Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Arouca Praça do Município 4540-101 Arouca Sua referência Sua comunicação Nossa referência DPO - of. 0413 OF_DPGU_FM_546/2016 DSOT-IGT_15/2015 Assunto Subject 1.ª Alteração ao PDM de Arouca Envio de ata de Conferência Procedimental realizada nos termos do n.º 3 do Artigo 86.º e do n.º 1 e n.º 2 do art.º 119.º, do RJIGT, revisto pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio Data de expedição: 14-01-2016 Em resposta ao solicitado no ofício em referência, junto envio a ata da conferência procedimental realizada nos termos do n.º 3 do Artigo 86.º e do n.º 1 e n.º 2 do art.º 119.º, do RJIGT, revisto pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, bem como o parecer emitido por esta CCDR e o parecer emitido pelo ICNF- I.P., anexos à mesma. Conforme se refere na ata, com base nos pareceres emitidos pelas entidades presentes, foi decidido emitir parecer favorável à proposta de 1ª Alteração ao Plano Diretor Municipal de Arouca. Deste modo, poderá o município de Arouca, após ponderação e inclusão das correções constantes dos dois pareceres em anexo à ata, prosseguir com os procedimentos previstos no RJIGT, revisto pelo Decreto- Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, com vista à aprovação das alterações ao PDM. Com os melhores cumprimentos Anexos: Ata da Conferência Procedimental e respetivos anexos. RUA RAINHA D. ESTEFÂNIA, 251 4150-304 PORTO WWW.CCDR-N.PT TEL.: 226 086 300 FAX: 226 086 301 E-MAIL: GERAL@CCDR-N.PT
Concordo com a proposta de parecer favorável, devendo o município ponderar a introdução das correções e acertos referidos na informação e prosseguir com o processo de aprovação nos termos do RJIGT. Concordo. Informação nº INF_DPGU_FM_3033/2015 Proc. nº Data 12-01-2016 Assunto Plano Diretor Municipal de Arouca 1.ª Alteração Parecer a submeter à Conferência Procedimental realizada ao abrigo do no nº3 do Artigo 86, por força do n.º 1 e n.º 2 do art.º 119.º, ambos do RJIGT, revisto pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio 1. Enquadramento e âmbito 1.1. Enquadramento Nos termos do disposto no nº3 do Artigo 86, por remissão do n.º 2 do art.º 119.º, ambos do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), revisto pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, foi convocada para 12-01-2016 a Conferência Procedimental relativa à proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal referenciada em epígrafe. Tendo em conta a entrada em vigor da revisão do RJIGT operada pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, a apreciação seguinte será feita à luz da mesma e tendo ainda em conta as disposições aplicáveis da Lei de bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo (LBGPPSOTU) aprovada pela Lei n.º 31/2014, de 30 de maio. 1.2. Procedimento e avaliação ambiental A deliberação de proceder à alteração do Plano Diretor Municipal, bem como a não sujeição da mesma a avaliação ambiental estratégica, foi tomada pela deliberação de Câmara de 03/03/2015, publicada em Diário da República II Série de 2015-03-10 pelo Aviso n.º 2595/2015. No que se refere à sujeição a avaliação ambiental, e como referido, a Câmara Municipal aprovou a sua não sujeição a avaliação ambiental, conforme consta do Aviso atrás referido e da certidão da deliberação e informação com base na qual a decisão foi tomada. De um modo geral considera-se fundamentada a decisão tomada pelo Município, com base no constante da informação da Divisão de Planeamento e Obras, na qual a isenção de avaliação ambiental se enquadra, conforme análise efetuada nos termos constantes do quadro anexo ao Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, nas situações de isenção previstas no RJIGT. 2. Apreciação da Proposta de Alteração 2.1. Enquadramento geral RUA RAINHA D. ESTEFÂNIA, 251. 4150-304 PORTO E-MAIL: GERAL@CCDR-N.PT WWW.CCDR-N.PT
A proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal em apreciação visa conformar algumas das propostas patentes no PDM com a realidade e necessidades atuais do Município. O relatório, bem fundamentado e documentado, estrutura-as nos seguintes 4 domínios: 1. Cessação da necessidade de manter cativo espaço destinado à construção de novos equipamentos escolares e/ou ampliação dos existentes, justificado pelo facto da carta educativa se encontrar consolidada no que se refere à construção de novos equipamentos escolares; 2. Restituir a classificação do solo, classificado no PDM inicial como solo urbano, adjacente a espaço urbanizado, e que na revisão foi remetido para solo rural. Esta alteração justifica-se designadamente porque, na proximidade, foram realizados investimentos públicos, recentes, de grande envergadura no domínio do turismo, que promovem a captação e fixação de população. O local é dotado de todas as infraestruturas públicas (pavimentação, iluminação, saneamento básico e servido por serviço de recolha de resíduos sólidos); 3. Delimitar aglomerados pré-existentes, consolidados, e, que, por mero lapso, não foram considerados na revisão do PDM; 4. Alteração da redação do regulamento do PDM de modo a tornar mais claras e inequívocas as opções de desenvolvimento do município, designadamente no que se refere aos parâmetros de dimensionamento do estacionamento privativo das edificações e outras situações similares. 2.2. Apreciação das alterações à planta de ordenamento As alterações propostas à planta de encontram-se explicitadas quer no relatório quer nas fichas que o acompanham. Analisam-se seguidamente de acordo com os 4 domínios acima referidos: 1. Cessação da necessidade de manter cativo espaço destinado à construção de novos equipamentos escolares e/ ou ampliação dos existentes Trata-se de 4 situações, em que se propõe acertos na delimitação das áreas de equipamento, ou, na situação 6.1.4 uma nova, mas sempre dentro da classe de solo urbano já definida pelo plano em vigor, sem reclassificação de solo rústico em urbano, mas, e apenas num caso (6.1.3), com redução de solo urbano. Não temos qualquer objeção a levantar a qualquer destas propostas, sendo claramente matéria do foro das competências municipais em matéria de planeamento. 2. Restituir a classificação do solo, classificado no PDM inicial como solo urbano, adjacente a espaço urbanizado, e que na revisão foi remetido para solo rural. Trata-se de uma situação (6.2.1) embora no relatório se refiram duas situações, que o Município refere que se justifica designadamente porque, na proximidade, foram realizados investimentos públicos, recentes, de grande envergadura no domínio do turismo, que promovem a captação e fixação de população. O local é dotado de todas as infraestruturas públicas (pavimentação, iluminação, saneamento básico e servido por serviço de recolha de resíduos sólidos); Trata-se de uma área parcialmente edificada, com características urbano-rurais e enquadrável no conceito de Áreas de Edificação Dispersa definido pelo Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto. Tendo em conta a anterior classificação como solo urbano (no Plano Diretor Municipal inicial) e o facto de se tratar de área que pelas caraterísticas de edificação parcial e total infraestruturação se enquadra no RUA RAINHA D. ESTEFÂNIA, 251. 4150-304 PORTO E-MAIL: GERAL@CCDR-N.PT WWW.CCDR-N.PT
conceito de solo urbano do RJIGT (revisão), considera-se de aceitar o proposto como uma adequação do Plano Diretor Municipal a uma situação de facto existente. 3. Delimitar aglomerados pré-existentes, consolidados, e, que, por mero lapso, não foram considerados na revisão do PDM; Trata-se de duas situações que por lapso não foram consideradas na revisão do Plano Diretor Municipal. A primeira, 6.3.1., corresponde, de facto, a áreas urbanas consolidadas existentes, e que por deficiente delimitação do perímetro urbano, foi classificada e qualificada como solo rural (rústico). A segunda, 6.3.2, corresponde a um aglomerado rural e pretende-se agora delimitá-lo e qualifica-lo como tal, mantendo a classificação de solo rural (rústico). Concorda-se com ambas as propostas, já que a primeira corresponde uma adequação da delimitação do perímetro urbano à situação real do solo, pré-existente à data do Plano Diretor Municipal em vigor, e a segunda corresponde a uma requalificação de solo rural sem reclassificação. 4. Alteração da redação do regulamento do PDM de modo a tornar mais claras e inequívocas as opções de desenvolvimento do município, designadamente no que se refere aos parâmetros de dimensionamento do estacionamento privativo das edificações e outras situações similares. Neste âmbito pretende-se alterar 5 aspetos: 1. Clarificar as regras de edificabilidade em Espaço Florestal. 2. Reposta a várias solicitações de particulares, para que as distâncias definidas no regulamento em vigor fossem objeto de retificação 3. Uniformizar e disciplinar regra que relativas a instalações agropecuárias existentes no município 4. Alterar disposições regulamentares relativas a dimensionamento de lugares de estacionamento. Analisados os elementos da proposta de alteração do PDM de Arouca foram detetados os seguintes aspetos que suscitam as seguintes observações/recomendações com vista a permitir uma boa aplicação do Plano: a) Do n.º 1 do artigo 5.º deve ser retirada a menção aos estabelecimentos escolares, bem como da planta de condicionantes em virtude do estabelecido no Decreto-Lei n.º 80/2010, de 25 de Junho (que revogou o Decreto-Lei n.º 37 575, de 8 de Outubro de 1949). b) No artigo 21.º que versa sobre a qualificação do solo rural deve ser feita menção às duas novas categorias de solo (aglomerados rurais e áreas de ocupação dispersa) ora propostas. Recomenda-se que em vez de área de ocupação dispersa se refira área de edificação dispersa em consonância com o estabelecido na al. v) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto, corrigindo-se as demais disposições onde seja feita menção a essa categoria de espaço. c) Dado que é proposta a alteração do n.º 2 do artigo 28.º deve o quadro, constante em anexo ao regulamento, ser alterado na parte que se refere à edificabilidade nos espaços florestais (artigo 28.º) quanto aos locais em que se admitem as instalações diretamente adstritas às explorações (artigo 22.º/2/a), entendase (artigo 22.º/2/b cfr. com n.º 2 do artigo 28.º na sua atual redação). d) Quanto ao n.º 3 do artigo 38.º recomenda-se que se retire a seguinte parte nos termos da classificação prevista no Decreto-Lei n.º 214/2008, de 10 de novembro. RUA RAINHA D. ESTEFÂNIA, 251. 4150-304 PORTO E-MAIL: GERAL@CCDR-N.PT WWW.CCDR-N.PT
e) Quanto ao índice de construção a que se faz alusão na proposta de al. a) do n.º 3 do artigo 38.º recomenda-se que se pondere a necessidade de utilizar, ou não, outra designação e de a definir no artigo 4.º. Note-se que nesta disposição são definidos conceitos como área de construção líquida e índice de utilização líquido. f) No n.º 4 e 5 do artigo 38.º deve substituir-se a expressão ponto por n.º. g) No n.º 4 do artigo 38.º faz-me menção ao termo beneficiação. Recomenda-se que sejam usados os conceitos do artigo 2.º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro. Note-se que as obras de conservação, alteração ou reconstrução de construções legais são sempre possíveis ao abrigo do artigo 60.º do citado diploma legal. h) No n.º 5 do artigo 38.º afigura-se que se pretende dizer que podem ser viabilizados os usos correspondentes à categoria de espaços de uso urbano em que se insiram, o que recomenda que seja ser clarificado. 3. Conclusão Conforme decorre da apreciação atrás efetuada à proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal de Arouca, propõe-se a emissão de parecer favorável, podendo o município, após ponderação e introdução das correções e acertos constantes do presente parecer que entenda acolher, prosseguir com os procedimentos previstos no RJIGT conducentes à aprovação da mesma. Técnico Superior - Arq.º Ass. Principal Francisco Morais RUA RAINHA D. ESTEFÂNIA, 251. 4150-304 PORTO E-MAIL: GERAL@CCDR-N.PT WWW.CCDR-N.PT