Sistemas de Arquivos. (Aula 23)

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SEMINÁRIO Sistema de Arquivos

Transcrição:

Sistemas de Arquivos (Aula 23)

Funções de um SO Gerência de processos Gerência de memória Gerência de Arquivos Gerência de I/O Sistema de Proteção 2 Sistemas Operacionais 2008/1

Necessidade de Armazenamento Grandes quantidades de informação têm de ser armazenadas Informação armazenada tem de sobreviver ao fim do processo que a utiliza Múltiplos processos devem poder acessar a informação de um modo concorrente ARQUIVO Abstração criada pelo S.O. para gerenciar e represe ntar os dados 3 Sistemas Operacionais 2008/1

Gerência de Arquivos Oferece a abstração de arquivos (e diretórios) Atividades suportadas Primitivas para manipulação (chamadas de sistema para manipulação de arquivos) criar, deletar abrir, fechar ler, escrever posicionar Mapeamento para memória secundária 4 Sistemas Operacionais 2008/1

Estrutura Interna do Kernel UNIX User application User level Standard Unix libraries Kernel level System call interface File Subsystem Buffer cache Character block Device drivers Process control system Interprocess communication scheduler Memory management Hardware control Hardware level Hardware 5 Sistemas Operacionais 2008/1

Sistema de Arquivos O que é? Um conjunto de arquivos, diretórios, descritores e estruturas de dados auxiliares gerenciados pelo sub sistema de gerência de arquivos Permitem estruturar o armazenamento e a recuperação de dados persistentes em um ou mais dispositivos de memória secundária (discos ou bandas magnéticas) Arquivo Um conjunto de dados persistentes, geralmente relacionados, identificado por um nome É composto por: Nome: identifica o ficheiro perante o utilizador Descritor de arquivo: estrutura de dados em memória secundária com informação sobre o ficheiro (dimensão, datas de criação, modificação e acesso, dono, autorizações de acesso) Informação: dados guardados em memória secundária 6 Sistemas Operacionais 2008/1

Estrutura Interna de Arquivos (1) Seqüência Seqüência de não- Registros estruturada de bytes Árvore de Registros 7 Sistemas Operacionais 2008/1

Estrutura Interna de Arquivos (2) Seqüência não-estruturada de bytes Forma mais simples de organização de arquivos Sistema de arquivos não impõe nenhuma estrutura lógica para os dados, a aplicação deve definir toda a organização Vantagem: flexibilidade para criar estruturas de dados, porém todo o controle de dados é de responsabilidade da aplicação Estratégia adotada tanto pelo UNIX quanto pelo Wind ows 8 Sistemas Operacionais 2008/1

Estrutura Interna de Arquivos (3) Seqüência de Registros Em geral, registros de tamanho fixo Operação de leitura retorna um registro Operação de escrita sobrepõe/anexa um registro Árvore de Registros Cada registro é associado a uma chave Árvore ordenada pela chave Computadores de grande porte / aplicações que fazem muita leitura aleatória 9 Sistemas Operacionais 2008/1

Tipos de Arquivos (1) Arquivos Regulares Arquivos ASCII Binários Apresentam uma estrutura interna conhecida pelo S.O. Diretórios Arquivos do sistema Mantêm a estrutura do Sistemas de Arquivos 10 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Tipos de Arquivos (2) Arquivo Executável (UNIX) Repositório ou Archive (UNIX) 11 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Operações sobre Arquivos Dependem do tipo create delete open close read write append seek get attributes set attributes rename 12 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Operações sobre Arquivos 13 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Diretórios (1) Modo como o sistema organiza os diferentes arquivos contidos num disco É a estrutura de dados que contém entradas associadas aos arquivos localização física, nome, organização e demais atributos Quando um arquivo é aberto, o sistema operacional procura a sua entrada na estrutura de diretórios As informações do arquivo são armazenadas em uma tabela mantida na memória principal(tabela de arquivo aber tos) Fundamental para aumentar o desempenho das operações com arquivos 14 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Diretórios (2) Sistemas de Diretório em Nível Único Implementação mais simples Existe apenas um único diretório contendo todos os arquivos do disco Bastante limitado já que não permite que usuários criem arquivos com o mesmo nome Isso ocasionaria um conflito no acesso aos arquivos 15 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Diretórios (3) Estrutura de diretórios com dois níveis Para cada usuário existe um diretório particular e assim poderia criar arquivos com qualquer nome. Deve haver um nível de diretório adicional para controle que é indexado pelo nome do usuário Cada entrada aponta para o diretório pessoal. Usuário 1 Usuário 2 Usuário 3 Arquivo 1 Arquivo 2 Arquivo 3 Arquivo 1 Usuário n Arquivo 1 Arquivo 2 Arquivo 3 Master File Directory (MFD) User File Directory (UFD) Arquivos 16 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Diretórios (4) Estrutura de diretórios Hierárquicos Adotado pela maioria dos sistemas operacionais Logicamente melhor organizado É possível criar quantos diretórios quiser Um diretório pode conter arquivos e outros diretórios (chamados subdiretórios) Cada arquivo possui um path único que descreve todos os diretórios da raiz (MFD) até o diretório onde o arquivo esta ligado Na maioria dos S.O.s os diretórios são tratados como arquivos tendo atributos e identificação 17 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Diretórios (4) Estrutura de diretórios Hierárquicos (cont.) Disco C:/ Carlos Ivan Paulo Teste Pessoal Pessoal Programas Soma.exe 18 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Esquema do Sistema de Arquivos (1) 19 Sistemas Operacionais 2008/1 1

Esquema do Sistema de Arquivos (2) A maioria dos discos é dividida em uma ou mais partições com Sistemas de arquivos independentes para cada partição O setor 0 do disco é chamado de Master Boot Record (MBR) Na inicialização do sistema, a BIOS lê e executa o MBR O programa do MBR localiza a partição ativa, lê seu primeiro bloco, chamado de bloco de boot (boot sector no NTFS) O programa no bloco de boot carrega o S.O. contido na partição O esquema da partição varia de um S.O. para outro, mas é comum: A definição de um SuperBloco (Master File Table no NTFS): contém os principais parâmetros do sistema de arquivos (tipo, no. de blocos, etc.) As informações sobre os blocos livres FCB (File control block) define detalhes do arquivo, incluindo permissões, propriedade, tamanho, e local dos blocos de dados. No UNIX (Inode), NTFS (fica no MFT que usa estrutura de banco de dados relacional, uma linha por arquivo) 20 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (1) Alocação Contígua Consiste em armazenar um arquivo em blocos seqüencialmente dispostos O sistema localiza um arquivo através do endereço do primeiro bloco e da sua extensão em blocos O acesso é bastante simples Seu principal problema é a alocação de novos arquivos nos espaços livres Para armazenar um arquivo que ocupa n blocos, é necessário uma cadeia com n blocos dispostos seqüencialmente no disco Além disso, como determinar o espaço necessário a um arquivo que possa se estender depois da sua criação? Pré-alocação (fragmentação interna) 21 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (2) Alocação Contígua (cont.) arquivo inicio #blocos readme.txt 010 003 prova.doc 002 008 Aula.pdf 017 005 0 1 2 3 4 5 6 7 22 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (3) Alocação Contígua (cont.) aloca aloca remove remove remove aloca aloca t Agora, como alocar um arquivo com 4 blocos? Fragmentação Externa! E se o arquivo fosse dividido em Blocos lógicos? 23 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (4) Alocação por Lista Encadeada O arquivo é organizado como um conjunto de blocos ligados no disco Cada bloco deve possuir um ponteiro para o bloco seguinte Aumenta o tempo de acesso ao arquivo, pois o disco deve deslocar-se diversas vezes para acessar todos os blocos É necessário que o disco seja desfragmentado periodicamente Esta alocação só permite acesso seqüencial Desperdício de espaço nos blocos com armazenamento de ponteiros 24 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (5) Alocação por Lista Encadeada (cont.) Início 0 3 6 9 1 4 7 10 2 5 8 11 12 13 14 25 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (6) Alocação por Lista Encadeada usando Tabela na Memória Mantém os ponteiros de todos os blocos de arquivos em uma única estrutura denominada Tabela de Alocação de Arquivos FAT (File Allocation Table) Vantagens: Permitir o acesso direto aos blocos Não mantém informações de controle dentro dos blocos de dados Esquema usado pelo MS-DOS, Win95 e Win98 26 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (7) Alocação por Lista Encadeada usando Tabela na Memória (cont.) Diretório A 4 B 7 Desvantagem A tabela deve estar na memória Disco de 20 G, blocos de 1k? 20 milhões de entradas Cada entrada 4 bytes: 80MB Mas é possível paginar a FAT! 27 Sistemas Operacionais 2008/1 2

Implementação de Arquivos (8) i-nodes Cada arquivo possui uma tabela (i-node) no disco O i-node só precisa estar na memória quando o arquivo correspondente estiver aberto Ocupa menos espaço que a FAT Tamanho da FAT cresce linearmente com o tamanho do disco I-nodes requerem um espaço proporcional à quantidade máxima de arquivos abertos Usados por sistemas baseados no UNIX 28 Sistemas Operacionais 2008/1 2

i-nodes (1) 10 entradas diretas 29 Sistemas Operacionais 2008/1 2

i-nodes (2) Bmax=10 + 256 + 2562 + 2563 = 10 + 216 + 224 = 10 + 64K + 16M blocos Fmax» 16 Gigabytes TBD = 1K TR = 4 bytes Dado que: TBD Tamanho bloco de dados TR Tamanho referência (endereço do bloco) Qual será...? B max Nº Blocos máximo de um arquivo F max dimensão máxima de um arquivo B max = 10 + TBD + TBD 2 + TBD 3 TR TR TR F max = B max x TBD 30 Sistemas Operacionais 2008/1 3

Relação entre Diretórios e i-nodes (1) Diretórios incluem nomes de arquivos e referências para os respectivos i-nodes 31 Sistemas Operacionais 2008/1 3

Relação entre Diretórios e i-nodes (2) Passos para alcançar /usr/ast/mbox 32 Sistemas Operacionais 2008/1 3