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Transcriça o da Entrevista

Transcrição:

Germain de Souza, 1996 Obs: As notas de rodapé são observações da tradutora. MILTON GURAN - Estamos no dia 19 de fevereiro de 1996, com o professor Germain de Souza, que explica a bourian e o samba. GERMAIN DE SOUZA - Bourian... quando falamos de bourian, pensamos no carnaval. Precisamente, tem canções que tratam de fantasias, de máscaras. Tem aqueles que brincam de animais: o cavalo, o boi. MG - O cavalo, é ele que chamamos de bourian. GS - Isso. MG - O senhor tem fotos aqui. GS - Sim, peguei fotos, tudo. MG - A tese passou, mas o senhor pode usar o material para explicar as coisas. GS - Ficou oleoso, mas foi rapidamente reconstituído. MG - Isso é (???) 1 que Chachá. GS - Sim, ele ensaiava. MG - A dança adotada por Chachá? GS - Sim, ele adotou uma dança quando ele partiu para Abomé. O rei Guêzo lhe propôs duas danças, dois tambores. Ele preferiu o Houngam. MG - Isso é sua armada. GS - Digamos, aqueles que dançam o Houngam. MG - Esse é Papa Giganta Yoyo. GS - Sim, fiz a foto numa festa em Singbomey. MG - E o samba? GS - Para o samba, os animais não saem. Tem, por exemplo, uma cerimônia de dia, é o samba. As pessoas cantam, dançam, etc., e a música é diferente daquela da bourian. É para o dia. MG - As pessoas brincam de samba ainda hoje em dia? 1 Pontos de interrogação do manuscrito. 1

GS - Sim. MG - Eu nunca vi. GS - O ritmo é mesmo diferente. MG - Mas quando foi que o senhor viu pela última vez as pessoas brincarem de samba? Na entronização de Chachá tocaram samba? GS - Acho que não. O samba é de dia. A bourian é à noite. MG - O pai do senhor era amigo de Léopold Medeiros. GS - Sim, primos muito amigos. MG - Léopold Medeiros, que era filho de Francisca? Como o senhor o chama? GS - Mama Hondjito. Hondji é o retrato. MG - É porque sua concessão ficava na entrada de Singbomey? GS - É isso que eu entendi. MG - Eu também penso que é assim. Então, Francisca, que é de Chachá, tem um filho. Esse filho aí, quando Mitô Julião foi preso pelo rei Glélé, Léopold estava com ele, ele foi preso também, com vários outros De Souza. O senhor conhece essa história? GS - Eu diria o seguinte, o que eu aprendi é que Julião, que é o quarto Chachá, teria desejado restabelecer a influência portuguesa sobre o Daomé na época, mas ele foi, ele não foi seguido pelos seus, para não dizer que ele foi traído. Segundo a história familiar, foi seu cunhado que o teria vendido, Sr. Rodrigues. MG - O irmão de sua mulher? GS - Isso eu não sei. Ele foi levado para Abomé com muitos dos membros de sua família e isso contribuiu, isso tornou sombrias as relações entre a família De Souza e aquela de Abomé. Muitos dos De Souza ficaram mortos de raiva. Foi na sequencia disso que meu avô não sobreviveu. Sua vida foi chacoalhada. No que concerne alguns de seus filhos, tem alguns que nasceram, notadamente Paulin, quando seu avô estava na prisão. (???) 2 Foi na sequência desses acontecimentos que François Paulin de Souza, tendo perdido seus pais, ficou doente. MG - Qual é a origem do bairro de Zomaï? GS - Dizem que era lá que Chachá guardava suas armas de fogo. MG - O que quer dizer Zomaï? GS - O fogo não vai para lá. Foi lá que seu filho José se instalou. 2 Idem. 2

MG - O avô do senhor. GS - Sim, meu avô. Minha tia que a chamamos de vovó. MG - Como chamamos avó em português. GS - Não, minha tia tinha um filho que ela chamava de Yoyo Firmin. MG - Mamy 3 chamamos de vovó. Então, acho que não é seu nome, a chamavam de vovó porque ela era mamy. GS - Vovó. MG - Exatamente. GS - François Paulin foi criado por minha tia. MG - Então, porque tem uma parte da família que não seguiu Julião. Julião foi executado, seus bens foram confiscados, uma parte distribuída para a família, os descendentes de Julião partiram para Aguê. GS - Foi assim que o pai de Mito, seu pai Feliciano era um filho que chamavam de Feliciano ou bem Tossou. Ele, ele se apressou para fugir para Aguê e Grande Popô, porque a gente de Abomé têm medo de água e não puderam seguir até lá. Foi assim que ele escapou. Senão, o pai de François Paulin não escapou, ele morreu. François Paulin nasceu na prisão, ele não é como seu pai. MG - Seu pai estava na prisão, sua mãe não. GS - Ele nasceu em Abomé, os filhos de Julião foram levados. MG - Como ele conseguiu escapar? GS - Eu dizia que François Paulin foi recolhido por minha tia. MG - Porque sua mãe morreu também lá? GS - Eu não sei. Mas é preciso dizer que minha tia conhece. François Paulin casou com uma de minhas primas. MG - Souza. GS - Sim. MG - François Paulin era o filho mais novo de Julião. GS - Sim, e eu o chamo de Fofo. 4 MG - O que isso quer dizer? 3 Mamy, em francês, quer dizer vovó em português. 4 A palavra está em português no manuscrito. 3

GS - Acho que é a deformação de yoyo. Yaya é dada. MG - Yoyo é a deformação de senhor, e yaya, de senhora. Então, antigamente, no século passado, durante a escravidão, tinha o senhor, o chefe da família, e tinha o filho do senhor, que chamavam de yoyo. É um pouco isso. Então, como se escolhe as tassinous? GS - Os tassinous, eu diria que é no evento do novo Mito que eu constato isso. MG - O último tinha suas tassinous, o Chachá VII. GS - O Chachá VII era velho. MG - Norberto, sim. GS - Norberto, sim. Foi em 1917 que ele foi entronizado, senão, antes dele, era meu pai que era o chefe do bairro, que assumia certo numero de funções. MG - E Norberto não tinha tassinou? GS - Eu não conheci. Tinha uma senhora, uma amiga, que foi a mulher do coronel Alley. Diziam que ela era a comissária do Chachá. MG - Isso não é tassinou. Tassinou são as mulheres da família que têm certo conhecimento da história da família. Eu queria saber o que faz uma tassinou? GS - (???) 5 a função, elas formam a corte, elas têm louvores... MG - E quando as crianças nascem, oito dias depois, fazemos cerimônias lá. São as tassinous também que fazem isso, não? GS - Aí eu diria que as tassinou são as tias diretas. As cerimônias se fazem por uma mulher nascida no mesmo dia que a criança. MG - E se não tem? GS - Então procuramos entre as primas. MG - No mesmo dia da semana. GS - Sim. Eu não sei se isso existe entre vocês também. MG - E se tem um enterro? Faz uma quinzena de anos se cantava toda a noite. As tassinous também? GS - Sim, mas é... MG - Como essa cerimônia se desenrolava? 5 Pontos de interrogação do manuscrito. 4

GS - (???) 6 meu pai, mesmo sobre o plano da hierarquia, ele era o terceiro, da segunda geração, então todos os filhos que estão depois de sua geração vieram assistir as cerimônias. Às noites, durante certo numero de dias, contávamos contos, canções. MG - Essa cerimônia não tem um nome? GS - Chamamos isso de Glou. MG - E a cerimônia de oito dias depois do nascimento? GS - É preciso dizer que é vidéton. Usamos como base, um pouco, o que se passa entre os Mina. Pois que a primeira mulher de Chachá é Mina. MG - Ela vem de Aguê. GS - Eu não sei. Bom, ele perguntou à essa mulher, quando o filho nasceu, qual cerimônia a senhora faz. Ela então adotou essa cerimônia. MG - Que fazemos até o presente. Católica ou não, se faz isso. GS - Mas isso tende a desaparecer. MG - Como o Glou. GS - Isso tende a desaparecer. Então, eu não sei se eu respondi. MG - Mas o senhor respondeu, bem, muito bem. Na opinião do senhor, o que quer dizer ser agudá hoje em dia? GS - Agudá, de uma forma geral, tal que eu percebo a coisa, chamamos de agudá os portugueses. MG - Os descendentes dos portugueses e dos brasileiros. GS - Eu não posso dizer nada, eu evoluí nesse meio, tem coisas que eu acho normais. É ao senhor de fazer a diferença. MG - E quando o senhor vai à casa de vossos amigos que não são agudás, o que o senhor acha que não é normal? GS - Uma maneira que me faz dizer que não temos a mesma formação. MG - O quê, por exemplo? GS - A maneira de receber. Outra: o direito do primogênito. Na casa dos De Souza, se você é pequeno, mas tio, nós te devemos respeito. É a hierarquia. Eu pego o caso do meu pai. Seu sobrinho Januário, que era mais velho que ele, que era o filho de seu irmão mais velho, ele não o chamava pelo nome. 6 Pontos de interrogação do manuscrito. 5

MG - Ele o chamava de titio. GS - Meu pai chamava seu sobrinho, que era maior, pelo seu nome, e o sobrinho o chamava de titio. 6