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Transcrição:

PARLAMENTO EUROPEU 2014-2019 Documento de sessão 8.12.2014 A8-0057/2014 ***I RELATÓRIO sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativo a determinadas disposições aplicáveis à pesca na zona do acordo da CGPM (Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo) (COM(2014)0457 C8-0102/2014 2014/2013(COD)) Comissão das Pescas Relator: Gabriel Mato RR\1043105.doc PE539.617v02-00 Unida na diversidade

PR_COD_1amCom Legenda dos símbolos utilizados * Processo de consulta *** Processo de aprovação ***I Processo legislativo ordinário (primeira leitura) ***II Processo legislativo ordinário (segunda leitura) ***III Processo legislativo ordinário (terceira leitura) (O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta no projeto de ato.) Alterações a um projeto de ato Alterações do Parlamento apresentadas em duas colunas As supressões são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda. As substituições são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda e na coluna da direita. O texto novo é assinalado em itálico e a negrito na coluna da direita. A primeira e a segunda linhas do cabeçalho de cada alteração identificam o passo relevante do projeto de ato em apreço. Se uma alteração disser respeito a um ato já existente, que o projeto de ato pretenda modificar, o cabeçalho comporta ainda uma terceira e uma quarta linhas, que identificam, respetivamente, o ato existente e a disposição visada do ato em causa. Alterações do Parlamento apresentadas sob a forma de texto consolidado Os trechos novos são assinalados em itálico e a negrito. Os trechos suprimidos são assinalados pelo símbolo ou rasurados. As substituições são assinaladas formatando o texto novo em itálico e a negrito e suprimindo, ou rasurando, o texto substituído. Exceção: as modificações de natureza estritamente técnica introduzidas pelos serviços com vista à elaboração do texto final não são assinaladas. PE539.617v02-00 2/24 RR\1043105.doc

ÍNDICE Página PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU...5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS...22 PROCESSO...24 RR\1043105.doc 3/24 PE539.617v02-00

PE539.617v02-00 4/24 RR\1043105.doc

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativo a determinadas disposições aplicáveis à pesca na zona do acordo da CGPM (Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo) (COM(2014)0457 C8-0102/2014 2014/2013(COD)) (Processo legislativo ordinário: primeira leitura) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2014)0457), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 2, e o artigo 43.º, n.º 2, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C8-0102/2014), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu de 15 de outubro de 2014 1, Tendo em conta o artigo 59.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão das Pescas (A8-0057/2014), 1. Aprova a posição em primeira leitura que se segue; 2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo a sua proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto; 3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão, bem como aos parlamentos nacionais. 1 Considerando 4 (4) Nas suas reuniões anuais de 2011 e 2012, a CGPM adotou medidas destinadas (4) Nas suas reuniões anuais de 2011 e 2012, a CGPM adotou medidas destinadas 1 Ainda não publicado em Jornal Oficial. RR\1043105.doc 5/24 PE539.617v02-00

a garantir a exploração sustentável do coral vermelho na sua zona de competência; estas medidas devem ser transpostas para o direito da União. Uma dessas medidas diz respeito à utilização de veículos subaquáticos telecomandados (ROV). A CGPM decidiu que, após 2014, os Estados membros devem deixar de autorizar a utilização de ROV nas zonas sob a sua jurisdição nacional exclusivamente para fins de observação e prospeção de coral vermelho, com base na Recomendação CGPM/35/2011/2. De acordo com outra medida estabelecida na Recomendação CGPM/36/2012/1 da Comissão, o coral vermelho recolhido só poderá ser desembarcado num número limitado de portos que disponham de infraestruturas portuárias adequadas; as listas dos portos designados devem ser comunicadas ao Secretariado da CGPM. Todas as alterações das listas dos portos designados pelos Estados-Membros devem ser comunicadas à Comissão Europeia, para transmissão ao Secretariado da CGPM. a garantir a exploração sustentável do coral vermelho na sua zona de competência; estas medidas devem ser transpostas para o direito da União. Uma dessas medidas diz respeito à utilização de veículos subaquáticos telecomandados (ROV). A CGPM decidiu que, após 2014, os Estados membros devem deixar de autorizar a utilização de ROV nas zonas sob a sua jurisdição nacional exclusivamente para fins de observação e prospeção de coral vermelho, com base na Recomendação CGPM/35/2011/2, a menos que pareceres científicos determinem o contrário. Contudo, em consonância com a Recomendação, a utilização de ROV deve ser permitida no caso de Estados-Membros que ainda não os tenham autorizado para prospeção e possam pretender fazê-lo, desde que os resultados científicos obtidos no contexto de planos de gestão demonstrem a ausência de efeitos negativos para a exploração sustentável de coral vermelho. A utilização de ROV também pode ser autorizada por um período limitado, que não vá além de 2015, para campanhas científicas experimentais tanto de observação como de apanha. De acordo com outra medida estabelecida na Recomendação CGPM/36/2012/1 da Comissão, o coral vermelho recolhido só poderá ser desembarcado num número limitado de portos que disponham de infraestruturas portuárias adequadas; as listas dos portos designados devem ser comunicadas ao Secretariado da CGPM. Todas as alterações das listas dos portos designados pelos Estados-Membros devem ser comunicadas à Comissão Europeia, para transmissão ao Secretariado da CGPM. A última frase do n.º 3, alínea a), da Recomendação n.º 35/2011/2 da CGPM prevê que «A autorização de ROV para prospeção só será permitida até 2015, a não ser que pareceres científicos determinem o contrário». Além disso, a recomendação prevê exceções em PE539.617v02-00 6/24 RR\1043105.doc

determinadas circunstâncias. 2 Considerando 9 (9) A fim de garantir que a União continue a cumprir as obrigações que lhe incumbem por força do Acordo da CGPM, o poder de adotar atos em conformidade com o artigo 290.º do Tratado deve ser delegado na Comissão no que diz respeito a autorizações de derrogação à proibição de apanhar coral vermelho a profundidades inferiores a 50 m e ao diâmetro mínimo basal das colónias de coral vermelho. É especialmente importante que a Comissão proceda às consultas adequadas durante o seu trabalho preparatório, nomeadamente ao nível de peritos. A Comissão, na fase de preparação e redação de atos delegados, deve assegurar a transmissão simultânea, atempada e adequada dos documentos relevantes ao Parlamento Europeu e ao Conselho. (9) A fim de garantir que a União continue a cumprir as obrigações que lhe incumbem por força do Acordo da CGPM, o poder de adotar atos em conformidade com o artigo 290.º do Tratado deve ser delegado na Comissão no que diz respeito a autorizações de derrogação à proibição de apanhar coral vermelho a profundidades inferiores a 50 m e ao diâmetro mínimo basal das colónias de coral vermelho. Os Estados-Membros que já tenham transposto a Recomendação CGPM/35/2011/2 e desenvolvido planos de gestão nacionais adequados, e que já tenham informado a Comissão deste facto, não devem ser submetidos ao procedimento de derrogação. É especialmente importante que a Comissão proceda às consultas adequadas durante o seu trabalho preparatório, nomeadamente ao nível de peritos. A Comissão, na fase de preparação e redação de atos delegados, deve assegurar a transmissão simultânea, atempada e adequada dos documentos relevantes ao Parlamento Europeu e ao Conselho. A proposta da Comissão ignora as medidas nacionais já implementadas em conformidade com as recomendações da CGPM. Os Estados-Membros que já transpuseram estas recomendações, cuja adoção remonta a 2011, 2012 e 2013, não devem agora ser obrigados a apresentar à Comissão pedidos de derrogação para as situações previstas nas recomendações, até porque a CE ainda não procedeu à sua transposição. RR\1043105.doc 7/24 PE539.617v02-00

3 Artigo 16-B n.º 1 1. É proibida a apanha de coral vermelho a uma profundidade inferior a 50 m. 1. É proibida a apanha de coral vermelho a uma profundidade inferior a 50 m, a não ser que o contrário seja indicado por estudos científicos validados pelo Comité Científico Consultivo CGPM. A Recomendação GFCM/35/2011/2 prevê a possibilidade de apanhar corais vermelhos a uma profundidade inferior a 50 metros, caso os estudos científicos contenham indicações em contrário. 4 Artigo 16-B n.º 2 2. A Comissão está habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 27.º a fim de conceder derrogações ao disposto no n.º 1. Esses atos delegados devem incluir regras destinadas a garantir uma avaliação científica das zonas que são objeto de derrogações. 2. A Comissão está habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 27.º a fim de conceder derrogações ao disposto no n.º 1. Esses atos delegados devem incluir regras destinadas a garantir uma avaliação científica das zonas que são objeto de derrogações. Os Estados-Membros que já tenham transposto a Recomendação CGPM/35/2011/2 e desenvolvido planos de gestão nacionais adequados, e que já tenham informado a Comissão deste facto, não devem ser submetidos ao PE539.617v02-00 8/24 RR\1043105.doc

procedimento de derrogação nos termos do presente artigo. A proposta da Comissão ignora as medidas nacionais já implementadas em conformidade com as recomendações da CGPM. Os Estados-Membros que já transpuseram estas recomendações, cuja adoção remonta a 2011, 2012 e 2013, não devem agora ser obrigados a apresentar à Comissão pedidos de derrogação para as situações previstas nas recomendações, até porque a CE ainda não procedeu à sua transposição. 5 Artigo 16-C n.º 2 2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 27.º, a fim de autorizar, em derrogação do n.º 1, um limite máximo de tolerância de 10 % em peso vivo de colónias de coral vermelho de tamanho inferior ao regulamentar ( < 7 mm). 2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 27.º, a fim de autorizar, em derrogação do n.º 1, um limite máximo de tolerância de 10 % em peso vivo de colónias de coral vermelho de tamanho inferior ao regulamentar ( < 7 mm). Os Estados-Membros que já tenham transposto a Recomendação CGPM/35/2011/2 e desenvolvido planos de gestão nacionais adequados, e que já tenham informado a Comissão deste facto, não devem ser submetidos ao procedimento de derrogação nos termos do presente artigo. A proposta da Comissão ignora as medidas que já foram implementadas ao nível nacional, em conformidade com as recomendações da CGPM. Os Estados-Membros que já transpuseram estas recomendações, cuja adoção remonta a 2011, 2012 e 2013, não devem ser obrigados a apresentar agora à Comissão pedidos para as derrogações previstas nas recomendações, tendo ainda em consideração o facto de a CE não as ter transposto até à data. RR\1043105.doc 9/24 PE539.617v02-00

6 Artigo 16-C n.º 3 alínea b) b) Estão implantados programas de controlo e acompanhamento específicos que definem objetivos, prioridades e marcos de referência para as atividades de inspeção. b) Estão implantados programas de controlo e acompanhamento específicos. A alteração tem em conta a redação do n.º 2 da Recomendação CGPM/36/2012/1 no que toca à derrogação sobre as colónias de coral vermelho de tamanho inferior ao regulamentar. O texto da Comissão estabelece obrigações que não estão previstas na Recomendação. 7 Artigo 16-D n.º 1 1. Na apanha de coral vermelho, a única arte autorizada é um martelo utilizado manualmente por pescadores profissionais. 1. Na apanha de coral vermelho, a única arte autorizada é um martelo utilizado manualmente por pescadores reconhecidos como tal pelo Estado-Membro em causa. Tendo em conta as diferentes regulamentações em matéria de formação e qualificações no domínio das pescas em cada Estado-Membro, a referência ao termo «profissional» pode conduzir a novas obrigações administrativas e financeiras para os pescadores atualmente autorizados. Por outro lado, na legislação comunitária não existe nenhuma definição de «pescador profissional». PE539.617v02-00 10/24 RR\1043105.doc

8 Artigo 16-D n.º 2 2. É proibida a utilização de veículos subaquáticos telecomandados para a exploração de coral vermelho. A partir de 1 de janeiro de 2015, esta proibição abrange a utilização de veículos subaquáticos telecomandados que possam ter sido autorizados pelos Estados-Membros em zonas sob jurisdição nacional exclusivamente para fins de observação e prospeção de coral vermelho, com base no disposto no ponto 3, alíneas a) ou b), da Recomendação CGPM/35/2011/2. 2. É proibida a utilização de veículos subaquáticos telecomandados para a exploração de coral vermelho. A menos que pareceres científicos determinem o contrário, a partir de 1 de janeiro de 2016, esta proibição abrange a utilização de veículos subaquáticos telecomandados que possam ter sido autorizados pelos Estados- Membros em zonas sob jurisdição nacional exclusivamente para fins de observação e prospeção de coral vermelho, com base no disposto no ponto 3, alíneas a) ou b), da Recomendação CGPM/35/2011/2. A última frase do n.º 3, alínea a), da Recomendação n.º 35/2011/2 da CGPM prevê que «A autorização de ROV para prospeção só será permitida até 2015, a não ser que pareceres científicos determinem o contrário». 9 Artigo 16-D n.º 2-A (novo) 2-A. O n.º 2 não se aplica aos Estados-Membros que ainda não tenham autorizado o uso de ROV para prospeção RR\1043105.doc 11/24 PE539.617v02-00

e pretendam fazê-lo. Essa autorização só é concedida com base em resultados científicos obtidos no contexto de planos nacionais de gestão que demonstrem a ausência de efeitos negativos para a exploração sustentável do coral vermelho. em conformidade com o n.º 3, alínea b), da Recomendação n.º 35/2011/2 da CGPM. 10 Artigo 16-D n.º 2-B (novo) 2-B. A utilização de ROV só pode ser autorizada em zonas de jurisdição nacional no âmbito de um quadro que permita campanhas científicas experimentais tanto de observação como de apanha, durante um período limitado que não vá além de 2015, conduzidas sob a supervisão de instituições de investigação nacionais e/ou em colaboração com organismos nacionais ou internacionais, bem como com quaisquer outros interessados pertinentes. em conformidade com o n.º 3, alínea c), da Recomendação n.º 35/2011/2 da CGPM. PE539.617v02-00 12/24 RR\1043105.doc

11 Artigo 16-F n.º 1-A (novo) 1-A. Os navios de pesca não podem transportar aves marinhas para terra, exceto no âmbito de planos nacionais destinados à conservação de aves marinhas ou ao prestar assistência na recuperação de determinadas aves marinhas feridas, desde que a intenção de as trazer para terra tenha sido devida e oficialmente comunicada às autoridades nacionais competentes, antes do regresso ao porto do navio em questão. É inserido um novo parágrafo para que a autorização de retenção de aves marinhas a bordo se limite a casos bem justificados. 12 Artigo 1 parágrafo 1 ponto 2 Artigo 16-G nº 1 1. Os capitães dos navios de pesca devem libertar imediatamente no mar, vivas e indemnes, as tartarugas marinhas capturadas ocasionalmente em artes de pesca. 1. Os espécimes de tartarugas marinhas capturados ocasionalmente pelas artes de pesca devem ser manipulados com cuidado e libertados vivos e indemnes, na medida do possível. RR\1043105.doc 13/24 PE539.617v02-00

A presente alteração visa transpor o conteúdo das recomendações da CPGM para a regulamentação da União. 13 Artigo 16-G n.º 2 2. Os capitães dos navios de pesca não podem transportar para terra tartarugas marinhas, salvo no âmbito de um programa de salvamento específico e desde que, antes do regresso ao porto, as autoridades nacionais competentes em causa tenham sido devida e oficialmente informadas. 2. Os capitães dos navios de pesca não podem transportar para terra tartarugas marinhas, salvo no âmbito de um programa de salvamento ou de conservação nacional específico, ou a menos que tal seja necessário para salvar e prestar assistência na recuperação de determinadas tartarugas marinhas feridas e em estado de coma, desde que, antes do regresso ao porto, as autoridades nacionais competentes em causa tenham sido devida e oficialmente informadas. Inseriu-se neste número a possibilidade de transportar tartarugas marinhas para terra, no âmbito de planos nacionais de conservação ou se tal for necessário para salvar um animal ferido. 14 Artigo 16-G n.º 3 3. Os navios que utilizam redes de cerco 3. Na medida do possível, os navios que PE539.617v02-00 14/24 RR\1043105.doc

com retenida para espécies de pequenos pelágicos e redes de cercar sem retenida para espécies pelágicas não podem cercar tartarugas marinhas. utilizam redes de cerco com retenida para espécies de pequenos pelágicos e redes de cercar sem retenida para espécies pelágicas devem evitar cercar tartarugas marinhas. em conformidade com a Recomendação n.º 35/2011/4 da CGPM. 15 Artigo 16-H n.º 2 2. Os capitães dos navios de pesca que tenham capturado ocasionalmente nas suas artes de pesca focas-monge devem libertá-las imediatamente, vivas e indemnes. As carcaças de espécimes mortos devem ser desembarcadas e serão apreendidas e destruídas pelas autoridades nacionais. 2. Os espécimes de focas-monge capturados ocasionalmente pelas artes de pesca devem ser libertados vivos e indemnes. Em caso de morte do espécime, a carcaça deverá ser desembarcada e a sua morte notificada às autoridades nacionais, o mais tardar à chegada ao porto. A presente alteração visa transpor o conteúdo das recomendações da CPGM para a regulamentação da União. 16 Artigo 16-I RR\1043105.doc 15/24 PE539.617v02-00

Os capitães dos navios de pesca devem libertar imediatamente no mar os cetáceos capturados ocasionalmente em artes de pesca. Os espécimes de cetáceos capturados ocasionalmente pelas artes de pesca devem ser manipulados com cuidado e libertados vivos e indemnes, na medida do possível. A presente alteração visa transpor o conteúdo das recomendações da CPGM para a regulamentação da União. 17 Artigo 16-J n.º 2 2. Os navios de pesca que tenham capturado ocasionalmente tubarões e raias de espécies que constam do anexo II do Protocolo respeitante às áreas especialmente protegidas e à diversidade biológica no Mediterrâneo devem libertá-los imediatamente, vivos e indemnes. 2. Os navios de pesca que tenham capturado ocasionalmente tubarões e raias das espécies que constam do anexo II do Protocolo respeitante às áreas especialmente protegidas e à diversidade biológica no Mediterrâneo devem libertá-los imediatamente, caso estejam vivos. As raias e os tubarões capturados vivos nem sempre estão indemnes. Mesmo feridos, estes espécimes devem ser devolvidos ao mar, para que possam ter hipóteses de sobreviver. 18 Artigo 16-L n.º 2 PE539.617v02-00 16/24 RR\1043105.doc

2. Considera-se que os navios equipados com redes de arrasto e redes de cerco com retenida, independentemente do seu comprimento de fora a fora, exercem ativamente a pesca dirigida a unidades populacionais de pequenos pelágicos quando a sardinha/biqueirão representam pelo menos 50 % das capturas em peso vivo numa determinada viagem de pesca. 2. Considera-se que os navios equipados com redes de arrasto e redes de cerco com retenida, independentemente do seu comprimento de fora a fora, exercem ativamente a pesca dirigida a unidades populacionais de pequenos pelágicos quando a sardinha/biqueirão representam pelo menos 50 % das capturas em peso vivo. O artigo 22.º da Recomendação CGPM/37/2013/1 deveria ser transposto na íntegra, tal como proposto na referida recomendação, sem anexos inúteis da Comissão. 19 Artigo 16-L n.º 4 4. Os Estados-Membros devem assegurar que os navios equipados com redes de arrasto e redes de cerco com retenida que pescam unidades populacionais de pequenos pelágicos identificados no n.º 2 não excedam 20 dias de pesca por mês e 180 dias de pesca por ano. 4. Os Estados-Membros devem assegurar que os navios equipados com redes de arrasto e redes de cerco com retenida que pescam unidades populacionais de pequenos pelágicos identificados no n.º 2 não excedam 20 dias de pesca por mês e 180 dias de pesca por ano para efetuar as capturas registadas. A proposta da Comissão ignora o facto de não haver garantias de captura de peixe em cada viagem de pesca, pois, por exemplo, uma rede danificada pode não apanhar nada. Não seria correto obrigar os pescadores a contabilizarem um dia de pesca se não pescaram nada. RR\1043105.doc 17/24 PE539.617v02-00

20 Artigo 1 ponto 3 Artigo 17-A Os capitães de navios da pesca autorizados a apanhar coral vermelho devem ter a bordo um diário de bordo no qual registam as capturas diárias de coral vermelho, bem como a atividade de pesca por zona e profundidade, incluindo o número de dias de pesca e de mergulho. Essa informação deve ser comunicada às autoridades nacionais competentes sem demora. Os navios de pesca autorizados a apanhar coral vermelho devem ter a bordo um diário de bordo no qual registam as capturas diárias de coral vermelho, bem como a atividade de pesca por zona e profundidade, incluindo o número de dias de pesca e de mergulho. Essa informação deve ser comunicada às autoridades nacionais competentes nos prazos previstos pela regulamentação em vigor. O Regulamento de controlo n.º 1224/2009, o seu Regulamento de execução n.º 404/201, bem como os atos delegados e de execução associados a estes textos, definem os prazos e a derrogação de notificação. Cumpre, pois, deixar claro, quais os prazos em causa, em vez de contribuir para uma situação de incerteza jurídica. 21 Artigo 1 ponto 3 Artigo 17-B n.º 1 alínea d) d) Todos os casos de capturas ocasionais e de libertação de cetáceos, indicando pelo menos as pescarias em causa, as características do tipo de arte, as horas e os locais (subzonas geográficas ou retângulos estatísticos, conforme definido no anexo I) d) Todos os casos de capturas ocasionais e de libertação de cetáceos, indicando pelo menos as pescarias em causa, as características do tipo de arte, as horas e os locais (subzonas geográficas ou retângulos estatísticos, conforme definido no anexo I) e se esses cetáceos são golfinhos ou outras PE539.617v02-00 18/24 RR\1043105.doc

e as espécies de cetáceos afetados; espécies de cetáceos; Os conhecimentos dos pescadores só dificilmente lhes permitem identificar com precisão as espécies de cetáceos, em particular dos golfinhos (roaz-corvineiro, golfinho-riscado, golfinho-de-risso, golfinho-piloto, etc.). Contudo, a distinção entre os golfinhos e os outros cetáceos é relativamente fácil. 22 Artigo 1 ponto 3 Artigo 17-B n.º 1 alínea e) e) Todos os casos de capturas ocasionais e de libertação de tubarões e raias das espécies que constam dos anexos II ou III do Protocolo respeitante às áreas especialmente protegidas e à diversidade biológica no Mediterrâneo. e) Todos os casos de capturas ocasionais e, se necessário, de libertação de tubarões e raias das espécies que constam dos anexos II ou III do Protocolo respeitante às áreas especialmente protegidas e à diversidade biológica no Mediterrâneo. É necessário clarificar o texto da CE, uma vez que determinadas espécies enumeradas no anexo III do Protocolo em questão poderiam, de facto, ser capturadas (não existindo, portanto, qualquer obrigação de as libertar). 23 Artigo 1 ponto 3 Artigo 17-B n.º 2 2. O mais tardar em 31 de dezembro de 2014, os Estados-Membros devem Suprimido RR\1043105.doc 19/24 PE539.617v02-00

estabelecer as regras de registo das capturas ocasionais a que se refere o n.º 1 pelos capitães dos navios de pesca que não estão sujeitos à manutenção de um diário de pesca em conformidade com o artigo 14.º do Regulamento (CE) n.º 1224/2009.» O texto da Comissão prevê regras que exigem o registo de capturas a navios aos quais não é imposta a manutenção de um diário de pesca. Esta disposição só se deve aplicar a navios sobre os quais recaia a obrigação de manter um diário de pesca, tendo em conta a complexidade da aplicação deste novo requisito. 24 Artigo 1 ponto 4 Artigo 23-A n.º 1 parte introdutória 1. Até 15 de novembro de cada ano, os Estados-Membros devem apresentar à Comissão: 1. Até 15 de dezembro de cada ano, os Estados-Membros devem apresentar à Comissão: O prazo deve ser adiado para 15 de dezembro, uma vez que, por exemplo no caso do coral vermelho, a campanha de pesca termina em 31 de outubro. O prazo proposto pela Comissão é assim demasiado curto, uma vez que os dados nacionais não estariam disponíveis. O prazo de comunicação dos dados da Comissão ao Secretário da CGPM poderia ser adiado em conformidade. 25 Artigo 1 n.º 1 ponto 4 Artigo 23-A n.º 2 PE539.617v02-00 20/24 RR\1043105.doc

2. Até 15 de dezembro de cada ano, a Comissão transmite ao Secretário Executivo da CGPM as informações a que se refere o n.º 3. 2. Até 31 de dezembro de cada ano, a Comissão transmite ao Secretário Executivo da CGPM as informações a que se refere o n.º 1. Por razões de coerência com a alteração precedente, sugere-se que seja prorrogado o prazo proposto pela Comissão. RR\1043105.doc 21/24 PE539.617v02-00

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo (CGPM) foi constituída por acordo internacional em 1949. A zona abrangida pelo acordo inclui o Mediterrâneo, o Mar Negro e as águas adjacentes. As principais tarefas da CGPM são promover o desenvolvimento, a conservação e a gestão racional dos recursos aquáticos vivos, formular e recomendar medidas de conservação e promover projetos de cooperação na área da formação. As Partes Contratantes da CGPM são: a Comunidade Europeia, a Albânia, a Argélia, a Bulgária, o Chipre, a Croácia, o Egito, a França, o Japão, a Grécia, Israel, a Itália, o Líbano, a Líbia, Malta, Marrocos, o Mónaco, a Roménia, a Síria, a Eslovénia, a Espanha, a Tunísia e a Turquia. Nas suas reuniões anuais de 2011 e 2012, a CGPM adotou medidas destinadas a garantir a exploração sustentável de coral vermelho na sua zona de competência, as quais devem ser transpostas para o Direito da União. A CGPM adotou outras recomendações que estabelecem o seguinte: Medidas de redução das capturas ocasionais de aves marinhas, tartarugas marinhas, focas-monge e cetáceos no exercício das atividades de pesca na zona do Acordo da CGPM, a serem implementadas no Direito da União; Medidas destinadas a garantir, na sua zona de competência, um nível elevado de proteção contra as atividades de pesca de tubarões e raias, em especial das espécies que constam da lista das espécies em perigo ou ameaçadas do anexo II do Protocolo respeitante às áreas especialmente protegidas e à diversidade biológica no Mediterrâneo, da Convenção de Barcelona; Medidas relativas à pesca exploradora de unidades populacionais de pequenos pelágicos no mar Adriático, que devem ser implementadas no Direito da União. do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a determinadas disposições aplicáveis à pesca na zona do Acordo da CGPM. É proposta a alteração deste regulamento por forma a incluir as medidas previstas nas recomendações da CGPM. A proposta contém medidas técnicas relativas à exploração sustentável de coral vermelho, à redução das capturas ocasionais de aves marinhas, tartarugas marinhas e cetáceos e à conservação de focas-monge, tubarões e raias na zona do Acordo da CGPM. Estas medidas vão além da proteção que já é assegurada a essas espécies, ao nível da UE, pela Diretiva Habitats e por outros atos da União e impõem aos operadores e aos Estados-Membros obrigações específicas de registo e comunicação de informações. A proposta incorpora ainda no Direito da União determinadas medidas relativas à pesca de unidades populacionais de pequenos pelágicos no mar Adriático. Posição do relator PE539.617v02-00 22/24 RR\1043105.doc

O relator saúda a proposta em apreço, que visa transpor as recomendações da CGPM para o Direito comunitário. Sublinha, contudo, que a proposta ignora as medidas nacionais já implementadas em conformidade com estas recomendações. Os Estados-Membros que já transpuseram estas recomendações, cuja adoção remonta a 2011, 2012 e 2013, não devem agora ser obrigados a apresentar à Comissão pedidos de derrogação para as situações previstas nas recomendações, até porque a CE ainda não procedeu à sua transposição. Além disso, a proposta da Comissão é, em muitos casos, mais rigorosa que as recomendações da CGPM. Por exemplo, proíbe a utilização de veículos subaquáticos telecomandados (ROV) na exploração de coral vermelho após 2014, enquanto que a recomendação da CGPM pertinente não exclui a possibilidade de os utilizar se pareceres científicos o permitirem. Ora, em função de resultados científicos obtidos no contexto de planos nacionais de gestão que possam demonstrar a ausência de efeitos negativos para a exploração de coral vermelho, a recomendação permite a utilização de ROV nos Estados-Membros que ainda não os tenham utilizado para prospeção e pretendam fazê-lo. Permite ainda a utilização de ROV para campanhas científicas experimentais até 2016. Outros exemplos do zelo extremo manifestado pela CE na interpretação das recomendações da CGPM: nem sempre é possível libertar de imediato tartarugas marinhas vivas e indemnes, capturadas inadvertidamente em artes de pesca. A CGPM reconhece-o, pedindo que tal seja observado «na medida do possível». Não é o que prevê a proposta da Comissão. A mesma flexibilidade deve ser aplicada a casos em que os navios com redes de cerco com retenida ou redes de cercar tenham capturado tartarugas marinhas acidentalmente. No que toca à obrigação de prestar informações, esta não se deve aplicar a navios aos quais não seja imposta a manutenção de um diário de pesca. E poderia dar muitos outros exemplos... O relator entende que as recomendações da CGPM estabelecem um nível suficiente de proteção regulamentar que deve ser primeiro implementado pelas partes contratantes antes de se adotarem mais medidas. RR\1043105.doc 23/24 PE539.617v02-00

PROCESSO Título Referências Disposições aplicáveis à pesca na zona do acordo da CGPM (Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo) COM(2014)0457 C8-0102/2014 2014/0213(COD) Data de apresentação ao PE 11.7.2014 Comissão competente quanto ao fundo Data de comunicação em sessão Relatores Data de designação PECH 17.7.2014 Gabriel Mato 17.9.2014 Exame em comissão 23.9.2014 16.10.2014 5.11.2014 Data de aprovação 3.12.2014 Resultado da votação final +: : 0: 24 4 1 Deputados presentes no momento da votação final Suplentes presentes no momento da votação final Data de entrega 8.12.2014 Marco Affronte, Clara Eugenia Aguilera García, Renata Briano, Alain Cadec, David Coburn, Richard Corbett, Diane Dodds, Linnéa Engström, Ian Hudghton, Carlos Iturgaiz, Werner Kuhn, António Marinho e Pinto, Gabriel Mato, Norica Nicolai, Liadh Ní Riada, Ulrike Rodust, Remo Sernagiotto, Ricardo Serrão Santos, Isabelle Thomas, Peter van Dalen, Jarosław Wałęsa Izaskun Bilbao Barandica, José Blanco López, Ole Christensen, Ian Duncan, Sylvie Goddyn, Anja Hazekamp, Mike Hookem, Francisco José Millán Mon PE539.617v02-00 24/24 RR\1043105.doc