Análise de Sistemas e Gestão de Projetos

Documentos relacionados
Análise de Sistemas e Gestão de Projetos

Introdução... 3 Referências... 3 Termos e definições... 3 Alterações Perspetiva Geral do Sistema Âmbito e Objetivos...

TELECONTAGEM - EQUIPAMENTOS DE SENSIBILIZAÇÃO E GESTÃO DE ELECTRICIDADE (SMART METERING)

SOLIUS Manager Intelligent Energy Control

Inovação de Portugal para o Mundo.

1) Sensibilização e formação das Pessoas nas áreas de Gestão de Energia

Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos

Mário Fernandes de Carvalho / CLIMA PORTUGAL

Protocolos de Comunicação

Índice SOLUÇÕES DE ÁGUA QUENTE. Controladores - A eficiência na gestão de um sistema integrado. Uma vasta gama de Controladores 03

+ - Projecto REIVE R E V E. Desenvolvimento de subsistema de monitorização e gestão de carga em baterias de Iões-Lítio

Sistemas de Gestão e Monitorização Contínua de Energia. 26 de Novembro de 2009

Projeto NetEffiCity. Fev 2017

MOVING BUSINESS FORWARD

Projeto «Escola +» - Promoção de Eficiência Energética entre Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Lisboa, 10 de fevereiro de 2015

Eficiência Energética e Redes Inteligentes

Projeto «Escola + Eficiente Eficiência Energética da Escola à Comunidade» PPEC

A Iluminação Conectada. Rogério Alves Gerente de Sistemas e Serviços Philips Lighting

CONTRATOS DE DESEMPENHO ENERGÉTICO O GUIA PARA CLIENTES

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SOLUÇÕES MACHINE TO MACHINE

ELETRICIDADE E ELETRÓNICA

Lâmpadas MASTER TL5. Safety and peace of mind. A solução. TrustSight LED Emergency drivers perfeita. A gama mais completa de lâmpadas MASTER TL5

MOVING BUSINESS FORWARD

A Plataforma de Monitorização e Automação Energética para o Seu Espaço.

Domótica Inteligente. Catalogo 2017 Out Soluções de Automação para Profissionais EXTA LIFE 1

Faculdade SENAI Rio. Infraestrutura Graduação Tecnológica em Automação Industrial

Sistema de chamadas e de alarme por voz Plena O caminho mais rápido para a segurança

ÁGUA E ENERGIA. João Nuno Mendes. Workshop LIFE Smart Water Supply System 15 março 2017

A nova multifunções para a instalação: A ESY-Pen da ESYLUX

Projeto «Escola + Eficiente Eficiência Energética da Escola à Comunidade» PPEC

CIDADES + INTELIGENTES ILUMINAÇÃO PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DE INTERFACE GRÁFICA PARA UM SISTEMA DIDÁTICO EM CONTROLE DE PROCESSOS

Desafios para o desenvolvimento das redes eléctricas do futuro

Aula 13 Arquiteruras Elétricas

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR TÉCNICO EM ELETRÔNICA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

A quem se destina. Principais Benefícios. Empresas que pretendam reduzir os seus consumos energéticos localização: Norte Centro

Substituir o gasóleo pela eletricidade SavEnergy

Painel para análise de circuitos resistivos CC. (Revisão 00)

Quadro de Organização Curricular

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética;

Contratos de Desempenho Energético. Jorge Borges de Araújo

Sabe onde você gasta mais energia? Sabe como reduzir o seu consumo e manter o conforto e produtividade? Sabe como reduzir a sua pegada ecológica?

Heating. bomba de calor 61AF A 6 5 º C

Identificação do Projeto (NUP): POCI FEDER Designação do projeto: Inovação e Especialização Inteligente (IEI).

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO. Análise de Requisitos

Ganhe eficiência nas soluções de energia.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO OPERACIONAL DO PRIMEIRO SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE ELÉTRICA E INTEGRADO À EDIFICAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Automação da casa. Domótica = Domus + robótica

Poupar com criatividade

ENGENHARIA E TREINAMENTO

AGGAR Soluções em Engenharia - Portfólio Rua Imbé 770, Jardim das Rosas Ibirité - Minas Gerais

CATÁLOGO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA CONTROLADORES SOLARES

PEA5918 Redes Elétricas Inteligentes e Microrredes (Smart Grids e Microgrids)

Transmissores e Receptores

Regras de procedimentos para transporte de bens e mercadorias. Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado

Sistema Distríbuído de Medição de Grandezas

TYTEC - Tecnologias de Integração, Comunicações e Segurança, SA Contribuinte Rua Vasco Santana, lote 24, Loja A Dto.

DC Modular Otimizado para consumo mínimo de água

A empresa. Programa de Eficiência Energética. Solução técnica (Equipamentos e Software) Serviços de gestão de energia. Processo de Adesão

Com a solução de energia solar EDP que adquiriu já pode utilizar a energia solar para abastecer a sua casa.

A empresa Atria Energia, sediada em Porto Alegre / RS, executa projetos, start-up e acompanhamento da instalação em:

Plano de Trabalho Docente

Climatização. Manual de Instalação

a importância dos sgte nas instalações de avac&r

Conforto Adaptativo. 14 as Jornadas de Engenharia de Climatização. Influência do comportamento dos ocupantes no consumo energético de edifícios

INSTRUMENTAÇÃO MECATRÔNICA

SI INOVAÇÃO Fase III 19 de fevereiro de 2013 a 22 de abril de 2013 Fase IV 23 de abril de 2013 a 5 de setembro de 2013

CURSO DE GESTÃO DE ENERGIA NA INDÚSTRIA. Tema: Manutenção Industrial Formador: João de Jesus Ferreira

Low Voltage Products. Smart Metering O quadro do contador como centro de contagem e de comunicação

uma Solução com identidade v0 03/06/2016

Aquecimento e arrefecimento. Ventilação. Humidificação e desumidificação

Casa Eficiente f. Instalação de sistemas de gestão de consumos de energia

O primeiro quiosque controlado por SMS!

CATÁLOGO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA CONTROLADORES SOLARES

Engenharia de Software. Prof. Me. Clodoaldo Brasilino

síntese dos resultados obtidos

Com a solução de energia solar EDP que adquiriu já pode utilizar a energia solar para abastecer a sua casa.

Radiadores e Toalheiros

Instalação. Ponto de acesso sem fios NETGEAR ac WAC120. Conteúdo da embalagem. NETGEAR, Inc. 350 East Plumeria Drive San Jose, CA USA

Plataforma de Monitorização Contínua. ViGIE 2.6

Microcontroladores e Robótica

Módulo/Semestre 1 Carga horária total: 300h

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS VISÃO GERAL DO PRODUTO

Sustentabilidade dos Serviços de Água e Boas Práticas no Controlo de Perdas GESTÃO DE PRESSÕES. Margarida Pinhão APDA/CESDA

Instituto Superior Técnico (IST)

Com a solução de energia solar EDP que adquiriu já pode utilizar a energia solar para abastecer a sua casa.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Sistema de monitorização e gestão de energia Kisense Projeto ANA - Aeroportos de Portugal (Grupo Vinci Airports)

MONITORAMENTO E GERENCIAMENTO DE TEMPERATURA EM SALAS DE EQUIPAMENTOS

RADIADORES E TOALHEIROS

ENERGIA SOLAR NÃO É UM CUSTO. É UM BOM INVESTIMENTO.

Prêmio EDLP. Sistema de Gerenciamento e Controle de Energia

CVM-A1500. Analisador de redes com qualidade de fornecimento. Qualidade em todos os sentidos. Medição e Controlo

Eficiência energética na Agrária de Coimbra:

Automação Industrial PEA-2211: INTRODUÇÃO À ELETROMECÂNICA E À AUTOMAÇÃO AUTOMAÇÃO: CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Ricardo Van Erven AES Eletropaulo Brasil. Construção de um Projeto Piloto Smart Grid

Transcrição:

4º Ano MIEEC Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Equipa 4 Smart Rocks CONCEITO DE SISTEMA Análise de Sistemas e Gestão de Projetos Abril 2012 1

2

Índice Conceito do Sistema... 4 Enquadramento do Sistema... 4 System Breakdown Structure... 5 3

Conceito do Sistema Este documento tem por objetivo estabelecer e especificar todas as funcionalidades e funções do sistema e o seu enquadramento no mercado. É aqui elaborado o SBS System Breakdown Structure, que define a estrutura do sistema, as suas fronteiras e arquitetura funcional. São também definidas as grandes opções tecnológicas do projeto. Enquadramento do Sistema Nos dias de hoje, cada vez mais se olha para o impacto ambiental e para os consumos energéticos. A eficiência energética, devido ao aumento do custo da energia que se sentem em Portugal e a imagem verde estão cada vez mais associados a empresas e ao quotidiano do ser humano comum. O projeto Smart Rocks, insere-se no âmbito de redução de consumos energéticos ao nível de infraestruturas como edifícios de escritórios. A redução dos custos energéticos é uma das prioridades de várias empresas e a imagem verde para o exterior conta para o desenvolvimento da sua imagem de marca, pelo que um sistema inteligente capaz de reduzir os consumos energéticos é fundamental no seio empresarial. Ao nível doméstico o sistema é igualmente apelativo pois é interesse do Homem reduzir os consumos energéticos mensais devido ao elevado custo que os mesmos apresentam como foi referido anteriormente e um sistema inteligente, autónomo, capaz realizar a tarefa sem preocupações para o utilizador é a melhor forma de o fazer. 4

System Breakdown Structure De seguida é apresentado o SBS através de um diagrama onde podem ser observados quatro níveis diferentes. Smart Rocks - Um sistema inteligente ligado à eficiência económica e preocupações ambientais que, aplicado a um edifício, potencia uma monitorização e controlo em tempo real de uma forma mais eficaz das grandezas energéticas. Com o recurso a este sistema, podem ser identificados pontos "fracos" da rede podendo ser reforçados com o objetivo de maximizar a eficiência do edifício e reduzir de custos. 5

O Sistema de Gestão de Energia é um produto que pertence ao nível 1 do SBS. O SGEN agrega todas as funcionalidades essenciais, em detrimento das necessidades do cliente, como a aquisição, transmissão e monitorização de dados que resultam no controlo e gestão de energia do sistema pertencente a esse mesmo cliente. Este produto divide-se nos seguintes subprodutos de nível 2: O hardware estando presente no nível 2 do SBS. Este subsistema é composto por todos os sensores, atuadores, controladores e transformadores, para além da interface, que estão presentes no sistema. Os sensores serão os responsáveis por fazer a recolha/aquisição de dados importantes (ex: sensores de presença, sensores para medição de temperatura,...), que serão enviados para posterior tratamento. Os atuadores são os componentes que irão receber informação de um elemento de controlo, atuando nos elementos do sistema, caso seja necessário, de maneira a obter um funcionamento mais eficiente do mesmo. Os controladores serão o elemento central do sistema de gestão, responsáveis por controlar a iluminação, temperatura, consumos energéticos, etc., enviando a informação para os atuadores, de acordo com a informação recolhida pelos sensores. Os transformadores servirão para a aquisição de mais dados importantes para o sistema, medindo intensidades das correntes (transformador de intensidade) e tensões (transformadores de tensão), sendo essa informação usada posteriormente. A interface será o elemento de comunicação entre o sistema de gestão de energia e o utilizador, fornecendo todos os dados pretendidos acerca do estado presente do sistema, sendo que estes dados mostrados serão diferentes, sendo o utilizador o cliente ou o administrador. Esta interface poderá ser um conjunto de painéis ou de LCDs, colocados em vários locais do edifício. O Software do Cliente onde a sua função é meramente informativa sobre o estado do sistema. As suas funções principais permitem: Apresentar de forma didática os consumos energéticos em tempo real e o seu historial a nível geral e por grupos de equipamentos, tal como da emissão de CO2; 6

Apresentação da poupança energética e monetária global e por grupo de equipamentos; Apresentação de avisos sobre potenciais consumos excessivos de equipamentos ou falhas no sistema. O Software Administrador em que a função primordial deste subproduto é a atuação sobre a forma como o sistema deve regular as cargas e os seus equipamentos. Inclui todas as funcionalidades do Software Cliente e permite definir os parâmetros de atuação do sistema através das seguintes propriedades: Permite ligar e desligar circuitos elétricos agregados ao sistema Definir anualmente períodos de operação da instalação, se necessário para cada dia do ano; Monitorizar consumos de energia e valores das principais grandezas elétricas da instalação; Efetuar o controlo de potência de ponta da instalação mediante o deslastre de cargas definidas como não prioritárias para a operação da instalação, uma funcionalidade de extrema importância como medida de controlo da fatura energética; Permitir o acesso remoto à instalação para efeitos de parametrização dos controlos de cargas; Definir níveis de operação dos sistemas de iluminação em função do nível de iluminação natural captada pelos correspondentes sensores. Continuando no nível 1 do SBS temos o Conceito de Sistema que é um dos processos que constitui o nosso sistema Smart Rocks, sendo, no ciclo de vida do sistema, a fase inicial, fase essa em que o cliente, após procurar a nossa empresa por forma a contratar os nossos serviços, são analisados vários pontos como: Estudo consiste no estudo preliminar, de acordo com os requisitos do cliente, em que são procuradas/estudadas soluções para o seu problema, de acordo com o que a empresa disponibiliza, requerendo, eventualmente, visitas ao edifício em análise; Projeto consiste na elaboração do projeto do sistema de acordo com os requisitos do cliente e após a fase de estudo. Está incluído, por exemplo, o dimensionamento dos sensores e atuadores por forma a garantir as funcionalidades de controlo desejadas. 7

Orçamento consiste na elaboração do orçamento a apresentar ao cliente, tendo em consideração a fase de estudo e a fase de projeto do sistema; Logística consiste no planeamento logístico do sistema, como por exemplo: Como será realizado o seu transporte até ao local definido? Como será implementado e instalado? A Implementação também pertencente ao nível 1 do SBS é a fase que se segue naturalmente à fase de Conceito de Sistema. Esta fase baseia-se fundamentalmente na instalação do sistema bem como nos esforços necessários para garantir o seu bom funcionamento de acordo com o estabelecido. Consideram-se os seguintes pontos: Instalação consiste na instalação do nosso sistema no local definido, de acordo com os requisitos estabelecidos pelo cliente, em que a estrutura do edifício não pode ser alterada de qualquer forma, ou seja, a instalação não pode ser de forma invasiva (por exemplo: instalação de sensores e atuadores. Não podem ser demolidas paredes nem outras componentes estruturais do edifício); Teste consiste na realização de testes após a montagem no local, por forma a garantir o funcionamento a 100% do sistema minimizando as falhas que possam comprometer o sistema em relação ao cliente, tendo em vista a maior fiabilidade possível; Simulação consiste na simulação de vários cenários de consumos e de poupança por forma a transmitir para o cliente, de forma mais realista, o que poderá poupar com a instalação do sistema. Ainda no nível 1 do SBS temos a Formação de Utilizadores que se baseia fundamentalmente na formação dos futuros utilizadores do sistema por forma a garantir um correto manuseamento deste. Nesta fase consideram-se os seguintes pontos: Manual de Utilizador consiste na elaboração de um manual que explique e exemplifique o funcionamento do sistema, com linguagem corrente, não técnica, por forma a que, qualquer pessoa que o leia e que seja um utilizador do sistema (independentemente do seu estatuto dentro do edifício) fique devidamente esclarecido sobre o correto funcionamento do sistema; Workshop s consiste na elaboração de formaçõesaos utilizadores do sistema por forma a que estes fiquem esclarecidos sobre o seu correto funcionamento; 8

Apoio Técnico consiste em, após a instalação do sistema, disponibilizar uma equipa especializada para esclarecimento de dúvidas por parte do cliente sobre o funcionamento do sistema. A Exploração permite a realização de um acompanhamento técnico ao longo do ciclo de vida do sistema. Consideram-se os seguintes pontos: Supervisão processo pelo qual se pretende obter um funcionamento contínuo e sem falhas do sistema; Suporte é um serviço que presta assistência intelectual, tecnológica e material ao cliente com o fim de solucionar problemas técnicos; Manutenção é a combinação de todas as ações de suporte e supervisão destinadas a manter o sistema em estado no qual possa desempenhar as funções requeridas. O Desmantelamento compreende a parte final do ciclo de vida do sistema no qual se consideram os seguintes pontos: Desmontagem processo no qual, após o ciclo de vida do sistema ter chegado ao fim, se procede à desmontagem dos elementos implementados no sistema. Reaproveitamento - processo no qual se procede ao reaproveitamento das matérias do sistema que possam ser beneficiados como matéria prima para um novo produto. Porto, 26 de abril de 2012 Documento redigido por: Ricardo Ferreira Documento revisto por: 9