Danos do percevejo bronzeado no Brasil. Eng. Ftal Luís Renato Junqueira Coord. Técnico Programa Cooperativo de Proteção Florestal

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Transcrição:

Danos do percevejo bronzeado no Brasil Eng. Ftal Luís Renato Junqueira Coord. Técnico Programa Cooperativo de Proteção Florestal

Breve histórico - PROTEF Primeiro programa nacional relacionado com pragas florestais (PCMIF) 1988 Incorporação da área de doenças florestais 1999 Incorporação da área de incêndios florestais (PROTEF) 2000 Atualmente conta com 20 empresas brasileiras, 2 empresas uruguaias

The big five

The Big Five australianos 1mm Blue gum chalcid (Leptocybe invasa) Image: Dr Zvi Mendel Red gum lerp psyllid (Glycaspis brimblecombei) Image: Dr Carlos Wilcken Bronze Bug (Thaumastocoris peregrinus) Image: Dr Ann Noack Eucalyptus gall wasp (Ophelimus maskelli) Image: Dr Zvi Mendel Eucalyptus snout beetle (Gonipterus spp. complex)

cumulative detections 80 Detecções de agentes invasores australianos no mundo 70 Acordo geral de tarifas e comércio 60 50 1ª GM 2ª GM Moder. Transp. Aéreo Transp. Marít. Containers 40 NIFM 15 30 OMC 20 10 0 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Fonte: adaptado Simon Lawson

Percevejo bronzeado do eucalipto Praga exótica Espécie: Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) Origem: Austrália Detecção no Brasil: Detectado em maio de 2008

A B C D E Figura: a,c ninfas, b adulto, d posturas em semente de eucalipto, e adultos e posturas. Imagens: Carlos Wilcken

Distribuição mundial Fonte: BiCEP

Ataque de pragas ao eucalipto no Brasil Área 2011 aprox. 2 milhões ha Área 2012 aprox. 800 mil ha

Porcentagem de área atacada por estado - 2012 Outros Espírito Santo Bahia Piauí Paraná Maranhão Mato Grosso do Sul São Paulo Minas Gerais 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 Porcentagem

Técnicas de Manejo Controle Químico Controle biológico Feromônios Manipulação Genética de pragas Variedades Resistentes Manipulações do Ambiente Manejo Integrado de Pragas (MIP) Manejo Integrado Mortalidade natural Níveis de Controle Amostragem Taxonomia Alicerce das decisões de manejo Adaptado de Gallo et.al., 2002

Injúria e Dano Fonte: Ronald Zanetti Notas de aula.

Sintomas Prateamento (semelhante a dano de tripes) Clorose Bronzeamento de folhas Secamento de folhas Desfolha Evolução do dano Aparentemente há preferência por folhas maduras (terço inferior e médio da copa)

Diferenças no sintoma entre materiais

Tomada de decisão Efetuada pela análise econômica da cultura e da relação custo-benefício do controle de pragas. Nível de dano econômico (NDE) (custo de controle x 100) NDE = f (D%, NP, P) D% = ------------------------------------ Valor da produção NP: Nível populacional da praga que causa prejuízo à produção P: prejuízo causado à produção (%)

Nível de Dano Fonte: Ronald Zanetti Notas de aula.

Nº de Indivíduos Flutuação Populacional do P. bronzeado região de Mogi Guaçu (macho e fêmea) 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun PE NC

Dano: Clone com baixa infestação x clone clorótico (1270). Pompéu, MG. Agosto / 2009.

Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.

Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.

Dano: Desfolhamento em clone urograndis. Gov. Valadares, MG. outubro / 2009.

Experimentos NDE Descrição: Condução em parcelas gêmeas Parcelas com e sem tratamento químico Avaliação da infestação Avaliação volumétrica Objetivo: Determinar o nível de dano econômico (NDE) Dificuldades: Ausência do inseto Frequência da infestação

Teste 1 Plantio 1 ano Plantio 2 anos

Parcela tratada

Parcela não não tratada

Massa de folhas (g) 250 Massa de folhas coletadas sob a copa de árvores de eucalipto atacadas pelo percevejo-bronzeado - PLANTIO DE 2 ANOS - Bom Despacho, MG 200 100% 150 100 50 TRATADA TESTEMUNHA 150% 0

Teste 2 Severidade do dano C1 C2 C3 Fonte - adaptado: Marlon Michel Moreira

Teste 3 Fonte: Alex Medeiros

Resultados operacionais Fonte: Alex Medeiros

FUTURO... Novos agentes exóticos Restrições impostas pelo FSC Tempo p/ novas moléculas no mercado Produtividade florestal brasileira Organização política do setor Tempo p/ registro de produtos Tempo p/ ajuste do CB

Sintomas de Ophelimus maskelli Imagens: Zvi Mendel

Obrigado! renato@ipef.br