INFORMATIVO TÉCNICO BRASAGEM DOS PASSADORES DE COMPRESSORES 1 - INTRODUÇÃO 2 - BRASAGEM OXIACETILÊNICA



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Transcrição:

1 - INTRODUÇÃO A brasagem de tubos é uma etapa que faz parte do procedimento de instalação de compressores em novos produtos ou do procedimento de troca de compressores quando da manutenção de um sistema de refrigeração. A boa qualidade das brasagens é de fundamental importância para evitar eventuais reprocessos devidos a vazamentos e/ou entupimentos nos pontos de brasagem. Fig. 2 - CARACTERÍSTICAS VISUAIS DA CHAMA NEUTRA 2 - BRASAGEM OXIACETILÊNICA 2.1 NATUREZA DA CHAMA A fonte de calor neste processo é de origem química, formada por dois gases: 2.2.2 Chama oxidante É uma chama obtida por uma mistura com excesso de oxigênio e caracteriza-se por ser uma chama mais quente que a chama neutra. É indicada para a brasagem de latão. - Oxigênio: gás que ativa a combustão (comburente) - Acetileno: gás combustível A mistura oxiacetilênica é obtida pela combinação de dois gases (oxigênio e acetileno) através de um maçarico onde, após ignição, se obtém a chama. A temperatura máxima de uma chama oxiacetilênica é de aproximadamente 3100 o C, nas proximidades da extremidade do dardo, como mostra a figura 1. Fig. 3 - CARACTERÍSTICAS VISUAIS DA CHAMA OXIDANTE 2.2.3 Chama redutora ou carburante Trata-se de uma chama com excesso de acetileno, menos quente que a chama neutra. É recomendada para a brasagem de alumínio e suas ligas e para a brasagem de passadores de aço cobreado com tubos de aço ou passadores de aço cobreado com tubos de cobre e vice-versa. FIG. 1 - TEMPERATURAS DE COMBUSTÃO NAS DIFERENTES ZONAS DA CHAMA. 2.2 REGULAGEM DA CHAMA No processo de brasagem oxiacetilênica existem três (3) tipos básicos de chama: 2.2.1 Chama neutra É obtida através da mistura de volumes iguais de oxigênio e acetileno e caracteriza-se por ser uma chama destruidora dos óxidos metálicos que podem formar-se no decorrer da brasagem. Deve ser usada para brasagem de passadores de cobre com tubos de cobre. Fig. 4 - CARACTERÍSTICAS VISUAIS DA CHAMA REDUTORA 2.3 AÇÃO DE CAPILARIDADE Este é o fenômeno pelo qual o material de adição penetra na junção a ser brasada, pela atração das moléculas do material base. Após o aquecimento adequado, o material de adição se funde e tende sempre a fluir para o ponto mais quente da junta aquecida, porém, isto só ocorre quando: - A superfície a ser brasada está limpa - A folga entre as partes a serem brasadas está correta CÓDIGO 95042 - JUNHO/08 - REVISÃO Nº 01 12/95 - PÁGINA 01 DE 05

- A área das partes a serem brasadas está suficientemente aquecida para fundir o material de adição. 2.4 FOLGA E INTRODUÇÃO DOS TUBOS A folga entre os tubos a serem brasados, bem como o comprimento mínimo a ser introduzido para garantir uma brasagem perfeita, devem ser conforme mostrado na figura 5. Na figura 6, pode ser visto um exemplo das temperaturas medidas sobre uma peça quando se varia a distância da ponta do dardo até a mesma, usando-se uma chama constante do tipo carburante. (cm) Fig. 5 - FOLGA E INTRODUÇÃO DOS TUBOS 2.5 LIMPEZA DA TUBULAÇÃO A SER BRASADA Os tubos a serem brasados devem estar livres de óleo, graxa, oxidação, tinta ou qualquer outra substância que possa prejudicar a ligação dos materiais. Cuidado especial deve ser tomado quando for necessário utilizar fluxo para facilitar a brasagem. Recomenda-se utilizar os fluxos em forma de pó e na menor quantidade possível pois os mesmos, bem como os fluxos pastosos, podem constituirse em fontes de contaminação do sistema de refrigeração com conseqüências indesejáveis, tal como o entupimento do tubo capilar. Este risco é maior em sistemas que utilizam o R 134a uma vez que o fluxo, ou outros agentes alcalinos, pode reagir com o óleo éster e gerar a formação de sais que se depositam no capilar. O fluxo de brasagem tem a seguinte finalidade: Fig. 6 - TEMPERATURA X DISTÂNCIA DO DARDO ATÉ A PEÇA Na refrigeração, onde é comum a brasagem em tubulações, o preaquecimento com maçarico convencional torna-se inadequado do ponto de vista de qualidade e produtividade. Neste caso recomenda-se utilizar o tipo de maçarico mostrado na figura 7. Além de uma maior produtividade, a utilização deste tipo de maçarico proporciona as seguintes vantagens: Preaquecimento mais rápido e uniforme Menor movimentação com o maçarico durante a brasagem Maior fluidez e portanto maior penetração do material de adição. - Limpar as superfícies a serem brasadas - Desoxidar as superfícies a serem brasadas - Facilitar a penetração do material de adição 2.6 PREAQUECIMENTO Para uma maior e melhor homogeneidade na brasagem com maçarico, deve-se garantir o preaquecimento em toda a superfície e profundidade de inserção da peça. No caso de uma superfície plana, o preaquecimento deve ser realizado com movimentos circulares dirigindo a chama sobre toda a área a ser brasada. Fig. 7 - MAÇARICO PARA BRASAGEM EM TUBULAÇÕES IMPORTANTE: A brasagem de compressores com passadores de cobre requer um cuidado adicional bem como um procedimento específico no tocante ao preaquecimento. Informações adicionais constam no item 3.2.2. CÓDIGO 95042 - JUNHO/08 - REVISÃO Nº 01 12/95 - PÁGINA 02 DE 05

3 - PROCESSOS DE BRASAGEM EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO 3.1.2.5 Assim que o material de adição fundir, movimente o maçarico do ponto A ao ponto B e vice versa, até que a solda penetre entre os tubos (Fig. 9). 3.1 PASSADORES DE AÇO COBREADO COM TUBOS DE COBRE OU AÇO 3.1.1 Material de adição / fluxo de brasagem e regulagem da chama Para este tipo de brasagem são usadas varetas de solda prata com o teor de prata variando de 50 a 25%, todas devendo apresentar alta fluidez. Neste caso, é necessário trabalhar com a ajuda de fluxo. Contudo, recomenda-se usar sempre a menor quantidade possível e dar preferência aos fluxos na forma de pó, uma vez que os fluxos podem constituir-se numa fonte de contaminação do sistema de refrigeração. Este tipo de brasagem requer chama carburante ou redutora (com um pequeno excesso de acetileno). 3.1.2 Seqüência de brasagem 3.1.2.1 Certifique-se que a tubulação a ser brasada está livre de graxa, óleo, óxidos ou qualquer outra substância que possa prejudicar a ligação dos materiais. 3.1.2.2 Antes de aquecer os tubos aplique fluxo sobre o local a ser brasado. Fig. 9 IMPORTANTE: Nunca dirija a chama diretamente sobre a vareta. Deixe que ela funda pela transmissão de calor dos tubos. 3.1.2.6 Retire a chama do local da brasagem e mantenha a vareta encostada ao ponto da brasagem, durante alguns segundos (enquanto a temperatura no local for suficiente para fundir o material de adição). 3.1.2.7 A aparência da brasagem deve ser de acordo com o mostrado na figura 10. 3.1.2.3 Aqueça uniformemente o tubo macho e o tubo fêmea, sem incidir a chama diretamente sobre a porção que possui fluxo, movimentando a chama do ponto A ao ponto B e vice versa (Fig. 8). OBSERVAÇÃO: Aquecer o tubo de aço com uma temperatura um pouco maior que a usada com tubo de cobre. FIG. 10 3.1.2.8 Em caso de suspeita ou identificação de poros, aqueça novamente movimentando o maçarico do ponto A ao ponto B e vice versa (ver Fig. 9). Se necessário, acrescente o mínimo possível de material de adição. 3.2 PASSADORES DE COBRE COM TUBOS DE COBRE Fig. 8 3.1.2.4 Imediatamente após ter aquedido os tubos e liquefeito o fluxo, encoste a ponta da vareta de solda preaquecida no passador, junto ao local a ser brasado. OBSERVAÇÃO: Não force a vareta contra o ponto a ser brasado, simplesmente mantenha-se apoiada e deixe-a fundir. 3.2.1 Material de adição / fluxo de brasagem e regulagem da chama Para este tipo de brasagem podem ser usadas varetas de solda prata com teor de prata variando de 15 a 5% ou varetas à base de cobre-fósforo (ex. Phoscoper), todas devendo apresentar alta fluidez. Não há necessidade do uso de fluxos para este tipo de brasagem. A regulagem de chama deve ser neutra. CÓDIGO 95042 - JUNHO/08 - REVISÃO Nº 01 12/95 - PÁGINA 03 DE 05

3.2.2 Cuidados a serem tomados na brasagem de passadores de cobre Durante o processo de brasagem dos passadores de cobre, muito cuidado deve ser tomado para não comprometer a solda dos passadores junto ao corpo do compressor, evitando assim possíveis vazamentos. Para esta finalidade, a chama deve ser direcionada no sentido oposto ao compressor e deve incidir de maneira mais intensa na extremidade do tubo fêmea (6 mm finais), conforme mostrado na figura 11. A chama adequada é a neutra e a vareta de solda conforme especificado no item 3.2.1. Portanto, evite direcionar a chama sobre a parte brasada ao corpo do compressor e efetue o preaquecimento do passador somente na área próxima a sua extremidade. OBSERVAÇÃO: Não force a vareta contra o ponto a ser brasado, simplesmente mantenha-a apoiada e deixe-a fundir até que o material de adição penetre totalmente entre o tubo macho e o tubo fêmea. IMPORTANTE: Nunca dirija o maçarico diretamente sobre a vareta. Deixe que ela funda pela transmissão de calor dos tubos. 3.2.3.4 Retire a chama do local da brasagem e mantenha a vareta encostada ao ponto da brasagem, durante alguns segundos (enquanto a temperatura no local for suficiente para fundir o material de adição). 3.2.3.5 Em caso de suspeita ou identificação de poros, aqueça novamente movimentando o maçarico do ponto A ao ponto B e vice versa (ver Fig. 9). Se necessário acrescente o mínimo possível de material de adição. 3.3 PASSADORES DE COBRE COM TUBO DE AÇO FIG. 11 - CUIDADOS NA BRASAGEM COM PASSADORES DE COBRE IMPORTANTE: Evite que a tubulação a ser brasada fique tensionada pois nesta situação há uma grande probabilidade de ocorrência de trincas no tubo de cobre e no próprio material de adição. 3.2.3 Seqüência de brasagem 6 mm 3.2.3.1 Certifique-se que a tubulação a ser brasada esteja livre de óleo, graxa, óxidos, tinta ou qualquer outra substância que possa prejudicar a ligação dos materiais. O preaquecimento dos passadores deve seguir as recomendações constantes no 3.2.2. O material de adição, fluxo de brasagem, regulagem da chama e seqüência de brasagem seguem as mesmas orientações constantes do item 3.1. Entretanto, atenção especial deve ser dada aos cuidados a serem tomados na brasagem de passadores de cobre, conforme mencionado no item 3.2.2. 4 - FALHAS COMUNS NA BRASAGEM 4.1 FALTA DE PENETRAÇÃO DO MATERIAL DE ADIÇÃO Este tipo de falha geralmente é observado quando o maçarico é direcionado somente à união a ser brasada, não proporcionando um aquecimento da região vizinha à mesma. Os tubos não aquecidos adequadamente prejudicam a ação de capilaridade do material de adição que se funde somente onde a chama foi aplicada (Fig. 13). 3.2.3.2 Aqueça uniformemente o tubo macho e o tubo fêmea até que atinjam a temperatura ideal para a brasagem, movimentando a chama do ponto A para o B e vice versa (Fig 12). 3.2.3.3 Encoste a ponta da vareta de material de adição no local a ser brasado. FIG. 13 - Falta de penetração do material de adição 4.2 OBSTRUÇÃO DA TUBULAÇÃO FIG. 12 Esta falha ocorre por uso excessivo de material de adição e é geralmente acompanhada por situações de folga excessiva entre os tubos a serem brasados, introdução insuficiente entre os tubos ou má distribuição do calor. CÓDIGO 95042 - JUNHO/08 - REVISÃO Nº 01 12/95 - PÁGINA 04 DE 05

A má regulagem da chama pode resultar em preaquecimento inadequado, encruamento ou fusão dos tubos, má distribuição do calor, baixa fluidez e má aderência do material de adição. FIG. 14 - Obstrução da tubulação 4.3 QUEBRA, FRAGILIZAÇÃO E POROSIDADE Estas três falhas são geralmente causadas pelo aquecimento excessivo da tubulação a ser brasada. Estes aspectos resultam em má aparência da brasagem, bem como fragilização do metal base e porosidade. Para uma regulagem correta da chama, e sua aplicação para cada tipo de material a ser brasado, veja item 2.2. IMPORTANTE: A aplicação de material de adição em excesso não melhora a resistência da brasagem, apenas aumenta o consumo de material, oxigênio e acetileno e reduz a produtividade do soldador. Fig. 15 - Porosidade 4.4 UTILIZAÇÃO DE CHAMA INADEQUADA Este item é muito importante e de grande influência no resultado final da brasagem. Fig. 16 - Brasagem com excesso de material de adição Nota: Após substituição, o compressor e seus acessórios não devem ser descartados no meio ambiente. Os componentes devem ser reciclados obedecendo a classificação dos materiais utilizados (ferrosos, não ferrosos, polímeros, óleos...). A Embraco é signatária do Pacto Global das Nações Unidas. CÓDIGO 95042 - JUNHO/08 - REVISÃO Nº 01 12/95 - PÁGINA 05 DE 05