DECISÃO TÉCNICA DT-042/2013 R-06



Documentos relacionados
DECISÃO TÉCNICA DT-144/2013 R-00

Sumário ORIENTAÇÃO TÉCNICA - DISTRIBUIÇÃO OTD REDE CONVENCIONAL TRANSFORMADORES

Instalação de Sistema Encapsulado de Medição a Transformador a Seco - SEMTS

CRITÉRIO DE PROJETO CP 015 DISTRIBUIÇÃO AÉREA ECONÔMICA - DAE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA

NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA NDU-004 INSTALAÇÕES BÁSICAS PARA CONSTRUÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO URBANA

PADRONIZAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO Título ESTRUTURAS PARA MONTAGEM DE REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO URBANA SECUNDÁRIA COM CABOS MULTIPLEXADOS APRESENTAÇÃO

AFASTAMENTOS MÍNIMOS PADRONIZADOS

DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT DECISÃO TÉCNICA DT-090/2010 R-07

NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA NDU-005 INSTALAÇÕES BÁSICAS PARA CONSTRUÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO RURAL

DECISÃO TÉCNICA DT-Br 042/2016 R-00

Realizar novas ligações. Executa ligação BT. HISTÓRICO DE MODIFICAÇÕES Edição Data Alterações em relação à edição anterior

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

COMUNICADO TÉCNICO Nº 02

DECISÃO TÉCNICA DT-025/2013 R-00

DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT DECISÃO TÉCNICA DT-136/2010 R-01

NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA NDU-010 PADRÕES E ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS DA DISTRIBUIÇÃO

CONECTORES PARA CABOS FLEXÍVEIS RAMAIS DE LIGAÇÃO E MEDIDORES

INTRODUÇÃO POSTES ATERRAMENTO ESTAIAMENTO CONDUTORES

ORIENTAÇÃO TÉCNICA - DISTRIBUIÇÃO OTD REDE COMPACTA - TRANSFORMADOR. Sumário

Redes de Distribuição Aéreas Urbanas de Energia Elétrica

DIRETORIA TÉCNICA GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT 034/2008 PADRÃO DE ESTRUTURA PE-034/2008 R-02 ESTRUTURAS ESPECIAIS

Instrução de Trabalho no Versão no.01 data: 02/03/2016

PADRÃO DE ESTRUTURA PE 031 R 03 REDE PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DE ENERGIA ELÉTRICA URBANA E RURAL


PD Redes de Distribuição Aérea Urbana 36,2kV. Padrão Técnico da Distribuição. Diretoria de Planejamento e Engenharia

NORMA TÉCNICA CELG D. Estruturas para Redes de Distribuição Aéreas Rurais Classes 15 e 36,2 kv. NTC-06 Revisão 1

TENSÕES MECÂNICAS ADMISSÍVEIS PARA ELABORAÇÃO E/OU VERIFICAÇÃO DE PROJETOS DE TRAVESSIAS AÉREAS UTILIZANDO CABOS SINGELOS DE ALUMÍNIO COM ALMA DE AÇO

Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição. Professor Jorge Alexandre A. Fotius

Critérios Básicos para Elaboração de Projetos de Redes de Distribuição Aérea Especial DAE

C HAVE FUSÍVEL T IPO MZ PARA DISTRIBUIÇÃO

CONTRATAÇÃO DO MÊS DE MARÇO 2013

MEMORIAL DESCRITIVO. Projeto básico de manutenção em rede de 13,8kV interna do Campus A. C. Simões.

Pára-raios de Baixa Tensão para Rede de Distribuição Secundária PRBT - RDS

Conferência do Projeto

Responsavel Técnico: Kadner Pequeno Feitosa CREA

PADRÃO DE ESTRUTURA PE-049/2010 R-00

RELAÇÃO DE MATERIAIS PADRONIZADOS - REDE DE DISTRIBUIÇÃO CLASSE 15 KV REDE SUL / SUDESTE

MEMORIAL DESCRITIVO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DECARGAS ATMOSFÉRICAS SPDA PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DO MUNICÍPIO DE PRIMAVERA DO LESTE MT

MEMORIAL DESCRITIVO. PROPRIETÁRIO: IFSULDEMINAS - Câmpus Muzambinho.. Estrada de Muzambinho, km 35 - Bairro Morro Preto.

Introdução ENERGIA ELÉTRICA: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO.

REDE AÉREA (cabos condutores, tubos e isoladores) Ampliação da SE Ariquemes Bay 15 kv Lista de Rede aérea PREÇO (R$) UNITÁRIO TOTAL

CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT

DECISÃO TÉCNICA DT-072/2006 R-01 SUBSTITUIÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO POR SOBRECARGA

Sumário ORIENTAÇÃO TÉCNICA - DISTRIBUIÇÃO OTD REDE MULTIPLEXADA BT - CONSTRUÇÃO

Sistema Normativo Corporativo

LIGAÇÃO NOVA E AUMENTO DE CARGA PARA UNIDADES CONSUMIDORAS COMPREENDIDAS EM ENTRADAS COLETIVAS EXISTENTES (PADRÃO ANTIGO)

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada

Capítulo 3 Circuitos Elétricos

Manual de Aprovação de Projeto para Clientes de Média Tensão

ÍNDICE NTD-15 MONTAGEM DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA RURAL TRIFÁSICA E MONOFÁSICA 13,8 E 34,5 KV

PD Redes de Distribuição Aérea Compacta 15kV. Padrão Técnico da Distribuição. Diretoria de Planejamento e Engenharia. Gerência de Engenharia

COMUNICADO TÉCNICO 51

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

NTE PADRÕES PRÉ-FABRICADOS

PADRÃO TÉCNICO SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA COM CONDUTORES NUS PT.DT.PDN POSTE DE CONCRETO DE SEÇÃO DUPLO T

DIRETORIA TÉCNICA GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT CRITÉRIO DE EXECUÇÃO CONEXÕES ELÉTRICAS DEPARTAMENTO DE NORMAS E PROCEDIMENTOS

Principais alterações:

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

Redes de Distribuição Áreas Urbanas - RDAU

O SPDA Estrutural é uma solução tecnológica aperfeiçoada pela Termotécnica Para-raios, com o intuito de oferecer além de segurança, ganho estético

TABELA DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS

NT - CRITÉRIOS PARA PROJETOS DE REDES E LINHA AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO IT - APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO E SUBESTAÇÃO REBAIXADORA

ANEXO IV ESPECIFICAÇÃO DE PINTURA PARA TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

ND FORNECIMENTO TABELA 1

Superintendência de Desenvolvimento e Engenharia da Distribuição TD ND TABELAS

ANEXO II ATIVIDADES DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

NTE MONTAGEM DE REDES SECUNDÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA AÉREA TRIFÁSICA, URBANA, COM CONDUTORES ISOLADOS MULTIPLEXADOS

MEMORIAL TÉCNICO-DESCRITIVO Rede Aérea de Distribuição Urbana Loteamento COLIBRI. Índice:

Instalações elétricas resumo

6. EXECUÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO EM MÉDIA TENSÃO 6.1 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR

Cabos e acessórios para redes subterrâneas

VIABILIDADE ECONÔMICA DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO PROTEGIDAS

Proteção Contra Sobretensões ( NBR 5410)

Redes subterrâneas em loteamentos e condomínios particulares Por Caius V. S. Malagoli*

Sua obra coberta de qualidade TELHAS DE AÇO.

REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA / 2013 EXPO & FORUM

PADRÃO TÉCNICO PADRÃO ECONÔMICO PARA ENTRADA DE CLIENTE 18/10/2011

Aplicação de Condutores de Alumínio em Medição de Consumidor em BT

A entrada de energia elétrica será executada através de:

FAQ - Frequently Asked Questions (Perguntas Frequentes)

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DISTRIBUIÇÃO

A N E X O V I I I M Ó D U L O S C O N S T R U T I V O S D E L I N H A S E R E D E S D E D I S T R I B U I Ç Ã O S U B M E R S A S

ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 INTRODUÇÃO 2 PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO? 3 DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO, E MASSA.

ISOTRANS IND. DE TRANSFORMADORES LTDA.

CHAVE FUSÍVEL ABERTURA EM CARGA MODELO DHC-C

PREENCHIMENTO DA PLANILHA DO PROJETO EXPRESSO V 2.0

MEMORIAL DESCRITIVO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

AUTORES: WOONG JIN LEE ALOISIO JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA JORGE FERNANDO DUTRA JOSÉ M. PINHEIRO FRANKLIM FABRÍCIO LAGO CARLOS AUGUSTO V.

Aula 2 Cabeamento Metálico

XIX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. SENDI a 26 de novembro. São Paulo - SP - Brasil

PADRÕES DE ESTRUTURA DE LAAT

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA T PARA TRABALHOS NOTURNOS COM REDES ENERGIZADAS. GUILHERME RACHELLE HERNASKI guilherme.hernaski@lactec.org.

Tecnologias de Prevenção e Combate a Incêndios João Gama Godoy

INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS SOBRE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CORROSÃO E PROTEÇÃO CATÓDICA DE TUBULAÇÕES ENTERRADAS E TANQUES EM PLANTAS INDUSTRIAIS

Transcrição:

DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE /2013 DECISÃO TÉCNICA /2013 R-

FOLHA DE CONTROLE

I APRESENTAÇÃO A presente Decisão Técnica R- define critérios de utilização de condutores, isoladores, chaves fusíveis, chaves secionadoras, tanques de transformadores de distribuição, ferragens, concreto e outros materiais, no Sistema Elétrico da Coelce, de acordo com o grau de corrosão de cada região. Esta Decisão Técnica R- cancela e substitui a R-05. Elaboração: José Deusimar Ferreira : Felipe Leite Cardoso dos Santos Área de Normas de Distribuição Equipe de Consenso: Carlos Henrique Pinto de Aragão Francisco Ernaldo da Silva Keyla Sampaio Câmara Raquel Santos Gondim Área de Normas de Distribuição Área de Normas de Distribuição Área de Normas de Distribuição Área de Normas de Distribuição Apoio: Sandra Lúcia Alenquer da Silva Área de Normas de Distribuição

II S U M Á R I O 1 OBJETIVO... 1 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS... 1 3 CAMPO DE APLICAÇÃO... 1 4 DEFINIÇÃO... 1 5 PROCEDIMENTOS... 3 5.1 UTILIZAÇÃO DE CONDUTORES... 4 5.1.1 Média Tensão e Alta Tensão... 4 5.1.2 Baixa Tensão... 5 5.1.3 Ramal de Ligação de BT... 6 5.2 UTILIZAÇÃO DE ISOLADORES... 6 5.2.1 Área de Corrosão Muito Severa (Tipo C)... 6 5.2.2 Áreas de Corrosão Severa (Tipo B2) e Mediana (Tipo B1)... 7 5.2.3 Áreas de Corrosão Desprezível ou Moderada (Tipo A)... 7 5.2.4 Redução de Lavagens Preventivas... 7 5.3 UTILIZAÇÃO DE PREFORMADOS... 7 5.4 UTILIZAÇÃO DE CHAVES FUSÍVEIS E SECIONADORAS... 8 5.5 TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO... 8 5.6 FERRAGENS... 8 5.7 CONCRETO... 8 5.8 UTILIZAÇÃO DE OUTROS MATERIAIS... 9 5.8.1 Geral... 9 5.8.2 Postes de Fibra de Vidro... 9 5.8.3 Cruzeta em Fibra de Vidro ou Polimérica... 9 6 ANEXOS... 9 ANEXO A ÁREAS DE CORROSÃO EM FORTALEZA... 10 ANEXO B FAIXAS DE CORROSÃO ATMOSFÉRICA NO ESTADO DO CEARÁ... 11 ANEXO C EXEMPLO DE DELIMITAÇÃO DA ÁREA TIPO C A PARTIR DE PORTUÁRIOS SALINOS E BRAÇOS DE RIOS... 12

1/12 1 OBJETIVO Classificar as áreas quanto ao tipo de corrosão e definir os materiais e equipamentos, adequados a cada ambiente, a serem utilizados nas Linhas e Redes de Distribuição Aéreas de AT, MT e BT do Sistema Elétrico da Coelce. 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS A utilização desses materiais e equipamentos deve estar em conformidade com as Normas Brasileiras da ABNT, normas da Coelce e outras referências conforme abaixo: 2.1 Legislação - ANEEL PRODIST, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. 2.2 Normas Brasileiras - ABNT NBR 14643, Corrosão atmosférica - Classificação da corrosividade de atmosferas. 2.3 Projetos Conclusivos PARECER TÉCNICO, Avaliação do Uso do Cabo Liga de Alumínio Engraxado em Área de Alta Agressividade Salina 2010; PROJETO P&D, Corrosão e Degradação Atmosférica de Materiais Elétricos - 2001/2007. 2.4 Documentos Técnicos da Coelce PE-031, Rede Primária de Distribuição Aérea de Energia Elétrica Urbana e Rural; PE-038, Rede Secundária de Distribuição Aérea 380/220V; PE-044 a 048, Linha Aérea de Alta Tensão LAAT. Classe de Tensão 72,5kV; PM-01, Padrão de Material. 3 CAMPO DE APLICAÇÃO As recomendações contidas nesta DT se aplicam a todos os padrões de estruturas das linhas e redes de distribuição aérea de energia elétrica de alta, média e baixa tensão. 4 DEFINIÇÃO 4.1 Orla Marítima Margem do mar, de portuários salinos e de embocadura de rios. 4.2 Anteparos Naturais São obstáculos naturais que atenuam a ação corrosiva atmosférica conduzida pelos ventos. Podem ser: vegetação abundante, montanhas, dunas, salinas, mangues e braços de mar, etc. 4.3 Anteparos Artificiais São obstáculos, construídos pelo homem, que atenuam a ação corrosiva atmosférica conduzida pelos ventos. Estes obstáculos são edificações ou outras obras construídas pelo homem. 4.4 Categoria de Contaminação Características quantitativas ou qualitativas de substâncias convencionalmente determinadas, diferentes dos componentes naturais do ar, que possam influenciar o processo de corrosão atmosférica, tais como gases corrosivos e partículas em suspensão no ar.

2/12 4.5 Corrosão Atmosférica É o desgaste ou modificação química e estrutural do metal ou liga metálica, devido à ação química ou eletroquímica de agentes do meio ambiente. 4.6 Tipo de Atmosfera Caracterização da atmosfera baseada em critérios de classificação apropriados, além dos de corrosividade (industrial, marinha, etc.) ou de fatores operacionais complementares (químicos, metalúrgicos, etc.). 4.7 Classificação das Áreas Quanto a Corrosão Atmosférica Para efeito desta DT, tomando como referência os resultados do projeto de pesquisa do P&D de corrosão, o Estado do Ceará, está dividido, conforme Anexo B, nos seguintes tipos de áreas, quanto à intensidade de corrosão atmosférica: a) Área Tipo A (Corrosão Desprezível ou Moderada): é o tipo de corrosão que se verifica aproximadamente entre 15 e 25 anos, comprometendo sem riscos o desempenho dos equipamentos e materiais. São ambientes localizados a partir de 20km de distância da orla marítima; b) Área Tipo B1 (Corrosão Mediana): é o tipo de corrosão que se verifica aproximadamente entre 10 e 15 anos, com comprometimento moderado de riscos do desempenho dos equipamentos e materiais. São ambientes localizados a distâncias maiores que 5km e menores que 20km da orla marítima, podendo existir alguns anteparos naturais ou artificiais, não estando diretamente expostos a ação corrosiva; c) Área Tipo B2 (Corrosão Severa): é o tipo de corrosão que se verifica aproximadamente entre 5 e 10 anos, comprometendo com riscos o desempenho dos equipamentos e materiais. São ambientes localizados a distâncias maiores que 2km e menores que 5km da orla marítima, podendo existir alguns anteparos naturais ou artificiais, não estando diretamente expostos a ação corrosiva; d) Área Tipo C (Corrosão Muito Severa): é o tipo de corrosão que se verifica no período de até 5 anos, comprometendo severamente o desempenho dos equipamentos e materiais. São ambientes expostos diretamente a ação corrosiva, sem nenhum anteparo natural ou artificial, ficando no máximo até 2km da praia, de portuários salinos e embocaduras de rios. Na Tabela 1 podemos verificar resumidamente as áreas e os limites de exposição à corrosão. Tabela 1: Exposição dos Tipos de Áreas a Partir da Orla Marítima Tipo de Localização em Relação à Orla Marítima Área C B2 B1 A Orla Marítima...2km >2km...5km >5km...20km >20km. Em Fortaleza a classificação está indicada no Anexo A e não segue obrigatoriamente os limites definidos no item anterior, devido aos anteparos naturais e artificiais. Na existência de portuários salinos, mangues, rios e principalmente braço de mar, o marco a ser considerado para delimitação inicial da área tipo C deve ser conforme exemplificado no Anexo C. Dependendo da direção e intensidade do vento, a entrada da contaminação (maresia) pode estar além da área pré-definida e se caracterizar com uma área de corrosão mais rigorosa. A definição dessas áreas específicas compete a cada Regional, devendo essas informações serem encaminhadas para conhecimento da Área de Normas de Distribuição.

3/12 5 PROCEDIMENTOS Na Tabela 2 e nos itens 5.1 a 5.8, estão descritos os tipos de materiais/equipamentos e a classificação destes quanto ao seu uso nas áreas de corrosão. Tabela 2: Tipo de Material/Equipamento a ser utilizado nos Tipos de Área de Corrosão Tipo de Material Condutores de Linhas e Redes de Distribuição AT / MT Condutores de Redes de Distribuição BT Condutores para Ramal de Ligação BT Isoladores AT / MT Chaves Fusíveis e Secionadoras Transformador de Distribuição Ferragens Poste Cruzeta Descrição Tipo de Área A B1 B2 C Cobre Nu (CCN) - MT NÃO NÃO SIM SIM Aço-Cobre (CAC) - MT NÃO NÃO SIM SIM Alumínio Nu com Alma de Aço (CAA) - MT SIM (1) NÃO NÃO NÃO Alumínio Nu sem Alma de Aço (CA) - MT SIM (2) NÃO NÃO NÃO Alumínio Nu sem Alma de Aço (CA) - AT SIM SIM SIM (2) NÃO Liga de Alumínio (CAL) - MT SIM SIM NÃO NÃO Liga de Alumínio (CAL) - AT SIM SIM SIM SIM Aço-alumínio (CAAL) - MT SIM NÃO NÃO NÃO Alumínio Coberto (SP) - MT SIM SIM NÃO NÃO Alumínio Multiplexado (CAM) - Rede Isolada MT SIM SIM SIM SIM Cobre Multiplexado (CM) NÃO NÃO NÃO SIM Alumínio Multiplexado (AM) SIM SIM SIM NÃO Concêntrico de Cobre (CCC) NÃO NÃO NÃO SIM Concêntrico de Alumínio (CCA) SIM SIM (3) SIM (3) NÃO Cobre Multiplexado (CM) NÃO NÃO NÃO SIM Alumínio Multiplexado (AM) SIM SIM (4) SIM (4) NÃO Isolador Disco MT (cadeia c/ 3 isoladores) NÃO SIM SIM NÃO Isolador Disco MT com anel de zinco (cadeia c/ 3 isoladores) NÃO NÃO NÃO SIM Isolador Disco MT (cadeia c/ 2 isoladores) SIM NÃO NÃO NÃO Isolador Disco AT (cadeia c/ 5 isoladores) SIM SIM NÃO NÃO Isolador de Ancoragem Polimérico MT (25kV) SIM SIM SIM SIM Isolador de Suspensão Polimérico AT SIM SIM SIM SIM Isolador Pilar em Polimérico ou Porcelana AT SIM SIM SIM SIM Isolador de Pino MT (25kV) SIM SIM NÃO NÃO Isolador Pilar Híbrido MT NÃO NÃO NÃO SIM Isolador Pilar Polimérico MT com Cabeça de Porcelana NÃO NÃO SIM NÃO Isolador Pilar Epóxi MT SIM SIM NÃO NÃO Chaves Fusíveis e Secionadoras de 15kV SIM NÃO NÃO NÃO Chaves Fusíveis e Secionadoras de 24kV NÃO SIM SIM SIM Chaves Fusíveis Poliméricas de 24kV NÃO NÃO SIM SIM Tanque em Aço Metalizado c/ Zn ou Pintura Especial (Azul) NÃO NÃO NÃO SIM Tanque em Aço c/ Pintura Convencional (Cinza) SIM SIM SIM NÃO Com espessura da camada de zinco de 75µm (galvanização) SIM SIM SIM NÃO Com espessura da camada de zinco de 120µm (galvanização) NÃO NÃO NÃO SIM Em Liga de Alumínio ou Aço Inóx NÃO NÃO NÃO SIM Concreto Armado Comum SIM SIM SIM SIM Fibra de Vidro SIM SIM SIM SIM Concreto Armado Comum SIM SIM SIM SIM Polimérica ou em Fibra de Vidro SIM SIM SIM SIM NOTA 1: Ver item 5.1.1.3 NOTA 2: Ver item 5.1.1.4 NOTA 3: Ver item 5.1.3.1 na alínea b NOTA 4: Ver item 5.1.3.2 na alínea b

4/12 5.1 Utilização de Condutores 5.1.1 Média Tensão e Alta Tensão 5.1.1.1 Condutores de Cobre Nu (CCN) Devem ser utilizados em toda a faixa litorânea, nas redes de distribuição de média tensão localizadas em ambientes sujeitos a corrosão salina severa e muito severa. No interior, instalar até 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo C e B2, conforme Anexos A, B e C. 5.1.1.2 Condutores de Aço-Cobre (CAC) Podem ser utilizados em substituição aos condutores de cobre nu, principalmente em regiões com alta incidência de furtos de condutores. Condutores esses padronizados no desenho 213.03 do PM- 01 da Coelce, devendo ser verificado no projeto sua capacidade de corrente nominal a 75 C, pois as ampacidades são ligeiramente inferiores as respectivas bitolas em cobre nu. 5.1.1.3 Condutores de Alumínio Nu com Alma de Aço (CAA) Devem ser usados nas redes de distribuição de média tensão, localizadas em áreas de corrosão desprezível. No interior, instalar a partir de 20km da orla marítima e em Fortaleza na área tipo A, conforme Anexos A e B. Como alternativa para essa área, podem ser utilizados os seguintes condutores: a) condutor de alumínio nu (1350) sem alma de aço (CA): utilizado somente em área urbana; b) condutor em liga de alumínio (6201) sem graxa (CAL). 5.1.1.4 Condutores de Alumínio Nu sem Alma de Aço (CA) Devem ser usados nas redes de distribuição de média tensão somente como alternativa em substituição aos condutores CAA e somente em área urbana, onde os vãos são menores e conseqüentemente a tração nos mesmos é reduzida. Nas linhas de distribuição de alta tensão (LDATs), seu uso é recomendado somente nas áreas de corrosão desprezível e mediana. No interior, instalar a partir de 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A e B1, conforme Anexos A e B. Em particular em Fortaleza, admite-se o uso do condutor termorresistente CA na área de corrosão severa tipo B2. 5.1.1.5 Condutores de Liga de Alumínio (CAL) Devem ser usados nas redes de distribuição de média tensão, localizadas em áreas de corrosão desprezível e mediana. No interior, instalar a partir de 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A e B1, conforme Anexos A e B. Nas LDATs, seu uso é recomendado em todas as áreas devido as suas características frente às áreas de corrosão. NOTA: O condutor engraxado utilizado na média tensão foi retirado do padrão, onde sua utilização se restringia somente a área tipo B1, devendo ser utilizado somente enquanto existir em estoque. 5.1.1.6 Condutores de Aço-Alumínio (CAAL) Aplicados nas redes de distribuição de média tensão MRT na seção 1x8AWG (FAL), conforme padronizado no desenho 213.02 do PM-01 da Coelce. Podem ser utilizados como alternativa aos condutores de alumínio com alma de aço (CAA) 4AWG e 1/0AWG, em regiões com alta incidência de furtos de condutores.

5/12 5.1.1.7 Condutores de Alumínio Cobertos (Rede Spacer - SP) Devem ser utilizados nas redes de distribuição compactas em média tensão (Rede Spacer), localizadas fora das áreas de corrosão severa e muito severa. No interior do Estado, instalar a partir de 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A e B1, conforme Anexos A e B. As Redes Aéreas Compactas devem ser construídas, preferencialmente, em: áreas densamente arborizadas; áreas de preservação ambiental (com a devida autorização do Órgão ambiental); áreas de centros comerciais onde o espaço para instalação da rede de distribuição seja reduzido, principalmente devido a marquises, janelas, sacadas, etc.; áreas com elevadas taxa de falhas; áreas já bastante congestionadas fisicamente e que sejam necessários novos alimentadores; quando for obrigatória a instalação de circuitos múltiplos na mesma posteação; áreas de grande movimentação de pedestres (onde eventualmente são realizados eventos); alimentadores expressos; outras áreas que por conveniência técnica seja exigido este tipo de padrão. Mesmo com a melhoria das coberturas desses condutores e seus acessórios por parte dos fabricantes, e com a recente utilização dos cabos compactos com dupla camada (XLPE + HDPE anti-tracking), não se recomenda sua utilização nas áreas tipo B2 e C. NOTA: Este condutor não é isolado, portanto é considerado como cabo nu. 5.1.1.8 Condutores de Alumínio Multiplexados (CAM) - Rede Isolada de Média Tensão Podem ser utilizados nas redes de distribuição de média tensão em todas as áreas devido as suas características construtivas, por suas extremidades não ficarem expostas e não terem contato com o meio externo, e desde que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de execução de serviço, previamente justificado. NOTA: Este condutor é considerado isolado. 5.1.2 Baixa Tensão 5.1.2.1 Condutores de Cobre Multiplexados (CM) - Rede Pré-Reunida Devem ser utilizados nas redes de distribuição de baixa tensão, localizadas nas áreas de corrosão muito severa. No interior, instalar a uma distância de até 2km da orla marítima e em Fortaleza na área tipo C, conforme Anexo A, B e C. 5.1.2.2 Condutores de Alumínio Multiplexados (AM) - Rede Pré-Reunida Devem ser utilizados nas redes de distribuição de baixa tensão, localizadas nas áreas de corrosão desprezível, mediana e severa. No interior, instalar a uma distância acima de 2km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A, B1 e B2, conforme Anexos A e B. NOTA: Todas as extremidades dos cabos pré-reunidos devem ser vedadas para evitar ingresso de umidade, assim como qualquer exposição do condutor mediante retirada de conectores perfurantes.

6/12 5.1.3 Ramal de Ligação de BT 5.1.3.1 Carga Instalada até 30kVA Devem ser utilizados condutores concêntricos de cobre ou de alumínio, com o disjuntor do medidor de 16 a 40A, conforme rege a NT-001: a) condutores concêntricos de cobre (CCC): Devem ser usados nos ramais de ligação até 30kVA, localizados nas áreas de corrosão muito severa. No interior, instalar a uma distância de até 2km da orla marítima e em Fortaleza na área tipo C, conforme Anexos A, B e C; b) condutores concêntricos de alumínio (CCA): Devem ser utilizados nos ramais de ligação até 30kVA, localizados nas áreas de corrosão severa, mediana e desprezível. No interior, instalar a uma distância acima de 2km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo B2, B1 e A, conforme Anexos A e B. Nas áreas B2 e B1, quando a rede de BT existente for de condutor nu em cobre, o ramal de ligação deve ser em alumínio utilizando a capa geleada (código de estoque: 6799865) para proteção da conexão (conector cunha) e se evitar a pilha galvânica e conseqüente corrosão. 5.1.3.2 Carga Instalada acima de 30kVA Devem ser utilizados condutores multiplexados (pré-reunidos) de cobre ou de alumínio, com o disjuntor do medidor entre 50 e 100A, conforme rege a NT-001: a) condutores de cobre multiplexados (CM): devem ser utilizados nos ramais de ligação acima de 30kVA, localizados nas áreas de corrosão muito severa. No interior, instalar a uma distância de até 2km da orla marítima e em Fortaleza na área tipo C, conforme Anexos A, B e C; b) condutores de alumínio multiplexados (AM): devem ser utilizados nos ramais de ligação acima de 30kVA, localizados nas áreas de corrosão severa, mediana e desprezível. No interior, instalar a uma distância acima de 2km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo B2, B1 e A, conforme Anexos A e B. Nas áreas B2 e B1, quando a rede de BT existente for de condutor nu em cobre, o ramal de ligação utilizado também deve ser em cobre e não em alumínio para evitar a pilha galvânica e consequente corrosão. 5.2 Utilização de Isoladores 5.2.1 Área de Corrosão Muito Severa (Tipo C) Nas áreas de corrosão tipo C, utilizar os isoladores conforme a seguir: a) isolador de disco MT com anel de zinco: utilizados somente nessa área. As cadeias devem ser compostas de 3 isoladores; b) isolador de disco AT: deve ser utilizado apenas pela manutenção; c) isolador de ancoragem polimérico MT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao bom desempenho nas áreas de corrosão. A classe de tensão padrão Coelce é 25kV; d) isolador de suspensão polimérico AT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao bom desempenho nas áreas de corrosão; e) isolador pilar polimérico ou porcelana AT: o isolador pilar polimérico pode ser utilizado em todas as áreas de corrosão devido ao ótimo desempenho do mesmo; o isolador pilar em porcelana também pode ser utilizado em todas as áreas, no entanto seu uso na área C implica em uma maior quantidade de lavagens.

7/12 f) isolador pilar híbrido MT: são os isoladores que apresentam melhor desempenho nas áreas de corrosão muito severa. Isoladores com distância de escoamento protegida e revestida de material polimérico e base metálica. 5.2.2 Áreas de Corrosão Severa (Tipo B2) e Mediana (Tipo B1) Nas áreas de corrosão tipos B2 e B1, utilizar os isoladores conforme a seguir: a) isolador de disco MT: as cadeias devem ser compostas de 3 (três) isoladores; b) isolador de disco AT: pode ser utilizado na área B1 com cadeia de 5 (cinco) isoladores, alternando entre porcelana e vidro, começando pelo isolador de porcelana. Na área B2 deve ser utilizado apenas pela Manutenção; c) isolador de ancoragem polimérico MT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao bom desempenho nas áreas de corrosão. A classe de tensão padrão Coelce é 25kV; d) isolador de suspensão polimérico AT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao desempenho nas áreas de corrosão; e) isolador pilar em polimérico ou porcelana AT: o isolador pilar polimérico pode ser utilizado em todas as áreas de corrosão devido ao ótimo desempenho do mesmo; o isolador pilar em porcelana também pode ser utilizado em todas as áreas, no entanto seu uso na área B2 implica em uma maior quantidade de lavagens. f) isolador de pino MT: deve ser utilizado o isolador de classe 25kV apenas nas áreas B1; g) isolador pilar de epóxi MT: pode ser utilizado na área B1; h) isolador pilar polimérico MT com cabeça de porcelana: pode ser utilizado na área B2. 5.2.3 Áreas de Corrosão Desprezível ou Moderada (Tipo A) Nas áreas de corrosão tipo A, utilizar os isoladores conforme a seguir: a) isolador de disco MT: as cadeias devem ser compostas de 2 (dois) isoladores; b) isolador de disco AT: pode ser utilizado com cadeia de 5 (cinco) isoladores, alternando entre porcelana e vidro, começando pelo isolador de porcelana; c) isolador de ancoragem polimérico MT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao bom desempenho nas áreas de corrosão. A classe de tensão padrão Coelce é 25kV; d) isolador de suspensão polimérico AT: recomendada sua utilização em todas as áreas devido ao bom desempenho nas áreas de corrosão; e) isolador pilar em polimérico ou porcelana AT: recomendada sua utilização nessa área tanto para o isolador polimérico como em porcelana; f) isolador de pino MT: deve ser utilizado o isolador de classe 25kV; g) isolador pilar de epóxi MT: pode ser utilizado como alternativa ao isolador de pino de 25kV. 5.2.4 Redução de Lavagens Preventivas Pode ser aplicada cobertura polimérica (pintura Si-Coalt ou Silgard) nos isoladores de vidro e porcelana das áreas tipo C, B2 e B1 visando à redução de lavagens preventivas. 5.3 Utilização de Preformados 5.3.1 Nas redes e linhas de distribuição com condutores nus de alumínio (CA ou CAA), as alças preformadas devem ser em aço revestidas de alumínio. 5.3.2 Nas redes e linhas de distribuição com condutores nus em liga de alumínio (CAL), devem ser utilizadas alças em liga de alumínio. Em hipótese alguma podem ser utilizadas alças de aço com revestimento em alumínio.

8/12 5.3.3 Nas redes de distribuição de MT com condutores nus em aço-alumínio (CAAL), padrão MRT, devem ser utilizadas as alças e laços em aço com revestimento em alumínio. Padrão esse aplicado também no condutor em aço-zincado (MRT), fora de padrão, pela manutenção. 5.3.4 Nas redes de distribuição de MT com condutores nus de cobre (CCN) as alças preformadas devem ser em liga de cobre. Para os condutores em aço-cobre (CAC) as alças preformadas devem ser em aço revestido de cobre. 5.3.5 Nas redes de distribuição de BT com uso de condutor neutro isolado pré-reunido e nos ramais de ligação com condutores pré-reunidos e concêntricos, devem ser utilizadas alças e laços preformados de: a) liga de alumínio, quando o condutor for de cobre (CM ou CCC); b) aço revestido de alumínio ou aço galvanizado, quando o condutor for de alumínio (AM ou CCA). 5.3.6 Nas redes de distribuição de MT com condutores de alumínio cobertos (SPACER), devem ser utilizadas alças em aço revestidas de alumínio ou aço galvanizado. 5.4 Utilização de Chaves Fusíveis e Secionadoras 5.4.1 Nas redes de distribuição de MT situadas na área tipo A, devem ser usadas Chaves Fusíveis e Secionadoras de 15kV. 5.4.2 Nas redes de distribuição de MT situadas nas áreas tipo B1, B2 e C, devem ser usadas Chaves Fusíveis e Secionadoras de 24kV. 5.4.3 Nas áreas tipo B1, B2 e C, onde a incidência de lavagens preventivas são constantes, podem ser utilizadas chaves fusíveis de 24kV com isolador de disco adicional (duplo isolamento), para se aumentar as distâncias de escoamento e de arco entre fase e terra. 5.4.4 Nas redes de distribuição de MT situadas nas áreas tipo B2 e C, podem ser utilizadas as chaves fusíveis poliméricas, conforme padrão definido pela Coelce, pois apresentam melhor desempenho e conseqüentemente maior vida útil. 5.5 Transformador de Distribuição 5.5.1 Os transformadores de distribuição com tanque metalizado em zinco ou tanque com pintura especial rica em zinco (Azul RAL 5012), devem ser utilizados na área tipo C, com esquema de pintura total de 220µm. 5.5.2 Os transformadores de distribuição com tanque em aço e pintura convencional (Cinza Munsell N 6.5), devem ser utilizados nas áreas tipo A, B1 e B2, com esquema de pintura total de 160µm. NOTA: Qualquer equipamento ou caixas de comando e controle dos mesmos deve seguir o esquema de pintura definido acima ou conforme especificação de cada equipamento. 5.6 Ferragens 5.6.1 As ferragens da área tipo A, B1 e B2 devem ser em aço galvanizado com espessura mínima de zinco de 75µm. 5.6.2 As ferragens, na área tipo C, devem ser em liga de alumínio, aço inox ou em aço galvanizado com espessura mínima de zinco de 120µm. 5.7 Concreto Indicado para o uso em todas as áreas, mas outros materiais que apresentem melhor desempenho e possuam estudo de viabilidade econômica podem ser utilizados como alternativa.

9/12 5.8 Utilização de Outros Materiais 5.8.1 Geral Nas áreas de corrosão severa e muito severa (Tipos B2 e C), todos os materiais e equipamentos não citados anteriormente devem ser próprios para ambientes agressivos de acordo com suas respectivas especificações. 5.8.2 Postes de Fibra de Vidro Podem ser utilizados como alternativa, na faixa litorânea, nas redes de distribuição de média tensão localizadas em ambientes sujeitos a corrosão salina muito severa. No interior, instalar até 2km da orla marítima e em Fortaleza na área tipo C, conforme Anexos A, B e C. Também podem ser utilizados nas demais áreas, desde que caracterizado como área de difícil acesso, e que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de execução de serviço, previamente justificado. Nas LDATs esses postes devem ser especificados conforme a necessidade da obra, onde deve ser justificada sua utilização pelos aspectos de sua instalação e viabilidade econômica. Salientamos que na tecnologia atual padronizada, postes de fibra acima de 12 metros devem ser bipartidos, circulares e com topo quadrado atendendo nossa furação padrão. 5.8.3 Cruzeta em Fibra de Vidro ou Polimérica Podem ser utilizadas como alternativa, na faixa litorânea, nas redes de distribuição de média tensão localizadas em ambientes sujeitos a corrosão salina severa e muito severa. No interior, instalar até 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo B2 e C, conforme Anexos A, B e C. Também podem ser utilizados nos demais tipos de áreas, desde que caracterizado como área de difícil acesso, e que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de execução de serviço, previamente justificado. Toda estrutura que possua poste de fibra deve possuir também cruzeta polimérica, com os respectivos parafusos, porcas e arruelas, e pinos em liga de alumínio. 6 ANEXOS Anexo A Áreas de Corrosão em Fortaleza; Anexo B Faixas de Corrosão Atmosférica no Estado do Ceará; Anexo C Exemplo de Delimitação da Área Tipo C a partir de Portuários Salinos e Braços de Mar.

E REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS DE 10/12 Anexo A Áreas de Corrosão em Fortaleza

11/12 Anexo B Faixas de Corrosão Atmosférica no Estado do Ceará Ambiente Tipo C Ambiente Tipo B2 Ambiente Tipo B1 Ambiente Tipo A Ambiente Tipo A: Corrosão Desprezível ou Moderada (acima de 20km da orla marítima) Ambiente Tipo B1: Corrosão Mediana (de 5 a 20km da orla marítima) Ambiente Tipo B2: Corrosão Severa (de 2 a 5km da orla marítima) Ambiente Tipo C: Corrosão Muito Severa (de 0 a 2km da orla marítima).

12/12 Anexo C Exemplo de Delimitação da Área Tipo C a partir de Portuários Salinos e Braços de Rios Nesses casos o limite de 2km referente a Área Tipo C deve ser contado a partir da marcação em vermelho para o interior.