Avaliação de Dez Cultivares de Sorgo em Dois Níveis de Fósforo em Solo de Cerrado em Casa de Vegetação

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Transcrição:

Avaliação de Dez Cultivares de Sorgo em Dois Níveis de Fósforo em Solo de Cerrado em Casa de Vegetação Fabricio Rodrigues 1, Michel C. da Rocha 2, Lidianne A. Silva 3, Flávio D. Tardin 4, Jurandir V. de Magalhães 4 e Robert E. Schaffert 4. 1 Bolsista McKnight - Embrapa Milho e Sorgo. fabriciorods@yahoo.com.br 2 Aluno de mestrado da UFV 3 Aluna de mestrado da UFLA. 4 Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo. schaffert@embrapa.com.br Palavras chave: Sorgo granífero, adubação, eficiência nutricional e efeito resposta. Os solos do cerrado apresentam acidez elevada e os nutrientes encontram-se pouco disponíveis para as plantas, principalmente o fósforo. Esse é um dos principais macronutrientes que limitam a produtividade (Sanchez & Salinas, 1981), pois, está envolvido no transporte de energia, fotossíntese, transformação de açúcares e amido, movimento de nutrientes na planta e no DNA. A eficiência de adubação com fósforo (P) geralmente é baixa, pois, do que é adicionado ao solo, a maior parte torna-se imóvel ou indisponível (Holford, 1997) e assim apenas 1% do P proveniente da adubação é recuperado pelas plantas (Ciarelli et al., 1998). Muitos pesquisadores acreditam na existência de um comportamento nutricional diferenciado devido a fatores genéticos. Os mecanismos que tem sido usado para explicar esse controle são vários e englobam aqueles relacionados com a interface solo/raiz e aqueles intrínsecos à própria planta. A identificação e desenvolvimento de genótipos de sorgo com maior eficiência na aquisição e utilização de fósforo é uma estratégia que pode ser utilizada para melhor aproveitar o P pela cultura do sorgo, aumentando à produtividade e reduzindo os custos da lavoura com insumos. A eficiência nutricional das plantas pode ser representada pela relação entre a produção obtida e os insumos aplicados ou a quantidade de matéria seca, peso fresco ou grãos produzidos por unidade de nutriente aplicado (Fageria et al., 1993). Assim, o objetivo desse trabalho foi identificar cultivares de sorgo eficientes na resposta a aplicação fósforo quando este aplicado e em teores baixos de solo de cerrado. O experimento foi realizado em casa de vegetação na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - CNPMS (Embrapa Milho e Sorgo), localizada em Sete Lagoas, MG. Foram utilizadas nove linhagens (ATF6B, ATF4B,, BR1B, BR5R, BR7B, BR8B, P941B e ) e um híbrido (BR3R) como testemunha. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com cinco repetições, no arranjo fatorial de 1 x 5 x 2 (1 tratamentos, cinco repetições e dois níveis de fósforo), sendo em um solo aplicado fósforo (T1) e outro, foi considerado o teor disponível no solo (T2), com valores de 2 e 1 mg.dm -3 (nível crítico), respectivamente. Foi utilizado solo de cerrado proveniente de um campo já trabalhado com avaliação de fósforo e com menor teor de fósforo disponível no solo e, posteriormente, foi feita a correção da acidez de acordo com os resultados da análise de solo. A adubação foi realizada após a homogeneização do solo e aplicado 78,75 g de cloreto de potássio, 55 g de uréia e 45 g de supertriplo por quilograma de solo em T1 e 78,75 g de cloreto de potássio e 55 g de uréia por quilograma de solo em T2.

Os tratamentos foram submetidos a dois níveis de fósforo, irrigados a cada três dias com uma quantidade fixa por vaso de 4 ml de água. Foram plantadas nove sementes/vaso, sendo o desbaste realizado 15 dias após o plantio e permanecendo apenas três plantas por vaso. Cada parcela era constituída de três plantas, sendo avaliada a parte aérea da planta (colmo e folhas) e a raiz. As parcelas foram colhidas aos 35, 36, 37, 38 e 39 dias após o plantio, de forma que 2 vasos eram coletados por dia (1 tratamentos de cada nível) e as três plantas extraídas de cada vaso, lavadas em água corrente, separadas a parte aérea da raiz, pesadas e colocadas em estufa a 7ºC, durante 72 horas. Foram estimados os quadrados médios das características e, posteriormente, foram estimadas as médias por nível de cada cultivar. Os resultados do comportamento das linhagens, nos dois níveis de fósforo, estão apresentados nas Figuras 1, 2, 3 e 4 e consta, também, o erro padrão das estimativas. Verifica-se que, as linhagens BR8B, P941B e ATF4B destacaram para a característica de peso fresco da parte aérea (PFPA), obtendo peso acima ou similar ao híbrido utilizado como testemunha quando aplicado o supertriplo ao solo. As linhagens ATF4B e, não obtiveram bom desempenho em solo sem aplicação de P e obtendo uma baixa eficiência na utilização do fósforo disponível no solo. Figura 1. Comportamento médio de dez linhagens de sorgo, quanto à resposta a aplicação de fósforo na formação do peso fresco da parte aérea (PFPA), em dois níveis de fósforo, sendo um com aplicação de P (T1) e outro sem (T2), Sete Lagoas, safra 27/28. 5 Peso fresco da parte aérea (g) 4 3 2 1 ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B P FP A (T1 ) P FP A (T2 ) Para a característica de peso fresco da raiz (PFR) estavam entre as que se destacaram como as linhagens mais responsivas, a BR7B, P941 e BR8B, contudo, duas linhagens apresentaram peso de raiz acima do esperado, BR1B e ATF6B, com base no solo com aplicação (T1), na qual as linhagens apresentaram uma maior quantidade de raiz em solo com nível crítico de fósforo, indicando que estas linhagens são mais eficientes e menos responsivas, conforme a Figura 2.

Figura 2. Comportamento médio de dez linhagens de sorgo, quanto à resposta a aplicação de fósforo na formação do peso fresco da raiz (PFR), em dois níveis de fósforo, sendo um com aplicação de P (T1) e outro sem (T2), Sete Lagoas, safra 27/28. Peso fresco raiz (g) 4 3 5 3 2 5 2 1 5 1 5 ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B P FR (T1 ) P FR (T2 ) Figura 3. Comportamento médio de dez linhagens de sorgo, quanto à resposta a aplicação de fósforo na formação do peso seco da parte aérea da planta (PSPA), em dois níveis de fósforo, sendo um com aplicação de P (T1) e outro sem (T2), Sete Lagoas, safra 27/28. 8. Peso seco parte aérea (g) 6. 4. 2.. ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B P S P A (T1 P S P A (T2 ) Para a característica PSPA, as linhagens BR8B e P941 obtiveram melhores resultados a aplicação (T1) que o híbrido BR3R, com valores de 7,65 e 7,42 gramas, respectivamente, e a testemunha com 7,3 gramas de peso seco. Isto evidência a boa resposta destes genótipos a aplicação fosfatada. O mesmo não ocorreu com as linhagens ATF6 e SC283 que obtiveram comportamento abaixo da média das linhagens que foi de 6,4 gramas, conforme Figura 3. Com relação ao solo T2, as linhagens BR1B e P941B foram consideradas as mais eficientes na formação de massa seca das folhas e colmo.

Figura 4. Comportamento médio de dez linhagens de sorgo, quanto à resposta a aplicação de fósforo na formação do peso seco da raiz da planta (PSR), em dois níveis de fósforo, sendo um com aplicação de P (T1) e outro sem (T2), Sete Lagoas, safra 27/28. 8. Pseco seco raiz (g) 6. 4. 2.. ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B PSR (T1) PSR (T2) Figura 5. Resposta a aplicação fosfatada entre dez cultivares de sorgo para as características de peso fresco em solo com aplicação de P (PFPA e PFR) menos o peso fresco em solo sem aplicação (pfpa e pfr), Sete Lagoas, Embrapa Milho e Sorgo, safra 27/28. Peso de massa verde (g) 24 18 12 6-6 -12 ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B PFPA - pfpa PFR - pfr As linhagens BR7 e SC283 foram consideradas as mais responsivas para PSR em T1, pois, o resultado do peso seco demostrou que estas possuem uma maior quantidade de raiz, apresentando peso acima da média das outras linhagens e com resposta a aplicação próxima à obtida pelo híbrido BR3R. A relação das características avaliadas em solo aplicado solo sem aplicação, representa a capacidade das cultivares em responder a aplicações fosfatadas. Para a característica PFPA, as linhagens BR8B, ATF4B e P941, foram superiores as demais, ou seja, com maior resposta e para PFR, as linhagens P941 e BR7. Com relação PSPA, destacaram-se as linhagens BR8, ATF54 e P941 e para PSR, SC283 e BR7 foram superiores as demais cultivares avaliadas.

Figura 6. Resposta a aplicação fosfatada entre dez cultivares de sorgo para as características de peso seco em solo com aplicação de P (PSPA e PSR) menos o peso seco em solo não adubado (pspa e psr), Sete Lagoas, Embrapa Milho e Sorgo, safra 27/28. Peso da massa seca (g) 4. 3.2 2.4 1.6.8. -.8 ATF6B ATF4B BR1B BR5B BR7B BR8B BR3R P941B PSPA - ps pa PSR - ps r De forma conjunta, a linhagem P941 apresentou destaque em três das quatro características avaliadas para resposta, sendo considerada como a mais responsiva e BR1B, a mais eficiente entre as linhagens avaliadas com base em PFPA, PFR, PSPA e PSR. Referências bibliográficas Ciarelli, D.M., Furlani, A.M.C., Dechen, A.R., Lima, M. Genetic variation among maize genotypes for phosphorus-uptake and phosphorus-use efficiency in nutrient solution. Journal of Plant Nutrition, New York, v.21, n.1, p.2219-2229, 1998. Fageria, N.K., Baligar, V.C. Screening crop genotypes for mineral stresses. In: Workshop on Adaptation of Plants to Soil Stresses, 1993, Lincoln. Proceedings... Lincoln: University of Nebrasca, 1993. p.142-159. (INTSORMIL. Publications, 94-2). Holford, I.C.R. Soil phosphorus: its measurement, and its uptake by plants. Australian Journal of Soil Research, Melbourne, v.35, n.2, p.227-239, 1997. Sanchez, P.A., Salinas, J.G. Low-input technology for managing Oxisol and Ultisols in tropical America. Advances in Agronomy, San Diego, v.34, p.279-46, 1981.