O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1193 - TERÇA-FEIRA, 26 / FEVEREIRO / 2019 70 mil Dólares, por partida, será retido da premiação da Libertadores aos clubes que sem a iluminação mínima nos estádios. Nike reforça peso feminino no esporte A Nike deu mais um passo para avançar sobre o mercado feminino do esporte. E, dessa vez, usou um vídeo forte, com quebras de estereótipos machistas, para impor o posicionamento da empresa para as mulheres. O vídeo entrou no ar pela primeira vez no intervalo do Oscar na rede ABC, nos Estados Unidos. Narrado por Serena Williams, o filme mostra imagens de atletas como a tenista Simona Halep, a ginasta Simone Biles e a técnica Becky Hammon. A campanha segue a linha "dream crazier", iniciada no ano passado com o apoio a Colin Kaepernick, jogador que começou os protestos durante o hino na NFL. POR REDAÇÃO Em coluna no blog da empresa, a vice-presidente da Nike para mulheres, Rosemary Clair, declarou que a campanha é um "ponto de virada" para o esporte feminino. "Queremos que todos participem do esporte - e não apenas de vez em 1
quando, mas regularmente - e sabemos que, para apoiar o sonho, temos que conduzir uma conversa sobre uma variedade de desejos e necessidades", comentou. A campanha surge em um momento em que a Nike tem olhado com atenção para o público feminino, não só na comunicação, mas também no desenvolvimento de novos produtos. Nos últimos meses, a empresa lançou, por exemplo, um hijab para mulheres praticarem esporte no islamismo e uma coleção feminina plus size. A ideia é conversar com novas consumidoras e incluí-las no esporte. A Nike baseia a estratégia no peso que as mulheres representam na venda de produtos esportivos e, principalmente, no potencial de crescimento da área. A companhia, que faturou US$ 34 bilhões em 2017 tinha como objetivo ter US$ 6 bilhões oriundos de vendas diretas para mulheres. Com a meta ultrapassada, a companhia colocou um novo objetivo: US$ 11 bilhões até 2020. A empresa também aposta em uma série de patrocínios relacionados a mulheres, com a venda de novos produtos para a Copa do Mundo de futebol deste ano e com nomes como o de Serena Williams, que tem sido a principal voz da marca. A estratégia da Nike reforça o quanto o mercado esportivo tem se virado para as mulheres nos últimos anos. A Adidas, principal rival da companhia americana, lançou no fim de 2018 um anúncio com o tema "she breaks barriers", ou "ela quebra barreiras", em tradução livre. A ideia era semelhante à apresentada pela Nike: mostrar como as mulheres têm que superar preconceitos para triunfar. A Under Armour foi outra que focou com ênfase no público feminino. A empresa chegou a ter a modelo Gisele Bündchen como garota-propaganda. Em 2017, lançou a campanha "Unlike Any" para exaltar a presença feminina no esporte. Especialmente nas atividades físicas de atletas amadoras.
OPINIÃO Rosenberg mostra importância de RP POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Salvo algum grande drama de bastidores ainda não revelado, o Corinthians acabou de perder o diretor de marketing porque ele tem o péssimo hábito de falar sem qualquer tipo de filtro. E isso se tornou um enorme problema para a concretização de seus avanços e para a própria imagem do clube. Luís Paulo Rosenberg é um dos nomes que mais chacoalhou o futebol na última década. Com ele, a marca do Corinthians foi completamente transformada e, entre erros e acertos, todo o mercado foi modificado com seu modo agressivo de negociação. O esporte ganhou muito dinheiro no período, e muito se deve a ele. Esta segunda passagem foi menos impactante por toda a evolução que o esporte teve, mas não significa que tenha sido ruim. De volta com o executivo que tem sido seu braço direito no futebol, Caio Campos, Rosenberg criou soluções para vender espaços na arena, adaptou o time a uma nova realidade de mercado para fechar um patrocínio máster, recolocou a marca do clube em uma grande campanha e, com a parceria com a IBM, finalmente reformulou o programa Fiel Torcedor. A grande diferença entre a primeira e a segunda passagem foi o momento vivido pelo futebol. E, aí, o discurso constantemente torto de Rosenberg não ecoou bem. Na virada da década, o executivo já falava todas as suas bobagens, mas reinava sozinho no futebol. Hoje, há um grau diferente de desenvolvimento. A comparação entre BMG e Crefisa é um bom exemplo de fala totalmente fora de tom. Não há cabimento nas provocações, que só geraram uma pequena crise com os valores envolvidos. O ápice, claro, foi a declaração de mulher com Aids, um violento baque na imagem que o Corinthians tem tentado construir nos últimos anos. No fim, Rosenberg deu, involuntariamente, mais um puxão no profissionalismo de gestão no futebol; ele iluminou as relações públicas. Não tem como as entidades esportivas não tratarem a questão com maior seriedade, com alinhamento de discurso aos valores de imagem almejados pelo clube. Algo que muitos falham, como mostrou recentemente o presidente do Fluminense, Pedro Abad, ao usar o termo "guerra" para se referir à presença da própria torcida. São erros simples, mas imperdoáveis. O futebol no Brasil luta para ser mais bem valorizado no mercado. O caminho para isso vai além do profissionalismo; ele passa por expor reais mudanças de gestão ao seus stakeholders. Não há mais espaço para palhaçada frente às câmeras. Dirigente fazia bom trabalho no Corinthians, mas declarações foram desalinhadas com imagem almejada
Votação para "melhores" entra na última semana POR REDAÇÃO FILA E RIO OPEN RENOVAM PARCERIA POR MAIS TRÊS ANOS O último dia do Rio Open 2019 disputado neste domingo (24) teve a vitória do sérvio Laslo Djere sobre a sensação canadense Félix Auger-Aliassime dentro de quadra, mas também foi de novidades fora do saibro. A mais importante delas foi o anúncio da ampliação do acordo entre Fila e Rio Open pelos próximos três anos. A marca italiana, parceira do torneio desde 2017, permanecerá como marca esportiva oficial até 2022. A parceria foi iniciada ainda em 2017. Chegamos à última semana para a votação dos "Melhores de 2018" da Máquina do Esporte. A competição que busca o voto popular para escolher os melhores cases de marketing esportivo do Brasil computará até as 23h59min da próxima quinta-feira, dia 28 de fevereiro, os votos para a primeira eleição do gênero no mercado brasileiro. Até agora foram pouco mais de 5 mil votos nesta segunda fase, que reúne os três finalistas de cada uma das dez categorias do prêmio. Confira abaixo como está a parcial. E compute o seu voto a partir deste link. Case internacional, atleta do ano, executivo do ano, evento esportivo, ação de empresa de mídia, ativação de patrocínio, ação para torcedor, ação digital, ação mais ousada e ação social formam as categorias do prêmio. Por enquanto, a disputa mais acirrada está na ativação de patrocínio. O Bradesco lidera por ora com o jogo do All Blacks Maori, da Nova Zelândia, contra a seleção brasileira, pelo rúgbi, no Morumbi. O banco disputa com a Heineken, que colocou carros de Fórmula 1 nas ruas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, e a Gol, que fez festa no hangar da companhia aérea para acompanhar a seleção brasileira na Copa. Por outro lado, Ronaldo deverá levar o prêmio de executivo do ano. O presidente da Octagon e do Valladolid lidera com folga, com quase 70% dos votos, a briga contra Cesar Villares, da agência Go4it, e Marcelo Frazão, que neste ano assumiu o marketing do Santos. COM PIRLO E PROMOÇÃO, HEINEKEN LANÇA AÇÃO Patrocinadora da Liga dos Campeões, a Heineken apresentará no próximo dia 7 de março a nova campanha da marca para a fase final da atual temporada do torneio. Estrelada pelo italiano Andrea Pirlo, o vídeo ressalta que não é preciso ser um fã do futebol para assistir ao torneio europeu. A marca ainda fará uma promoção de venda para os fãs brasileiros. Nomeada como "Momentos Imperdíveis", a promoção da Heineken levará três consumidores e mais seus respectivos acompanhantes a Madrid para assistir à final da temporada 2018/2019 do torneio, no dia 1º de junho, no Estádio Wanda Metropolitano.
Rosenberg deixa marketing corintiano POR POR ERICH REDAÇÃO BETING O economista Luís Paulo Rosenberg não é mais diretor de marketing do Corinthians. O clube lançou nota oficial nesta segunda-feira (25) para confirmar o desligamento do dirigente. Provisoriamente, o presidente do time, Andrés Sanchez, ficará na gestão da pasta. Rosenberg deixa o cargo após uma sucessão de polêmicas. Na ultima delas, o executivo comparou a dificuldade da venda dos naming rights da Arena Corinthians com uma mulher com Aids. "Eles (interessados no patrocínio) se sentem na situação de estar vendo a esposa perfeita, com dotes culinários, formada com MBA no exterior, uma mãe de filhos maravilhosos, mas parece que tem um teste de Aids positivo. Como é que eu encaixo a camisinha é o grande desafio", afirmou Rosenberg, em entrevista à ESPN. A frase teve má repercussão nos bastidores do Corinthians, com protestos de grupos de oposição pela comparação considerada de mau gosto e machista. Rosenberg pediu desculpas publicamente após a declaração. Antes, Rosenberg teve que lidar com a campanha "Corinthianismo", lançada recentemente. A comunicação que compara o ato de torcer pelo time paulista a uma religião não foi uma unanimidade entre torcedores e sócios. Neste ano, Rosenberg também teve que lidar com críticas em relação aos valores do patrocínio máster do BMG. Na apresentação do aporte, o dirigente havia dado a entender um contrato de R$ 30 milhões anuais. O acordo, no entanto, é fixado em R$ 12 milhões anuais com o acréscimo de royalties na venda de produtos do banco com a marca do clube. 5