Bethesda, 10 (1): 52-63, 1986. HAFLEY, W. L. & BUFORD, M.A. A bivariate model for growth and yield prediction. Forest Science, Bethesda, 31 (1): 237-47,1985. 118