Halos Triaxiais e a Razão Axial de Galáxias Espirais

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Transcrição:

Halos Triaxiais e a Razão Axial de Galáxias Espirais Rubens Eduardo Garcia Machado Prof. Dr. Ronaldo Eustáquio de Souza IAG-USP 20 de abril de 2006

Conteúdo 1 Introdução 2 Amostra de Galáxias 3 Medidas 4 Análise e Resultados 5 Fusões de Elipsóides Homogêneos 6 Conclusões

Os discos das galáxias espirais são circulares? Os halos de matéria escura são esféricos?

Halos das galáxias espirais os discos das galáxias espirais são circulares? os halos de matéria escura são esféricos?

Halos das galáxias espirais os discos das galáxias espirais são circulares? os halos de matéria escura são esféricos? um halo não-esférico deve influenciar a dinâmica do disco se o potencial gravitacional dos halos for assimétrico, dificilmente os discos seriam circulares

Halos das galáxias espirais os discos das galáxias espirais são circulares? os halos de matéria escura são esféricos? um halo não-esférico deve influenciar a dinâmica do disco se o potencial gravitacional dos halos for assimétrico, dificilmente os discos seriam circulares Como avaliar a forma dos halos? Usamos como indicador o formato dos discos. disco não-circular halo não-esférico

Elipsóides oblato: um plano circular e um eixo menor prolato: um plano circular e um eixo maior triaxial: tem os três eixos diferentes 1 > p > q

Elipsóides oblato: um plano circular e um eixo menor prolato: um plano circular e um eixo maior triaxial: tem os três eixos diferentes 1 > p > q galáxias espirais: oblato ou triaxial? modelo oblato: equador circular (p=1) modelo triaxial: equador elíptico (p<1)

Elipsóides oblato, prolato e triaxial

isofota elíptica

razão axial aparente = b/a

razão axial aparente galáxias orientadas aleatoriamente segundo ângulos θ e φ única grandeza mensurável é a razão axial aparente b formato intrínseco do elipsóide: p e q orientação espacial aleatória: θ e φ projeção no plano do céu = b

razão axial aparente onde b = (j + l) [(j l) 2 + 4k 2 ] 1/2 (j + l) ± [(j l) 2 + 4k 2 ] 1/2 j 1 p 2 sin2 θ + 1 q 2 cos2 θ cos 2 φ + 1 p 2 q 2 cos2 θ sin 2 φ ( 1 k p 2 q 2 1 ) q 2 cos θ sin φ cos φ l 1 q 2 sin2 θ + 1 p 2 q 2 cos2 θ

Sloan Digital Sky Survey

Classificação Morfológica classificação pioneira de Wolf (1908): meramente descritiva classificação de espirais por Reynolds (1920): uma seqüência de 7 subtipos diagrama de diapasão de Hubble (1936): é o esquema que prevalece extensões à seqüência de Hubble: de Vaucouleurs (1959) etc

Hubble, 1936

Classificação Morfológica de Hubble critérios de classificação das espirais 1 a abertura dos braços espirais 2 o grau de resolução dos braços 3 o tamanho relativo do bojo Sa Sb Sc

Wolf, 1908

Diagrama de Hubble com imagens do SDSS

Amostra de Galáxias amostra limitada por magnitude foram selecionadas 3787 galáxias do SDSS classificação morfológica visual resultaram 1619 espirais úteis à medição

Seleção da Amostra Tabela: Critérios de seleção da amostra de galáxias. catálogo do SDSS SpecPhotoAll tipo galáxias magnitude g 16 redshift 0, 002 z 0, 05 número de objetos resultante 3787

Seleção da Amostra Tabela: Critérios de seleção da amostra de galáxias. catálogo do SDSS SpecPhotoAll tipo galáxias magnitude g 16 redshift 0, 002 z 0, 05 número de objetos resultante 3787 Tabela: Morfologia da amostra completa. tipo morfológico E S0 S Irr total número de galáxias 943 531 1900 413 3787

Elípticas e Lenticulares

Sa e SBa

Sb e SBb

Sc e SBc

aproximadamente alinhadas com estrelas

irregulares, em interação ou com companheiras

Morfologia da Amostra de Espirais barradas 1 4 e cada subtipo (a,b,c) 1 3

Verificação da Classificação Sub-amostra de 200 espirais brilhantes 120 100 número de galáxias 80 60 40 20 0 8 6 4 2 0 2 4 6 T

Características da Amostra Completeza 100 número de galáxias 10 1 12 13 14 15 16 magnitude g

Características da Amostra Distribuição de Redshifts 220 200 180 número de galáxias 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 redshift

Características da Amostra Função de Luminosidade -1.6 log N (Mag -1 Mpc -3 ) -2-2.4 todas Sc Sb Sa -2.8-22 -21-20 -19-18 -17-16 -15 M

Características da Amostra Diagramas cor-cor Tabela: Dependência morfológica das relações cor-cor. tipo c 2 Sa 0,680 ± 0,007 Sb 0,656 ± 0,006 Sc 0,581 ± 0,011 SBa 0,701 ± 0,018 SBb 0,670 ± 0,014 SBc 0,638 ± 0,018

Medindo as Razões Axiais Aparentes cada imagem tem 13,52 8,98 arcmin (filtro r) ajustes de isofotas elípticas (IRAF > STSDAS > ELLIPSE) tem-se razão axial em função da distância ao centro

exemplo de ajuste de isofotas

razão axial em função do semi-eixo maior 1 0.8 0.6 razão axial 0.4 0.2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 semi eixo maior (arcsec)

brilho superficial em função do semi-eixo maior 23 brilho superficial (mag/arcsec 2 ) 23.5 24 24.5 25 0 10 20 30 40 50 60 70 80 semi-eixo maior (arcsec)

distribuição de razões axiais aparentes para 1603 espirais 160 140 120 numero de galaxias 100 80 60 40 20 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razao axial

comparação com as medidas provenientes do SDSS 1 0.8 0.6 b 0.4 0.2 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 b SDSS b = (0, 932 ± 0, 009) b SDSS + (0, 051 ± 0, 006)

exemplo de discordância: galáxia barrada 1 0.8 razão axial 0.6 0.4 0.2 0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 semi eixo maior (arcsec)

raios nos quais as medidas foram feitas 350 300 número de galáxias 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 r / r SDSS

Deconvolução das Distribuições o problema consiste em inferir f(p) e f(q) a partir de ϕ(b) método Monte Carlo de busca aleatória de parâmetros estimativas iniciais dos quatro parâmetros: p = 0, 90 q = 0, 30 σ p = 0, 10 σ q = 0, 10

Resultado 140 120 observado triaxial oblato 100 número de galáxias 80 60 40 20 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razão axial aparente

funções de distribuição intrínsecas 500 450 q p 400 350 número de galáxias 300 250 200 150 100 50 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razão axial intrínseca triaxial oblato p = 0,849 ± 0,063 1 q = 0,27 ± 0,12 0,32 ± 0,11 χ 2 = 4,58 ± 0,22 21,9 ± 0,9

separadas em barradas e não-barradas 70 60 observado triaxial oblato barradas 120 100 não barradas número de galáxias 50 40 30 20 número de galáxias 80 60 40 10 20 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razão axial aparente 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razão axial aparente

separadas em Sa, Sb e Sc 60 observado triaxial oblato Sa 60 Sb 50 50 40 40 número de galáxias 30 20 número de galáxias 30 20 10 10 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 60 Sc 50 40 número de galáxias 30 20 10 0 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 razão axial aparente

Fusões de Elipsóides Homogêneos como os halos adquiriram sua estrutura triaxial? hipótese supersimplificada e exploratória: halos triaxiais resultariam da fusão de duas estruturas inicialmente esféricas neste halo escuro triaxial se instalaria o disco, assumindo forma elíptica

Fusões de Elipsóides Homogêneos como os halos adquiriram sua estrutura triaxial? hipótese supersimplificada e exploratória: halos triaxiais resultariam da fusão de duas estruturas inicialmente esféricas neste halo escuro triaxial se instalaria o disco, assumindo forma elíptica abordagem um modelo suficientemente simples para admitir uma abordagem analítica tratável supomos que as protogaláxias possam ser aproximadas por elipsóides homogêneos compostos por um gás de partículas não-colisionais

Teorema do Virial na forma tensorial W ij + Ω 2 ( I ij δ i3 I 3j ) + Pij = 0

Teorema do Virial na forma tensorial W ij + Ω 2 ( I ij δ i3 I 3j ) + Pij = 0 onde as quantidades W ij, I ij e P ij são os tensores de energia potencial, momento de inércia e pressão: W ij = 1 ρφ ij d 3 x 2 I ij = ρx i x j d 3 x P ij = σij 2 ρd 3 x = Mσij 2

Teorema do Virial na forma tensorial W ij + Ω 2 ( ) I ij δ i3 I 3j + Pij = 0 as únicas equações independentes são: W 11 + Ω 2 I 11 + P 11 = 0 W 22 + Ω 2 I 22 + P 22 = 0 W 33 + P 33 = 0 que devem ser obedecidas antes e depois da colisão

Teorema do Virial na forma tensorial e para um elipsóide triaxial com a 1 a 2 a 3, resultam em: a 1 3 10 GMA 1 a 2 a 3 = 1 5 Ω2 a1 2 + σ2 11 3 10 GMA a 2 2 a 1 a 3 = 1 5 Ω2 a2 2 + σ2 22 3 10 GMA a 3 3 a 1 a 2 = σ33 2

Fusão Frontal de duas esferas sem rotação duas esferas de massa M e com dispersão de velocidades σ 2 o colidem frontalmente com velocidade relativa V no plano ortogonal à colisão, as dispersões de velocidade não se alteram: σ o = σ na direção paralela a V a dispersão de velocidades aumenta: σ 2 = σ2 o + 1 4 V 2 portanto, de uma colisão frontal, resulta um objeto final prolato

Fusão Frontal de duas esferas sem rotação a elipticidade e do objeto final depende das velocidades (aprox. para e pequeno): 5 + 3e 2 5 + e 2 1 + 1 4 V 2 σ 2 o

Fusão Frontal de duas esferas sem rotação a elipticidade e do objeto final depende das velocidades (aprox. para e pequeno): 5 + 3e 2 5 + e 2 1 + 1 V 2 4 σo 2 definindo γ e expressando e em termos da razão axial intrínseca p, temos: γ V σ o 8 6γ p 2 8 γ 2

Fusão Frontal de duas esferas sem rotação a elipticidade e do objeto final depende das velocidades (aprox. para e pequeno): 5 + 3e 2 5 + e 2 1 + 1 V 2 4 σo 2 definindo γ e expressando e em termos da razão axial intrínseca p, temos: para γ 1 p 0, 53 para γ 0, 65 p 0, 85 γ V σ o 8 6γ p 2 8 γ 2

Fusão não-frontal de duas esferas Neste caso, as esferas idênticas sofrem um encontro com parâmetro de impacto β E, para conservar o momento angular, o objeto final deve ter rotação: L = 2 5 MΩ(a2 x + a 2 y) = MV β as equações de estrutura ficam: a x 3A x = 5 axβ 2 2 γ 2 a y a z 4 (ax 2 + ay) 2 + 1 + γ2 2 4 a y 3A y = 5 ayβ 2 2 γ 2 a x a z 4 (ax 2 + ay) 2 + 1 2 a z 3A z = 1 a x a y

Fusão não-frontal de duas esferas 1 0.9 0.8 p=0.950 0.925 0.900 0.875 0.850 0.830 0.7 β 0.6 0.5 0.4 0.3 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 γ

Fusão não-frontal de duas esferas 1 0.8 β=0.0 β=0.5 β=0.9 colisão frontal 0.6 γ 0.4 0.2 0 0.7 0.75 0.8 0.85 0.9 0.95 1 p

Redshift de Formação para obter a triaxialidade proveniente da análise das imagens p = 0, 849 ± 0, 063 devemos ter γ = 0, 74 ± 0, 20

Redshift de Formação para obter a triaxialidade proveniente da análise das imagens devemos ter p = 0, 849 ± 0, 063 γ = 0, 74 ± 0, 20 e com dispersões típicas de σ o 200km/s V o = 148 ± 40km/s mas em que época da evolução do universo era típica esta velocidade? Hoje, V 300km/s para regiões menores que 1 Mpc

Redshift de Formação Na teoria linear de perturbações, a velocidade peculiar na vizinhança de uma região sujeita a aceleração g é: V = 2f 3HΩ M g onde f = Ω 3/5 M. Os parâmetros cosmológicos evoluem com z: H(z) H o = Ω M (z) Ω Mo = [Ω Λo + Ω Mo (1 + z) 3] 1/2 (1 + z) 3 [ ΩΛo + Ω Mo (1 + z) 3]

Redshift de Formação V o V = H(z) Ω 2/5 M (z) H o Ω 2/5 Mo ( ) 10 Vo = Ω Λo(1 + z) 12 + Ω Mo(1 + z) 15 V

Redshift de Formação V o V = H(z) Ω 2/5 M (z) H o Ω 2/5 Mo ( ) 10 Vo = Ω Λo(1 + z) 12 + Ω Mo(1 + z) 15 V e com ΛCDM (Ω Λo = 0, 7 e Ω Mo = 0, 3) z = 0, 69 ± 0, 32

Simulações cosmológicas recentes sugerem que quase 70% dos subhalos (escala de galáxias) teriam se formado em z<0,5 e apenas 10% destes subhalos teriam se formado em z>1

Conclusões os discos das espirais são elípticos com p=0,85 o modelo triaxial representa melhor os dados já que - é estatisticamente mais significativo - e reproduz a observada falta de objetos aparentemente circulares a falta de galáxias circulares ocorre para todos os subtipos e tanto para SB quanto SA mas a não-circularidade dos discos não difere significativamente entre os tipos o último episódio importante de fusão teria ocorrido por volta de z=0,7

FIM