Jornal do Commercio - PE 14/12/2015-08:17. Dráuzio na guerra contra o Aedes



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Transcrição:

Dráuzio na guerra contra o Aedes Jornal do Commercio - PE 14/12/2015-08:17 Até amanhã, o médico e escritor paulista Dráuzio Varella está no Recife para acompanhar de perto as ações do Estado no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chicungunha e da zika. A agenda de Varella começa hoje, às 16h, em um encontro com o governado de Pernambuco, Paulo Câmara, e outras autoridades, no Palácio do Campo das Princesas, no Centro da cidade. Dráuzio Varella foi escolhido para protagonizar a campanha publicitária do governo estadual, lançada no último dia 6, que convoca a população para aderir à força-tarefa de enfrentamento ao Aedes. Em spot de rádio e vídeo institucional veiculado na internet e na TV, o médico alerta os pernambucanos sobre a situação atual da saúde no País com relação às doenças causadas pelo mosquito e explica a importância dos cidadãos na guerra ao Aedes. Há muitos anos convivemos com o mosquito da dengue. Mas agora a realidade é outra. Além da dengue, temos casos de zika e chicungunha. Enfermidades graves, capazes de provocar danos permanentes e até a morte, diz Varella na campanha. Ele também ressalta a relação do zika vírus nos casos de microcefalia, que evidenciam um quadro perigoso, que precisa ser enfrentado com determinação e a ajuda de todos os pernambucanos. Com atitude simples, mas que devem ser tomadas todos os dias, você pode evitar que o mosquito se reproduza e infecte mais pessoas. Pernambuco tem uma tradição de luta e esse é um combate decisivo em defesa da saúde e da vida, argumenta o médico. O nome de Dráuzio Varella foi pensado para a campanha estadual pelo seu apelo midiático (o médico já apresentou inúmeros quadros sobre saú- de pública no Fantástico) e pelo didatismo e clareza na maneira de informar a sociedade sobre as doenças que têm assustado os brasileiros. O médico é uma referência em sua profissão, envolvido especialmente com o setor de vigilância epidemiológica, chegando a atuar em 1989 num trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV na população carcerária da extinta Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo. Segundo o secretário-executivo de Comunicação Governamental, Evaristo Filho, Varella se colocou à disposição do Estado para acompanhar os trabalhos de combate ao mosquito. A agenda dele, após a reunião de hoje à tarde, está dedicada a isso. Desde que gravamos a campanha em São Paulo, Dráuzio Varella se mostrou bem preocupado com a situação e se colocou à disposição para vir a Pernambuco. Ele vem como uma pessoa interessada em saúde púbica. Ele acha que é um tema novo e desafiador, diz Evaristo Filho.

A campanha educativa em Pernambuco, além de veiculada nas rádios, na TV e na internet, deve utilizar outras plataformas de comunicação, com outdoor e cartazes. O vídeo institucional será veiculado em todas as emissoras de TV até o dia 26 de dezembro. Ao todo, serão 220 inserções. Essa ação faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado no dia 5, no Recife, pela presidente Dilma Rousseff, envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com Estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao zika. Hoje a Fundação Altino Ventura (FAV) vai fazer um mutirão de atendimento com os recém-nascidos que têm microcefalia. Os médicos vão avaliar a saúde visual dos bebês e o nível de comprometimento visual em consequência da anomalia. O atendimento gratuito acontece a partir das 7h, na unidade da Boa Vista, área central do Recife. Folha de Pernambuco - PE 14/12/2015-07:32 Aedes: MS libera 17,9 toneladas de larvicida SEGUNDO a pasta federal, a quantidade do material pode ser aplicada a 500 mil litros de água As últimas semanas têm ido de engajamento da população e de instituições da sociedade acerca do combate ao Aedes aegypti. E no que cabe ao poder público, a expectativa também é de reforço. O Ministério da Saúde (MS) anunciou o envio de 17,9 toneladas de larvicida para estados do Nordeste e do Sudeste, suficientes para tratar nove bilhões de litros, o equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. Cada quilo do produto pode ser aplicado a 500 mil litros. Apesar disso, outra medida, a mais propagada, segue no discurso de autoridades sanitárias: impedir o acúmulo de água limpa em caixas d'água, pneus velhos, vasos de plantas e outros recipientes é a maneira mais abrangente de impedir o avanço do mosquito. Em Pernambuco, onde há 57 cidades em situação de surto pela infestação do inseto e outras 69 em alerta, larvicidas não estão em FALTA desde último mês de outubro, quando o MS regularizou o fornecimento após um período de atraso. De acordo xom a Secretaria Estadual de saúde (SES), a remessa correspondente a janeiro e fevereiro de 2016, de quatro toneladas, foi enviada antecipadamente e já é distribuída nos municípios. O montante a ser recebido em razão do reforço anunciado pelo Governo Federal, entretanto, ainda não foi acertado, segundo a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Dengue e à Chikungunya, Claudenice Pontes. "De todo modo, não está em FALTA. Nosso entendimento, inclusive, é do uso racional desses insumos. O tratamento com larvicidas deve ser o último recurso. A prioridade é eliminar os focos sem usar química", declara. O repasse para as prefeituras varia de acordo com informações contidas num sistema interligado ao da SES, por onde é possível mapear o uso e os depósitos de larvicidas. A utilização só deve ocorrer em pontos com risco potencial de proliferação, como recipientes trincados ou que não puderem ser esvaziados ou vedados. "Verificamos que há casos isolados de agentes que fazem um uso indiscriminado disso. Não à toa, houve municípios que ficaram sem o produto por três meses", explica Claudenice. Já os adulticidas, destinados a eliminar os

insetos propriamente, são aplicados por meio de fumacês e em pontos estratégicos, se houver números altos de notificações por semana epidemiológica. Dezessete cidades já receberam a medida no segundo semestre. O Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) norteia as ações. "Essas medidas, que são de bloqueio, e todas as outras só são eficazes se integradas", completa. O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, concorda e acrescenta que a expectativa dos prefeitos é de que o básico para a luta contra o transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus não volte a faltar. "Não dá para fazer uma relação direta entre a FALTA do larvicida e o cenário que vemos agora, com aumento do número de casos dessas doenças. Mas, sem dúvida, deixou os municípios de mãos atadas. Se o Ministério da Saúde vai fazer esse reforço, é sinal de que nossas demandas foram ouvidas. A questão é manter a regularidade do envio de insumos", afirma Patriota, lembrando a responsabilidade que a população tem no combate aos criadouros. BIOLÓGICO Em paralelo aos insumos distribuídos pelo poder público, o primeiro larvicida biológico do Brasil deve ser distribuído para uso doméstico já nas próximas semanas. O Bio vech foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto é resultado de dez anos de estudos. Sua fórmula, que não impacta o MEIO AMBIENTE, contém cristais da proteína Cry, que quando ingeridos pelas larva do Aedes, provocam sua morte. Mutirões para bebês com microcefalia Folha de Pernambuco - PE 14/12/2015-07:32 Levando em conta a associação entre o zika vírus e os casos recentes de microcefalia, que já chegam a 1761 no País, 804 deles no Estado, dois mutirões serão realizados esta semana para avaliar possíveis danos oftalmológicos em bebês com a malformação. Hoje, ação gratuita ocorrerá na Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Boa Vista, na área central do Recife. Já na próxima sexta-feira, a mobilização será voltada apenas para o atendimento privado e de conveniados no Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope). Os pacientes passarão por exames e, se preciso, direcionados a acompanhamento. Ainda não há certezas sobre em que proporção os olhos podem ser prejudicados diante da ação do zika. Já foram constatadas, contudo, alterações na retina e no nervo ótico de crianças com microcefalia atribuída ao vírus no Hospital BARÃO DE LUCENA, o que acendeu o alerta. Coincidência ou não, ainda no primeiro semestre, quando foram propagadas as primeiras informações sobre a circulação do agente patológico no Brasil, pacientes relataram uma vermelhidão nos olhos, semelhante à provocada pela conjuntivite, como um dos sintomas. "Como são extensão do cérebro, os olhos podem sofrer essas repercussões e acometimentos. É algo muito preocupante. A longo prazo, ainda vamos saber o grau de deficiência visual desses bebês e entender se a zika virose é um fator causal ou se há outros fatores", explica a oftalmologista Liana Ventura, presidente da FAV. Até a última sexta-feira, já havia o agendamento de

40 pacientes, número que pode subir ao longo do dia de hoje. "Estaremos com uma equipe de 15 médicos, além de outros profissionais, para receber essas pessoas. Se houver confirmações, esses bebês serão reavaliados após três meses no Centro de Reabilitação da FAV", acrescenta a oftalmologista. Diario de Pernambuco - PE 14/12/2015-08:05 Corrente do bem na luta contra o Aedes Comunidades inteiras envolvidas em um só objetivo: eliminar focos do mosquito que pode transmitir de uma vez três doenças Anamaria Nascimento No combate ao mosquito Aedes aegypti, que causa dengue, chikungunya e zika vírus, não adianta apenas uma pessoa fazer sua parte. Comunidades inteiras precisam estar envolvidas na luta, pois se um vizinho não elimina os focos de reprodução, outras famílias também correm o risco de contrair uma das doenças. No Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, a dona de casa Maria Auxiliadora Marinho, 60 anos, tem feito o papel de fiscal nas residências dos vizinhos. Na casa dela, possíveis focos são combatidos diariamente. Faz parte da rotina da família, coordenada por Maria Auxiliadora, observar os vasos das plantas, as garrafas e outros pontos que podem acabar acumulando água. Sempre fui assim, mas agora, com tantas pessoas adoecendo, reforcei minhas ações, conta. Todos os dias, a dona de casa lava o quintal. Só vai descansar quando o piso está enxuto. Os baldes da residência permanecem virados para baixo ou ficam cobertos com tampas plásticas. Garrafas plásticas no quintal, só se estiverem fechadas. O esforço, porém, só é suficiente para evitar a reprodução do mosquito se todos os vizinhos colaborarem. A gente precisa criar uma corrente para acabar com esse mosquito. Só conseguiremos se estivermos juntos. Dá trabalho, mas vale a pena, afirma. Para engajar mais moradores do Alto Santa Terezinha na luta, ela conversa com os vizinhos, explicando as formas de combate e pedindo que todos cuidem de seus quintais, caixas d água e objetos que podem deixar a água parada. Auxiliadora encontra resistência, mas não desiste. Apenas uma vizinha não aceita as dicas. Diz que do quintal da casa ela cuida. Já observamos que a casa sempre tem mosquito, mas ela não concorda com nossas ações. Ela tem filhos pequenos, um de 1 ano e outro de 8 meses, em casa. Se nem por eles ela promove as mudanças, imagine para os vizinhos, relata. Dentro de casa Órgãos de saúde estimam que aproximadamente 90% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências. Só no Recife, 25.491 casos de dengue foram notificados e 15.282 confirmados de janeiro ao último dia 4. Em 2014, no mesmo período, foram

notificados 2.754 casos e confirmados 719, ou seja, houve um aumento de 825,6% de casos notificados. Quanto à distribuição de casos por bairro, 41,3% dos casos notificados estão concentrados em 10 bairros: Cohab (2.795 notificações), Ibura (1.622), Várzea (956), Boa Viagem (854), Iputinga (807), Imbiribeira (763), Campo Grande (743), Água Fria (696), Areias (684), e Jardim São Paulo (605). A Prefeitura do Recife cadastra cerca de 500 voluntários para o programa Transforma Recife. Cartas e emails AEDES AEGYPTI Armadilha contra o mosquito Diario de Pernambuco - PE 14/12/2015-08:05 Muitas vezes as soluções para os problemas estão ao nosso alcance e nós não vemos porque procuramos soluções imediatas e muito científicas. Em 2008, foi apresentada, na rede nacional de televisão, uma mosquiteca (armadilha para mosquito). Se tivéssemos analisado, aperfeiçoado e posto em prática, talvez hoje não estivéssemos com esses problemas. Trata-se de um produto fácil de fazer e barato, com muita eficácia. Vicente Ezequiel Recife Voz do Leitor Mau cheiro Jornal do Commercio - PE 14/12/2015-08:17 Rogamos que passem pela Rua Marquês de Valença, em Boa Viagem, pois um lago de águas fétidas se formou até a altura da Igreja de Nossa Sra. de Fátima. São mais de 50 metros de foco de dengue, zika e chicungunha. Nós, moradores desse trecho, estamos quase impossibilitados de sair de casa desde que o lago só aumenta a cada dia. Agildo Cavalcante, por e-mail