RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO

Documentos relacionados
REFORMULAÇAO DO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DO PROJECTO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DO PEGO

CENTRAL TERMOELÉCTRICA DO RIBATEJO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A. BARRAGEM DO PINHÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA. PARQUE EÓLICO DA SERRA DOS CANDEEIROS/ALCOBAÇA RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

CENTRAL TÉRMICA DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ENERGY WAY RESUMO NÃO TÉCNICO Nº DO CONTRATO: MFS 2763

ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS

Resumo Não Técnico. Estudo de Impacte Ambiental da. Central de Cogeração no Carriço

Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA

SOMINCOR-SOCIEDADE MINEIRA DE NEVES-CORVO, S.A. RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO Resumo Não Técnico

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente. Rui Lanceiro

AUDITORIAS DE CONFORMIDADE CONFORMIDADE LEGAL

ALTO MARÃO ENERGIA EÓLICA, UNIPESSOAL, LDA. PARQUE EÓLICO DE SÃO MACÁRIO II

Relatório de Conformidade Ambiental do Parque Eólico da Lameira (serra de Montemuro) TOMO I SUMÁRIO EXECUTIVO

PARQUE EÓLICO DO DOURO SUL, S.A. PARQUE EÓLICO DO DOURO SUL E LINHA ELÉCTRICA A 400 KV DE INTERLIGAÇÃO DO PARQUE EÓLICO À SUBESTAÇÃO DE ARMAMAR

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA UNIDADE INDUSTRIAL DA COMPAL

Quadro legal e institucional para AIA a nível europeu e nacional. Processo e produtos Selecção de acções

Sociedade Agrícola da Quinta da Freiria, S.A.

Projecto de AMPLIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DA RAR REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A. Projecto de Execução

Exploração Suinícola Herdade da Serrana

1. DEFINIÇÃO E METODOLOGIA DO ESTUDO. 1.1 Âmbito do Estudo

No EIA foram analisadas cinco localizações alternativas designadas por local 1, 1 bis, 2, 3 e 4.

Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território Gabinete do Ministro. Declaração de Impacte Ambiental (DIA)

SISTEMA ELEVATÓRIO DE OLHÃO-FARO - PROJETO DE EXECUÇÃO -

Regime Jurídico de AIA Anexo ao TUA

ANEXO I - Organização dos objetos nas plantas dos planos territoriais A - Planta de Ordenamento ou Planta de Zonamento

Planeamento e gestão de EIA Estrutura e Conteúdo

Estarreja HyCO3 Produção de Hidrogénio e Monóxido de Carbono por Steam Reforming do Gás Natural

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS NORTE

INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

EDIFÍCIOS COM NECESSIDADES QUASE NULAS DE ENERGIA (nnzeb) Exigências para os sistemas de climatização, GTC e energias renováveis

Relatório da Consulta Pública ÍNDICE 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS

Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução

HEPP Hidroenergia de Penacova e Poiares Estrutura do Relatório Estudo de Impacte Ambiental Aproveitamento Hidroeléctrico de Penacova e Poiares

Projecto SUBESTAÇÃO DE OLMOS A 220/60KV. Projecto de Execução

O sistema LiderA na reabilitação de obras de arte na EN6

DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

DIA - Estrutura e conteúdo Pós-avaliação RECAPE e Rel Monitorização

PLANO DE MONITORIZAÇÃO

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO. Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase)

LENA AMBIENTE, SA AMBIENTE - EVOLUÇÃO LEGAL E IMPACTO NA ENGENHARIA

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

SCUT DA COSTA DA PRATA LANÇO IC1 * ANGEJA (IP5) / MACEDA SUBLANÇO ESTARREJA - OVAR. Projecto de Execução

Licenciamento Simplificado de Operações de Gestão de Resíduos

NEXO 9.3 Documentos Complementares

Projecto AMPLIAÇÃO DA UNIDADE DE ABATE DE AVES E TRATAMENTO DE SUBPRODUTOS. Projecto de Execução

TÍTULO DIGITAL DE ALTERAÇÃO N.º 1121/2012 /

Estudos de Incidências Ambientais Projectos de Produção de Energia Eléctrica a partir de FER

PRINCIPAIS MAGNITUDES

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Verificação do Relatório de Conformidade do Projecto de Execução com a DIA (RECAPE)

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA. Ampliação do Complexo Petroquímico da Repsol YPF

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

REQUERIMENTOS LEGAIS E AMBIENTAIS PARA PROJECTOS EM ANGOLA

Licenciamento Simplificado de Operações de Gestão de Resíduos

PLANO DE PORMENOR DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTA COMBA DÃO Termos de Referência

Ampliação da DOW Portugal

AEROGERADOR 6 DO PARQUE EÓLICO DE VALE GRANDE

ESTADO: Emitido DATA DO DOCUMENTO: 14/05/2019

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

SISTEMA DE MOBILIDADE DO MONDEGO RAMAL DA LOUSÃ. Troço: Portagem / São José. Projecto de Execução

Cogeração em ambiente urbano

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

SAIP Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações, SGPS, SA. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL. (Fase de Construção)

TÍTULO DIGITAL DE INSTALAÇÃO N.º NAVIGATOR TISSUE CACIA, SA

Responsabilidade Social e Ambiental na Edificação. Funchal, 4 Junho

Denominação Bacia hidrográfica Sub-bacia. III CARACTERIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO Finalidade.

SPDAD, Sociedade Portuguesa de Distribuição de Artigos de Desporto, Lda. Loja Decathlon Matosinhos

SUBESTAÇÃO DE CARVOEIRA 220/60 kv

ÍNDICE GERAL DETALHADO

Os princípios do Direito do Ambiente

GESTÃO DE ATIVOS. O papel dos reguladores na promoção da gestão de ativos. Paula Freixial. 25 de maio de 2017 Auditório IPQ, Caparica

INDÚSTRIA EXTRATIVA E O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO CONCELHO DE ALBUFEIRA

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

CRITÉRIOS PARA A FASE DE CONFORMIDADE EM AIA

ESTADO: Emitido DATA DO DOCUMENTO: 28/08/2017

8. Programas de Monitorização e Cronograma de Acções e Medidas

Licenciamento Normal de Operações de Gestão de Resíduos

Casa Eficiente c. Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente

Novo Aterro do Sistema Multimunicipal da SULDOURO

PARECER DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO PARQUES EÓLICOS DE TOITA, AROUCA-SILVA E VALE GRANDE/BURRELA PARQUE EÓLICO DE VALE GRANDE (AEROGERADOR 6)

WORKSHOP OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL. PAINEL 2 Administração pública

PROJETO "BIOMASSA MANGUALDE" FREGUESIAS DE ESPINHO E UNIÃO DE FREGUESIAS MANGUALDE, MESQUITEL E CUNHA ALTA, MANGUALDE

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

Capítulo II Definição do Projecto

TABELA DE TAXAS PARTE B - OPERAÇÕES URBANÍSTICAS QUADRO I. Taxa devida pela apreciação de projectos de loteamento

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Pós-Avaliação em Avaliação do Impacte Ambiental

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DE EQUIPAMENTOS E USO TURÍSTICO A NORTE DE ALJEZUR TERMOS DE REFERÊNCIA

Utilização de fossas séticas individuais

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência

Resumo Não Técnico CAS Barrocas S.A. Licença Ambiental da suinicultura da Herdade da Figueirinha

ACTA DA 41.ª REUNIÃO SECTORIAL NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PDM DE VILA NOVA DE GAIA (13 DE JUNHO DE 2007)

Revisão do Plano de Pormenor das Penhas da Saúde Zona Sul TERMOS DE REFERÊNCIA

Autoria: Agência Portuguesa do Ambiente Departamento de Promoção e Cidadania Ambiental. Data: 15 de setembro de 2016

PLANO DE PORMENOR INFRAESTRUTURAS DE APOIO DE ATIVIDADES ECONÓMICAS DE ERVIDEL TERMOS DE REFERÊNCIA ACOLHIMENTO PARA EMPRESAS, LOCALIZADO NO ESPAÇO DE

Transcrição:

DAWNENERGY Produção de Energia Unipessoal, Lda RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO SUMÁRIO EXECUTIVO MARÇO 2009 Página 1

Índice do documento 1 INTRODUÇÃO...3 2 IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO...4 3 CONFORMIDADE DO PROJECTO DE EXECUÇÃO COM A DIA...7 Página 2

1 Introdução O presente documento constitui o Sumário Executivo do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) relativo ao Projecto da Central Térmica de Ciclo Combinado (CTCC) de Taveiro. O projecto da instalação encontra-se na fase de Projecto de Execução. O Ante-projecto da CTCC de Taveiro e o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) foram apresentados a 14 de Setembro de 2007. Decorrente do respectivo procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) foi emitida, no passado dia 26 de Setembro de 2008, por parte das autoridades ambientais competentes, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada ao cumprimento das medidas mitigadoras aí definidas. O proponente do Projecto referido é a DAWN ENERGY - PRODUÇÃO DE ENERGIA, UNIPESSOAL Lda. que por sua vez é promovido pela sociedade GAS NATURAL ELECTRICIDAD SDG, S.A., do Grupo Gas Natural, GAS NATURAL SDG, S.A. O projectista foi a empresa PB Power. O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) foi concluído em Setembro de 2007. Foi realizado por uma equipa multidisciplinar da HIDROPROJECTO Engenharia e Gestão, S.A., sob a coordenação da Eng.ª Maria Francisca Silva com o apoio da PB Power. O RECAPE foi elaborado pela mesma equipa que elaborou o EIA com o apoio da PB Power. Página 3

2 Identificação do Projecto Tendo em consideração o crescimento dos consumos nacionais de electricidade estabelecidos no Plano de Expansão do Sistema Eléctrico de Serviço Público, a DAWN ENERGY tenciona construir a Central Térmica de Ciclo Combinado de Taveiro como novo centro electroprodutor no sistema eléctrico nacional, central que se enquadra nas linhas básicas das actuais orientações e tendências a nível ibérico e europeu. A, objecto de análise, será constituída por dois grupos de produção de electricidade funcionando unicamente a gás natural, de potência eléctrica unitária de cerca de 400 MW. Com um funcionamento regular e previsível de operação de 8 000 horas anuais por grupo, os dois grupos da assegurarão uma produção anual na ordem de 6,4 x 10 6 MWh. O fornecimento de gás natural realizar-se-á através de uma ligação ao gasoduto de alta pressão da REN Gasodutos que passa a cerca de 500 m, em linha recta, do local de implantação previsto. A tecnologia de ciclo combinado escolhida entre as várias tecnologias existentes e analisadas para a central a construir apresenta grandes vantagens do ponto de vista de eficiência energética por utilizar gás natural, com um baixo consumo de combustível, e por promover um aproveitamento de energia térmica residual. Do ponto de vista ambiental, a utilização de gás natural como combustível, promove o funcionamento mais limpo que existe actualmente para a produção de energia eléctrica por processo térmico. Nomeadamente, reduz de uma forma significativa a quantidade de poluentes lançados para a atmosfera a partir das chaminés. Assim, a Central de Ciclo Combinado de Taveiro alia à economia um impacte ambiental minimizado, através de uma produção mais limpa, já que dos sistemas existentes é aquele que se afigura ambientalmente mais adequado. A Central em causa localizar-se-á no distrito de Coimbra, Concelho de Coimbra e freguesia de Taveiro. Página 4

De acordo com a Planta de Ordenamento do PDM de Coimbra em vigor, a área prevista para a implantação da Central de Ciclo Combinado de Taveiro Coimbra, encontra-se englobada nas Zonas Industriais do tipo i2. A Norte, encontra-se uma zona de ocupação florestal, esta zona de ocupação florestal, encontra-se localizada entre a área prevista para implantação da infraestrutura e uma unidade industrial de cerâmica, a GRESCO Grés de Coimbra, S.A., um estaleiro de materiais de construção civil, pelas infra-estruturas do gasoduto, e por um pequeno aglomerado habitacional, constituída por algumas vivendas novas. Também a Norte, encontra-se o Estádio Municipal Sérgio Conceição, o Mercado Abastecedor de Coimbra, o Retail Park do Mondego e a Zona Industrial de Taveiro. A Sul, a Oeste e a Este da área prevista para implantação da central, existe uma área de ocupação florestal, idêntica à referida anteriormente. Ao conjunto dos dois grupos de ciclo combinado estarão associados: - um ramal de gás para alimentação da Central a partir do Sistema Nacional de Transporte de Gás Natural; - um ramal de ligação à Rede Eléctrica Nacional até à linha de 400kV Paraimo-Batalha; - condutas de água, para arrefecimento da Central e respectiva instalação elevatória, e descarga. Tanto o ramal de gás como o ramal de ligação a Rede Eléctrica Nacional constituem projectos independentes da central que serão projectados, licenciados e construídos directamente pelo gestor técnico do sistema, REN Gasodutos e REN-Rede Eléctrica Nacional respectivamente, ou em alternativa, pelo promotor do projecto mas sob supervisão destas duas entidades. A área total do terreno ocupado pela central é de 13 ha. Os gases resultantes do processo industrial serão lançados na atmosfera através de 2 chaminés, uma por grupo. O sistema de arrefecimento a utilizar será em circuito fechado e constituído por torres de refrigeração com circulação forçada de ar. Esta solução permitirá Página 5

reduzir drasticamente o consumo de água relativamente aos sistemas convencionais de sistemas de circuito aberto. O caudal contínuo de água necessário à alimentação da Central, tanto para a sua refrigeração como para abastecimento de água de serviço será de 1150,1 m 3 /h e o caudal contínuo rejeitado será de 502,7 m 3 /h de efluentes devidamente tratados. A construção da Central de Ciclo Combinado será realizada, num período total previsto de cerca de 2,5 anos (30 meses). A instalação disporá de todas as medidas de controlo e segurança, de modo a minimizar eventuais riscos associados ao funcionamento da Central. Página 6

3 Conformidade do Projecto de Execução com a DIA A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada e emitida no passado dia 26 de Setembro sintetiza as medidas apresentadas no EIA e acrescenta medidas complementares às definidas no EIA. A DIA determina a implementação de todas as medidas que garantam boas práticas de construção, gestão de obras e exploração, de forma a garantir que não haja afectação da qualidade ambiental, nomeadamente ao nível da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, do ar e do ambiente sonoro e da qualidade de vida das populações mais próximas. O Projecto de Execução integra cláusulas de natureza ambiental de modo a obrigar o futuro Empreiteiro da construção da Obra a cumprir as medidas de minimização e Planos de Monitorização previstos no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) e na Declaração de Impacte Ambiental (DIA). Em anexo ao Projecto de Execução são integrados todo o EIA e a DIA. A água a utilizar na CTCC de Taveiro será captada numa futura tubagem projectada pela DGADR na margem esquerda do rio Mondego. Esta solução permitirá minimizar os impactes ambientais e a afectação das populações associados à implantação de uma infra-estrutura comum em detrimento da opção de duas infra-estruturas independentes. A quando da execução do Projecto de Executivo das infra-estruturas de captação e descarga de água da CTCC de Taveiro foram consultadas as varias entidades com infra-estruturas já implantadas e/ou previstas para a área, pelo que, o projecto das infra-estruturas de captação e descarga de água da Central a licenciar de acordo com o estabelecido na Lei de Águas (Decreto-Lei nº 226- A/2007) já inclui os pareceres recebidos e os condicionantes identificados pelas entidades consultadas. Segundo o indicado no Decreto-Lei nº. 196/89, que estabelece o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e alterado pelo Decreto-Lei nº 274/92, a localização das infra-estruturas de captação e descarga e a estação elevatória requer a emissão de parecer favorável para a utilização não agrícola de solos Página 7

pertencentes à RAN pelo que foi apresentado e encontra-se presentemente em tramitação na Comissão Regional da Reserva Agrícola do Centro, pedido de ocupação de solos integrados na RAN para as infra-estruturas de captação e descarga de água para a CTCC de Taveiro. Paralelamente, de acordo com o Decreto-Lei n.º 166/2008, que estabelece o regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), para a localização das mesmas infra-estruturas de captação e descarga e a estação elevatória será necessário a obtenção de idêntico parece por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro para utilização de solos classificados como REN. Igualmente, foi apresentado e encontra-se presentemente em tramitação na CCDR Centro pedido de autorização para a implantação de infra-estruturas de captação e descarga em solos integrados na RAN. Os pedidos de solicitude destes pareceres são apresentados no Anexos X e XI do RECAPE. Como indicado no procedimento de avaliação de impacto ambiental, e no intuito de que a Central de Ciclo Combinado de Taveiro não fique submetida ao disposto no Decreto-Lei nº. 254/2007 de 12 de Julho, estabeleceu-se que a hidrazina será armazenada numa concentração de 5% em massa. De acordo com informação transmitida por fabricantes e comercializadores de hidrazina entretanto contactados, é viável o fornecimento, transporte e armazenamento em concentração de 5% em massa. A ficha de dados de segurança da hidrazina, nas condições constantes no anexo II do Regulamento 1907/2006/CE (REACH), é apresentada no RECAPE (anexo IX). Na fase de RECAPE foram pormenorizados uma avaliação dos impactes ao nível das disponibilidades de água em termos sazonais e em anos considerados seco, uma simulação contemplando anos de seca para avaliação do impacte térmico de rejeição do efluente na Vala Sul, um estudo hidrogeológico do troço da Vala Sul a afectar com a descarga dos efluentes líquidos, um estudo de inundabilidade da área prevista para a implantação da estação de bombagem de água à Central, uma análise mais detalhada dos impactes visuais da Central na paisagem envolvente e um novo estudo de ruído. Página 8

Foram apresentados Planos de Monitorização para a fase construção (ruído e qualidade da água da Vala Sul e água da Ribeira de Reveles), que integram as Cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos. Os Planos de Monitorização definitivos constarão da Licença Ambiental. O Dono da Obra compromete-se também à elaboração, antes do início do funcionamento da instalação, de um Plano de Emergência Interno e este juntamente com uma Análise de Riscos mais pormenorizada serão entregues às entidades competentes. De igual modo, o Dono da Obra compromete-se, na fase de desactivação, a apresentar um Plano de Desactivação Pormenorizado. As medidas mitigadoras a ter em consideração durante a construção e que constam das Cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos, referem-se à boa gestão do estaleiro do ponto de vista ambiental contemplando a não contaminação de solos, água superficial e subterrânea e ar, a preservação do património arqueológico e a paisagem e a minimização da poluição sonora. É exigido no Caderno de Encargos da Obra que a manutenção das máquinas seja feita de modo a controlar a poluição do ar e a poluição sonora. A manutenção das vias de acesso às obras, nomeadamente a sua limpeza, fazendo recurso a lava-rodas, o transporte de materiais e equipamentos, de e para a obra, de modo adequado, a correcta gestão dos resíduos (sólidos e líquidos) e o seu transporte a destino final adequado, por empresas licenciadas para o efeito, são obrigações do Empreiteiro que constam de modo pormenorizado nas cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos. De igual modo, a formação e sensibilização ambiental dos trabalhadores de Obra, imposta no Caderno de Encargos, é obrigação do Empreiteiro. As medidas de minimização em fase de exploração incluem tanto as indicadas na Declaração de Impacto Ambiental como as que foi necessário implementar para o cumprimento da legislação, nomeadamente as relacionadas com resíduos, paisagem e ruídos, mais tambem qualidade do ar, qualidade do agua, riscos e socio-economia e a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental. Página 9