REFORMULAÇAO DO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO

Documentos relacionados
RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO

CENTRAL TERMOELÉCTRICA DO RIBATEJO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DO PROJECTO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DO PEGO

ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A. BARRAGEM DO PINHÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

CENTRAL TÉRMICA DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ENERGY WAY RESUMO NÃO TÉCNICO Nº DO CONTRATO: MFS 2763

Resumo Não Técnico. Estudo de Impacte Ambiental da. Central de Cogeração no Carriço

ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS

EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA. PARQUE EÓLICO DA SERRA DOS CANDEEIROS/ALCOBAÇA RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

Sociedade Agrícola da Quinta da Freiria, S.A.

ALTO MARÃO ENERGIA EÓLICA, UNIPESSOAL, LDA. PARQUE EÓLICO DE SÃO MACÁRIO II

SOMINCOR-SOCIEDADE MINEIRA DE NEVES-CORVO, S.A. RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO Resumo Não Técnico

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente. Rui Lanceiro

DIA - Estrutura e conteúdo Pós-avaliação RECAPE e Rel Monitorização

Relatório de Conformidade Ambiental do Parque Eólico da Lameira (serra de Montemuro) TOMO I SUMÁRIO EXECUTIVO

Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA

SISTEMA ELEVATÓRIO DE OLHÃO-FARO - PROJETO DE EXECUÇÃO -

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA UNIDADE INDUSTRIAL DA COMPAL

PARQUE EÓLICO DO DOURO SUL, S.A. PARQUE EÓLICO DO DOURO SUL E LINHA ELÉCTRICA A 400 KV DE INTERLIGAÇÃO DO PARQUE EÓLICO À SUBESTAÇÃO DE ARMAMAR

INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

Exploração Suinícola Herdade da Serrana

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA. Ampliação do Complexo Petroquímico da Repsol YPF

Relatório da Consulta Pública ÍNDICE 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS

AUDITORIAS DE CONFORMIDADE CONFORMIDADE LEGAL

Quadro legal e institucional para AIA a nível europeu e nacional. Processo e produtos Selecção de acções

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE TÍTULO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS

CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-NOVO PLANO DE INTERVENÇÃO EM ESPAÇO RURAL NO LOCAL DA REBOLA. Relatório de Concertação

Projecto de AMPLIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DA RAR REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A. Projecto de Execução

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

Capítulo II Definição do Projecto

ANEXO I - Organização dos objetos nas plantas dos planos territoriais A - Planta de Ordenamento ou Planta de Zonamento

1. DEFINIÇÃO E METODOLOGIA DO ESTUDO. 1.1 Âmbito do Estudo

LENA AMBIENTE, SA AMBIENTE - EVOLUÇÃO LEGAL E IMPACTO NA ENGENHARIA

Resumo Não Técnico CAS Barrocas S.A. Licença Ambiental da suinicultura da Herdade da Figueirinha

Projecto AMPLIAÇÃO DA UNIDADE DE ABATE DE AVES E TRATAMENTO DE SUBPRODUTOS. Projecto de Execução

Regime Jurídico de AIA Anexo ao TUA

Planeamento e gestão de EIA Estrutura e Conteúdo

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO. Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase)

NEXO 9.3 Documentos Complementares

PRINCIPAIS MAGNITUDES

Estarreja HyCO3 Produção de Hidrogénio e Monóxido de Carbono por Steam Reforming do Gás Natural

PLANO DE MONITORIZAÇÃO

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS NORTE

SISTEMA DE MOBILIDADE DO MONDEGO RAMAL DA LOUSÃ. Troço: Portagem / São José. Projecto de Execução

Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território Gabinete do Ministro. Declaração de Impacte Ambiental (DIA)

Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução

SCUT DA COSTA DA PRATA LANÇO IC1 * ANGEJA (IP5) / MACEDA SUBLANÇO ESTARREJA - OVAR. Projecto de Execução

Pós-Avaliação em Avaliação do Impacte Ambiental

REQUERIMENTOS LEGAIS E AMBIENTAIS PARA PROJECTOS EM ANGOLA

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

CRITÉRIOS PARA A FASE DE CONFORMIDADE EM AIA

Ex. mo Senhor Vice-Presidente da APA, I.P.

O sistema LiderA na reabilitação de obras de arte na EN6

PLANO DE ORDENAMENTO DA ALBUFEIRA DE IDANHA

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

Estudos de Incidências Ambientais Projectos de Produção de Energia Eléctrica a partir de FER

Sistema Electroprodutor do Tâmega. Vila Pouca de Aguiar, 10 de Novembro de 2014

No EIA foram analisadas cinco localizações alternativas designadas por local 1, 1 bis, 2, 3 e 4.

GESTÃO DE ATIVOS. O papel dos reguladores na promoção da gestão de ativos. Paula Freixial. 25 de maio de 2017 Auditório IPQ, Caparica

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

Avaliação Ambiental Estratégica

Verificação do Relatório de Conformidade do Projecto de Execução com a DIA (RECAPE)

DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

EDIFÍCIOS COM NECESSIDADES QUASE NULAS DE ENERGIA (nnzeb) Exigências para os sistemas de climatização, GTC e energias renováveis

PARCERIA ESTRATÉGICA LICENCIAMENTO DA ACTIVIDADE INDUSTRIAL. Industria do Vinho. Julho 2008

PLANO DE PORMENOR DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTA COMBA DÃO Termos de Referência

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

PROJECTO CARMONA SOCIEDADE DE LIMPEZA E TRATAMENTO DE COMBUSTÍVEIS

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL

PARECER DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO SOBRE A CONFORMIDADE DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DOS ADUTORES DE PEDRÓGÃO, BRINCHES-ENXOÉ E SERPA

REII. Assunto: Revisão do PDM de Gondomar - Emissão. de Parecer. Exploração. CCDRN - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte

SPDAD, Sociedade Portuguesa de Distribuição de Artigos de Desporto, Lda. Loja Decathlon Matosinhos

Projecto SUBESTAÇÃO DE OLMOS A 220/60KV. Projecto de Execução

Seminário Barragens no espaço da CPLP

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente

Casa Eficiente c. Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes

Município de Vila Nova de Poiares. Avaliação Ambiental Estratégica Declaração Ambiental Quadro de Seguimento e Controlo Ano 2016

PROJETO "BIOMASSA MANGUALDE" FREGUESIAS DE ESPINHO E UNIÃO DE FREGUESIAS MANGUALDE, MESQUITEL E CUNHA ALTA, MANGUALDE

Desenho e Registo Digital de Imagem - módulo 7. Desenho e Registo Digital de Imagem - professor Ricardo Ramalho

Ampliação da DOW Portugal

Diploma. Aprova a delimitação dos perímetros de proteção de várias captações de água subterrânea localizadas no concelho de Ourém

Responsabilidade Social e Ambiental na Edificação. Funchal, 4 Junho

PARQUE EÓLICO DE PICOS VALE DO CHÃO

INDÚSTRIA EXTRATIVA E O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO CONCELHO DE ALBUFEIRA

Licenciamento Ambiental - PCIP. Formulário LUA

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO DO PLANO DE PORMENOR DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DAS FONTAINHAS

HEPP Hidroenergia de Penacova e Poiares Estrutura do Relatório Estudo de Impacte Ambiental Aproveitamento Hidroeléctrico de Penacova e Poiares

SUBESTAÇÃO DE CARVOEIRA 220/60 kv

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

SAIP Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações, SGPS, SA. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL. (Fase de Construção)

Utilização de fossas séticas individuais

Denominação Bacia hidrográfica Sub-bacia. III CARACTERIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO Finalidade.

AEROGERADOR 6 DO PARQUE EÓLICO DE VALE GRANDE

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

8. Programas de Monitorização e Cronograma de Acções e Medidas

Transcrição:

DAWNENERGY Produção de Energia Unipessoal, Lda REFORMULAÇAO DO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE 800 MW EM TAVEIRO SUMÁRIO EXECUTIVO Julho 2010 Página 1

Índice do documento 1 INTRODUÇÃO...3 2 IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO...4 3 CONFORMIDADE DO PROJECTO DE EXECUÇÃO COM A DIA E COM O PARECER DA CA A ANTERIOR RECAPE...7 Página 2

1 Introdução O presente documento constitui o Sumário Executivo do novo Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) reformulado e relativo ao Projecto da Central Térmica de Ciclo Combinado (CTCC) de Taveiro. O projecto da instalação encontra-se na fase de Projecto de Execução. O Ante-projecto da CTCC de Taveiro e o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) foram apresentados a 14 de Setembro de 2007. Decorrente do respectivo procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) foi emitida, no passado dia 26 de Setembro de 2008, por parte das autoridades ambientais competentes, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada ao cumprimento das medidas mitigadoras aí definidas. Em Maio de 2009, um primeiro RECAPE foi já apresentado na entidade licenciadora para avaliação, tendo a CA emitido o respectivo parecer em Agosto de 2009 e onde identificava um conjunto de aspectos que careciam de reformulação. Na pratica e, de acordo com as indicações da própria CA do Projecto da CTCC de Taveiro, o presente RECAPE constitui uma reformulação do anterior RECAPE apresentado em 2009 e apenas serão alvo de análise os pontos identificados no Parecer da CA ao referido anterior RECAPE. O proponente do Projecto referido é a DAWN ENERGY - PRODUÇÃO DE ENERGIA, UNIPESSOAL Lda. que por sua vez é promovido pela sociedade GAS NATURAL ELECTRICIDAD SDG, S.A., do Grupo Gas Natural, GAS NATURAL SDG, S.A. O projectista foi a empresa PB Power. O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) foi concluído em Setembro de 2007. Foi realizado por uma equipa multidisciplinar da HIDROPROJECTO Engenharia e Gestão, S.A., sob a coordenação da Eng.ª Maria Francisca Silva com o apoio da PB Power. O RECAPE foi elaborado pela mesma equipa que elaborou o EIA com o apoio da PB Power. Página 3

2 Identificação do Projecto Tendo em consideração o crescimento dos consumos nacionais de electricidade estabelecidos no Plano de Expansão do Sistema Eléctrico de Serviço Público, a DAWN ENERGY tenciona construir a Central Térmica de Ciclo Combinado de Taveiro como novo centro electroprodutor no sistema eléctrico nacional, central que se enquadra nas linhas básicas das actuais orientações e tendências a nível ibérico e europeu. A, objecto de análise, será constituída por dois grupos de produção de electricidade funcionando unicamente a gás natural, de potência eléctrica unitária de cerca de 400 MW. Com um funcionamento regular e previsível de operação de 8 000 horas anuais por grupo, os dois grupos da assegurarão uma produção anual na ordem de 6,4 x 10 6 MWh. O fornecimento de gás natural realizar-se-á através de uma ligação ao gasoduto de alta pressão da REN Gasodutos que passa a cerca de 500 m, em linha recta, do local de implantação previsto. A tecnologia de ciclo combinado escolhida entre as várias tecnologias existentes e analisadas para a central a construir apresenta grandes vantagens do ponto de vista de eficiência energética por utilizar gás natural, com um baixo consumo de combustível, e por promover um aproveitamento de energia térmica residual. Do ponto de vista ambiental, a utilização de gás natural como combustível, promove o funcionamento mais limpo que existe actualmente para a produção de energia eléctrica por processo térmico. Nomeadamente, reduz de uma forma significativa a quantidade de poluentes lançados para a atmosfera a partir das chaminés. Assim, a Central de Ciclo Combinado de Taveiro alia à economia um impacte ambiental minimizado, através de uma produção mais limpa, já que dos sistemas existentes é aquele que se afigura ambientalmente mais adequado. A Central em causa localizar-se-á no distrito de Coimbra, Concelho de Coimbra e freguesia de Taveiro. Página 4

De acordo com a Planta de Ordenamento do PDM de Coimbra em vigor, a área prevista para a implantação da Central de Ciclo Combinado de Taveiro Coimbra, encontra-se englobada nas Zonas Industriais do tipo i2. A Norte, encontra-se uma zona de ocupação florestal, esta zona de ocupação florestal, encontra-se localizada entre a área prevista para implantação da infraestrutura e uma unidade industrial de cerâmica, a GRESCO Grés de Coimbra, S.A., um estaleiro de materiais de construção civil, pelas infra-estruturas do gasoduto, e por um pequeno aglomerado habitacional, constituída por algumas vivendas novas. Também a Norte, encontra-se o Estádio Municipal Sérgio Conceição, o Mercado Abastecedor de Coimbra, o Retail Park do Mondego e a Zona Industrial de Taveiro. A Sul, a Oeste e a Este da área prevista para implantação da central, existe uma área de ocupação florestal, idêntica à referida anteriormente. Ao conjunto dos dois grupos de ciclo combinado estarão associados: - um ramal de gás para alimentação da Central a partir do Sistema Nacional de Transporte de Gás Natural; - um ramal de ligação à Rede Eléctrica Nacional até à linha de 400kV Paraimo-Batalha; - condutas de água, para arrefecimento da Central e respectiva instalação elevatória, e descarga. Tanto o ramal de gás como o ramal de ligação a Rede Eléctrica Nacional constituem projectos independentes da central que serão desenhados, tramitados e construídos directamente pelo gestor técnico do sistema, REN gasodutos e REN-Rede Eléctrica Nacional respectivamente. A área total do terreno ocupado pela central é de 13 ha. Os gases resultantes do processo industrial serão lançados na atmosfera através de 2 chaminés, uma por grupo. O sistema de arrefecimento a utilizar será em circuito fechado e constituído por torres de refrigeração com circulação forçada de ar. Esta solução permitirá reduzir drasticamente o consumo de água relativamente aos sistemas convencionais de sistemas de circuito aberto. Página 5

O caudal contínuo de água necessário à alimentação da Central, tanto para a sua refrigeração como para abastecimento de água de serviço será de 865 m 3 /h e o caudal contínuo rejeitado será de 217,8 m 3 /h de efluentes devidamente tratados. A construção da Central de Ciclo Combinado será realizada, num período total previsto de cerca de 2,5 anos (30 meses). A instalação disporá de todas as medidas de controlo e segurança, de modo a minimizar eventuais riscos associados ao funcionamento da Central. Página 6

3 Conformidade do Projecto de Execução com a DIA e com o Parecer da CA a anterior RECAPE A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada e emitida no passado dia 26 de Setembro sintetiza as medidas apresentadas no EIA e acrescenta medidas complementares às definidas no EIA. A DIA determina a implementação de todas as medidas que garantam boas práticas de construção, gestão de obras e exploração, de forma a garantir que não haja afectação da qualidade ambiental, nomeadamente ao nível da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, do ar e do ambiente sonoro e da qualidade de vida das populações mais próximas. Posteriormente, o Parecer da CA ao anterior RECAPE apresentado identificou alguns pontos do Projecto de Execução da Central como carecendo de reformulação para cabal cumprimento da DIA. O Projecto de Execução integra cláusulas de natureza ambiental de modo a obrigar o futuro Empreiteiro da construção da Obra a cumprir as medidas de minimização e Planos de Monitorização previstos no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) e na Declaração de Impacte Ambiental (DIA). Em anexo ao Projecto de Execução são integrados todo o EIA, a DIA e os pontos do Parecer ao anterior RECAPE identificados como carecendo de reformulação. A água a utilizar na CTCC de Taveiro será captada numa futura tubagem projectada pela DGADR na margem esquerda do rio Mondego e cuja água provirá da albufeira do Açude-Ponte de Coimbra. Esta solução permitirá minimizar os impactes ambientais e a afectação das populações associados à implantação de uma infra-estrutura comum em detrimento da opção de duas infra-estruturas independentes. Em situações excepcionais de caudais do rio Mondego e afluentes ao Açude- Ponte reduzidos ou de operações de manutenção do próprio Açude-Ponte e respectivas margens da albufeira, a água para satisfação das necessidades para a Central será captada a partir do aquífero aluviões do Mondego na margem esquerda do Mondego através da instalação de quatro (4) furos com cerca de 50 metros de profundidade. Página 7

O Estudo da Solução de Captação Subterrânea a partir do aquífero Aluviões do Mondego é apresentado no anexo V do RECAPE. No referente ao licenciamento das infra-estruturas de captação e descarga, este realizar-se-á através do procedimento estabelecido pela Lei de Águas (Decreto- Ley nº 226-A/2007) uma vez definidos os últimos detalhes do acordo final com a DGADR para a utilização e captação de água a partir da tubagem projectada por esta. Paralelamente e relacionado com a localizaçao das infra-estruturas de captaçao e descarga de aguas da Central e da estaçao elevatoria, encontram-se já emitidos, para alem do parecer favorável para a utilização não agrícola de solos pertencentes à RAN e do parecer favoravel para a utilizaçao de solos classificados como REN, emitidos respectivamente pela Comissao Regional da Reserva Agricola do Centro e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, foram igualmente emitidos pareceres favoraveis de compatibilidade do traçado das infra-estruturas de captaçao e descarga de agua da Central com infra-estruturas existentes e projectadas na regiao, nomeadamente, pela Estradas de Portugal, REN Gasoductos, EDP Distribuiçao, Câmara Municipal de Coimbra, PT Comunicaçoes, Direcçao Regional de Agricultura e Pescas do Centro e pela Direcçao Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Os pareceres favoraveis emitidos sao apresentados no Anexo IV do RECAPE. Como indicado no procedimento de avaliação de impacto ambiental, e no intuito de que a Central de Ciclo Combinado de Taveiro não fique submetida ao disposto no Decreto-Lei nº. 254/2007 de 12 de Julho, estabeleceu-se que a hidrazina seria armazenada numa concentração de 5% em massa. De acordo com informação transmitida por fabricantes e comercializadores de hidrazina entretanto contactados, é viável o fornecimento, transporte e armazenamento em concentração de 5% em massa. A ficha de dados de segurança da hidrazina, nas condições constantes no anexo II do Regulamento 1907/2006/CE (REACH), é apresentada no RECAPE (anexo IX). Na fase de RECAPE foram pormenorizados uma avaliação dos impactes ao nível das disponibilidades de água para o período compreendido entre 1987 e Página 8

2009 e que abrange vários anos considerados como anos de seca, uma simulação contemplando anos de seca para avaliação do impacte térmico de rejeição do efluente na Vala Sul, um estudo hidrogeológico do troço da Vala Sul a afectar com a descarga dos efluentes líquidos e um novo estudo de ruído. Foram apresentados Planos de Monitorização para a fase construção (ruído e qualidade da água da Vala Sul e água da Ribeira de Reveles), que integram as Cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos. Foram apresentados no RECAPE, na primeira versão, Planos de Monitorização para a fase de exploração do Projecto, relativos a emissões gasosas, qualidade de água e dos efluentes e ruído (definidos e projectados no Projecto de Execução da Obra). No presente RECAPE sao apresentadas alteraçoes às primeiras propostas de Planos de Monitorizaçao anteriormente apresentados. Os Planos de Monitorização definitivos constarão da Licença Ambiental. O Dono da Obra compromete-se também à elaboração, antes do início do funcionamento da instalação, de um Plano de Emergência Interno e este juntamente com uma Análise de Riscos mais pormenorizada serão entregues às entidades competentes. De igual modo, o Dono da Obra compromete-se, na fase de desactivação, a apresentar um Plano de Desactivação Pormenorizado. As medidas mitigadoras a ter em consideração durante a construção e que constam das Cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos, referem-se à boa gestão do estaleiro do ponto de vista ambiental contemplando a não contaminação de solos, água superficial e subterrânea e ar, a preservação do património arqueológico e a paisagem e a minimização da poluição sonora. É exigido no Caderno de Encargos da Obra que a manutenção das máquinas seja feita de modo a controlar a poluição do ar e a poluição sonora. A manutenção das vias de acesso às obras, nomeadamente a sua limpeza, fazendo recurso a lava-rodas, o transporte de materiais e equipamentos, de e para a obra, de modo adequado, a correcta gestão dos resíduos (sólidos e líquidos) e o seu transporte a destino final adequado, por empresas licenciadas Página 9

para o efeito, são obrigações do Empreiteiro que constam de modo pormenorizado nas cláusulas Ambientais do Caderno de Encargos. De igual modo, a formação e sensibilização ambiental dos trabalhadores de Obra, imposta no Caderno de Encargos, é obrigação do Empreiteiro. As medidas de minimização em fase de exploração incluem tanto as indicadas na Declaração de Impacto Ambiental como as que foi necessário implementar para o cumprimento da legislação, nomeadamente as relacionadas com resíduos, paisagem e ruídos, mais tambem qualidade do ar, qualidade do agua, riscos e socio-economia e a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental. Página 10