Análise Setorial de Emprego

Documentos relacionados
Análise Setorial de Emprego

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Fevereiro de Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 19/03/2015

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego - Ano de Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 23/01/15

Saúde Suplementar em Números

75,4. 1,95 mulher, PNAD/08) Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais em %) 4,4% População urbana

BOLETIM EMPREGO Setembro 2014

Gráfico 01: Estados brasileiros - Evolução do emprego formal - primeiro semestre de 2014 Variação relativa (%)

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego 1º semestre de Brasil. Dieese. Subseção Força Sindical. Elaboração: 21/07/2015

TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás.

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS - JULHO/ Geração de Empregos no Brasil - Mercado de Trabalho Segue Demitindo

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE:

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013

1. Evolução do Emprego Celetista

INDICE DE CONFIANÇA DAS MICRO E PEQUENAS. Outubro/2012 (dados até setembro)

Saldo de Empregos Celetistas Cearense - Fevereiro de 2014

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Outubro de 2015

Analfabetismo no Brasil

Abril/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Abril/2014

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

FLUXO ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

setembro de 2014 Fundação Perseu Abramo - Partido dos Trabalhadores MUDANÇA REGIONAL E DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL

Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2008

Jaraguá do Sul (SC), Maio de 2013.

O Financiamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no Brasil. Julho de 2009

FLUXO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

RETRATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA BAHIA EM 2009

FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO DE ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

5.4 Transplantes. 1 Rim. Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos.

Informativo Mensal de Emprego CAGED nº 08/ /08/2012

FLUXO ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

Distinto ao apresentado para os demais setores no país, Agropecuária registra crescimento

Nº 19 Novembro de A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços?

Grandes Regiões e Unidades da Federação: Esperança de vida ao nascer segundo projeção populacional: 1980, Ambos os sexos

NOTA TÉCNICA Nº 0026_V1_2014 CADASTRO GERAL DE EMPREGO E DESEMPREGO DA CIDADE DE JARAGUÁ DO SUL - FEVEREIRO DE

MOVIMENTAÇÃO DO EMPREGO NO SETOR DA ARQUITETURA E ENGENHARIA CONSULTIVA

Produção Industrial Cearense Cresce 2,5% em Fevereiro como o 4º Melhor Desempenho do País

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA

BOLETIM COMÉRCIO VAREJISTA

Notas sobre a divulgação do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) JUNHO/2010

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas

Perfil ocupacional dos empregados do setor de energia elétrica no Brasil: 1998/2004

Emprego Formal do Estado do Amazonas Novembro 2015

FLUXO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

Presente ruim e futuro econômico desanimador para a construção civil

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção

RANKING NACIONAL DO TRABALHO INFANTIL (5 a 17 ANOS) QUADRO COMPARATIVO DOS DADOS DA PNAD (2008 e 2009)

Participação de mulheres no mercado formal de trabalho em Diadema cresce, mas homens ainda são maioria.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hanseníase no Brasil DADOS E INDICADORES SELECIONADOS

Cresce o emprego formal em todos os setores de atividade

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. As Políticas Públicas de Emprego no Brasil

SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL S I N A P I RESULTADOS DE JUNHO/2014

Emprego Industrial Março de 2015

Informações sobre salários e escolaridade dos professores e comparativo com não-professores

Criação de empregos Brasil. Acumulado maio / 2012 a abril / 2013

DESENVOLVIDO PELO Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este estudo aponta um positivo crescimento do emprego

BOLETIM DO EMPREGO EM UBERLÂNDIA. Ano 3 Nº 7 Maio/2014

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Boletim Informativo* Agosto de 2015

Boletim Informativo. Junho de 2015

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

FLUXO ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

A MULHER TRABALHADORA NO SETOR DA HOTELARIA E GASTRONOMIA EM SÃO PAULO E NO BRASIL

NÚMERO DE ACIDENTES POR DIA DA SEMANA

Pesquisa de Orçamentos Familiares

Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2012: análise dos principais resultados de Santa Catarina

Boletim Informativo. Maio de * Errata: Tabela Fonte de Dados - Por Estado

Criação de emprego - Brasil. Acumulado. set/11 a ago/12

FLUXO DO ARMAZENAMENTO E ATIVIDADES AUXILIARES DOS TRANSPORTES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

2013 Março. Caderno de Informação da Saúde Suplementar. Beneficiários, Operadoras e Planos

3Apesar dos direitos adquiridos pelas

Geração de Emprego Formal no NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JULHO DE 2011

FLUXO DE TRANSPORTES TERRESTRE POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Comércio em Números. Brasil. meses.

FICHA BIBLIOGRÁFICA. Título: Perfil da Mulher Metalúrgica do ABC. Autoria: Subseção DIEESE/Metalúrgicos do ABC

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

AGETRAB Agencia de Trabalho, Educação Profissional e Renda Julho- 2015

Nº 75 Março 2014 Análise da Evolução das Vendas do Varejo Cearense a 2013

FLUXO MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO E INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL S I N A P I RESULTADOS DE AGOSTO/2014

FLUXO FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Mais de 446 mil estudantes se inscreveram para as vagas do SiSU

Estrutura Produtiva BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima

Dimensão social. Educação

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

CAGED REGISTRA A CRIAÇÃO DE VAGAS NO MÊS DE JUNHO

FLUXO TELECOMINICAÇÕES SEM FIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO. SECRETÁRIO DE ESTADO Rafael de Góes Brito. SECRETÁRIO ADJUNTO Lailson Ferreira Gomes

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Análise Demográfica das Empresas da IBSS

FLUXO ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

Nº 23 Março Perfil da Raça da População Cearense

FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing

Estudo Estratégico n o 4. Como anda o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro? Valéria Pero Adriana Fontes Luisa de Azevedo Samuel Franco

SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

Transcrição:

Análise Setorial de Emprego Maio de 2015

Ficha Técnica Governador do Estado de Minas Gerais Fernando Pimentel Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social André Quintão Secretária Adjunta de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social Rosilene Rocha Elaboração Assessor de Gabinete Paulo Roberto Bretas Assessor de Planejamento Gustavo Garcia Vieira de Almeida Equipe técnica Amanda Siqueira Carvalho Betley de Jesus Ferreira Bruno Ferreira Andrade Camila Martins Duarte César Augusto Calinçani Pereira Éder Rodrigo Rodrigues Ferreira Frederico de Sant Anna Caetano Ribeiro Leonardo Aguilar Ferreira Alonso Leonardo Diniz Reis Silva Leonardo Aguilar Ferreira Alonso Matheus Fernandes Nascimento Maria de Lourdes Santana Oliveira Sônia Regina Carvalho

Sumário Executivo Esse documento tem como objetivo subsidiar a compreensão sobre o mercado de trabalho atual, fornecendo dados atualizados para gestores das políticas públicas de trabalho e emprego. O propósito final é contribuir para a elaboração e para o planejamento de estratégias e ações voltadas ao mercado de trabalho, bem como monitorar o ambiente no qual essas estratégias se inserem. Essa análise foi produzida a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) até o mês de maio de 2015. Os resultados da análise serão apresentados a seguir. 1. O setor de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca é evidência em todo o país e também no estado de Minas Gerais, mostrando-se um ponto forte na geração de postos de trabalho, como observado nas tabelas 1 e 5; 2. Somado à redução de postos de trabalho no mercado em geral, exceção feita aos setores de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca, observase, no Brasil e em Minas Gerais, a redução do salário médio dos admitidos em relação aos demitidos, conforme tabelas 11 e 12, o que pode estar relacionado à substituição de trabalhadores com maiores salários, por trabalhadores com salários inferiores, em especial com rendimento até 1 salário mínimo; 3. O setor industrial mineiro apresenta números mais sensíveis atualmente, haja vista ser o que mais tem reduzido postos de trabalho, acompanhado da substancial diminuição na renda média do trabalhador. A queda no número de empregos acompanha a tendência observada no país como um todo. 4. Apenas o segmento de trabalhadores mais jovens, de até 24 anos, não sofreu com a perda acumulada de postos de trabalho até maio/2015, e aqueles com escolaridade entre o 5º ano e Fundamental completo sofreram mais com os desligamentos, independente da faixa etária.

1. Criação de vagas no Brasil Em maio de 2015, o Brasil perdeu 115.559 vagas de emprego formal, pior resultado obtido em mais de uma década para o mês de maio, menor inclusive que o resultado em 2009, ano de crise financeira mundial, e o primeiro negativo para o mês nesse intervalo. Saldo de vagas = Qtd de admitidos Qtd de demitidos Gráfico 1 - Saldo de emprego no Brasil para os meses de MAIO 2003/2015 350.000 140.313 291.822 212.450 212.217 198.837 202.984 131.557 298.041 252.067 139.679 72.028 58.836 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0-50.000-115.559-100.000-150.000 Tal resultado foi devido principalmente às demissões nos setores de Industria, Serviços e Construção Civil. Por sua vez, o setor de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca apresentou números positivos na geração de vagas, acumulando 28.362 novos postos de trabalho no mês. Tabela 1 - Admissões e demissões no Brasil por setor MAIO/2015 Setor Admitidos Desligados Saldo Indústria 241.976-304.139-62.163 Construção Civil 166.405-196.200-29.795 Comércio 357.137-376.488-19.351 Serviços 589.489-622.141-32.652 Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca 109.638-81.276 28.362 TOTAL 1.464.645-1.580.244-115.599

No recorte geográfico, quatro estados elevaram o nível de emprego formal, dentre os quais: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre e Piauí. Minas Gerais ocupa o 24º lugar, com saldo negativo em 10.024, duas posições atrás do que no mês anterior. Devido ao cenário econômico mais agudo observado nas regiões Sul e Sudeste, a comparação com maio, mostra São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais como as quatro unidades da federação com saldo de vagas mais negativo no mês de maio. Tabela 2 - Saldo de vagas no Brasil nos estados MAIO/2015 Estado Saldo 1º Mato Grosso do Sul 534 2º Goiás 333 3º Acre 193 4º Piauí 63 5º Roraima -217 24º Minas Gerais -10.024 25º Rio de Janeiro -11.105 26º Rio Grande do Sul -15.815 27º São Paulo -23.037 TOTAL -115.599 Se considerarmos o saldo de vagas mensal dos últimos doze meses, constata-se que, cinco estados apresentaram um saldo de geração de emprego positivo, dentre os quais três são da Região Nordeste. Tabela 3 - Saldo de vagas no Brasil nos estados JUNHO/2014 a MAIO/2015 Estado Saldo 1º Ceará 18.593 2º Santa Catarina 8.211 3º Alagoas 4.322 4º Piauí 1.917 5º Paraíba 772 6º Sergipe -6 23º Bahia -38.639 24º Pernambuco -54.280 25º Rio de Janeiro -56.404 26º Minas Gerais -111.023 27º São Paulo -202.190 TOTAL -593.375 Dentre os Territórios de Desenvolvimento, observa-se que o saldo de vagas foi positivo em 8 do total de 17 territórios. A geração negativa de empregos no Território

Metropolitana (-15.211) contribuiu decisivamente para o montante negativo registrado pelo estado em maio. Tabela 4 - Saldo de vagas em Minas Gerais nos Territórios de Desenvolvimento MAIO/2015 Estado Saldo 1º Sul 4.172 2º Sudoeste 1.547 3º Triângulo Sul -460 4º Oeste 1.264 5º Mata -1.400 6º Médio e Baixo Jequitinhonha 94 7º Vertentes -160 8º Caparaó 1.714 9º Central 400 10º Alto Jequitinhonha 254 11º Mucuri -79 12º Triângulo Norte 388 13º Vale do Rio Doce -56 14º Norte -375 15º Noroeste -1.099 16º Vale do Aço -1.017 17º Metropolitana -15.211 TOTAL -10.024 2. Criação de vagas em Minas Gerais Minas Gerais obteve saldo negativo de vagas no mês de maio/2015, com a perda de 10.024 postos de trabalho, pior marca no período 2003 a 2015. O menor número desse intervalo havia sido a criação de 37.518 empregos em 2009. Gráfico 2 - Saldo de emprego em Minas Gerais para os meses de MAIO 2004/2015 70.000 60.000 54.903 60.873 56.977 50.000 40.000 30.000 35.735 48.116 52.989 42.550 37.96837.518 32.684 25.916 22.925 20.000 10.000 0-10.000-10.024 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015-20.000

Apesar do saldo negativo no acumulado para o mês, o setor de agropecuária, extrativismo vegetal, caça e pesca se destacou dentre os demais, gerando saldo positivo de 10.540 postos. Todos os demais setores promoveram mais demissões que admissões. Gráfico 3 - Saldo de emprego em Minas Gerais para os meses de MAIO - 2014/2015 25.000 22.092 20.000 15.000 10.000 10.540 mai/14 5.000 1.522 1.325 mai/15 0-5.000-10.000 Indústria -1.270-7.702 Construção Civil -6.216 Comércio -1.151-744 Serviços Agropecuária, ext. vegetal, caça e pesca -5.495 Na comparação com o mês anterior, destaca-se a piora do setor de Comércio e Serviços, que apresentaram resultado de geração de vagas negativo, e um crescimento de 6.271 novas vagas no setor de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca. 15.000 10.000 10.540 5.000 0-5.000-10.000-7.183-7.702-5.497-6.216 169 1.278-5.495 4.269 Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária, -1.151 Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca abr/15 mai/15

Não obstante a criação de vagas em fevereiro, Minas Gerais apresenta resultado negativo de 31.843 postos de trabalho em 2015, resultado derivado principalmente das demissões ocorridas no setor de Comércio. Tabela 5 Saldo das Admissões e demissões em Minas Gerais por setor JAN- MAI/2015 Mês Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abr/15 Mai/15 Acumulado Indústria -636 3.313 3.414-7.183-7.702-8.794 Construção Civil 2.021-264 -3.888-5.497-6.216-13.844 Comércio -11.349-4.567-3.869 169-1.151-20.767 Serviços -2.755 5.438 3.887 1.278-5.495 2.353 Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca -1.914-753 3.815 4.269 10.540 15.957 TOTAL -14.553 3.167-3.469-6.964-10.024-31.843 A desaceleração do mercado de trabalho em Minas Gerais tem afetado distintamente os gêneros, com uma preponderância de desligamentos mais acentuada entre homens do que entre mulheres, ainda que no início do ano o cenário fosse distinto. Tabela 6 - Saldo médio em Minas Gerais por gênero JAN-MAI/2015 Mês Masculino Feminino Total Janeiro/2015-5.326-9.207-14.533 Fevereiro/2015 279 2.888 3.167 Março/2015-4.781 1.312-3.469 Abril/2015-6.168-796 -6.964 Maio/2015-8.385-1.639-10.024 TOTAL -24.381-7.442-31.823 Os trabalhadores mais afetados pela desaceleração da economia brasileira e mineira continuam sendo aqueles com 5º ano ao Fundamental completo, faixas nas quais houve saldo negativo de vagas em todos os meses de 2015. Em maio de 2015 os trabalhadores com ensino fundamental completo e médio completo foram os que mais sofreram cm a perda de postos de trabalho. Tabela 7 - Saldo médio em Minas Gerais por escolaridade JAN-MAI/2015 Nível de Instrução jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Acumulado Analfabeto -100-830 289 320 421 100 Até 5º ano Completo 93 183 144-550 -224-354 5º ano Completo Fundamental -1.029-1.399-542 -881 636-3.215

6º a 9º ano Fundamental -2.349-1.865-2.584-1.658-1.503-9.959 Fundamental Completo -1.969-1.707-2.428-2.950-3.022-12.076 Médio Incompleto -3.873 3.916-3.243 1.773-1.684-3.111 Médio Completo -4.504 568 2.761-2.938-3.369-7.482 Superior Incompleto -352 61 393-6 -85 11 Superior Completo -440 4.240 1.741-74 -1.194 4.273 TOTAL -14.553 3.167-3.469-6.964-10.024-31.843 Apenas as faixas etárias com trabalhadores até 24 anos não foram impactadas com a redução de novas vagas de emprego, as demais apresentaram saldo negativo nos cinco primeiros meses do ano. Tabela 8 - Saldo médio em Minas Gerais por faixa etária JAN-MAI/2015 Mês Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abril/15 Maio/15 Acumulado Até 17 1.404 8.136 146 6.425 1.797 17.908 18 a 24-2.913 3.247 5.050 2.298 1.688 9.370 25 a 29-3.393-1.620-424 -3.383-2.480-11.300 30 a 39-4.617-2.040-2.725-5.291-5.002-19.675 40 a 49-2.269-1.726-1.724-3.418-2.612-11.749 50 a 64-2.403-2.436-3.358-3.145-3.052-14.394 65 ou mais -342-393 -434-450 -363-1.982 TOTAL -14.533 3.167-3.469-6.964-10.024-31.823 A dispensa sem justa causa lidera a relação de motivos para os desligamentos em 2015, representando mais da metade deles (57,74%). Tabela 9 - Motivos dos desligamentos JAN-MAI/2015 Mês Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abr/15 Mai/15 % A pedido 42.115 39.034 39.914 34.882 31.735 19,6 Aposentadoria 101 80 90 83 102 0,04 Dispensa com justa causa 3.076 2.469 2.725 2.733 2.442 1,4 Dispensa sem justa causa 107.088 114.063 114.225 107.725 109.096 57,74 Morte 543 408 468 443 501 0,24 Término de contrato 25.113 19.825 23.895 21.902 22.755 11,86 Término de contrato por prazo determinado 3.402 2.925 3.321 3.391 4.496 1,83 Transferência desligamentos 17.329 12.496 12.190 15.401 11.718 7,22 TOTAL 198.767 191.300 196.828 186.560 182.845 100 A análise do saldo de vagas por faixa salarial denota um crescimento da faixa com remuneração baixa, de meio até um salário mínimo, que tem aumentado desde

março de 2015, em detrimento de todas as demais faixas, que apresentam redução no número de vagas continuamente desde janeiro. Tabela 10 - Saldo médio em Minas Gerais por faixa salarial JAN-MAI/2015 Mês Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abril/15 Maio/15 Acumulado Até 0,5-716 7.152 164 3.715 435 10.750 De 0,51 a 1.0-2.926 1.252 787 4.158 6.213 9.484 De 1.01 a 1.5-4.706 768 5.476-768 -1.698-928 De 1.51 a 2.0-975 -1.756-2.179-4.029-6.102-15.041 De 2.01 a 3.0-2.319-2.311-4.075-5.476-4.662-18.843 De 3.01 a 4.0-891 -984-1.537-1.693-1.721-6.826 De 4.01 a 5.0-485 -317-791 -937-1.117-3.647 De 5.01 a 7.0-377 -455-725 -880-978 -3.415 De 7.01 a 10.0-340 -341-513 -602-651 -2.447 De 10.01 a 15.0-244 -281-225 -343-469 -1.562 De 15.01 a 20.0-94 -100-104 -140-120 -558 Mais de 20-80 -162-130 -159-143 -674 Não Classificado -380 702 383 190 989 1.884 TOTAL -14.533 3.167-3.469-6.494-10.024-31.353 3. Análise salarial Em relação à análise salarial no Brasil, destaca-se que a média de salários dos admitidos foi 10,49% menor que a média salarial dos demitidos, o que demonstra uma redução do nível médio de renda dos trabalhadores no mercado de trabalho formal. Tabela 11 - Salário médio no Brasil por setor MAI/2015 Setor Admitidos Desligados Variação Indústria R$ 1.316,40 R$ 1.531,15-14,02% Construção Civil R$ 1.399,41 R$ 1.504,61-6,99% Comércio R$ 1.115,04 R$ 1.217,77-8,43% Serviços R$ 1.303,16 R$ 1.439,07-9,44% Agropecuária, Extrativismo vegetal, Caça e Pesca R$ 984,14 R$ 1.061,86-7,13% TOTAL R$ 1.246,63 R$ 1.392,80-10,49% Os setores de Indústria, Serviços e Comércio foram os que mais reduziram o nível salarial no país. Em Minas Gerais o cenário foi semelhante, já que o salário médio dos admitidos mostrou-se 16,16% menor que o salário médio dos demitidos. O setor de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca, apesar de ter criado vagas em maio/2015, também apresentou redução salarial média. A Indústria, no entanto,

além de perder vagas em maio, também teve uma redução aguda na remuneração de seus trabalhadores admitidos. Tabela 12 - Salário médio em Minas Gerais por setor MAI/ 2015 Setor Admitidos Desligados Total Indústria R$ 1.177,74 R$ 1.448,30-22,97% Construção Civil R$ 1.278,24 R$ 1.390,92-8,82% Comércio R$ 986,19 R$ 1.064,97-7,99% Serviços R$ 1.169,61 R$ 1.334,44-14,09% Agropecuária, Extrativismo vegetal, Caça e Pesca R$ 885,41 R$ 999,65-12,90% TOTAL R$ 1.099,71 R$ 1.277,40-16,16%