A EXPRESSÃO DA QUALIDADE DO CAFÉ NATURAL PRODUZIDO EM DIFERENTES AMBIENTES DA MICRORREGIÃO DA SERRA DA MANTIQUEIRA 1

Documentos relacionados
O AMBIENTE E A QUALIDADE DO CAFÉ DESMUCILADO PRODUZIDO NA MICRORREGIÃO DA SERRA DA MANTIQUEIRA 1

UTILIZAÇÃO DA MASSA ESPECIFICA COMO PARAMETRO PARA SE AVALIAR A QUALIDADE DE CAFE 1

ANÁLISE SENSORIAL DE GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE PROCESSAMENTO E MÉTODOS DE SECAGEM

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E QUALIDADE SENSORIAL DE CAFÉS ESPECIAIS EM FUNÇÃO DO GENÓTIPO, AMBIENTE E PROCESSAMENTO 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE CAFÉS MADUROS DE DIFERENTES FLORAÇÕES EM LAVOURA A PLENO-SOL E LAVOURA SOMBREADA

SENSORY ANALYSIS APPLIED TO BEVERAGE QUALITY EVALUATION IN COFFEE SUBMITTED TO DIFFERENT PROCESSING AND DRYING METHODS

RELAÇÕES ENTRE AMBIENTE E QUALIDADE SENSORIAL DE CAFÉS EM MINAS GERAIS RELATIONS BETWEEN ENVIRONMENT AND SENSORY QUALITY OF COFFEE IN MINAS GERAIS

EFEITOS DE ESTRESSE HÍDRICO NA COMPOSIÇÃO BIOQUÍMICA DE GRÃOS DE COFFEA ARABICA CV. RUBI 1

ENVIRONMENT AND VARIETY INFLUENCE ON COFFEE QUALITY OF MATAS DE MINAS

ANÁLISE SENSORIAL E FISIOLÓGICA DE CAFÉS ARMAZENADOS SUBMETIDOS A DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO E SECAGEM 1

Produtividade e qualidade de diferentes genótipos de Bourbon cultivados em Minas Gerais visando à produção de cafés especiais

CARACTERIZAÇÃO DA ENZIMA SUPERÓXIDO DISMUTASE EM CAFÉS NATURAIS, PRODUZIDOS EM DIFERENTES ALTITUDES 1

CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS DE GENÓTIPOS DE CAFÉ BOURBON EM DIFERENTES AMBIENTES

8º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 14 de agosto de 2014 Campinas, São Paulo.

Qualidade sensorial do café submetido a diferentes métodos de secagem

Geoprocessamento para determinação da distribuição de cafés com qualidade sensorial no estado de Minas Gerais no ano de 2007

CAFÉS DE QUALIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS E SUA RELAÇÃO COM OS FATORES CLIMÁTICOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Tecnologia em Cafeicultura

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE DIFERENTES PROCESSAMENTOS EM CAFÉS ESPECIAIS ATRAVES DE ANALISE MULTIVARIADA

SPECIALTY COFFEE ASSOCIATION OF AMERICA

ANÁLISE FISIOLÓGICA DE GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE PROCESSAMENTO E MÉTODOS DE SECAGEM

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E LIXIVIAÇÃO DE POTÁSSIO DE GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE PROCESSAMENTO E MÉTODOS DE SECAGEM

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE CAFÉS ESPECIAIS DAS REGIÕES DE MINAS GERAIS ATRAVES DE ANALISE MULTIVARIADA

VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

Concurso NossoCafé - Regulamento

PROFILE COFFEE CULTIVARS SENSORY PROCESSED IN DRY AND HUMID VIA AFTER STORAGE

ANÁLISE SENSORIAL DA BEBIDA DAS CULTIVARES OURO VERDE, TUPI E OBATÃ 1

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO E SECAGEM

ESTUDOS ULTRA-ESTRUTURAIS DO ENDOSPERMA DE CAFÉ NATURAL (Coffea arabica L.) DURANTE A SECAGEM EM TERREIRO E COM AR AQUECIDO A 40ºC E 60ºC

ANÁLISE DA COR E DE ACIDEZ GRAXA DE GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE PROCESSAMENTO E MÉTODOS DE SECAGEM

CHANGES IN THE COFFEE GRAIN COLOR RELATED TO THE POST-HARVEST OPERATIONS

FLUXOS DE AR E PERÍODOS DE PRÉ-SECAGEM QUALITY OF COFFEE SUBMITTED TO DIFFERENT TEMPERATURES, AIR FLOW AND PRE-DRYING PERIOD

EFEITO DO PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA SOBRE A QUALIDADE DO CAFÉ CONILLON

AÇÚCARES TOTAIS, REDUTORES E NÃO-REDUTORES, EXTRATO ETÉREO E UMIDADE DE DIFERENTES PADRÕES DE BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA E DO CAFÉ CONILON

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CAFÉS DO ESTADO DE MINAS GERAIS E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE

QUALIDADE DA BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA EM FUNÇÃO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NO CAMPO APÓS A COLHEITA

QUALIDADE SENSORIAL DE CAFÉS EM DIFERENTES NIVEIS DE ADUBAÇÃO COM N, P e K 1

Análise de correspondência aplicada ao estudo da qualidade de cafés especiais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Tecnologia em Cafeicultura POTENCIALIZADORES DO SABOR E AROMA DO CAFÉ ARÁBICA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE VARIEDADES DE CAFÉ (Coffea arabica)

UNIFORMIDADE DE MATURAÇÃO DE FRUTOS E CLASSIFICAÇÃO DE GRÃOS POR PENEIRA DE CAFÉ ARÁBICA SOMBREADO E A PLENO SOL

REGULAMENTO RESUMIDO DO PRÊMIO COFFEE OF THE YEAR BRASIL 2018

Avaliação de Sementes de Coffea arabica L. Submetidas a Diferentes Métodos de Processamento, Secagem e em Dois Teores de Água

CONDIÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS DE CAFEEIROS NA REGIÃO DA SERRA DA MANTIQUEIRA MINEIRA, ANOS

QUALIDADE DA SECAGEM EM DIFERENTES TIPOS DE TERREIRO

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E FÍSICO-QUÍMICA DOS CAFÉS ESPECIAIS DAS REGIÕES MATAS DE MINAS E SUL DE MINAS 1

COLORIMETRIA EM GRÃOS DE CAFÉ SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS DE PROCESSAMENTOS E ARMAZENADOS EM AMBIENTE RESFRIADO

COMPARAÇÃO DOS TIPOS DE PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA DO CAFÉ ARÁBICA QUANTO À QUALIDADE DO PRODUTO FINAL

O FUTURO DO CAFÉ CEREJA DESCASCADO. I SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE QUALIDADE DE CAFÉ Instituto Agronômico de Campinas (IAC) Dezembro/03

AVALIAÇÃO AGRONÔMICA DE GENÓTIPOS DE CAFÉ ARÁBICA CULTIVADOS EM ELEVADA ALTITUDE NO ESTADO DE SÃO PAULO 1

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CAFÉS DO CONCURSO DE QUALIDADE CAFÉS DE MINAS 2008 SPATIAL DISTRIBUTION OF COFFEES QUALITY CONTEST COFFEE FROM MINAS- 2008

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA NA PÓS-COLHEITA NA REGIÃO DE MONTANHAS-ES COM O USO DA CAL VIRGEM OU CALCÁRIO

CIRCUITO SUL MINEIRO DE CAFEICULTURA: MODELO INOVADOR DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

QUALIDADE DA BEBIDA DE GENÓTIPOS DE CAFÉ COM RESISTÊNCIA À FERRUGEM-DO-CAFEEIRO CUP QUALITY OF LEAF RUST RESISTANT COFFEE GENOTYPES

REGULAMENTO. Incentivar a produção dos cafés de qualidade superior, no município de Muzambinho, sul de Minas Gerais;

AÇÚCARES E SÓLIDOS SOLÚVEIS EM BEBIDAS E BLENDS DE CAFÉS TORRADOS TIPO EXPRESSO

Seleção de cultivares Bourbon visando à produção de cafés especiais

RENDIMENTO E PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE CAFÉ ARÁBICA EM BAIXA ALTITUDE

Obtenção de cafés especiais

QUALIDADE FÍSICA E SENSORIAL DE CULTIVARES DE Coffea arabica PARA PRODUÇÃO DE CAFÉS ESPECIAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO 1

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM SOB USO DE IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO-MG

PRODUTIVIDADE DE 2ª SAFRA DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTES A FERRUGEM SOB IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO

EFEITO DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO NA FORÇA DE DESPRENDIMENTO EM CULTIVARES MUNDO NOVO E CATUAÍ AMARELO

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº: 124/09 Empresa: Universidade Federal de Itajuba. Produto: Torrado e Moído.

COMPARAÇÃO DOS TIPOS DE PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA DO CAFÉ CONILON QUANTO À QUALIDADE DO PRODUTO FINAL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA BEBIDA DOS FRUTOS DE CAFÉ COLHIDOS EM DIFERENTES POSIÇÕES DA PLANTA

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MÉTODOS DE PROCESSAMENTO E DA GRANULOMETRIA NA QUALIDADE DO CAFÉ

FORMAS DE PROCESSAMENTO E SECAGEM VISANDO A MELHORIA DA QUALIDADE DO CAFÉ PRODUZIDO EM PEQUENAS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS

ANÁLISE SENSORIAL DO CAFÉ DESPOLPADO DO PLANALTO DE VITÓRIA DA CONQUISTA PARA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA 1

Produção de pimenta cumari em relação a incidência solar

Qualidade do café (Coffea arabica L.) em coco colhido em diferentes porcentagens do estádio de maturação cereja

Grupo de Avaliação do Café GAC FO-055 Laudo GAC Rev. 05 Laboratório credenciado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

VARIAÇÕES NA ÁREA DAS CÉLULAS DO ENDOSPERMA DURANTE A SECAGEM DE CAFÉS (Coffea arabica L.) NATURAIS E DESPOLPADOS

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE CAFÉ COM RESISTÊNCIA À FERRUGEM-DO- CAFEEIRO NO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS 1

USO DE ESCALA DE QUALIDADE E ESCALA DE INTENSIDADE PARA AVALIAÇÃO DE BEBIDAS DE CAFÉ. QUALITY AND INTENSITY SCALES FOR EVALUATION OF BEVERAGES COFFEE

ph DE GRÃOS CRUS E TORRADOS DE SETE CULTIVARES DE CAFÉ (Coffea arabica L.) E SUAS VARIAÇÕES COM O PROCESSO DE TORRAÇÃO.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE GRÃOS DE CAFÉS (Coffea arabica L.) SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE PRÉ-PROCESSAMENTO

Uma região de atitude, para o novo mundo do café

(Coffea arabica L.) PROCESSADOS POR VIA SECA E VIA ÚMIDA

Café canéfora: em busca de qualidade e reconhecimento

FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO SILICATADA

ANALISE ESPACIAL DA QUALIDADE DE BEBIDA DO CAFÉ EM DUAS SAFRAS CONSECUTIVAS

Área de Atuação 2010/2011:

MELHORIA DA QUALIDADE DO CAFÉ ARÁBICA (Coffea arabica L.) EM FUNÇÃO DA IMERSÃO EM PRODUTOS NA PÓS-COLHEITA 1

MATURAÇÃO E PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO CONILON SUBMETIDO Á DIFERENTES ÉPOCAS DE IRRIGAÇÃO 2º ANO AGRÍCOLA

QUALIDADE DO CAFÉ PRODUZIDO EM AGRICULTURA FAMILIAR NO NORTE PIONEIRO PARANAENSE 1

4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG

Desempenho do pepino holandês Dina, em diferentes densidades de plantio e sistemas de condução, em ambiente protegido.

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE CAFÉ BOURBON PARA OS MUNICÍPIOS DE SANTO ANTÔNIO DO AMPARO E CAMPOS ALTOS 1

ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E RENDIMENTO DE GRÃOS DE MILHO SOB DO CULTIVO CONSORCIADO COM ADUBOS VERDES. Reges HEINRICHS. Godofredo César VITTI

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Tecnologia em Cafeicultura

REGULAMENTO DO CONCURSO NOSSOCAFÉ: A ser publicado no site diariamente no período de - 01/08/2017 a 31/12/2017.

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CAFÉ (Cofeea arabica L.) SUBMETIDO A DIFERENTES TEMPOS DE FERMENTAÇÃO NATURAL E DOIS TIPOS DE TORRAÇÃO

ELISÂNGELA FERREIRA FURTADO PAIVA AVALIAÇÃO SENSORIAL DE CAFÉS ESPECIAIS: UM ENFOQUE MULTIVARIADO

ATRIBUTOS FÍSICOS DE VARIEDADES DE LARANJA DA MICRORREGIÃO DA BORBOREMA

AVALIAÇÃO QUÍMICA E SENSORIAL DE CAFÉS PRODUZIDOS EM CABO VERDE, MINAS GERAIS.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Tecnologia em Cafeicultura

SISTEMA CIEL*a*b* E CIEL*c*h : AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO COM O SISTEMA DE DISCO AGTRON/SCAA

DESEMPENHO OPERACIONAL DE UM PROTÓTIPO DE ABANADOR DE CAFÉ

Características Químicas de Frutos de Pimentão de Três Cultivares Pulverizadas com Biofertilizante AGROBIO e Oxicloreto de Cobre.

Transcrição:

A EXPRESSÃO DA QUALIDADE DO CAFÉ NATURAL PRODUZIDO EM DIFERENTES AMBIENTES DA MICRORREGIÃO DA SERRA DA MANTIQUEIRA 1 Juliana Neves Barbosa 2, Diego Egídio Ribeiro 3, José Henrique da Silva Taveira 4, Lisiane Zanella 5, Flávio Meira Borém 6, Eder Pedroza Isquierdo 7, Samuel Ramalio Coste e Colpa 8, Letycia Carvalho 9 1 Trabalho financiado pelo MAPA/CNPq, com apoio da UFLA, Embrapa Café e FAPEMIG 2 Estudante de Doutorado em Fisiologia Vegetal/UFLA, juklyneves2002@yahoo.com.br; 3 Estudante de Mestrado em Engenharia Agrícola/UFLA, diegoagro10@hotmail.com; 4 Estudante de Doutorado em Engenharia Agrícola/UFLA, henriquetaveira@yahoo.com.br; 5 Estudante de Doutorado em Ecologia Aplicada/UFLA, lisianezanella@gmail.com; 6 Professor do Departamento de Engenharia/UFLA, flavioborem@deg.ufla.br; 7 Estudante de Doutorado em Ciência dos Alimentos/UFLA, eder.isquierdo@yahoo.com.br; 8 Estudante de Engenharia Agrícola/UFLA, samuelcoste@yahoo.com.br; 9 Estudante de Engenharia de Alimentos/UFLA. letyciacarvalho@yahoo.com.br RESUMO Os café especiais apresentam alto padrão de qualidade e elevado potencial de expressão de aroma e sabor, e geralmente estão associados a alguma forma de diferenciação por seu local de origem, forma de cultivo ou cultivares específicas. A influência do ambiente sobre os frutos do café, juntamente com o processamento, favorece na obtenção de atributos únicos à qualidade da bebida com características cada vez mais apreciadas pelo mercado consumidor. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade sensorial dos cafés da microrregião da Serra da Mantiqueira, colhidos em ambientes distintos e processados por via seca. O experimento foi feito em esquema fatorial (2x3x2) com 5 repetições, sendo duas cores de fruto, vermelho e amarelo; três intervalos de altitude (<1000m, 1000-1200m e >1200m); e duas faces de exposição ao sol, soalheiro (NE, N, NO e O) e contra-face (L, SE, S e SO), caracterizando o ambiente de produção. Os cafés foram colhidos manualmente selecionando-se somente os frutos maduros, lavados e então secados em terreiro de concreto ao sol até atingirem o teor de água de 11% (bu). Além disso, foram registradas as coordenadas geográficas dos talhões amostrados. A análise sensorial foi feita por cinco juízes credenciados pela SCAA, Specialty Coffee American Association. A altitude apresenta relação direta com a qualidade dos cafés naturais (p<0,05), podendo ser observado maiores notas para os cafés produzidos acima de 1200m. Os cafés naturais produzidos, independente da cor do fruto, sofrem influência em sua qualidade pela face de exposição ao sol com superioridade da contra-face. A cor do fruto não exerce influência na qualidade dos cafés processados pela via seca. Palavras-Chave: ambiente; café natural; análise sensorial; qualidade do café. ABSTRACT THE QUALITY EXPRESSION OF THE NATURAL COFFEE PRODUCED IN DIFFERENT ENVIRONMENTS IN THE MICRO REGION OF SERRA DA MANTIQUEIRA The specialty coffees have a high quality standard and high potential of flavor expression. Commonly they can be differed by their origin, growing methods or specific cultivars. The environment influence on the coffee fruits, together the processing, favors obtaining single attributes of drink quality with appreciated characteristics by the consumers. Therefore, the present work aimed to evaluate the sensory quality of coffee from de micro region of Serra da Mantiqueira, haversted in different environments and processed by dry way. The experiment was carried out in factorial scheme (2x3x2) with 5 replicates, being two color skin fruit, red and yellow; three altitude ranges (<1000m, 1000-1200m and >1200m); and two slope exposure, sunny (NE, N, NO,O) and counter face (L, SE, S, SO), characterizing the environment of production. The coffee was harvested manually selecting only the ripe fruits and than dried in concrete ground until the seeds reach the humidity level of 11%(wb). In addition, the geographic coordinates of the sampled plots were registered. The sensory analysis was done by five judges accredited by the SCAA, Specialty Coffee American Association. The altitude has a straight link with the final scores of the natural coffee evaluation (p<0,05), with the highest values observed for the coffee harvested above 1200m. The natural coffees are influenced by the slope exposure being better for the counter face. The fruit skin color does not influence the quality of the coffee processed in dry way. Key Words: environment; demucilaged coffee; sensory analysis; coffee quality.

INTRODUÇÃO A cafeicultura mineira apresenta diferentes ambientes de produção difundidos, principalmente, em quatro regiões: Sul de Minas (Sul/Sudoeste), Matas de Minas (Zona da Mata/Rio Doce), Cerrados de Minas (Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba) e Chapadas de Minas (Vale do Jequitinhonha/Mucuri). Essas regiões apresentam características distintas quando comparados o meio físico, condições climáticas e sócio-econômicas. A região Sul de Minas é a maior produtora de café do estado e do Brasil, correspondendo a 53,6% da produção mineira e 25,2% da produção nacional. Apresenta uma área cultivada estimada em 629 mil hectares compreendendo em um parque cafeeiro de 37.000 propriedades responsáveis por uma produção média de 12,7 milhões de sacas de café beneficiado (CONAB, 2008). É também uma região marcada por grandes diferenças edafoclimáticas, fazendo com que a qualidade do café expresse-se de maneiras distintas. Como parte do sul de Minas, a micro região da Serra da Mantiqueira é considerada uma das mais importantes regiões produtoras de café especiais do Brasil, por apresentar elevada qualidade sensorial dos cafés, produzidos em diferentes combinações de níveis de altitude, relevo e faces de exposição ao sol. As características peculiares dos cafés da Serra da Mantiqueira somadas à consistência apresentada nos resultados dos principais concursos de qualidade realizados no Brasil, fazem com que a região obtenha um crescente reconhecimento pelo mercado internacional como produtora dos melhores cafés classificados do mundo. Segundo a FORBES (2006) na cidade de Carmo de Minas, a qual faz parte dessa microrregião, foram produzidos dois cafés que estão entre os dez cafés de maior valor agregado do mundo, sendo um desses cafés vencedor do Cup of Excellence de 2005. Isso estimula e valoriza a atividade na microrregião, o que com relação à qualidade do café produzido, a coloca em condições de igualdade e competitividade com países como Panamá, Guatemala e El Salvador. Sabe-se que as relações dadas entre os fatores sombreamento, face de exposição ao sol e altitude no favorecimento à qualidade do café são empíricas. Poucos estudos científicos elucidam esses efeitos. Todos esses fatores influenciam fortemente na mudança de temperatura, o que possibilita a formação de um micro clima mais ameno. Temperaturas mais baixas são apontadas como diminuidoras da velocidade de maturação dos frutos, o que permite o maior acumulo de precursores do sabor e aroma (Vaast et al., 2006; Geromel et al., 2008). O fato de que a altitude influencia positivamente a qualidade do café é difundido (Avelino et al., 2005; Decazy et al. 2003; Guyote et al., 1996), porém as causas ainda necessitam ser esclarecidas. Historicamente, dois diferentes métodos são utilizados para o processamento do café: a via seca, onde os frutos são processados na sua forma integral, ou seja, com a casca, produzindo frutos secos, conhecidos como café em coco ou café natural; e a via úmida, que produz os cafés em pergaminho, denominados despolpados, desmucilados e descascados quando submetidos à remoção da mucilagem por fermentação, por desmucilador mecânico e sem remoção de mucilagem, respectivamente. Segundo alguns autores (Illy e Viani, 1995; Vilela, 2002; Borém, 2008), alterações são observadas durante o processamento via seca conferindo ao café natural atributos sensoriais que os distinguem dos cafés produzidos pela via úmida, como menor acidez e maior corpo. No entanto, estudos mais aprofundados sobre a interferência na qualidade final dos grãos de café resultantes da interação genótipo x ambiente e das diferentes formas de processamento na pós-colheita ainda se fazem necessários. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade sensorial dos cafés da microrregião da Serra da Mantiqueira, colhidos em ambientes distintos e processados pela via seca. MATERIAL E MÉTODOS Localização e delineamento experimental O experimento foi conduzido em seu primeiro ano, 2010, no município de Carmo de Minas, localizado no sul do estado de Minas Gerais e pertencente à microrregião da Serra da Mantiqueira (S 22º07 21, O 45º07 45 ). O experimento foi feito em esquema fatorial (2x3x2) com 5 repetições, sendo duas cores de fruto, vermelho e amarelo; três intervalos de altitude (<1000m, 1000-1200m e >1200m); e duas faces de exposição ao sol, soalheiro (NE, N, NO e O) e contra-face (L, SE, S e SO), caracterizando o ambiente de produção. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Colheita e processamento As amostras de café (Cofea arabica L.) foram compostas por várias cultivares estabelecidas na região, que representassem as cores vermelhas e amarelas dos frutos do café e colhidas exatamente nos diversos ambientes que compõe o delineamento experimental. Foram também coletadas e registradas as coordenadas geográficas de cada ponto de coleta das amostras. A colheita do café foi realizada manualmente, selecionando-se apenas os frutos maduros, afim de se evitar quaisquer interferência dos frutos imaturos e sobre maduros na avaliação sensorial. Imediatamente após a colheita, o café foi lavado para que toda impureza fosse retirada juntamente com os frutos menos densos, conhecidos como bóia.

Então o café em coco ou café natural foi levado ao terreiro para secagem até atingir o teor de água de 11%(bu), seguindo-se as recomendações propostas por Borém, 2008. Análise Sensorial A análise sensorial foi realizada por cinco SCAA Certified Cupping Judges. Foi utilizado o protocolo de análise sensorial de acordo com a metodologia proposta por Lingle (1986) para avaliação sensorial de cafés especiais, com atribuição de notas no intervalo de 6 a 10 pontos para fragrância/aroma, uniformidade, xícara limpa, doçura, sabor, acidez, corpo, sabor residual, balanço e impressão global. Foi utilizada torra moderadamente leve, com coloração correspondente a 58 pontos da escala Agtron, para o grão inteiro, e 63 pontos para o grão moído, com tolerância de ± 1 ponto. Para obtenção do ponto de torra ideal, foram usadas amostras de 100 g de grãos classificados pelo tamanho (peneira 16 e acima), com monitoramento da temperatura. O tempo de torra não foi inferior a 8 minutos e não superior a 12 minutos. Em cada avaliação sensorial foram degustadas cinco xícaras de café representativas de cada amostra, realizando-se uma sessão de análise sensorial para cada repetição, totalizando três repetições para cada tratamento. Os resultados finais da avaliação sensorial foram constituídos pela soma das notas de todos os atributos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Distribuição amostral Pode se observar que a amostragem foi bem distribuída no município, representando toda a área produtora de café dentro das faixas de altitude de estudo (Figuras 1 e 2). Figura 1: Pontos de coleta de amostras distribuídos espacialmente no município de Carmo de Minas- MG.

Figura 2: Variações das faixas de altitude do Município de Carmo de Minas MG apresentando três picos montanhosos principais destacadas em castanho. Análise Sensorial Tabela 1: Notas médias finais obtidas na avaliação dos cafés naturais produzidos em diferentes faixas de altitude. Altitudes (m) Nota Final > 1200 89,25 a 1000-1200 84,77 b < 1000 82,85 b *médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os cafés naturais produzidos acima de 1200 metros de altitude obtiveram as maiores notas na avaliação sensorial (Tabela 1) diferenciando-se das altitudes mais baixas (p<0,05). Resultados de análises sensoriais de cafés cultivados em diferentes altitudes na região de Patrocínio, no estado de Minas Gerais, evidenciaram que a altitude exerce grande influência sobre a qualidade da bebida do café, que se manifesta com o aumento da acidez. (OIC, 1991). Joet et al. 2010, analisando uma ampla gama de metabólitos, tais como sacarose, ácidos clorogênicos, e outros tipos de açúcares, em diferentes faixas de altitude chegou a conclusão que mesmo tendo uma correlação com a temperatura do ambiente, nenhuma dessas variações explica a elevada qualidade dos cafés de altitudes elevadas. Tabela 2: Notas médias finais obtidas na avaliação dos cafés naturais produzidos em diferentes faces de exposição ao sol. Face Contra-Face Soalheiro Nota Final 86,33 a 84,91 b *médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Para a variável estudada face de exposição ao sol, os cafés naturais produzidos na contra-face apresentaram maiores notas na avaliação sensorial (Tabela 2) quando comparados aos produzidos na face soalheiro. Considerando os fatores que influenciam na fenologia do cafeeiro, o microclima diferenciado pela face de exposição ao sol interferi na modificação local do ambiente exigindo adaptações morfológicas, bioquímicas e fisiológicas. Sabe-se que as faces voltadas para o (L, SE, S e SO) apresentam menor tempo de exposição ao sol. Segundo Camargo (2007) a variável microclimática radiação está entre os fatores que mais afeta na uniformidade de floração do cafeeiro. Esse tipo de floração tem implicações diretas na uniformidade da maturação dos frutos de café, a qual, por sua vez, terá grande influência na qualidade final do produto (Pezzopane et al., 2003). Tabela 3: Notas médias finais obtidas na avaliação dos cafés naturais originados de frutos amarelos e vermelhos produzidos em diferentes faces de exposição ao sol. Cor do Fruto Face Amarelo Vermelho Contra-Face 85,78 Aa 86,88 Aa Soalheiro 85,97 Aa 83,85 Bb *médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. As letras maiúsculas comparam as médias dentro de cada coluna. As letras minúsculas comparam as médias dentro de cada linha. Os cafés naturais originados de frutos de cor amarela, para a face soalheiro, obtiveram notas maiores na avaliação sensorial do que os cafés originados dos frutos de cor vermelha (Tabela 3). Contudo, para os cafés naturais produzidos na contra-face, originados de frutos vermelhos, obtiveram notas maiores na avaliação sensorial quando comparados aos produzidos na face soalheiro para a mesma cor de fruto (Tabela 3). Vários são os fatores que podem levar a esses resultados, principalmente a resposta das cultivares ao ambiente de produção a que estão adaptadas. Os presentes dados da análise sensorial concordam com as observações feitas por Geromel et al, 2008 e Vaast, 2006, que sugerem que o acúmulo dos principais precursores do sabor e aroma do café, tais como sacarose e outros componentes químicos dependem da resposta da cultivar ao ambiente em que é produzido, havendo interferência da quantidade de

luz absorvida na época de maturação, temperatura do ar, umidade relativa do ar, entre outros. Vários autores sugerem que várias transformações químicas, bioquímicas e fisiológicas ocorrem durante o processamento do café e são responsáveis pela modificação do sabor e aroma observados no pó torrado (Bytof et al., 2007; Knopp et al. 2006; Leloup et al. 2004; Selmar et al. 2004). Como todo o experimento foi conduzido de forma padronizada, as amostras colhidas foram processadas e secadas de maneira igualitária, preservando as características intrínsecas do produto. Sendo assim, as diferenças observadas, provavelmente se devem ao fato de ocorrer interação do ambiente com as cultivares de café. Dentro dos diferentes ambientes de produção caracterizados no experimento foram observados, para a análise sensorial, notas acima de 80 pontos. Resultado que fortalece a vocação dessa região como produtora de cafés especiais. CONCLUSÃO Dos resultados obtidos no primeiro ano de estudo dentro dos diferentes ambientes caracterizados na microrregião da Serra da Mantiqueira pode-se concluir que: A qualidade do café natural da microrregião da Serra da Mantiqueira está diretamente relacionada com a altitude; O café natural produzido, independente da cor do fruto, sofre influência em sua qualidade pela face de exposição ao sol. Para os cafés naturais a interação cor do fruto e face de exposição ao sol influencia em sua qualidade. A cor do fruto não exerce influencia na qualidade dos cafés processados pela via seca. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem apoio e suporte da FAPEMIG, CAPES, CNPq, Embrapa e MAPA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Avelino, J., Barboza, B., Araya, J. C., Fonseca, C., Davrieux, F., Guyot, B., et al. (2005). Effects of slope exposure, altitude and yield on coffee quality in two altitude terroirs of Costa Rica, Orosi and Santa Maria de Dota. Journal of the Science of Food and Agriculture, 85(11), 1869 1876. BORÉM, F. M. (2008).Processamento do café. In: Pós-colheita do Café. Lavras, MG: Editora UFLA, 2008b. 631p. BYTOF, G.; KNOPP, S. E.; KRAMER, D.; BREITENSTEIN, B.; BERGERVOET, J. H. W.; GROOT, P. C.; SELMAR, D. Transient occurrence of seed germination processes during coffee post-harvest treatment. Annals of Botany. v. 100, p. 61-66, 2007. CAMARGO, A. P. Arborização de Cafezais. O Agronômico, Campinas, v.59, n.1, p.25-27, 2007. Decazy, F., Avelino, J., Guyot, B., Perriot, J. J., Pineda, C., & Cilas, C. (2003). Quality of different Honduran coffees in relation to several environments. Journal of Food Science, 68, 2356 2361. FLORIANI, C.G. Café - A certificação é o caminho.cadernotécnico nº 1, IMA, 2000, 20p. FORBES.COM. Disponível em: http://www.forbes.com/2006/07/19/priciest-coffee-beans_cx_hl_0720feata_ls.html>. Acesso em: 23 jul. 2007. Geromel, C., Ferreira, L. P., Davrieux, F., Guyot, B., Ribeyre, F., Brígida dos Santos Scholz, M., et al. (2008). Effects of shade on the development and sugar metabolism of coffee (Coffea arabica L.) fruits. Plant physiology and biochemistry : PPB / Société française de physiologie végétale, 46(5-6), 569-79. doi: 10.1016/j.plaphy.2008.02.006. Guyot, B., Gueule, D., Manez, J. C., Perriot, J. J., Giron, J., & Villain, L. (1996). Influence de l altitude et de l ombrage sur la qualité des cafés Arabica. Plantations, Recherche, Développement, 3, 272 280. ILLY, A.; VIANI, R. Espresso coffee: the chemistry of quality. London: Academic Press Limited, 1995. 253 p. Joët, T., Laffargue, A., Descroix, F., Doulbeau, S., Bertrand, B., Kochko, A. D., et al. (2010). Influence of environmental factors, wet processing and their interactions on the biochemical composition of green Arabica coffee beans. Food Chemistry, 118(3), 693-701. Elsevier Ltd. doi: 10.1016/j.foodchem.2009.05.048. KNOPP, S. E.; BYTOF, G.; SELMAR, D. Influence of processing on the cont of sugars in green arabica coffee beans. European Food Research and Technology. v. 223, p. 195-201, 2006.

LELOUP, V.; GANCEL, C.; LIARDON, R.; RYTZ, A.; PITHON, A. Impact of wet and dry process on green coffee composition and sensory characteristics. In: INTERNATIONAL CONFERENCE IN COFFEE SCIENCE, 20., BANGLADORE, 2004. Resumes... Bangladore: ASIC, 2004. 1 CD-ROM LINGLE, T. R. The coffee cupper s handbook: systematic guide to the sensory evaluation of coffee s flavor. 2 ed. Washington: Coffee Development Group, 1986. ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL CAFÉ. Estudios de investigación de evaluación sensorial sobre la calidad del café cultivado en la región de Patrocinio en el Estado de Minas Gerais en Brasil. Londres, 1991. 28p. (Reporte de Evaluación Sensorial). PEZZOPANE, J. R. M., JÚNIOR, M. J. P., THOMAZIELLO, R. A., CAMARGO, M. B. P. de. Escala para avaliação de estádios fenológicos do cafeeiro arábica. Bragantia, Campinas, v.62, n.3, p.499-505, 2003. SELMAR, D.; BYTOF, G.; KNOPP, S.E.; BRADBURY, A.; WILKENS, J.; BECKER, R. Biochemical insights into coffee processing: quality and nature of green coffee are interconnected with an active seed metabolism. In: INTERNATIONAL CONFERENCE IN COFFEE SCIENCE, 20., BANGLADORE, 2004. Resumes... Bangladore: ASIC, 2004. 1 CD-ROM Vaast, P., Bertrand, B., Perriot, J. J., Guyot, B., & Genard, M. (2006). Fruit thinning and shade improve bean characteristics and beverage quality of coffee (Coffea arabica L.) under optimal conditions. Journal of the Science of Food and Agriculture, 86(2), 197 204. VILLELA, T. C. Qualidade de café despolpado, desmucilado, descascado e natural, durante o processo de secagem. Lavras: UFLA, 2002. 66p. (Dissertação de Mestrado).