ESTATUTOS Empreendedoras Por Excelência Maputo, 5 de Maio de 2009
CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS, ÂMBITO DE ACÇÃO Artigo 1. A Associação FEMME Moçambique - Empreendedoras por Excelência é uma associação sem fins lucrativos, constituída por tempo indeterminado, com sede em Maputo a) A sede da Associação poderá ser alterada por deliberação da Direcção Executiva. b) A Associação poderá constituir delegações em qualquer ponto do país, onde tal se justifique, mediante deliberação da Direcção Executiva. A Associação tem por objecto: Artigo 2. a)incrementar a competitividade e consolidar o desenvolvimento das empresas lideradas por Mulheres em Moçambique; b)melhorar o ambiente de negócios para as mulheres (contexto legal/ económico e social); c)fortalecer a conexão entre as mulheres empreendedoras residentes em Moçambique e no estrangeiro. Artigo 3. Para a realização dos seus objectivos, a Associação propõe-se a: a) Efectuar programas de apoio em favor das iniciativas empresariais femininas e para a inserção das mulheres no mundo laboral; b) Programas de apoio à formação profissional virada à criação duma classe dirigente empresarial feminina em Moçambique; c) Melhoramento do acesso ao crédito através de formação e colaboração com instituições financeiras; d) Diálogo com as autoridades para o melhoramento do contexto legal; e) Criação dum network de mulheres empreendedoras residentes no país e no estrangeiro; f) Fortalecer as ligações entre empresárias/empreendedoras moçambicanas e estrangeiras favorecendo a criação de colaborações estratégicas institucionais e privadas;
g) Outros objectivos e actividades que os sócios decidirão realizar para promover o desenvolvimento do empreendedorismo feminino. CAPITULO II DOS SÓCIOS Artigo 4. Podem ser associados as pessoas singulares maiores de 18 anos e as Associações. Artigo 5. A Associação constitui-se de número ilimitado de sócios, distribuídos nas seguintes categorias: a) Membros fundadores, aqueles sócios que tenham subscrito a escritura de constituição da Associação e que poderão delegar os seus poderes mediante proposta à Direcção Executiva; b) Membros efectivos, pessoas físicas que compõem o actual quadro de associados e outras que venham a ingressar mediante solicitação de admissão, de acordo com as exigências deste estatuto; c) Membros institucionais, pessoas jurídicas, de carácter científico, cultural ou de mobilização social, que integram a entidade e com os quais se manterá algum tipo de intercâmbio e cooperação (participam das reuniões mediante representante, o qual se pode manifestar, tendo assim direito a voto); Artigo 6. A admissão de sócios efectivos será efectuada mediante proposta escrita à Direcção Executiva, de onde conste o compromisso de respeitar os fins e espírito da Associação. Artigo 7. São deveres dos sócios de qualquer categoria: a) Conhecer e cumprir as disposições deste estatuto e acatar as deliberações da Assembleia Geral e da Direcção Executiva. b) Pagar pontualmente as contribuições fixadas pela Associação. c) Comunicar as mudanças e alterações de endereço. d) Aceitar exercer, salvo justo motivo, os cargos e as funções para os quais for designado. e) Cooperar com os órgãos directivos, apresentando sugestões que julgue oportunas.
Artigo 8. São direitos dos sócios efectivos: a) Participar nas reuniões da Assembleia-geral; b) Discutir e participar em todas as iniciativas e actos da Associação; c) Votar e serem votados para as eleições dos órgãos da Associação; d) Serem informados de todas as actividades desenvolvidas pela Associação; e) Podem delegar os seus poderes a outra pessoa mediante a apresentação e sua aprovação pela Direcção (isto devido a pessoas que possam sair do país). Artigo 9. Perdem a qualidade de sócios efectivos aqueles que: a) Requeiram, por escrito, a sua demissão; b) Pratiquem actos contrários aos fins da Associação ou susceptíveis de afectar gravemente o seu prestígio, e por deliberação da Assembleia-geral; c) Deixem de pagar as suas quotas por período superior a um ano se, tendo sido notificados pela Direcção Executiva, não procedam àquele pagamento no prazo que lhes tiver sido fixado. Artigo 10. Os sócios que, em consequência de infracção dos seus deveres, sejam sujeitos a procedimento disciplinar podem sofrer as seguintes penalidades: a)repreensão registada b)suspensão até 180dias c)expulsão As penalidades de repreensão registada e a suspensão até 30 dias podem ser aplicadas pela Direcção Executiva, delas cabendo recurso para a Assembleia-geral. As penalidades de suspensão por tempo superior a 30 dias e expulsão são da competência exclusiva da Assembleia-geral.
CAPITULO III DOS ÓRGÃOS SOCIAIS SECÇAO I DISPOSIÇOES GERAIS Artigo 11. São órgãos da Associação: a) Assembleia Geral; b) Direcção Executiva; c) Conselho Fiscal. SECÇAO II Da Assembleia Geral Artigo 12. A Assembleia Geral, órgão máximo de deliberação e decisão da Associação, é integrada por todos os sócios sem distinção, sendo soberana em suas decisões. A Assembleia Geral é dirigida por uma mesa. À Assembleia Geral compete: Artigo 13. a) Eleger e destituir a Direcção Executiva e o Conselho Fiscal; b) Apreciar e votar o orçamento e programa de acção para o exercício seguinte, bem como o relatório e contas anual; c) Deliberar sobre a alteração dos Estatutos e sobre a extinção, fusão ou cisão da Associação; d) Aprovar os Regulamentos que se mostrarem necessários ao bom funcionamento da Associação; e) Definir a orientação da Associação, em função dos seus objectivos estatutários; f) Seleccionar auditores externos cada ano de acordo com as normas nacionais existentes.
Artigo 14. Mesa da Assembleia Geral: a) A mesa da Assembleia Geral é composta por um presidente, Vice-presidente e um Secretário; b) Incumbe ao presidente convocar a Assembleia-geral e dirigir os respectivos trabalhos; c) Cabe ao Vice-Presidente auxiliar o presidente e substituí-lo, por ordem de precedência nas suas ausências e impedimentos. Reuniões da Assembleia Geral: Artigo 15. a) A Assembleia Geral reúne ordinariamente no primeiro trimestre de cada ano; b) Extraordinariamente a Assembleia-geral reúne sempre que as circunstâncias o exijam, por iniciativa do seu presidente, ou a pedido do Conselho de Direcção ou Fiscal ou a requerimento de pelo menos um quarto dos seus associados efectivos; c) A Assembleia Geral reúne na sede da Associação podendo ter lugar em outro local quando as circunstâncias o aconselhem desde que tal facto não prejudique os direitos e interesses legítimos dos associados. Artigo 16. a)as reuniões da Assembleia Geral são convocadas pelo respectivo presidente, com a antecedência mínima de 15 dias, através de circulares enviadas, por via postal ou correio electrónico. No aviso indicar-se-á o dia, a hora e local da reunião, bem como a respectiva ordem do dia; b)a Assembleia Geral, considera-se legalmente constituída, em primeira convocatória, achando-se presente, no dia, hora e local indicados na convocatória, pelo menos metade dos associados e, em segunda convocatória, uma hora depois, com os presentes; c) Em caso de reunião extraordinária convocada por requerimento de um grupo de associados, a Assembleia Geral só pode ter lugar se estiver presente a maioria absoluta de dois terços dos associados requerentes; d) Os associados far-se-ão representar na Assembleia Geral por quem indicarem, em carta entregue ao presidente da mesa, no início dos trabalhos, devendo mencionar-se o dia, a hora, a ordem de trabalhos e o local da reunião.
Artigo 17. a)a Assembleia Geral só pode deliberar, em primeira convocação desde que esteja presente, pelo menos, metade do número de associados; b) Não se verificando o condicionalismo previsto no número anterior, poderá a Assembleia Geral deliberar com qualquer número de associados, uma hora depois da marcação para a reunião; c) Requerem uma maioria absoluta de quatro quintos dos votos dos associados efectivos, presentes ou representados a alteração dos estatutos e a destituição dos titulares dos órgãos sociais. Artigo 18. A sessão da Assembleia Geral será aberta pelo Presidente e, em caso de impedimento, pelo seu substituto legal. Abertos os trabalhos, o Presidente passará a Presidência da Assembleia ao sócio que for escolhido pelos presentes. O Presidente da Assembleia escolherá um ou mais secretários para auxiliá-lo. Toda e qualquer dúvida surgida durante a realização da Assembleia Geral, seja na ordem dos trabalhos, seja na interpretação do Estatuto, ou na solução de casos omissos, será dirimida pela mesa, de cuja decisão caberá recurso à própria Assembleia. Constituída a mesa, inicia-se a discussão da ordem do dia, a qual não pode ser alterada, podendo, entretanto, ter invertido a sua ordem, ao critério da Assembleia Geral. Artigo 19. Todos os assuntos serão decididos pela Assembleia Geral por maioria simples. SECÇAO III DA DIRECÇÃO EXECUTIVA Artigo 20. A Direcção Executiva é composta por um mínimo de cinco e um máximo de sete membros efectivos e três suplentes, de entre sócios efectivos eleitos em Assembleiageral, dos quais: um Presidente, um Vice-Presidente e os restantes Vogais.
Artigo 21. À Direcção Executiva compete: a) Gerir toda a actividade da Associação, tendo em conta as orientações da Assembleia-geral e os fins estatutários; b) Cumprir e fazer cumprir as deliberações da Assembleia-geral; c) Elaborar o plano de actividades e orçamento anual; d) Elaborar o relatório e contas anual; e) Incentivar a participação dos associados, e efectuar a informação permanente dos mesmos, prestando os esclarecimentos que lhe forem solicitados; f) Escriturar devidamente todas as receitas e despesas; g) Aplicar as penalidades que forem da sua competência e/ou propor à assembleia a sua aplicação, nos termos estatutários. h) Representar a Associação, em Juízo ou fora dele. Artigo 22. Reuniões 1. A Direcção reúne, pelo menos, uma vez por mês. 2. A Direcção delibera por maioria de todos os seus membros, tendo o Presidente voto de qualidade. Artigo 23. 1. A Associação obriga-se pela aposição de duas assinaturas, uma das quais será obrigatoriamente a do Presidente ou Vice-Presidente e do Director Executivo 2. Nos actos de mero expediente basta a assinatura do Presidente ou do Vice- Presidente ou do Director Executivo.
SECÇAO IV CONSELHO FISCAL Artigo 24. Composição O Conselho Fiscal é o órgão de auditoria e controlo da Associação e é composto por três membros, sendo um presidente, vice-presidente e um vogal. Artigo 25. Competências do Conselho Fiscal 1. Compete, em geral, ao Conselho Fiscal a supervisão da realização dos programas da Associação bem como das deliberações da Assembleia Geral e, em especial: a) Fazer o controlo da execução orçamental e da situação financeira da Associação examinando as suas contas; b) Providenciar para que os fundos sejam utilizados de acordo com os estatutos; c) Apresentar parecer sobre o relatório, balanço e contas do exercício, o plano de actividades e orçamento anuais, apresentados pelo Conselho de Direcção à Assembleia Geral; d) Dar parecer sobre consultas que lhe sejam submetidas em matéria da sua competência; e) Requerer a convocação de reuniões extraordinárias da Assembleia Geral, sempre que julgue necessário. 2. Compete, em particular, ao presidente do Conselho Fiscal convocar e presidir as reuniões deste órgão e cabe ao vogal executar as actividades ligadas à função segundo o que for determinado pelo seu presidente. Artigo 26. Reunião do Conselho Fiscal a) O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente duas vezes por ano e, extraordinariamente sempre que qualquer dos seus membros o solicitar ou quando requerido pelo Conselho de Direcção. b) As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes. c) Os membros do Conselho Fiscal podem assistir às reuniões do Conselho de Direcção
Secção V Gestão Corrente Artigo 27. Director Executivo a) A Assembleia Geral poderá definir a necessidade de cometer a gestão corrente a um director executivo. b) A nomeação do director executivo é da competência do Conselho de Direcção. c) Compete, em particular, ao director executivo: a) Coordenar o trabalho diário da Associação e de todas as comissões e grupos de trabalho constituídos; b) Praticar os actos de expediente corrente; c) Dirigir o secretariado; d) Admitir e nomear o pessoal técnico e administrativo para o provimento de vagas aprovadas pelo Conselho de Direcção. Artigo 28. Vinculação a) Para obrigar a Associação são necessárias assinaturas de dois membros do Conselho de Direcção ou de um dos membros e director executivo ou de um procurador com poderes bastantes. b) O Conselho de Direcção poderá constituir mandatário, mesmo em pessoas estranhas à associação fixando em cada caso os limites e condições do respectivo mandato. c) Os actos de mero expediente e, em geral, os que não envolvem responsabilidades da Associação poderão ser assinados apenas pelo director executivo. d) A Associação responsabiliza-se por todos os actos dos seus mandatários na realização do respectivo mandato estatutário, exercendo o direito de regresso nos casos em que não tenham respeitado os estatutos e deles resultem prejuízos.
CAPÍTULO IV DOS RECURSOS SECÇÃO I PESSOAL Artigo 29. Regime e Vinculação Os trabalhadores da Associação, incluindo o director executivo, estão sujeitos às normas do contrato individual de trabalho. SECÇÃO II REGIME FINANCEIRO Artigo 30. Património O património da Associação é constituído pelos bens e direitos a ela doados, ou por qualquer outro título adquiridos. Constituem receitas da FEMME: Artigo 31. Receitas a) O produto das quotas pagas pelos associados; b) Os rendimentos ou valores provenientes das suas actividades; c) Os donativos, financiamentos, subsídios ou qualquer outra forma de subvenção de entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. Os fundos devem ser depositados num banco comercial em Moçambique. Os montantes das contribuições serão fixados pela Assembleia Geral em função do orçamento aprovado.
Artigo 32. Quotas As quotas anuais devem ser pagas durante os primeiros sete dias de cada semestre. Artigo 33. Despesas Constituem despesas da Associação todos os encargos que ocorrem para o funcionamento e prossecução dos seus objectivos. Para efeitos da sua cobertura pelos associados, nos termos definidos pela Assembleia Geral, as despesas e encargos da Associação serão classificados em três categorias: a) Imobilizado fixo, corpóreo ou incorpóreo; b) Despesas fixas de funcionamento; e c) Despesas variáveis de funcionamento. Pelas dívidas da FEMME só responde o respectivo património social. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 34. Dissolução 1. A dissolução da Associação, quando não judicial, é deliberada em reunião extraordinária da Assembleia Geral, expressamente convocada para esse efeito mediante aprovação, por uma maioria absoluta de votos de pelo menos três quartos dos associados, no uso pleno dos seus direitos. 2. A Assembleia Geral que deliberar sobre a dissolução decidirá sobre o destino a dar aos bens, cumpridas todas as obrigações financeiras. Maputo, 5 de Maio de 2009