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RECUPERAÇÃO JUDICIAL I

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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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RECUPERAÇÃO JUDICIAL II

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Transcrição:

AgInt no CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.827 - RN (2016/0302120-8) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PR000000O AGRAVADO : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ADVOGADOS : CESAR RODRIGO NUNES E OUTRO(S) - SP260942 STEPHANIE AGUIAR VOZIKIS - SP369644 SUSCITANTE : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE PARNAMIRIM - RN SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 6A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE EMENTA AGRAVO INTERNO. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS VINCULADOS A TRIBUNAIS DISTINTOS. RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXECUÇÃO FISCAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO RECUPERACIONAL PARA TODOS OS ATOS QUE IMPLIQUEM RESTRIÇÃO PATRIMONIAL. PRECEDENTES. 1. A Corte Especial já definiu que é competente a Segunda Seção para julgamento de conflito de competência envolvendo o Juízo Universal e o Juízo de execução fiscal em que há atos de constrição patrimonial da empresa recuperanda/falida. Precedentes. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que, apesar de não se suspenderem as execuções fiscais ajuizadas em face da empresa recuperanda em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, devem ser obstados os atos judiciais que reduzam o patrimônio da empresa em recuperação judicial, enquanto mantida essa condição, devendo ser considerados os fins para os quais fora a recuperação judicial idealizada. Precedentes. 3. No que diz respeito à Lei n.º 13.043/2014, que acrescentou o art. 10-A à Lei n.º 10.522/2002, possibilitando o parcelamento de crédito de empresas em recuperação, a Segunda Seção decidiu que a edição da referida legislação não repercute na jurisprudência desta Corte Superior a respeito da competência do juízo da recuperação, sob pena de afrontar o princípio da preservação da empresa. Precedentes da Segunda Seção. 4. Agravo interno não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi e Moura Ribeiro votaram com Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 1 de 11

a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Marco Aurélio Bellizze. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino. Brasília (DF), 27 de setembro de 2017(Data do Julgamento). MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO Presidente MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 2 de 11

AgInt no CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.827 - RN (2016/0302120-8) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PR000000O AGRAVADO : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ADVOGADOS : CESAR RODRIGO NUNES E OUTRO(S) - SP260942 STEPHANIE AGUIAR VOZIKIS - SP369644 SUSCITANTE : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE PARNAMIRIM - RN SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 6A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE RELATÓRIO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relator): Cuida-se de agravo interno interposto pela FAZENDA NACIONAL contra decisão unipessoal que declarou a competência do Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Parnamirim - RN para decidir acerca dos bens integrantes do patrimônio sujeito à recuperação judicial da empresa R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIS E COMERCIO LTDA. Nas razões do presente recurso, a agravante afirma que não houve comprovação de aprovação do plano de recuperação judicial pela assembléia-geral de credores, o que obstaculiza o conhecimento do conflito de competência. Defende que a suspensão das execuções fiscais das empresas em recuperação judicial depende da adesão ao parcelamento especial de que trata o art. 10-A da Lei 13.043/14. Pretende o sobrestamento do julgamento do presente conflito de competência em razão de Questão de Ordem no CC 133.864/SP e IUJur no CC 144.433/GO que discute a competência interna no STJ para julgamento de conflitos de competência que envolvam pedidos de suspensão de execução fiscal de empresas em recuperação judicial. Aduz que a recuperação judicial da empresa suscitante foi apresentado após a Lei 13.043/14 sem a comprovação da regularidade fiscal e sem aprovação do plano até o momento e Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 3 de 11

que a jurisprudência do STJ ainda não se debruçou sobre a análise de tal peculiaridade. É O RELATÓRIO. Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 4 de 11

AgInt no CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.827 - RN (2016/0302120-8) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PR000000O AGRAVADO : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ADVOGADOS : CESAR RODRIGO NUNES E OUTRO(S) - SP260942 STEPHANIE AGUIAR VOZIKIS - SP369644 SUSCITANTE : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE PARNAMIRIM - RN SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 6A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE seguintes fundamentos: VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relator): A decisão agravada declarou a competência do Juízo Universal pelos "(...) É pacífica a jurisprudência da Segunda Seção do STJ no sentido de que a execução fiscal não se suspende com o deferimento da recuperação judicial, entretanto, o Juízo universal é competente para praticar atos de apreensão e alienação patrimonial da recuperanda. Nesse sentido: AgInt no CC 144.157/SP, DJe 03/05/2017; AgRg no CC 120.432/SP, DJe 19/12/2016; CC 145.027/SC, DJe 31/08/2016; AgInt no CC 140.021/MT, DJe 22/08/2016; AgRg no AgRg no CC 81.922/RJ, DJe 04/03/2016; EDcl no AgRg no CC 137.520/SP, DJe 01/03/2016; AgRg no CC 129.290/PE, DJe 15/12/2015. Nessas hipóteses, a restrição patrimonial dos bens que compõem o seu ativo fatalmente provocará prejuízos que colocarão em risco o próprio cumprimento do plano de recuperação. Dessa forma, impõe-se a conclusão de que o prosseguimento dos atos constritivos nos Juízos Federais invade a esfera de competência do Juízo da Recuperação Judicial." (fls. 59, e-stj) Inicialmente, não há que se falar em sobrestamento do feito em razão da Questão de Ordem no CC 133.864/SP, visto que naquele incidente está sendo discutida a competência interna do STJ para julgamento de conflitos de competência envolvendo execuções fiscais de empresas em recuperação judicial e/ou falência. quando ainda não houver atos de constrição judicial. No entanto, no Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 5 de 11

presente conflito de competência já houve constrição patrimonial pelo Juízo da Execução Fiscal, não havendo qualquer divergência no âmbito do STJ quanto à competência da 2ª Seção para o julgamento do conflito de competência em tela. Acerca da matéria já há jurisprudência consolidada, inclusive definido pela Corte Especial no CC 120.432/SP, de que compete à Segunda Seção o julgamento de conflitos de competência envolvendo constrição patrimonial de empresas em recuperação judicial ou falência em sede de execução fiscal. Confira-se os recentes precedentes: "AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA - EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL - ATOS CONSTRITIVOS AO PATRIMÔNIO PRATICADOS EM SEDE DE EXECUÇÃO FISCAL - COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL - PRECEDENTES. 1. O firmou o entendimento de que é do juízo em que se processa a recuperação judicial a competência para promover os atos de execução do patrimônio da empresa, evitando-se, assim, que medidas expropriatórias possam prejudicar o cumprimento do plano de soerguimento. 2. Nos termos do entendimento externado pela Corte Especial, a Segunda Seção é competente para o julgamento do presente conflito, uma vez que não se discute nos autos a competência para processar e julgar cobrança de crédito fiscal, mas sim para decidir sobre o patrimônio de sociedade em recuperação judicial (CC 149.811/RJ, Rel.Ministro MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 10/05/2017, DJe 16/05/2017). 3. No que diz respeito à Lei n.º 13.043/2014, que acrescentou o art.10-a à Lei n.º 10.522/2002, possibilitando o parcelamento de crédito de empresas em recuperação, a Segunda Seção decidiu que a edição da referida legislação não repercute na jurisprudência desta Corte Superior a respeito da competência do juízo da recuperação, sob pena de afrontar o princípio da preservação da empresa. Precedentes da Segunda Seção. 4. Agravo interno desprovido." (AgInt no CC 150.578/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/08/2017, DJe 21/08/2017) "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. PROCESSOS DE EXECUÇÃO FISCAL E DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. QUESTÃO DE ORDEM. COMPETÊNCIA DA SEGUNDA SEÇÃO. EDIÇÃO DA LEI N. 13.043, DE 13.11.2014. PARCELAMENTO DE CRÉDITOS DE EMPRESA EM RECUPERAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA MANTIDA. 1. Compete à SEGUNDA SEÇÃO processar e julgar conflito de competência entre o juízo da recuperação judicial e o da execução fiscal, Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 6 de 11

seja pelo critério da especialidade, seja pela necessidade de evitar julgamentos díspares e a consequente insegurança jurídica (Questão de Ordem apreciada nestes autos pela CORTE ESPECIAL em 19.9.2012). 2. O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos de constrição e de alienação de bens sujeitos à recuperação submetem-se ao juízo universal. 3. A edição da Lei n. 13.043, de 13.11.2014, por si, não implica modificação da jurisprudência desta Segunda Seção a respeito da competência do juízo da recuperação para apreciar atos executórios contra o patrimônio da empresa. 4. No caso concreto, destaca-se ademais que o deferimento da recuperação judicial e a aprovação do correspondente plano são anteriores à vigência da Lei n. 13.043/2014. 5. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg no CC 120.432/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/12/2016, DJe 19/12/2016) Mesmo que assim não fosse, cabe ressaltar que a competência interna do STJ trata-se de competência relativa, a qual, nos termos do art. 71 do RISTJ, deve ser arguída até o início do julgamento, caso não reconhecida de ofício pelo relator. Assim, tendo a Fazenda Nacional arguído a incompetência apenas em agravo interno, após o julgamento monocrático, houve a prorrogação da competência desta 2ª Seção para o julgamento do conflito de competência. Depreende-se das informações prestadas pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Parnamirim que a recuperação judicial foi deferida em 26/01/2016, a qual está em regular processamento, pelo que foram suspensas as ações e execuções movidas em face da empresa suscitante no termos do art. 49, 3º e 4º, da Lei 11.101/05 (fls. 48/51, e-stj). A jurisprudência pacífica e atual desta 2ª Seção é no sentido de que o deferimento da recuperação judicial, embora não suspenda o curso da execução fiscal, obsta os atos de constrição judicial no patrimônio da empresa recuperanda, a fim de garantir o cumprimento efetivo do plano de recuperação judicial. Confira-se os seguintes precedentes: AgInt no CC 150.852/SC, Relator Min. Antonio Carlos Ferreira, 2ª Seção, DJe de 22/06/2017 e AgInt no CC 123.834/SP, Relator Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 2ª Seção, DJe 29/05/2017. Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 7 de 11

Também a questão referente à aplicação da Lei 13.043/14 que instituiu o regime de parcelamentos dos créditos fiscais pelo art. 10-A da Lei 11.522/02 já foi analisada pela 2ª Seção do STJ que decidiu que não modificação da competência do juízo da recuperação judicial para o julgamento de atos de constrição ao patrimônio da empresa em recuperação judicial em obediência ao princípio da preservação da empresa. Confira-se os seguintes precedentes: "PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPATIBILIZAÇÃO DAS REGRAS E PRINCÍPIOS. CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO FISCAL. ATOS DE CONSTRIÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL. EDIÇÃO DA LEI N. 13.043, DE 13.11.2014. PARCELAMENTO DE CRÉDITOS DE EMPRESA EM RECUPERAÇÃO. 1. A execução fiscal não se suspende com o deferimento da recuperação judicial; todavia, fica definida a competência do Juízo universal para dar seguimento aos atos constritivos ou de alienação. 2. "No que diz respeito à Lei n.º 13.043/2014, que acrescentou o art. 10-A à Lei n.º 10.522/2002, possibilitando o parcelamento de crédito de empresas em recuperação, a Segunda Seção decidiu que a edição da referida legislação não repercute na jurisprudência desta Corte Superior a respeito da competência do juízo da recuperação, sob pena de afrontar o princípio da preservação da empresa. Precedentes da Segunda Seção" (EDcl no AgRg no CC n. 137.520/SP, relator Ministro Marco Buzzi, Segunda Seção, DJe de 1º/3/2016). 3. Agravo interno desprovido." (AgInt no CC 140.021/MT, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 10/08/2016, DJe 22/08/2016) "AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL. EDIÇÃO DA LEI N. 13.043, DE 13.11.2014. PARCELAMENTO DE CRÉDITOS DE EMPRESA EM RECUPERAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA MANTIDA. 1. O juízo onde se processa a recuperação judicial é o competente para julgar as causas em que estejam envolvidos interesses e bens da empresa recuperanda. 2. O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos de constrição ou de alienação devem-se submeter ao juízo universal. Jurisprudência. 3. A Lei n. 11.101/2005 visa à preservação da empresa, à função social e ao estímulo à atividade econômica, a teor de seu art. 47. 4. No caso concreto, a edição da Lei n. 13.043/2014 - que acrescentou o art. 10-A à Lei n. 10.522/2002 e disciplinou o parcelamento de débitos de Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 8 de 11

empresas em recuperação judicial - não descaracteriza o conflito de competência. 5. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg no CC 136.130/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, Rel. p/ Acórdão Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/05/2015, DJe 22/06/2015) Forte nessas razões, NEGO PROVIMENTO ao agravo interno. Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 9 de 11

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA SEÇÃO AgInt no Número Registro: 2016/0302120-8 PROCESSO ELETRÔNICO CC 149.827 / RN Números Origem: 08002428620168205124 08049969020164058400 8002428620168205124 8049969020164058400 PAUTA: 27/09/2017 JULGADO: 27/09/2017 Relatora Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. ANA MARIA GUERRERO GUIMARÃES Secretária Bela. ANA ELISA DE ALMEIDA KIRJNER AUTUAÇÃO SUSCITANTE : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ADVOGADOS : CESAR RODRIGO NUNES E OUTRO(S) - SP260942 STEPHANIE AGUIAR VOZIKIS E OUTRO(S) - SP369644 SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE PARNAMIRIM - RN SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 6A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE INTERES. : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PR000000O ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência AGRAVO INTERNO AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PR000000O AGRAVADO : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ADVOGADOS : CESAR RODRIGO NUNES E OUTRO(S) - SP260942 STEPHANIE AGUIAR VOZIKIS - SP369644 SUSCITANTE : R. M. NOR DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE PARNAMIRIM - RN SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 6A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Seção, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi e Moura Ribeiro votaram com a Sra. Ministra Relatora. Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 10 de 11

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Marco Aurélio Bellizze. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino. Documento: 1641203 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/09/2017 Página 11 de 11