1º ENCONTRO: A CULPA E A VISÃO TEOLÓGICO- DOGMÁTICA DE DEUS

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Transcrição:

1º ENCONTRO: A CULPA E A VISÃO TEOLÓGICO- DOGMÁTICA DE DEUS

Objetivo: refletir sobre a visão teológicodogmática de Deus e sua relação com o sentimento de culpa, tão presente na sociedade ocidental, e como ressignificar esse modelo pelo desenvolvimento do sentimento de filiação divina e da virtude de aprendiz da Vida.

Meditando sobre a culpa: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência. Como você sente Deus em sua intimidade? Há em você um movimento de sentir temor de Deus? Você sente necessidade de agir sempre certo para agradar a Deus? Sente culpa quando não faz coisas que acha certo? Deixe os seus pensamentos e sentimentos fluírem, evitando qualquer mascaramento num processo de autoengano. Seja verdadeiro(a) com você, analisando-se com autenticidade.

Iniciaremos as nossas reflexões com orientações do Mentor Honório extraídas do livro Eu, Espírito imortal, capítulo 5, A Identidade Essencial, psicografia de Afro Stefanini II, Editora Espiritizar. As religiões ancestrais foram constituídas por três aspectos gerais, e podemos classificá-las como sendo de: aspecto cultural, aspecto decretado e aspecto messiânico.

O aspecto cultural apresenta as religiões e crenças de massa advindas da força dos ancestrais, que fomentaram suas ideias próprias ao longo da história da Humanidade, constituindo as religiões indígenas, aborígenes, agnósticas ou não dos tempos antigos até os dias modernos. São cultos oriundos dos costumes que se transferiram e se transformaram ao longo dos séculos, mas que guardam suas raízes na relação do homem com a terra e com a sociedade desenvolvida nas eras antigas da Humanidade.

A religião construída a partir do decreto foi instituída pela força da imposição com ligação política nos interesses de grupos que passaram a dominar grande parte dos povos. O decreto de Constantino no império romano até a sua morte em 337, o decreto de Lutero, o decreto de Calvino e outros advindos de imperadores orientais são modelos de ideias construídas pela força da dominação e não de uma verdade sentida na alma. Consequentemente, a forma como Deus foi compreendido e divulgado recebeu grande influência amedrontadora, que fomentou o afastamento da criatura, por sentir medo do Criador.

Na dimensão mítica, Deus surge com perspectivas e características antropológicas muito evidentes em seu aspecto castrador e punitivo que observa cada atitude, pensamento e sentimento dos Seus filhos, sempre pronto a puni-los por qualquer erro cometido.

Nessa visão projetada pela própria pessoa, Deus é capaz de aguardar o momento em que o indivíduo cometa um erro para lançá-lo ao castigo específico, que pode ser de aspecto fantasioso, como é o caso das projeções dantescas do inferno, ou fantasioso-psicológico, em que o indivíduo, mesmo não acreditando no mito infernal, aceita a sombra psicológica da ausência do direito de ser feliz, o que constitui a mesma coisa porque essa ilusão na crença da infelicidade aprisiona o ser da mesma forma na culpa, punição e sofrimento.

A religião advinda dos processos messiânicos, ou seja, de um espírito na condição de catalizador e messias não se constituiu sempre uma forma instituída, mas sim uma ideia dominante como nos casos de Jesus, Lao-Tsé, Confúcio, Sidarta e tantos outros que, seguindo as programações do próprio Cristo, trouxeram profundas verdades em seus tempos, de maneira a fixar na Humanidade os pilares indestrutíveis das Leis Naturais.

As características distintas de cada formação religiosa na história da Humanidade, influenciaram sobremaneira os parâmetros culturais e pessoais sobre a ideia de Deus e transpassaram muitas gerações por meios das sucessivas reencarnações. O fato é que muito se estabeleceu de teorias e teologias sobre Deus, mas pouco se vivenciou a relação íntima e espontânea com Deus, com exceção dos tempos inesquecíveis do cristianismo primitivo quando a compreensão, o sentimento de filiação divina e a fé nas promessas de Jesus eram vividas em estado de intensa religiosidade.

A construção do sentimento de filho de Deus no próprio coração considera o ser humano na condição de criatura cósmica antes de quaisquer rótulos exteriores, haja vista que esses rótulos reduzem essa relação ao paradigma da visão dogmática.

A vida é poema de ventura embalada pela sonoridade constante da beleza das obras da natureza, que destacam a perfeição e a bondade de Deus em tudo aquilo aos quais nossos pensamentos possam alcançar e muito além. A presença amorosa de Deus se faz manifesta em qualquer ponto de Sua criação, cabendo ao Espírito imortal a sensibilidade de perceber essa presença por quaisquer ângulos que ele busque e questione.

É no pleno desenvolvimento do amor a Deus que o Ser imortal encontra as mais felizes respostas para os seus questionamentos mais profundos. Nessa imersão meditativa e acolhedora, que se realiza para dentro de si mesmo, sentindo-se filho de Deus, o coração se abre de contentamento e sentido existencial por compreender que toda a vida é uma dádiva e que a sua felicidade é uma conquista já garantida pelo Criador, mas que deve usufruir dessa conquista a partir dos deveres bem cumpridos na consciência. Somente assim ele receberá as alegrias espirituais sem limites, que se manifestarão cada vez mais intensas.

É venturoso para o Espírito o exercício constante das virtudes porque nelas a alma consegue acessar as forças que aproximam a criatura do Criador no desvendar dos chamados mistérios da criação, que deixam de ser misteriosos à medida que as virtudes são manifestas.

A virtude em si não é apenas um sentimento elevado, mas um estado de consciência mais elevado, que significa sabedoria mais aguçada e clara da vontade de Deus capaz de oferecer à criatura a ciência da vida moral tanto quanto das leis físicas.

O Espírito, ao se sentir filho de Deus, esforçase por desenvolver os atributos de filho de Deus, que estão em latência no coração. A sua visão sobre as outras criaturas está preenchida de docilidade e sensibilidade. Vê os outros irmãos em suas conquistas ou em suas dores morais com espírito de altíssima solidariedade e de maneira alguma traz uma característica julgadora em sua conduta.

O Espiritismo construiu uma estrada imperecível para retomada do estado natural na Humanidade, agora preenchida pelo conhecimento que a ciência oferece, porém com vistas a seu uso real, ou seja, o conhecimento a serviço da felicidade e não mais da saciedade dos apetites sensórios e dos interesses do egoísmo.

Estabelecido o profundo intercâmbio com as entidades do mundo invisível, Allan Kardec estudou com propriedade e método incomum as características da dimensão espiritual da vida e como deve ser compreendida a relação entre as criaturas e o Criador, dissolvendo por completo quaisquer construções teológicas que os dominadores infringiram nas massas, fomentando ignorância em muitos pontos do pensamento religioso.

O Espiritismo evolucionou a construção da fé no seu aspecto mais cristalino porque oferece ao ser humano terrestre as condições comprovadas para ampliar a sua própria espiritualidade e religiosidade ao cimo da comprovação lógica dos fatos como provas espirituais das verdades morais de todos os tempos, assinaladas por Jesus na condição de revelações sublimes.

Para a concretização desse sentimento tão vibrante na alma, é precioso verificar a dimensão real e a dimensão imaginária de Deus na própria concepção pessoal, diante dos mitos criados e das comprovações concretas do amor divino na vida.

Quando a ideia mítica de Deus é superada, aceitando-se a sua real posição de Pai pleno de misericórdia, as perspectivas individuais ante os desafios da vida são muito diferentes. Na dimensão concreta e real, Deus é sentido por meio de suas Leis presentes na consciência. O Ser imortal considera sua relação com Deus a partir da sua relação consigo mesmo e aceita que, quanto mais se ama, mais as Leis Morais presentes em si mesmo aprimoram e embelezam a sua relação com Deus.

Ao invés de exigir ser amado, o aprendiz sincero reconhece que já é amado pelo Supremo, mas que, para usufruir plenamente desse sentimento, é fundamental que ele desenvolva o autoamor como sentimentoinstrumento capaz de acionar o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Avaliação reflexiva: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir o conteúdo estudado neste encontro: Do conteúdo, o que você entendeu que se aplique à sua vida? O conteúdo estudado mudou a forma como você compreende a presença de Deus em sua vida? Em caso positivo, que mudança foi essa?

Neste encontro refletimos sobre a visão teológico-dogmática de Deus e sua íntima relação com o sentimento de culpa, tão presente na cultura ocidental, bem como o que fazer para mudar essa concepção. Que ações você está disposto a realizar para firmar a concepção espírita de Deus, de modo a sentir-se filho de Deus, aprendiz da Vida?