CARTA PATENTE Nº PI

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Transcrição:

INPI REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL CARTA PATENTE Nº PI 0706136-6 O INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL concede a presente PATENTE DE INVENÇÃO, que outorga ao seu titular a propriedade da invenção caracterizada neste título, em todo o território nacional, garantindo os direitos dela decorrentes, previstos na legislação em vigor. (21) Número do Depósito: PI 0706136-6 (22) Data do Depósito: 12/11/2007 (43) Data da Publicação do Pedido: 07/07/2009 (51) Classificação Internacional: C08J 5/06; C08L 19/00; C08K 7/02; B29B 17/00 (54) Título: APERFEIÇOAMENTO EM PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE ARTEFATOS DE BORRACHA, ARTEFATOS DE BORRACHA, UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS,TRATAMENTO DO BAGAÇO DA CANA E TRATAMENTO DO MATERIAL PARTICULADO (73) Titular: ACEF S/A, Empresa Brasileira. CGC/CPF: 46722831000178. Endereço: Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201, Parque Universitário, Franca, SP, BRASIL(BR), 14404-600 (72) Inventor: PAULO SERGIO CALEFI; EDUARDO JOSÉ NASSAR; KATIA JORGE CIUFFI; SIDNEI EURIPEDES ANDRIANI; RODRIGO BERTELLI DINIZ; ALEXANDRE CESTARI; WILSON ROBERTO CUNHA; MÁRCIO LUIS ANDRADE E SILVA Prazo de Validade: 10 (dez) anos contados a partir de 03/04/2018, observadas as condições legais Expedida em: 03/04/2018 Assinado digitalmente por: Júlio César Castelo Branco Reis Moreira Diretor de Patente

1/12 APERFEIÇOAMENTO EM PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE ARTEFATOS DE BORRACHA, ARTEFATOS DE BORRACHA, UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, TRATAMENTO DO BAGAÇO DA CANA E TRATAMENTO DO MATERIAL PARTICULADO [001] A presente invenção refere-se a um aperfeiçoamento em processo de produção de artefatos de borracha, com o aproveitamento de resíduos sólidos provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool. A invenção refere-se, ainda, a artefatos de borracha obtidos por tal processo. Mais especificamente, o aperfeiçoamento consiste na utilização dos resíduos sólidos provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool como carga para produção de artefatos de borracha, sendo que os resíduos sólidos utilizados podem ser, tanto o bagaço de cana-de-açúcar, quanto o material particulado disperso no ar, proveniente da queima do mesmo (fuligem) para obtenção de energia no processo industrial. Estado da técnica [002] O processo de produção industrial de açúcar e álcool apresenta como uma das principais conseqüências, a formação de grande quantidade de resíduos sólidos que não possuem aplicação definida e, então, são descartados no ambiente, sendo um grande problema para a sociedade. [003] Uma aplicação para o lixo formado em processos industriais é de suma importância, visto que o ecossistema necessita de meios para que menos poluentes sejam descartados e prejudiquem a vida em geral, evitando o aumento de material não utilizável em aterros e locais para descarte. [004] No processo de produção de borracha são utilizadas cargas inertes para a diminuição do custo de produção e aumento de volume do material formado, sendo como exemplo, caulim comum ou rosa (caulinita, Al2O3.2SiO2.2H2O) e carbonato de cálcio (CaCO3). Também são utilizadas cargas de reforço, visando uma melhoria nas propriedades físicas, sendo utilizados materiais específicos, como exemplo, sílica ((SiO2)n), negro de fumo (carbono em dispersão muito fina), entre outros. Todos estes materiais apresentam um menor custo e/ou atuam como reforço para o processo de produção de borracha. Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 6/28

2/12 [005] Os resíduos sólidos provenientes do processo de produção de açúcar e álcool podem ser utilizados como cargas para a diminuição do custo de produção de borracha, sendo economicamente mais interessantes do que as cargas utilizadas atualmente. Além de diminuir o custo, também é um uso para o lixo formado, sendo favorável ao ambiente, um aspecto muito importante, pois evita que maior quantidade de material sólido seja descartado, sendo um procedimento ecologicamente correto. [006] A borracha é um material que apresenta diversos usos e aplicações, sendo muito utilizada em diversas áreas, desde hospitalar, automobilística, industrial, usos gerais, sendo um exemplo importante o uso para a produção de solados para calçados e placas compactas de borracha. A borracha pode ser obtida de duas fontes principais, do látex de determinadas plantas, como exemplo, a seringueira (Hevea Brasiliensis), sendo definida como borracha natural e de derivados do petróleo, denominada borracha sintética, ambas definidas como elastômeros, pois apresentam a capacidade retornar à forma original após distorção. [007] A estrutura química da borracha natural difere da sintética, sendo a primeira constituída por um polímero orgânico constituído de monômeros de isopreno e a segunda geralmente por um copolímero de estireno e butadieno, existindo também outras composições para a sintética, como a borracha butílica, constituída de isopreno e isobutileno. [008] A vulcanização da borracha consiste de um processo físico-químico que tem como objetivo melhorar as propriedades químicas e físicas do material, em relação ao material inicial, com o objetivo de evitar, por exemplo, a deterioração em temperaturas muito baixas ou elevadas, aumentando também a resistência mecânica. Esta vulcanização promove a formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas, utilizando o elemento enxofre como ligante na maioria dos processos, através de ligações de dissulfeto. Durante a mistura dos componentes iniciais e posterior vulcanização é possível a incorporação de cargas para a diminuição de custos e aumento de volume de material produzido. [009] Atentando para os inconvenientes ambientais, vantagens econômicas acima descritas e visando preencher uma lacuna existente no mercado, foi desenvolvido um Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 7/28

3/12 processo, objeto da presente invenção, que consiste resumidamente na incorporação de cargas provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool, sendo essas cargas o resíduo de moagem de cana-de-açúcar (bagaço seco) e o material particulado residual disperso no ar após a queima (fuligem seca) para obtenção de energia no processo industrial de produção de açúcar e álcool. Descrição das figuras [010] Para um melhor entendimento da presente invenção são anexadas figuras que, de modo esquemático, mas não limitativo, representam: Figura 1 Fluxograma do processo da presente invenção. Figura 2 Gráfico contendo as análises térmicas do bagaço de cana-de-açúcar. Figura 3 Gráfico contendo as análises térmicas da fuligem proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar. Figura 4 Gráfico dos testes físicos de abrasão dos solados produzidos com bagaço de cana-de-açúcar seco. Figura 5 Gráfico da aferição da densidade dos solados produzidos com bagaço de canade-açúcar seco. Figura 6 Gráfico dos testes físicos de dureza dos solados produzidos com bagaço de cana-de-açúcar seco. Figura 7 Gráfico dos testes físicos de abrasão dos solados produzidos com a fuligem de cana-de-açúcar seca. Figura 8 Gráfico da aferição da densidade dos solados produzidos com a fuligem de cana-de-açúcar seca. Figura 9 Gráfico dos testes físicos de dureza dos solados produzidos com a fuligem de cana-de-açúcar seca. Descrição de uma realização preferencial [011] Conforme pode ser observado através das figuras supramencionadas, principalmente através do fluxograma do processo e dos resultados dos ensaios físicos e aferições de densidade, o processo de produção de artefatos de borracha pela incorporação de cargas provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool, objeto da presente invenção, compreende as seguintes etapas: Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 8/28

4/12 a) secagem do bagaço de cana-de-açúcar moído a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas; b) moagem do bagaço seco em moinho de facas; c) análise granulométrica do bagaço seco moído, com utilização de material particulado com diâmetro menor do que 150 µm; d) incorporação de até 30% em massa do material particulado com diâmetro menor do que 150 µm aos demais componentes específicos para produção de artefatos de borracha, em um misturador fechado, por 5 minutos, sendo os aceleradores padrões para produção de borracha adicionados nos 30 segundos finais; e) homogeneização do material em cilindro aberto por cerca de 5 minutos; f) prensagem e vulcanização em torno de 166 o C, por cerca de 12 minutos a uma pressão de aproximadamente 143 Bar, para a formação de solado e placas; g) análise do solado e placas por testes padrões de abrasão (Norma DIN 53516), densidade (Norma NBR 14737), dureza (Norma NBR 14454) e rheometria. [012] A carga utilizada no processo de produção de artefatos de borracha pode também ser proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar para obtenção de energia no processo industrial de produção de açúcar e álcool, sendo o material particulado residual disperso no ar após a queima (fuligem) usado como carga. Neste caso, o processo da presente invenção compreende as seguintes etapas: a) secagem da fuligem a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas; b) análise granulométrica da fuligem seca, utilizando partículas com diâmetro menor do que 150 µm; c) incorporação de até 30% em massa do material particulado com diâmetro menor do que 150 µm aos demais componentes específicos para produção de artefatos de borracha, em um misturador fechado, por 5 minutos, sendo os aceleradores padrões para produção de borracha adicionados nos 30 segundos finais; d) homogeneização do material em cilindro aberto por cerca de 5 minutos; e) prensagem e vulcanização em torno de 166 o C, por cerca de 12 minutos a uma pressão de aproximadamente 143 Bar, para a formação de solado e placas; f) análise do solado e placas por testes padrões de abrasão (Norma DIN 53516), densidade (Norma NBR 14737), dureza (Norma NBR 14454) e rheometria. Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 9/28

5/12 [013] Os artefatos de borracha, em especial os solados e placas compactas, objetos da presente invenção, apresentam a composição de acordo com as Tabelas 1 e 2. Reagentes PHR SBR 1502 100 Carga inerte 45 Óxido de zinco 2 Auxiliar de fluxo 3 Vaselina 2 Trietanolamina 4 KSM 1 Óleo plastificante 23 Prozone 1 Ácido esteárico 1,5 Enxofre 2,7 MBTS 2,5 T-1 0,1 Tabela 1 - Tabela de componentes para produção de solados. Reagentes PHR Óxido de zinco 3 Banox H 3 Borracha GEB 9 Borracha SBR 1502 12 Borracha Reg. 116 Master CHC 26 Breu 8 Negro de fumo 8 Carga inerte 50 CBS 2 Desmoldante interno 2,5 Enxofre 3 Resina S6 H 17 Pó de lixadeira 99 Vaselina 1 Tabela 2 -Tabela de componentes para produção de placas. [014] Os artefatos de borracha obtidos pelo processo acima, em especial, placas compactas e solados, contêm em suas composições até 30% em massa, de bagaço de Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 10/28

6/12 cana-de-açúcar ou fuligem proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar, seco a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas. Experimental [015] Uma massa determinada de bagaço de cana-de-açúcar foi seca a 110 ± 5 o C durante 4 horas, sendo moída em um moinho de facas após a secagem. Uma análise granulométrica deste material foi efetuada, visando a obtenção de partículas menores do que 150 µm, separadas para utilização como carga, definidas como material 1. Uma massa definida do material proveniente da queima do bagaço (fuligem) foi também seca, a 110 ± 5 o C por 4 horas, analisada por análise granulométrica, sendo reservada para incorporação como carga partículas com diâmetros menores do que 150 µm, definida como material 2. [016] O material 1 foi adicionado ao processo de produção de borracha para solados e placas compactas, de acordo com as composições apresentadas nas tabelas 1 e 2. Os componentes foram adicionados a um misturador fechado (Banbury) por 5 minutos, sendo os aceleradores adicionados nos 30 segundos finais do processo. Após isso, o material foi colocado em um homogeneizador aberto (Cilindro), por 5 minutos. Os corpos de prova foram prensados e vulcanizados a 166 o C, por 12 minutos a uma pressão de 143 Bar. Os materiais obtidos foram analisados por testes padrões de abrasão (Norma DIN 53516), densidade (Norma NBR 14737), dureza (Norma NBR 14454) e rheometria, tanto para o solado como para as placas. [017] O material 2 foi adicionado ao processo de produção de borracha para solados e placas compactas, segundo procedimento descrito anteriormente para o material 1, sendo os materiais obtidos analisados por testes padrões de abrasão, densidade, dureza e rheometria, tanto para o solado como para as placas. [018] Pelas análises térmicas referentes ao bagaço seco de cana-de-açúcar, figura 2, foi possível a determinação de umidade presente no material, sendo de aproximadamente 3,3% em massa. A quantidade de matéria orgânica no material foi quantificada estando próxima de 72,6% e os sólidos residuais após aquecimento até 1000 o C apresentaram 12,4 % em massa, aproximadamente. [019] Pelas análises térmicas referentes à fuligem seca de cana-de-açúcar, figura 3, Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 11/28

7/12 foi possível a determinação da quantidade de água presente no material, sendo de aproximadamente 12,7% em massa. A quantidade de sólidos voláteis foi quantificada estando próxima de 16,2% e os sólidos residuais após aquecimento até 1000 o C apresentaram 70,9 % em massa, aproximadamente, relativo à matéria inorgânica. [020] A quantidade de água presente em materiais utilizados como cargas possui um limite apropriado para o uso, sendo até 6% em massa. Os materiais definidos como bagaço seco e fuligem seca apresentaram em sua composição 3,3 e 12,7%. Apesar de a fuligem apresentar uma quantidade de água adsorvida maior do que o indicado, as placas compactas e os solados foram produzidos sem comprometimento da qualidade, isso se deve ao fato de que durante o processo de mistura em temperatura superior a 110 o C, a água é eliminada. [021] A Tabela 3 ilustra os ensaios comparativos entre placas compactas com os materiais bagaço seco, Lolkaflok e Solkaflok utilizados como cargas, demonstrando que o material formado com o bagaço seco apresentou densidade e dureza semelhantes, comparado com os materiais padrões. O ensaio de abrasão apresentou um menor valor para o material proposto, próximo do valor do padrão Lolkaflok. Cargas utilizadas Densidade (g/cm 3 ) Dureza (Shore A) Abrasão (mm 3 ) Bagaço seco 1,20 83 588 Lolkaflok 1,22 82 590 Solkaflok 1,23 84 620 Tabela 3 [022] A Tabela 4 ilustra os testes físicos comparativos entre os materiais fuligem seca, caulim rosa e caulim comum, utilizados como carga para produção de placas compactas. Os resultados de dureza foram semelhantes entre os três materiais. A densidade e abrasão da placa sintetizada com fuligem seca como carga apresentaram menores valores do que os materiais padrões, com valores próximos dos obtidos para a placa com caulim rosa. [023] A densidade, a dureza e a abrasão das placas sintetizadas com bagaço seco e com fuligem seca apresentaram valores próximos para os materiais padrões utilizados, podendo, portanto, serem utilizados para esta finalidade. Cargas utilizadas Densidade (g/cm 3 ) Dureza (Shore A) Abrasão (mm 3 ) Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 12/28

8/12 Fuligem seca 1,24 89 448 Caulim rosa 1,27 88 454 Caulim comum 1,28 89 479 Tabela 4 [024] Para os ensaios físicos realizados para solados, identificados nas figuras 4 a 9, foi efetuado um estudo da composição da carga, utilizando inicialmente 100% em massa de carga e diminuindo a concentração com adições de sílica Rhodia (BS 45), com as proporções demonstradas nas respectivas tabelas de cada ensaio. [025] Na figura 4, estão representadas as análises de abrasão para solados sintetizados utilizando como cargas o bagaço seco, caulim comum, carbonato de cálcio e caulim Brasclay. Em todas as proporções entre a carga e a sílica, o solado produzido com bagaço seco apresentou maior abrasão do que os materiais utilizados usualmente, mas com valores próximos aos padrões. Abrasão do material analisado (mm 3 ) % Carga Bagaço seco Caulim comum Carbonato de cálcio Caulim Brasclay 100 534 410 488 250 70 364 243 228 190 50 300 223 200 198 30 209 190 178 175 10 179 168 167 162 Tabela 5 [026] A figura 5 ilustra as análises de densidade para solados produzidos com cargas bagaço seco, caulim comum, carbonato de cálcio e caulim Brasclay. O bagaço seco apresentou uma menor densidade do que todos os materiais usados como cargas padrões. Densidade do material analisado (g/cm 3 ) % Carga Bagaço seco Caulim comum Carbonato de cálcio Caulim Brasclay 100 1,01 1,13 1,14 1,13 70 1,03 1,11 1,11 1,13 50 1,06 1,10 1,10 1,10 30 1,06 1,11 1,10 1,11 10 1,08 1,11 1,11 1,11 Tabela 6 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 13/28

9/12 [027] A figura 6 representa os ensaios de dureza para os materiais produzidos com bagaço seco, caulim comum, carbonato de cálcio e caulim Brasclay como cargas. Em todas as proporções em relação ao BS 45, os solados com bagaço seco apresentaram superior dureza. Dureza do material analisado (Escala Shore A) % Carga Bagaço seco Caulim comum Carbonato de cálcio Caulim Brasclay 100 60 46 46 43 70 60 47 47 49 50 57 49 49 48 30 60 53 53 53 10 61 60 58 60 Tabela 7 [028] Na figura 7, os ensaios de abrasão para os materiais sintetizados com fuligem seca apresentaram menor abrasão, em todas as proporções, em relação aos com caulim rosa, carbonato de cálcio e caulim comum. Abrasão do material analisado (mm 3 ) % Carga Fuligem seca Caulim rosa Carbonato de cálcio Caulim comum 100 487 525 615 604 50 247 251 274 263 40 225 236 256 249 30 222 232 240 239 20 213 225 238 234 10 201 212 227 218 Tabela 8 [029] Na figura 8, os testes de densidade para os materiais obtidos apresentaram pequena diferença entre os valores para as cargas fuligem seca, caulim rosa, carbonato de cálcio e caulim comum. Densidade do material analisado (g/cm 3 ) % Carga Fuligem seca Caulim rosa Carbonato de cálcio Caulim comum 100 1,06 1,07 1,07 1,08 50 1,07 1,07 1,08 1,08 40 1,07 1,08 1,08 1,08 30 1,07 1,08 1,08 1,08 20 1,08 1,08 1,08 1,08 10 1,08 1,08 1,08 1,08 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 14/28

10/12 Tabela 9 [030] A figura 9 representa o ensaio de dureza dos solados sintetizados com as cargas fuligem seca, caulim rosa, carbonato de cálcio e caulim comum, apresentando maiores valores para o material com fuligem seca em todas as proporções. Dureza do material analisado (Escala Shore A) % Carga Fuligem seca Caulim rosa Carbonato de cálcio Caulim comum 100 46 44 43 43 50 47 45 44 45 40 47 45 45 46 30 48 47 46 46 20 49 48 46 47 10 52 50 48 48 Tabela 10 [031] Os ensaios rheométricos para os materiais formados com as cargas bagaço seco e fuligem seca não apresentaram significativas diferenças em relação aos materiais padrões, apresentando semelhantes tempos e temperaturas ótimas de vulcanização da composição elastomérica. As análises de torque mínimo e máximo, relativas à média de fluxo de massa e média de viscosidade, respectivamente, tiveram também uma pequena variação em relação aos padrões, não sendo considerável na prática. Resultados Obtidos [032] Os materiais definidos como bagaço seco e fuligem seca utilizados como cargas para produção de placas compactas e de solados para calçados mostraram um desempenho considerável, comprovado pelas análises efetuadas. [033] As análises térmicas para o bagaço seco apresentaram teor de umidade próximo de 3,3% em massa, valor abaixo do recomendável de 6% para cargas, podendo ser utilizado para este fim. As análises demonstraram também que aproximadamente 72,6% do material é constituído de matéria orgânica e 12,4% de sólidos não voláteis residuais (material inorgânico). [034] As análises térmicas para a fuligem seca apresentaram teor de umidade próximo de 12,7% em massa, valor acima do recomendável de 6% para cargas, mas como as placas compactas e os solados não tiveram alteração na qualidade, este material pode ser utilizado como carga. As análises demonstraram também que aproximadamente Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 15/28

11/12 16,2% do material é constituído de matéria orgânica e 70,9% de sólidos não voláteis residuais (material inorgânico). [035] Os testes físicos para placas compactas produzidas utilizando como carga o bagaço seco apresentaram densidade e dureza semelhantes em comparação aos materiais produzidos utilizando como cargas compostos padrões para a produção de borracha. O valor do ensaio de abrasão foi menor para o material com carga de bagaço seco, o que é interessante do ponto de vista industrial, pois uma abrasão menor é importante para a qualidade da placa compacta. [036] Para os ensaios físicos de placas utilizando como carga fuligem seca, os materiais apresentaram semelhante dureza aos materiais com cargas padrões. A densidade e abrasão obtidas foram menores, sendo interessante a utilização desta carga específica para a produção de placas, não só pela menor abrasão, pois materiais com menores densidades apresentam uma menor massa para o volume de material utilizado para a produção das placas, sendo gasto uma menor quantidade de material. [037] Os ensaios comparativos para solados produzidos com bagaço seco como carga demonstraram valores de abrasão próximos aos obtidos com cargas padrões, porém com menores densidades e maior dureza. Como a abrasão é semelhante e o material apresenta menor densidade, seu uso como carga é recomendado para produção de solados. Os resultados de dureza são relativos ao uso do material, podendo ser alterados com modificações na formulação. De acordo com os resultados de abrasão, a quantidade de bagaço seco utilizado pode ser de até 30% em massa da carga total sem comprometer a qualidade do material, valor semelhante aos utilizado para as cargas padrões. [038] Os testes físicos para solados produzidos utilizando como carga fuligem seca, apresentaram menores valores de abrasão, densidades semelhantes e maior dureza. Como os valores de abrasão são inferiores e apresentam densidades semelhantes, o uso deste tipo de carga é viável. A quantidade de fuligem seca utilizada pode ser de até 30% em massa da carga total, sem comprometimento da qualidade, valor semelhante ao utilizado para as cargas padrões. [039] Os ensaios rheométricos para os materiais formados com as cargas bagaço seco e fuligem seca não apresentaram significativas diferenças em relação a tempo e Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 16/28

12/12 temperatura de vulcanização, torque mínimo e máximo, em relação aos materiais padrões. [040] O uso dos resíduos sólidos produzidos pelo processo de produção de açúcar e álcool como cargas para a produção de placas compactas e solados de borracha apresenta um destino para o lixo produzido, contribuindo para a conservação do ambiente e diminui custos de produção, favorecendo a indústria de artefatos de borracha. Os resultados dos testes físicos comprovam que a qualidade dos materiais produzidos pelo processo industrial é semelhante aos sintetizados com cargas padrões. Vantagens [041] O processo de produção de artefatos de borracha incorporando os resíduos sólidos provenientes do processo de produção de açúcar e álcool apresenta as seguintes vantagens: a) diminuição do custo de produção de artefatos de borracha. b) diminuição no preço do produto final relacionado a artefatos de borracha. c) menor quantidade de resíduos sólidos descartados no ambiente, diminuindo a poluição do ecossistema. d) melhora nas propriedades físicas, como abrasão, de compostos de borracha, sem aumento de custos. e) diminuição da densidade da borracha com carga de menor custo. f) tempo e temperatura de vulcanização semelhantes aos materiais produzidos com cargas padrões. g) diminuição da exploração dos recursos minerais naturais, como carbonato de cálcio e caulim. Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 17/28

1/2 Reivindicações 1. Aperfeiçoamento em processo para a produção de artefatos de borracha compreendendo as etapas de: - mistura dos reagentes em misturador aberto (Banbury); - homogeneização da mistura em misturador aberto (Cilindro); - vulcanização da borracha por aquecimento e por aplicação de pressão (Prensa de vulcanização); caracterizado por incorporar como carga até 30% em massa de resíduos sólidos, provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool, com diâmetro menor do que 150 µm. 2. Aperfeiçoamento em processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do resíduo sólido ser bagaço de cana-de-açúcar, seco a 110 ± 5 o C, por cerca de 4 horas. 3. Aperfeiçoamento em processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do resíduo sólido ser fuligem de queima de bagaço de cana-deaçúcar para obtenção de energia no processo industrial de produção de açúcar e álcool, seca a 110 ± 5 o C, por cerca de 4 horas. 4. Artefatos de borracha obtidos pelo processo descrito na reivindicação 1, caracterizado por apresentarem bagaço de cana-de-açúcar seco a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas, como carga nas suas composições. 5. Artefatos de borracha obtidos pelo processo descrito na reivindicação 1, caracterizado por apresentarem fuligem proveniente da queima do bagaço de cana-deaçúcar, seca a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas, como carga nas suas composições. 6. Artefatos de borracha obtidos pelo processo descrito na reivindicação 1, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizado por serem placas compactas. 7. Artefatos de borracha obtidos pelo processo descrito na reivindicação 1, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizado por serem solados. 8. Utilização de resíduos sólidos provenientes do processo industrial de produção de açúcar e álcool caracterizada por ser como material de carga na produção de artefatos de borracha conforme processo descrito na reivindicação 1. Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 18/28

2/2 9. Tratamento do bagaço da cana proveniente do processo industrial de produção de açúcar e álcool para utilização como carga para produção de artefatos de borracha através do processo da reivindicação 1, caracterizado por compreender as etapas de: a) secagem do bagaço de cana-de-açúcar a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas; b) moagem em moinho de facas do bagaço de cana-de-açúcar seco; c) análise granulométrica do bagaço de cana-de-açúcar moído e separação das partículas menores do que 150 µm; d) adição do pó de bagaço de cana-de-açúcar seco e moído com partículas menores do que 150 µm como carga no processo industrial de produção de artefatos de borracha, em especial, para produção de placas compactas e/ou solados de borracha. 10. Tratamento do material particulado proveniente da queima do bagaço da cana-de-açúcar (fuligem) para utilização como carga para produção de artefatos de borracha através do processo da reivindicação 1, caracterizado por compreender as etapas de: a) secagem do material particulado proveniente da queima do bagaço de canade-açúcar (fuligem) a 110 ± 5 o C por cerca de 4 horas; b) análise granulométrica do material particulado (fuligem) e separação das partículas menores do que 150 µm; c) adição do pó do material particulado proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar (fuligem) seco com partículas menores do que 150 µm como carga no processo industrial de produção de artefatos de borracha, em especial, para produção de placas compactas e/ou solados de borracha. Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 19/28

1/5 Cana-deaçúcar Moagem Bagaço de cana-de-açúcar Queima Fuligem da queima do bagaço para obtenção de energia Secagem 110 ± 5 o C / 4 h Secagem 110 ± 5 o C / 4 h Bagaço seco Fuligem seca Moagem e Granulometria Granulometria Pó com diâmetro menor que 150 µm Pó com diâmetro menor que 150 µm Pó usado como carga no processo de fabricação de borracha Solado ou placa compacta de borracha Testes físicos Aferição de dureza, abrasão, densidade e rheometria Figura 1 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 20/28

2/5 100 3,27% - TG --- DTG 80 31,10% Massa (%) 60 40 41,47% 20 11,70% 0 0 200 400 600 800 1000 Temperatura ( o C) Figura 2 100 - TG --- DTG 95 12,73% 90 16,64% Massa (%) 85 80 75 70 0 200 400 600 800 1000 Temperatura ( o C) Figura 3 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 21/28

3/5 550 500 450 Bagaço seco Caolim comum Carbonato de cálcio Caolim Brasclay 400 Abrasão (mm 3 ) 350 300 250 200 150 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % de carga Figura 4 1,20 1,15 Bagaço seco Caolim comum Carbonato de cálcio Caolim Brasclay Densidade (g/cm 3 ) 1,10 1,05 1,00 20 40 60 80 100 % de carga Figura 5 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 22/28

4/5 Dureza (escala Shora A) 70 68 65 63 60 58 55 53 50 48 Bagaço seco Caolim comum Carbonato de cálcio Caolim Brasclay 45 43 20 40 60 80 100 % de carga Figura 6 650 600 550 500 Fuligem seca Caolim rosa Carbonato de cálcio Caolim comum Abrasão (mm 3 ) 450 400 350 300 250 200 20 40 60 80 100 % de carga Figura 7 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 23/28

5/5 1,095 1,090 1,085 Fuligem seca Caolim rosa Carbonato de cálcio Caolim comum Densidade (g/cm 3 ) 1,080 1,075 1,070 1,065 1,060 1,055 20 40 60 80 100 % de carga Figura 8 Dureza (Shore A) 52 51 50 49 48 47 46 45 Fuligem seca Caolim rosa Carbonato de cálcio Caolim comum 44 43 20 40 60 80 100 % de carga Figura 9 Petição 870170098915, de 18/12/2017, pág. 24/28