Unidade Curricular: Simulação Empresarial Área Científica: Contabilidade Curso / Ciclo: Contabilidade e Administração - 1º Ciclo Docente Responsável: Fernando José Franco Correia Amaro Ano Regime Tipo 3º Semestral Obrigatória Código ECTS Créditos ECTS IPV.ESTG.9060.700 12 Volume de Trabalho Total (horas): 318 Total Horas de Contacto: 190,2 T TP P PL OT - - - 159 31,2 Competências Âmbito O presente documento estabelece as regras específicas de funcionamento da unidade curricular de Simulação Empresarial que consta nos currículos das Licenciaturas em Contabilidade e Administração e em Gestão de Empresas. Sempre que justificável, poderão ser emitidas notas interpretativas relativas a qualquer das disposições deste Guia de Funcionamento. Nos casos omissos no presente Guia de Funcionamento, compete à equipa docente da unidade curricular de Simulação Empresarial decidir em todos os aspectos pedagógicos e operacionais. Características O modelo assenta num sistema de interactividade entre a actividade da empresa simulada por um conjunto de alunos e a actividade desenvolvida pelos demais alunos integrantes da rede global. Do conjunto das actividades desenvolvidas é desejável que se encontre a simulação de uma parcela significativa da actividade económica onde as empresas se movem (concorrentes, fornecedores, clientes, bancos, administração fiscal, etc.) e, essencialmente, a simulação da prática contabilística anual de uma empresa. A rede global é constituída pelos alunos inscritos na unidade curricular de Simulação Empresarial e por alunos de outros estabelecimentos de ensino superior aderentes ao Projecto. A rede é, na sua base, gerida pelo ISCA Aveiro. OBJECTIVOS A unidade curricular de simulação empresarial tem como objectivo fundamental que os alunos estabeleçam as relações interdisciplinares que estão permanentemente subjacentes à realidade empresarial. Como objectivos mais específicos:
Consolidar e integrar os conhecimentos obtidos nas restantes unidades curriculares do curso, especialmente os que mais de perto se relacionam com o exercício das profissões para as quais o curso habilita. Proporcionar aos alunos uma visão prática dessas profissões, que melhorem os seus conhecimentos técnicos, se consciencializem da valia dos conhecimentos teóricos, tenham uma visão integrada e globalizante do curso e, sobretudo, possam adquirir no conjunto, responsabilidade e auto-confiança. Facultar a vivência ética na profissão e nos negócios, desenvolvida em ambiente de simulação da realidade empresarial, mas suficientemente profunda e marcante para proporcionar uma futura postura ética. Pretende-se que alunos aprendam, ou melhor, cresçam em aspectos como: partilha de tarefas e opiniões, defesa de opiniões, aprender com os erros, cumprir prazos, aplicação dos conhecimentos teóricos de forma integrada em situações práticas, desenvolvimento do espírito de investigação na resolução de problemas e da capacidade de expressão oral e escrita. Os alunos que concluírem a unidade curricular com aproveitamento terão o seu reconhecimento por parte da CTOC como equivalente à realização de estágio profissional, necessário no acesso à profissão de Técnico Oficial de Contas. Requisitos prévios Não aplicável. Descrição dos conteúdos Funcionamento Aspectos iniciais Os alunos constituem empresas virtuais que se relacionarão num mercado simulado, reflectindo as características e obrigações do mercado real. Durante o semestre, que corresponderá a um ano económico virtual, os alunos serão empresários, gestores, directores administrativo-financeiros, directores comerciais e contabilistas. No mercado existirão: Empresas, Entidades Públicas, Central Financeira (Banco, Seguradora, Leasing), Central Pública (Administração Fiscal, Segurança Social, Notário, Conservatória) e Central Comercial. Durante o semestre e face ao calendário apertado a cumprir (1 semana real equivale a cerca de 1 mês virtual), os alunos não poderão descurar, entre outras, as seguintes tarefas: gestão corrente da empresa, o cumprimento das obrigações fiscais e parafiscais, a representação da empresa em todos os actos, nomeadamente auditorias. Grupos de Trabalho
Cada grupo de trabalho é obrigatoriamente constituído por dois alunos, de formação livre, salvo situações pontuais que justifiquem a intervenção da equipa docente no processo de constituição. No caso de o número global de alunos inscritos ser ímpar, é permitida a realização da unidade curricular de forma isolada. A cada grupo será atribuída por sorteio uma única empresa em simulação, com o correspondente NIF e definido um conjunto de objectivos e tarefas a desenvolver pela mesma. Todos os elementos do grupo devem participar activamente no trabalho e repartir entre si as funções e trabalhos de grupo, mas responderão solidariamente em todos os aspectos operacionais e pedagógicos para efeitos de avaliação. Não são autorizadas quaisquer trocas ou alterações na constituição dos grupos ao longo do processo, a não ser em casos devidamente justificados. As situações de conflito entre elementos do grupo serão analisadas pela equipa docente e podem ser objecto de penalizações adequadas, com efeito na classificação. Nos casos de impossibilidade comprovada e justificada, de um dos elementos do grupo prosseguir o trabalho, o outro elemento pode ser autorizado a prosseguir as actividades previstas para o grupo de uma forma isolada. Horário A unidade curricular será leccionada em 3 aulas semanais de 4 horas/cada, sendo que existirá o número de turnos adequado ao número de alunos inscritos. Existirá, obrigatoriamente, um horário diurno e um horário nocturno (pós-laboral). Cada aula será supervisionada por um ou mais dos docentes da unidade curricular, que se encarregarão do acompanhamento de toda a actividade em sala. Para que a CTOC possa reconhecer a unidade curricular de Simulação Empresarial como equivalente à realização de estágio profissional, pressupõe-se que a sua duração corresponda a 180 horas, ou seja, 15 semanas de actividade, obtidas da seguinte forma: 13 semanas lectivas x 12 horas semanais 1 semana académica x 12 horas 1 semana imediatamente após o final previsto para o 2.º semestre No caso de existência de feriados ou interrupções não previstas que obriguem à interrupção das actividades lectivas, as compensações serão divulgadas antecipadamente aos alunos. O controlo de assiduidade será feito através de folha de presença, sempre com a monitorização dos docentes da disciplina. Por ser considerado um dos aspectos fundamentais da unidade curricular, os alunos que por qualquer motivo, faltem ao seu horário, devem compensá-la noutro horário ou noutro dia.
Equipa Docente As actividades a desenvolver pelos grupos de trabalho são orientadas em termos operacionais e pedagógicos por um número de docentes do departamento de gestão, adequado ao número de alunos inscritos. A cada docente ou grupo de docentes será atribuída a orientação de diversos grupos de trabalho, correspondentes a empresas em simulação e que serão definidos no início das actividades lectivas. As actividades de orientação desenvolvem-se no horário definido antes do início das actividades, com presença obrigatória por parte dos alunos e terá a duração semanal de 1,5 horas. Os docentes coordenadores dos grupos integrarão, por inerência, o respectivo júri em todo o processo de avaliação. Os docentes participarão nas actividades gerais de acompanhamento operacional e de assistência pedagógica, nomeadamente as relativas à avaliação, monitorização das salas de trabalho, auditorias às empresas, de acordo com a distribuição de tarefas a elaborar pela equipa docente. Os docentes terão como principal missão a resolução de qualquer problema operacional ou técnico, deixando aos alunos a missão de resolver, por sua iniciativa, os problemas relacionados com a actividade e com a contabilidade das suas empresas, privilegiando desta forma, o espírito de iniciativa e a investigação. Instalações e Meios A utilização das instalações e de outros meios disponibilizados pela Escola, para uso dos alunos inscritos em Simulação Empresarial, obedecerá a limitações de tempo e a regras de uso específicas, a definir antes do início das actividades operacionais, visando a equidade possível entre os grupos. Todas as tarefas contabilísticas integradas nas actividades operacionais simuladas serão obrigatória e exclusivamente desenvolvidas com base nos programas informáticos que a Escola disponibilizar para o efeito, nos Laboratórios 9 e 10, nos horários da unidade curricular. As outras tarefas podem ser desenvolvidas com recurso a quaisquer outros meios informáticos disponíveis na Escola ou fora dela. Calendário A actividade dos alunos nesta unidade curricular está sujeita a um calendário virtual, definido pela Coordenação gestora de toda a rede: ISCA Aveiro, pelo qual se regerá toda a actividade das empresas. As datas simuladas são de uso obrigatório em todas as actividades operacionais e a sua cronologia não pode ser alterada. Formação
No sentido de permitir que os grupos estejam devidamente preparados para a utilização das ferramentas informáticas, antes do início do exercício económico, os docentes proporcionarão aos alunos formação nos softwares específicos a utilizar: Primavera (Contabilidade, Recursos Humanos, Imobilizado, Gestão Comercial) Portais: Central Comercial, Central Financeira e Central Pública Plataforma de E-learning Blackboard No que se refere às aplicações do software Primavera, esta formação surge como complemento à unidade curricular de Aplicações de Informática de Gestão. No decurso da unidade curricular poderão ocorrer outras sessões/acções de formação consideradas pertinentes. Métodos de ensino e aprendizagem Actividades pedagógicas Método pedagógico O objectivo pedagógico da unidade curricular é o do reforço das competências adquiridas noutras unidades curriculares e a consolidação das atitudes profissionais, pessoais e éticas. O método pedagógico é orientado para o saber fazer e para o aprender a aprender, e tem por objectivo proporcionar aos alunos uma visão prática da sua futura actividade profissional e facilitar a sua transição para o mundo do trabalho. O ensino/aprendizagem tem uma perspectiva multidisciplinar (orientação para a consolidação e integração de conhecimentos) e deve estimular a capacidade de pesquisa e de trabalho em grupo. Fase I Relatório Inicial No relatório inicial o grupo deverá, genericamente, obter informação e formação específica adequada e decidir sobre os meios e as condições indispensáveis (em todos os domínios legais, fiscais e operacionais), de forma a ficar cabalmente habilitado a iniciar a gestão corrente dos negócios da empresa simulada que lhe tenha sido atribuída. Este relatório deve ser entregue até à data prevista no cronograma. Nesta fase, as tarefas específicas a desenvolver por cada grupo dependerão de vários factores e circunstâncias, tais como: A situação em que o grupo receber a empresa a constituir ou existente; As indicações técnicas fornecidas ao grupo (ficha de empresa) relativas ao comportamento previsível do mercado e ao posicionamento da empresa no mesmo; Outras tarefas de livre iniciativa do grupo, resultantes da estratégia que pretenda implementar.
Até à data prevista no cronograma, cada grupo deverá organizar um dossier contendo o seguinte: Empresas a constituir: Descrição sumária das formalidades da constituição da empresa. Planificação das actividades a desenvolver de acordo com os objectivos definidos na ficha de empresa: Bens e serviços ou áreas de negócio. Sectores de actividade dos principais clientes e fornecedores. Ciclos de actividade. Recursos humanos necessários e respectiva estrutura funcional. Relações contratuais a estabelecer com entidades prestadoras de serviços. Enquadramento fiscal e breve descrição das principais obrigações. Organização contabilística e dossier de arquivo (2 pastas: Contabilidade / Documentos Oficiais; 4 diários: Compras / Vendas / Bancos / Operações diversas) Medidas de controlo interno a adoptar no desenvolvimento da actividade. Empresas já constituídas: Descrição sumária das diligências a efectuar decorrentes das alterações na estrutura societária. Planificação das actividades a desenvolver de acordo com os objectivos definidos na ficha de empresa: Bens e serviços ou áreas de negócio. Sectores de actividade dos principais clientes e fornecedores. Ciclos de actividade. Recursos humanos necessários e respectiva estrutura funcional. Relações contratuais a estabelecer com entidades prestadoras de serviços. Análise crítica do balancete final e documentos conexos, apresentando os eventuais lançamentos contabilísticos de correcção. Enquadramento fiscal e breve descrição das principais obrigações. Organização contabilística e dossier de arquivo (2 pastas: Contabilidade / Documentos Oficiais; 4 diários: Compras / Vendas / Bancos / Operações diversas) Medidas de controlo interno a adoptar no desenvolvimento da actividade. Para facilitar a avaliação dos relatórios, sem prejuízo da total liberdade e criatividade dos
alunos, recomenda-se que o relatório inicial seja redigido de acordo com a sequência atrás indicada, correspondendo cada item a um capítulo separado. Para obviar a tendência que se tem verificado de alguns alunos colocarem no relatório muitos anexos (decerto importantes), a seguir indicam-se os que a Coordenação considera essenciais para a unidade curricular: 1. Pedido de certificado de admissibilidade de firma ou denominação. 2. Pacto social proposto (ou actualizado para as empresas existentes). 3. Declaração de inscrição no registo/início de actividade fiscal (ou alterações para empresas existentes). 4. Acta de nomeação dos corpos sociais (e/ou alteração pacto social). 5. Requerimento(s) dos registos exigíveis na Conservatória do Registo Comercial. 6. Legalização do livro de Actas. 7. Comunicação ao ACT do início/alteração de actividade e do mapa de Horário de Trabalho a praticar no estabelecimento. 8. Pedido de inscrição na Segurança Social (da empresa e vinculação de apenas um trabalhador para cada situação específica (normal, 1.º emprego, desempregado de longa duração, deficiente, reformado, ). 9. Contrato de trabalho (apenas um por tipo de contrato). 10. Contrato com o TOC (CEDPTOC). 11. Comunicação à CTOC (Estatuto dos TOC). 12. Comunicação à OROC, quando for o caso (Estatuto ROC-DL487/99). 13. Pedido de licenciamento (ou alvará) industrial/comercial (ou renovação do pedido pelas empresas existentes) através de requerimento dirigido à Central Pública e de Serviços, em que sejam especificados os elementos essenciais da actividade a desenvolver. Fase II Relatório Intermédio Esta fase tem como objectivo principal o lançamento e condução da actividade operacional da empresa simulada, por um período correspondente ao primeiro semestre de um exercício económico. O relatório intermédio simula a prestação de contas intercalares à gerência/administração à data de 30 de Junho e deve conter os seguintes elementos: Balanço. Demonstração dos resultados (por naturezas e por funções). Demonstração de fluxos de caixa. Notas justificativas dos ajustamentos extra-contabilísticos efectuados. Relatório resumido da actividade desenvolvida pela empresa durante o primeiro
semestre, incluindo um comentário aos resultados obtidos. Demonstrações dos resultados previsionais para o exercício económico. Breve comentário sobre as principais dificuldades operacionais encontradas até ao momento quer na condução da actividade da empresa, quer na unidade curricular em geral. Concretamente, e entre outras, dificuldades em termos de inserção na cadeia de valor da simulação empresarial com as necessárias consequências sobre o volume de facturação emitida e recebida. As empresas devem ainda anexar o seu balancete reportado à data de 30 de Junho bem como um mapa em excel dos ajustamentos e regularizações extracontabilísticos efectuados. O relatório intermédio deve ser entregue no prazo fixado no cronograma. Fase III Relatório Final Esta fase consiste na simulação do funcionamento efectivo da empresa durante o segundo semestre e contempla, obrigatoriamente, o encerramento do exercício económico, a preparação de todos os elementos relativos à prestação de contas e o cumprimento dos deveres fiscais relacionados com o exercício que se encerra. O relatório final deve ser apresentado no prazo fixado no cronograma, devendo ser constituído, no essencial, pelos seguintes elementos: Processo de Prestação de Contas: Este processo corresponde ao dossier que normalmente é distribuído aos sócios (accionistas), tendo em vista a Assembleia-geral ordinária. Esta componente do Relatório Final deve conter exclusivamente: Balanço analítico em 31 de Dezembro. Demonstração dos resultados por naturezas. Demonstração dos resultados por funções. Anexo ao balanço e à demonstração dos resultados. Demonstração dos Fluxos de Caixa. Relatório de gestão. Comentário aos desvios entre as demonstrações financeiras previsionais e finais das principais contas de custos, proveitos e resultados. Processo das obrigações legais (lei comercial) e fiscais (dossier fiscal): Cada empresa deve organizar um dossier (para efeitos de avaliação e arquivo para anos futuros) apenas com os seguintes documentos: Convocatória para a Assembleia-geral.
Acta de aprovação de contas, sugerindo-se, caso haja lucros, a atribuição de uma gratificação ao pessoal entre 10% e 20% dos resultados líquidos, ao abrigo do disposto no CIRC. Modelo 10. Modelo 22 e respectivos anexos (se for caso disso). Nota discriminativa e justificativa dos valores considerados na Modelo 22 (correcções do Q07 + valores inscritos no Q10). Informação Empresarial Simplificada (IES) e seus anexos. Balancete analítico do razão após regularizações e balancetes sintéticos antes e depois dos lançamentos de rectificação. Mapa de amortizações (modelo oficial). Mapa de provisões fiscais (modelo oficial). Mapa das mais e menos valias fiscais (modelo oficial). Quadro resumo do imobilizado com a informação constante da ficha de imobilizado de cada bem. Inventários de existências em 31 de Dezembro. Quadro resumo com os elementos de identificação dos trabalhadores (nome, idade, nível de formação, data de admissão, vínculo, categoria profissional, função, vencimento). Contratos de locação financeira e respectivo plano de serviço da dívida actualizado à data de 31/12. Contratos de seguros. Contratos de empréstimos de MLP. Inventário das aplicações financeiras à data de 31 de Dezembro. Nota discriminativa dos acréscimos e diferimentos. Fase IV Apresentação Oral A apresentação oral tem por objectivo principal avaliar a capacidade dos elementos do grupo quer colectiva quer individualmente, em termos de exposição pública e verificar os conhecimentos específicos adquiridos por cada elemento do grupo. A apresentação oral será iniciada pelos alunos com uma exposição livre sobre a actividade desenvolvida pela empresa e sobre o funcionamento geral da unidade curricular de Simulação Empresarial, com a duração máxima de 20 minutos. Na exposição, poderão utilizar os meios que considerarem mais adequados. Os alunos deverão colocar-se na posição do profissional da contabilidade que colaborou no processo de prestação de contas e que está encarregado de fazer a respectiva apresentação na Assembleia-geral.
Os membros da Assembleia-geral, neste caso, serão representados pelo júri, que inclui os docentes orientadores. Neste último contacto com o aluno no âmbito da unidade curricular, este fará ainda as críticas construtivas que entender, quanto às opções feitas no relatório final e demais elementos de prestação de contas da empresa/entidade, tendo o direito (dever) de justificar a sua posição, especialmente naqueles casos em que as soluções não são únicas. Auditorias Em qualquer momento do processo, os docentes da unidade curricular podem determinar auditorias gerais às empresas, com aviso prévio aos grupos. Estas auditorias serão realizadas pelos docentes e darão origem a um relatório do auditor a incluir no processo da empresa e a considerar com destaque na avaliação contínua. Além das auditorias referidas anteriormente, durante o trabalho em sala, as empresas podem ser auditadas por um dos docentes, sem aviso prévio. Tais auditorias podem incidir sobre aspectos contabilísticos, de gestão, fiscais, legais ou outros. O resultado destas auditorias será também remetido por escrito para o processo individual dos alunos/empresa, para efeitos de avaliação contínua. As auditorias deverão ser realizadas sem a presença dos alunos. No entanto, quando se justificar, poderá a equipa docente determinar a realização das auditorias na presença dos alunos. Modo de avaliação A avaliação da disciplina abrange cinco vectores fundamentais: A aplicação integrada dos conhecimentos adquiridos; A elaboração de relatórios; O trabalho em equipa; A vivência ética da profissão; A capacidade de exposição oral. A avaliação será realizada em quatro fases e os elementos de avaliação a considerar em cada uma delas, são: Fase I Relatório Inicial (100%) = 3 valores Fase II Relatório Intermédio (70%) + Auditoria 1 (30%) = 3 valores Fase III Relatório Final (50%) + Auditoria 2 (20%) + Auditoria Oper. Especiais (30%) = 10 val. Fase IV Apresentação Oral (50%) + Avaliação do Orientador (50%) = 4 valores A nota final resultará da ponderação da classificação obtida em cada fase e considera-se
aprovado todo o aluno que obtenha uma nota final igual ou superior a 10 valores. A avaliação do orientador compreende a avaliação de competências genéricas como sejam a atitude e a solidariedade. O elemento Atitude incorpora aspectos diversos: assiduidade, pontualidade, comportamento e participação. Em termos de participação, são valorizadas competências como: expressão e comunicação, poder de síntese, trabalho em equipa, espírito crítico e iniciativa. A falta de entrega de qualquer dos elementos de avaliação implica a sua classificação com zero valores. A entrega, fora do prazo estabelecido, de qualquer dos relatórios, implica uma redução à nota do relatório correspondente em 0,5 valores por cada dia real de atraso, até ao limite de 7 dias de calendário. Ultrapassado este prazo será considerada falta de entrega do relatório, aplicando-se o disposto no ponto anterior. As avaliações intercalares serão divulgadas numa base qualitativa, isto é, os docentes divulgarão se o trabalho apresentado Satisfaz ou Não Satisfaz os requisitos mínimos exigidos em cada fase. Todo o processo de avaliação será orientado segundo princípios da avaliação continuada, de modo a que as avaliações intercalares tendam elas próprias a reflectir, tanto quanto possível, o esforço desenvolvido e o empenho demonstrado pelos alunos, e não apenas a valia dos relatórios apresentados. Os grupos com a informação Não Satisfaz poderão solicitar, por escrito à equipa docente, no prazo de dois dias úteis após a publicação das avaliações intercalares, a substituição dos respectivos relatórios ou apenas dos seus elementos mais deficientes. Os novos elementos, a apresentar num prazo de cinco dias úteis após o diferimento do requerimento, não poderão originar uma melhoria da nota do relatório para um nível superior a 10 valores. Em termos quantitativos, a nota final será comunicada aos alunos no final do semestre. Os docentes poderão exigir, a qualquer aluno ou grupo de trabalho, a realização de uma oral para confirmação das notas a atribuir. Se algum elemento do grupo entende que a nota que lhe foi atribuída não traduz o seu real desempenho, a equipa docente está na disposição de reexaminar a nota atribuída desde que, em simultâneo, estejam garantidos os seguintes requisitos: Os dois elementos do grupo, em conjunto, manifestem, por escrito, a sua vontade em requerem a revisão de nota; Reconheçam, por escrito, que a entrega do pedido para revisão de nota invalida automaticamente a nota atribuída pela equipa docente; A revisão de nota será realizada, na presença dos quatro docentes que realizaram a avaliação dos grupos de trabalho;
A oral será conduzida pelos dois docentes que não tiveram uma intervenção directa na avaliação do grupo e bem assim na atribuição directa da nota, podendo os outros dois docentes intervir sempre que o acharem conveniente; A matéria sujeita a avaliação versará os diferentes temas abordados no âmbito da unidade curricular de Simulação Empresarial, nomeadamente, contabilidade, fiscalidade, direitos comercial e societário, fiscalidade, A não comparência dos alunos à oral que requeriam a revisão de nota implica de imediato a sua reprovação. A não aprovação na unidade curricular de Simulação Empresarial não confere, em caso algum, direito às épocas de recurso e especial. Bibliografia mais relevante Caiado, António Pires; Contabilidade de Gestão, 2.ª edição, Áreas Editora. Pereira, Carlos Caiano e Franco, Victor Seabra; Contabilidade Analítica, 6.ª edição, Rei dos Livros. Legislação: Sistema de Normalização Contabilística (SNC) Código do IRC (CIRC) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS) Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA) Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias (RITI) Código do Processo e do Procedimento Tributário (CPPT) Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) Lei Geral Tributária (LGT) Código Comercial (CC) Código das Sociedades Comerciais (CSC) Código do Trabalho (CT)