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Transcrição:

O ciclo se completa Caros leitores, 1º de dezembro de 2018. Este ano começou em algum lugar no continuum do infinito e em algum lugar deste mesmo continuum ele está chegando ao fim. Mas então, o que realmente significa o ano chegar ao fim? E se, em vez disso, tal como nos círculos do algarismo 8, à medida que você alcança seu suposto final, seu caminho estivesse começando a fazer uma curva? Você está longe de onde começou, e, ao mesmo tempo, está completando um ciclo. Você aprendeu tanto através de sua prática de Satsang, a Mensagem de Gurumayi para 2018, mesmo assim, cada vez que chega lá, cada vez que pausa e se conecta, você retorna a alguma coisa que já conhecia há muito tempo. Agora chegamos em dezembro, o último mês de 2018. Em todo o mundo as pessoas estão se preparando para celebrar o Natal, Hanukkah, e outras festividades que acontecem no inverno. Esta época tem um certo encantamento, um misticismo que tudo permeia, independente do que estejamos celebrando ou não, que acreditemos ou não. Isso diz respeito somente a nós? Ou existe alguma mágica no globo de neve rodopiante em que as regiões mais frias do mundo se transformam? Isso diz respeito somente a nós, ou existe uma pitada a mais de calor na maneira como as pessoas estão interagindo, com suas ações demonstrando o tipo de elegância verdadeira que surge quando se vê, realmente se vê o outro? Estamos imaginando isso, ou é o nosso anseio por algo não articulado, talvez amor, que se sente com mais intensidade nesta época? Isso se parece com o vento oeste passando através do nosso ser, fazendo música onde quer que apareça um vazio.

Por muitos anos, Gurumayi pediu que os professores e os oradores da SYDA Foundation dessem palestras sobre Deus na época do Natal. É um pedido tão bonito, que condensa com precisão a importância que esta época tem. Por o quê então, se não pela lembrança coletiva do divino tal como manifestado no amor, na luz e na paz? Se não for por isso, o que reveste a atmosfera de dezembro com um resplendor especial? O que é isso que percebemos em atos de bondade se não uma expressão das virtudes, a sadguna que todos encontramos dentro de nós, essas miríades de afirmações de o que é isso que fundamentalmente nos une e nos faz humanos? O que é isso que ouvimos naquelas notas tremulantes mas cristalinas de anseio, se não um chamado para conexão conexão com aquilo que está eminentemente ao nosso alcance? Portanto, terminamos esse ano, como o começamos: lembramo-nos de Deus ao invocar a divindade. Desde o primeiro dia de 2018, quando recebemos a Mensagem de Gurumayi, temos nos empenhado para entrar em contato com a Verdade em nosso coração, em reconhecê-la em suas variadas formas e ouvi-la no som de seus múltiplos nomes. Nossos esforços foram guiados, a cada passo do caminho, pelos ensinamentos e a graça de Gurumayi. Podemos nos aproximar do mês de dezembro com isso em mente: o contexto de nossa sadhana até este momento. Podemos compreender que, sim, lembretes de Deus podem parecer particularmente disponíveis para nós neste momento, e é o nosso esforço consciente que faz a luz de Deus brilhar em nossa consciência ainda mais intensamente. Podemos continuar a criar momentos de satsang aqui, ali, em todos os lugares. Podemos continuar, até mesmo agora, a aprender mais sobre a Verdade, como a sentimos, como ela soa, o sabor de sua rasa: satyarasa. Afinal de contas, esta é uma jornada que continua. É por isso que se pode progredir até mesmo dentro da circularidade; porque, apesar de suas curvas, o infinito permanece infinito. Jnaneshvar Maharaj diz: A luz do

Ser é sempre nova. 1 Nossos esforços nos remetem repetidas vezes ao mesmo lugar, somente para descobrirmos mais maravilhas, mais alegrias, mais inspiração para mapear suas profundezas. O ano pode estar chegando ao fim em breve, mas nossa prática de Satsang, de nos familiarizarmos com nossa própria boa companhia, de despertarmos para a Verdade de nosso próprio ser isso realmente nunca termina. Neste mês, à medida que as celebrações de inverno e a enxurrada de atividades se aproximam, o site do caminho de Siddha Yoga irá apoiá-lo na criação de momentos de satsang. Você pode começar por receber os votos de Boas Festas de Gurumayi para 2018 e entrar novamente na página destes votos primorosos quantas vezes quiser durante todo o mês, coisa que você certamente fará. Cada imagem deste presente de Gurumayi, cada palavra, cada símbolo, forma e som, guarda um significado. Cada um deles transmite o amor de Gurumayi e sua sabedoria. Mais tarde neste mês, o site apresentará histórias, a gravação do canto Rama Raghava, e a descrição e o áudio de um shanti mantra, um mantra que evoca a paz. Também serão postadas mensagens festivas e interativas, tal como a galeria anual de Boas Festas e uma árvore de natal virtual, que você pode decorar com enfeites que fazem lembrar a Mensagem de Gurumayi para 2018. De todas essas maneiras e outras mais, vamos juntos celebrar as festas de inverno, como um sangham. Juntos, vamos concluir o ano. E juntos vamos começar um outro. Sim! Na terça-feira, 1º de janeiro de 2019, vamos nos encontrar na Sala Universal de Siddha Yoga para o Uma Doce Surpresa. Vamos nos reunir, tal como os buscadores espirituais vem fazendo há séculos, para receber a sabedoria do Mestre sabedoria que eleva e transforma, que afasta o véu da ignorância e nos indica a direção de uma realidade mais genuína e mais alegre do que aquela a que nos habituamos. Gurumayi nos transmitirá sua

Mensagem para 2019, e nós, todos nós, somos tão incrivelmente afortunados. Mais informações sobre Uma Doce Surpresa 2019, inclusive maneiras de se preparar, em breve estarão disponíveis no site do caminho de Siddha Yoga. *** Eu gostaria de encerrar esta carta e a maravilhosa correspondência que tivemos ao longo de todo ano, compartilhando uma história com vocês. Era a véspera de Ano Novo do ano passado, dia 31 de dezembro de 2017. Era o encontro de um outro fim e começo, um limiar, um umbral, era uma curva do ciclo da eternidade, anterior a esta. Alguns sevitas e eu estávamos acompanhando Gurumayi em seu caminho para o Templo de Bhagavan Nityananda para o canto da noite. Havíamos nos encontrado com ela por acaso enquanto caminhava pelo Upper Lobby do Anugraha. Quando ela nos perguntou para onde estávamos indo, cada um de nós disse, em sequência e com entusiasmo crescente: "Onde quer que você vá, Gurumayi!" Conforme caminhávamos pela passagem que leva ao Templo, o céu estava escuro, o sol já havia se escondido nas teias da noite um pouco antes. Cordões de pisca-pisca, enrolados em um corrimão próximo, piscavam. De algum lugar aparentemente distante, talvez de uma sala ao lado do Lobby podíamos ouvíamos o som de risadas. Seguimos Gurumayi até o Templo. Um a um levamos as oferendas de adoração os óleos aromáticos; o kumkum, a pasta de sândalo, o açafrão e o arroz; pilhas de pétalas de rosa. O silêncio envolvia o interior do Templo, mas ao mesmo tempo havia uma espécie de vibração, e um tipo suave de

gentileza. Nós observávamos extasiados conforme Gurumayi ungia as padukas de Bade Baba com os diferentes óleos e pastas, e depois conforme ela apanhava punhados de pétalas de rosa em suas mãos e as soltava sobre as padukas. As flores formavam um laço contínuo de cores. Mais cedo naquele dia, em um satsang no Sri Nilaya, Gurumayi havia pedido que alguns dos jovens dançassem durante o namasankirtana. Quando mais tarde Gurumayi perguntou a um dos músicos (que ficou tocando flauta o tempo todo) se havia sentido inveja ao vê-los dançar, ele contou que sim, na verdade, ele desejou dançar ele adorava dançar. Este mesmo músico estava entre as pessoas que foram ao Templo naquela noite. E seu desejo, aquele que algumas horas antes ele havia externalizado tão sinceramente diante de seu Guru, estava prestes a se concretizar. Recebemos um convite de Gurumayi para dançar. O canto Om Namo Bhagavate Muktanandaya, na raga Bhupali, fluía pelo Templo. Sua melodia girava sobre nós quando começamos a nos mover em círculo ao redor da murti de Bade Baba. Traços de khus, um dos óleos usados durante a adoração, ainda se sentiam no ar; seu aroma forte e inebriante nos envolveu em uma espécie de domínio transcendental, em que, imagino, o significado é comunicado principalmente através de fragrâncias. E nós dançamos. Dançamos com Gurumayi, diante de Bade Baba, cantando o nome de Baba. Algumas pessoas rodopiavam em círculos longos e lentos, a meditação do dervixe. Algumas pessoas davam passos fortes, firmes e decididos, o chão sob seus pés empoderando seus movimentos, com convicção. Alguns de nós levantamos os braços em exaltação e em conversa com um Deus que estava em toda parte e tão diretamente presente.

Olhei para Gurumayi, para seu sorriso suave, conforme ela dançava conosco. E naquele momento, algo em mim se desatou. Ou quem sabe? Talvez estivesse apenas se conduzindo para um lugar interior mais autêntico e mais expandido. Cada um de nós se movia em seu próprio ritmo, e apesar disso nós também nos movíamos em harmonia, sintonizados com alguma força transcendente carregada nas ondas inebriantes do canto. Cada um de nós estava conversando intimamente com Deus à sua maneira, apesar de o fazermos todos juntos, na companhia dos Siddhas. Foi por causa dela, nossa amada Gurumayi, que pudemos ter esta experiência. Ela nos deu a sabedoria e a graça. Dançamos sem parar, não sei dizer por quanto tempo. Em algum momento, nos desintegramos na noite, cada um de nós seguindo, separadamente, seu caminho. Mas então eu me perguntei será que realmente seguimos nosso caminho? Ou será que o nosso saptah dançante ainda está tocando em alguma estrela distante deste vasto universo, em alguma fenda maravilhosamente iluminada do coração humano? Continua a acontecer bem aqui? Agora mesmo? Com todos vocês? Pois temos dançado sem parar, você e eu e todos que buscam uma Verdade que sempre foi nossa para conhecermos. E continuaremos nossa dança sem fim, em satsang, na companhia dos grandes seres, infinitamente. Sinceramente, Eesha Sardesai. 2018 SYDA Foundation. Todos os direitos reservados. 1 Jñaneshvari, capítulo 6, introdução, v.23