REVESTIMENTOS DE EDIFÍCIOS HISTÓRICOS: RENOVAÇÃO VERSUS CONSOLIDAÇÃO JIL JUNHO M. Rosário Veiga. M.

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Transcrição:

JIL JUNHO 2012 REVESTIMENTOS DE EDIFÍCIOS HISTÓRICOS: RENOVAÇÃO VERSUS CONSOLIDAÇÃO M. Rosário Veiga (rveiga@lnec.pt) M. Rosário Veiga

INTRODUÇÃO Os revestimentos de edifícios históricos são importantes testemunhos da arte e do gosto mas também da ciência e da técnica de cada época e lugar. Têm um valor cultural inquestionável 2

INTRODUÇÃO Constituem a pele dos edifícios protegendo as alvenarias das ações externas diretas. Como tal são dos elementos mais sujeitos à degradação. Para recuperar rapidamente a imagem do edifício, a estratégia de intervenção mais frequente é a remoção do revestimento antigo e a sua substituição por um novo revestimento desejavelmente (mas nem sempre) com composição semelhante, ou pelo menos compatível. 3

INTRODUÇÃO Ao extrair o revestimento antigo perde-se o testemunho histórico e científico e com ele perdem-se os conhecimentos e segredos nele encerrados. A alternativa é a conservação e tratamento, eventualmente com consolidação. 4

RENOVAÇÃO / CONSERVAÇÃO RENOVAÇÃO CONSERVAÇÃO Aparentemente mais fácil Mais rentável Pessoal menos especializado O risco de ter maus resultados é superior Preservação do valor cultural Menor quantidade de materiais (mas mais complexos) Redução do tempo de obra Provavelmente menor custo 5

Perda do valor cultural RENOVAÇÃO Desvantagens da renovação (remoção e substituição): É necessário optar por um revestimento compatível caso contrário darse-á uma degradação acelerada devida a: contaminação por sais; concentração de humidade entre o revestimento e a alvenaria; ou criação de tensões entre esses dois elementos. Na maior parte dos casos o novo revestimento conduz à descaracterização da imagem do edifício e apresenta menor durabilidade que o revestimento antigo 6

RENOVAÇÃO Exigências da Renovação: Definição de requisitos de compatibilidade Caracterização do suporte Caracterização dos materiais pré-existentes Implica o desenvolvimento e validação de métodos de ensaio apropriados 7

RENOVAÇÃO Exigências da Renovação: Formulação de argamassas compatíveis e duráveis Estudo do ligante: cal aérea; materiais pozolânicos: metacaulino (Gameiro et al poster 33), pozolana natural dos Açores, diatomite, resíduos industriais; cal hidráulica natural Estudo dos agregados Tese de doutoramento Rita Santos (Santos et al, apresent); projeto de pós-doc Cristina Borges Estudo das condições de cura Tese de mestrado de Dora Santos 8

RENOVAÇÃO Exigências da Renovação: Formulação de argamassas compatíveis e duráveis Materiais resistentes às condições climáticas mais severas: proximidade do mar; humidade ascensional (Fragata at al poster 16) Estudo de argamassas para funções específicas: Ex. recolagem de azulejos antigos (Botas et al poster 3); restauro de estuques decorativos (Freire et al apresent) Desenvolvimento de ensaios de envelhecimento artificial acelerado simulando condições climáticas específicas. 9

CONSERVAÇÃO E TRATAMENTO A opção pela não-remoção e conservação e tratamento do existente tem exigências elevadas, principalmnete ao nível do conhecimento técnico e científico. Conhecimento profundo do revestimento: Composição, estratigrafia e técnica de aplicação: aumentar a nossa base de dados (DM/NMM); relacionar as composições com as funções e os locais. Diagnóstico preciso das causas e da natureza das anomalias Mecanismos de degradação. Domínio das técnicas de tratamento. Conhecimento científico dos materiais de reparação compatíveis (Borsoi et al poster 15). 10

ANOMALIAS Grupo e tipo de reparação Anomalia Técnica de tratamento Grupo I (afetando a função decorativa; reparação acessível a mão-de-obra não especializada) Grupo II (afetando a função decorativa e a função de proteção; reparação acessível a mão-de-obra não muito especializada) Grupo III (afetando a função decorativa e a função de proteção; reparação através de técnicas de restauro, exigindo mão-de-obra especializada) Colonização biológica Manchas: sujidade, crosta negra, etc. Fissuração e roturas pontuais Perda de coesão Destacamento Erosão Lavagem com baixa pressão; Tratamento com biocida Lavagem com baixa pressão; escovagem Colmatação de fissuras e lacunas + reintegração cromática Consolidação da coesão (consolidantes) Consolidação do destacamento (grouts argamassas líquidas) Reintegração e consolidação Grupo IV (afetando a função decorativa e a função de proteção; reparação dependente de uma análise rigorosa das causas e implicando técnicas de restauro e mão-de-obra especializada) Eflorescências e Criptoflorescências Controlo das causas: controlo dos circuitos de transporte de água (+ dessalinização + consolidação ou + ocultação) 11

TECNICAS DE TRATAMENTO Grupo I Remoção é uma má estratégia, dos pontos de vista técnico e económico Forte de N. Srª da Luz, Cascais, séc. XVII Edifício Principal do LNEC, Lisboa, 1956 Crosta negra, colonização biológica, sujidade 12

TECNICAS DE TRATAMENTO Grupo II Conservação é a opção mais indicada em geral e sempre que o revestimento tenha valor cultural: a remoção consome tempo, a execução de revestimentos de cal é morosa, o tempo de carbonatação é elevado Fissuras, lacunas 13

TECNICAS DE TRATAMENTO Grupos III e IV Opção mais difícil pq a reparação exige tarefas muito especializadas. Perda de coesão Eflorescências 14

TECNICAS DE CONSOLIDAÇÃO Anomalias: Perda de coesão Destacamento, ou perda de aderência, entre camadas ou entre o revestimento e o suporte Erosão (consequência da perda de coesão ou de aderência) 15

ANOMALIAS DE COESÃO 16

ANOMALIAS DE ADERÊNCIA 17

CONSOLIDAÇÃO DA COESÃO Aplicação de um consolidante na superfície exterior de um revestimento aplicado. Por pulverização ou por pincelagem. Pulverização é em geral de execução mais fácil e rápida e proporciona uma distribuição mais homogénea e mais controlada de consolidante. Borsoi et al poster 15 18

CONSOLIDAÇÃO DA COESÃO Consolidantes compatíveis Preferência aos consolidantes que regeneram o ligante A água de cal é um consolidante natural e muito antigo, mas a reduzida concentração de hidróxido de cálcio motivada pela baixa solubilidade deste composto obriga a um elevado número de pulverizações A biomineralização é outro processo de consolidação com base na regeneração biológica da matriz de cal Consolidantes inovadores baseados em produtos nanoestruturados de cal (nanocal) Produtos mistos baseados em nanocal, aditivos pozolânicos e silicatos 19

CONSOLIDAÇÃO DA ADERÊNCIA Recurso a argamassas líquidas ( grouts ), aplicadas por injeção entre as camadas destacadas Aplicabilidade: facilidade de injeção dos produtos, boa penetração e capacidade de preenchimento dos vazios, são características essenciais de aptidão ao uso dos grouts. Por essa razão, o comportamento reológico é determinante para a eficácia e bom desempenho destes produtos. Produtos compatíveis: não alterar significativamente a estrutura porosa do revestimento a consolidar. 20

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO Definição da estratégia de intervenção: aprofundar o estudo dos mecanismos de degradação; aprofundar metodologias de análise do estado de conservação. Estratégia de renovação: melhorar as soluções de revestimento através do estudo de argamassas compatíveis e duráveis, em particular resistentes à água, aos sais, ao clima; estudar soluções específicas para casos especiais; proposta e validação de ensaios de envelhecimento artificial acelerado que permitam avaliar as soluções possíveis para cada caso. 21

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO Estratégia de tratamento e consolidação: estudo de produtos de consolidação adequados, compatíveis, eficazes e duráveis, nomeadamente com base em produtos nanoestruturados de cal e em misturas deste de produtos com base em cal com outros produtos minerais; otimização de uma metodologia de avaliação destes produtos para cada situação. Alguns dos próximos trabalhos apresentados e dos posters expostos focam com maior detalhe parte das linhas de investigação em curso ou em preparação: Fragata et al poster 16; Santos et al apresent; Freire et al. apresent; Botas et al poster 3; Borsoi et al poster 15; Gameiro et al poster 33. 22

CONCLUSÕES A reabilitação dos revestimentos antigos é sem dúvida um desafio para o desenvolvimento das nossas cidades podendo potenciar o seu valor e a sua atratividade. Deve ser realizada com base em critérios científicos, através de técnicas e materiais compatíveis, de modo a não degradar o edifício histórico e a aumentar a sua durabilidade global. A definição da estratégia a seguir renovação ou tratamento e consolidação depende de vários fatores, entre os quais se encontram o valor histórico do revestimento e a natureza e gravidade das anomalias. Quer a renovação quer o tratamento e consolidação exigem o estudo aprofundado de várias matérias onde ainda se encontram lacunas de conhecimento. Assim, várias linhas de investigação estão a ser prosseguidas de modo a poder disponibilizar essas ferramentas ao meio técnico e, de um modo geral, a todos os intervenientes no processo. 23

AGRADECIMENTOS A autora agradece o apoio da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Portugal) através do projeto de investigação FCT PTDC/ECM/100234/2008 Limecontech Conservação e Durabilidade de revestimentos históricos: técnicas e matérias compatíveis. 24