LEI MUNICIPAL N 1457/91 Autoriza o Poder Executivo a estabelecer normas de proteção contra incêndio. NEREU WILHELMS, Prefeito Municipal de Taquara, FAÇO SABER que, em sessão realizada em 07.10.1991, a Câmara Municipal de Taquara, aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art.1 - Fixa normas à Proteção Contra Incêndios nos prédios e estabelecimentos do Município de Taquara, levando se Art.2 - Compete à Prefeitura Municipal, através de seu Departamento de Engenharia, estudar, analisar e exigir todo o sistema de proteção contra incêndios, na forma estabelecida nesta Lei. 1 - As pessoas investidas das funções fiscalizadoras, poderão vistoriar em qualquer tempo, qualquer imóvel, estabelecimento ou documento relacionados com a segurança contra incêndios. 2 - As firmas e profissionais liberais que se dedicarem á elaboração de projetos de proteção conta incêndio, ou instalação de tais equipamentos, deverão ser cadastrados na Prefeitura Municipal e no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/RS). 3 - Ficam isentos de qualquer processo ou instalações preventivas contra incêndios, os prédios unifamiliares e os exclusivamente residenciais até 4 (quatro) pavimento, tendo entrepiso e forro de concreto e prédios comerciais com o máximo, até 100m (cem metros quadrados) de área e que não comercilizem materiais considerados inflamáveis. 4 - Por ocasião da solicitação da Carta de Habitese o Corpo de Bombeiros procederá minucioso exame dos equipamentos instalados na obra, verificando sua adequação e compartilidadecom o Projeto aprovado na Prefeitura Municipal, emitindo, ou não um Certificado de Proteção Contra Incêndio. Art.3 - Os responsáveis pela segurança e atendimento dos prédios, tais como: sídicos, zeladoras, porteiros, administradores, gerentes, supervisores e outros, deverão possuir conhecimento de manuseio e emprego dos equipamentos preventivos contra incêndios, a serem obrigatoriamente administrados pela firma instaladora, que emitirá um certificado de curso teórico prático com duração mínima de 4 (quatro) horas. Art.4 - A Prefeito Municipal não fornecerá o Habite se aos prédios ou estabelecimentos sem a aprovação do projeto de prevenção contra incêndio e a respectiva vistoria da edificação, excluídos os isentos de tais instalações. SEÇÃO II Tramitação Art.5 - O expediente relativo á proteção contra incêndios deverá tramitar obedecendo as seguintes normas. I O Projeto de prevenção contra incêndios e respectivas anotação de responsabilidade técnica deverá ser encaminhado a Prefeitura Municipal, anexo aos projetos hidrossanitários e elétrico, para
obras com mais de 100, 00m (cem metros quadrados) e anexo ao projeto arquitetônica para obras até 100,00m (cem metros quadrados); II A certificação de habite-se da Prefeito Municipal fica condicionada a vistoria do Corpo de Bombeiros. III À vistoria do Corpo de Bombeiros será efetivada mediante requerimento, em duas vias, acompanhado de comprovante de compra ou prova de propriedade de prova de propriedade do equipamento, relatório de revisão de extintores e projetos de prevenção contra incêndios. IV Os prédios existentes terão prazo máximo de 90 (noventa) dias para se equiparem com extintores de incêndio. V Anualmente deverá ser apresentado no Corpo de Bombeiros um laudo de revisão dos extintores e instalações preventivas contra incêndios, feita pela empresa responsável pela manutenção do equipamento e devidamente credenciada pelo Corpo de Bombeiros do Município. Único os requerimentos somente serão aceitos quando assinados pelo proprietário ou procurados do imóvel ou estabelecimento, e pelo profissional liberal, ou pelo representante da firma (engenheiro ou arquiteto) devidamente cadastrada pelo Corpo de Bombeiros. Art.6 - Os despachos nos requerimentos, pareceres informações serão emitidos no prazo de 30 (trinta) dias da entrada o requerimento no Corpo de Bombeiros. Único Quando por sua natureza, o assunto exigir estudos mais profundos, o retardamento deverá ser devidamente justificado no processo. Seção III Da instalação imóvel (extintores) art.7 - É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em todas as edificações existentes, em construção e a construir, excetuando -se os prédios unifamiliares e os exclusivamente residenciais até 4 (quatro) pavimentos, com o máximo de 2 (duas) economias por pavimento, tendo entrepiso e forro de concreto, e prédios comerciais com, no máximo até 100m (cem metros quadrados) de aréa e que não comercializem materiais inflamáveis. Único A existência de outros sistemas de prevenção não excluir a obrigatoriedade da instalação de extintores. Art.8 - Para o efeito desta Lei, os prédios e os riscos de incêndio serão classificados obedecendo as normas da Superintendência dos Seguro incêndio do Brasil. 1 Não sendo encontradas as ocupações correspondentes e determinado riscos, procederse-à a classificação por analogia e, na falta desta, será classificadas pelo Corpo de Bombeiros. 2 - Nos prédios onde se depositam inflamáveis e/ ou explosivos, além das explosivos, além das exigências desta lei, deverão ser observadas as normas técnicas oficiais emanadas das autoridades competentes. 3 - Nos prédios com mais de um tipo de ocupações, prevalecerá em cada pavimento, a classificação correspondente a de maior risco, se os entrepisos forem de concreto armado.
4 - Nos prédios com mais de um tipo de ocupação e cujos entrepisos não forem de concreto armado, prevalecerá em todo o prédio a classificação correspondente a de maior risco. Art.9 Considera-se garagem no Corpo do prédio todo o estabelecimento coberto ou descoberto que diste até 5,00m (cinco metros) do prédio ou de sua projeção, devendo sua área ser computada para prevenção de risco. Art.10 Quando houver excesso de extintores de incêndio, não poderá ele ultrapassar a dotação do risco imediatamente superior. No caso de risco grande, admite-se este excesso até 30% (trinta por cento) do mínimo exigido por esse risco. 1 - Os excessos fora destes critérios deverão ser mencionados no memorial descritivos dos extintores que forem colocados por solicitação do proprietário ou responsável pelo prédio devidamente assinado. Seção IV Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndios Art.11 - A instalação hidráulico de combate a incêndio (hidrantes) deverá enquadrar-se no que prescreve as normas da SUSEP (circular 19). Art.12 Toda edificação com altura superior a 11,00m (onze metros), entre a soleira da entrada e o piso do último pavimento, será dotada de instalação hidráulica de proteção contra incêndio projetada e construída de acordo com o que dispõe esta Lei. I locais de reunião; II hospitais e similares; III prédios residenciais, hotéis, pensões e similares; IV escritórios; V lojas, supermercados e similares; VI depósitos em geral; VII prédios de administração pública, serviços profissionais, estação de rádio e televisão; VIII creches, escolas e quartéis; IX presídios e casa de recuperação; X indústria; XI prédios de funcionamentos diversos diversos, tais como: Museu, galerias de artes, bibliotecas, arquivos e outros. 2 - Entende-se por escada enclausurada aquela que atende as condições técnicas exigidas pela ABNT; antecâmara, auto-ventilação, portas e paredes resistentes a duas horas de fogo. 3 - Entende-se por escada enclausurada aquela que atende as condições técnicas exigidas pela ABNT para escada enclausurada, exceto antecâmara e duto de ventilação. 4 - Com relação a iluminação de emergência, as fontes alimentadoras terão as seguintes durações. Escada protegida 1 hora Escada enclausurada - 2 horas Art.14 - As edificações destinadas à indústria, comércio, depósito e reunião pública com área superior a 1.000,00m 9mil metros quadrados) e altura superior a 6,00m (seis metros) contaos da soleira de entrada ao piso do último pavimento, terão escadas enclausurada às exigidas pela ABNT de acordo com o previsto no artigo anterior.
Art.15 - Os edifícios de uso não residencial devem ser subdivididos em cada pavimento, por portas corta fogo e paredes resistentes ao fogo por duas horas quando tiverem área de pavimento superior a 1.000,00m (um mil metros quadrados). 1 - Estão excluída desta exigência ao prédios nas condições supra quando: 1 - Possuírem proteção total por meio de extintores, alarme, instalação hidráulica de proteção contra incêndio, chuveiros automáticos (spinkler ou similar) e saídas de emergência com respectiva sinalização. 2 - À compartimentação incompatível com o destino do prédio, como teatros, cinemas, clubes e assemelhados, caso em que serão exigidos dispositivos especiais, tais como: cortina corta- fogo de acionamento automático ou similar, separando-se os setores de maior risco. 3 - Forem de locais onde se fabriquem e/ou se armazenarem exclusivamente materiais incombustíveis. 2 - Forem não houver norma brasileira ou legislação municipal específica, as paredes contrafogo deverão ultrapassar os telhados ou coberturas dos prédios que dividirem, nas condições exigidas pelo Instituto de Resseguros do Brasil. 3 - O afastamento frontal entre aberturas de setores será de três metros e de um metro e quarenta centímetros entre aberturas situadas no mesmo alinhamento, em lados apostos da parede corta-fogo. Neste último caso, será dispensado o afastamento quando houver obra perpendicular ao plano das aberturas com cinqüenta centímetros da saliência sobre o mesmo e ultrapassar trinta centímetros a verga desta aberturas. Art.16 - As áreas descobertas que constituam isolamento de risco de incêndio não podem ser utilizadas fora do estacionamento de veículos ou depósitos de materiais combustíveis ou assemelhados. Seção VI - Alarme Art.17 - Deverão ser dotadas de sistema de alarme acústicos para incêndio, com acionamento dos pavimentos ou setores para o prédio. 1 - Todos os prédios com altura superior a onze metros da soleira de entrada ao piso do último pavimento, qualquer que seja sua área. 2 - Os prédios de uso residencial com área superior a 2.000,00m (dois mil metros quadrados). 1 - Para aviso de incêndio ao guarda ou zelador, poderá ser usado sistema de intercomunicadores, deste que este seja de atendimento permanente. 2 - Os sistemas de alarme deverão possuir alimentação elétrica de emergência, devendo a fonte alimentadora possuir duração mínima de uma hora. 3 - Em hospitais e outras ocupações especiais os tipos de sistema de alarme poderão ter características adequadas ao uso do prédio. 4 - O alarme deve ser ligado diretamente na instalação elétrico normal do prédio, além da ligação à alimentação elétrica de emergência. art.18 - No teto das cabinas dos elevadores será instalado dispositivos que ilumine parcialmente a cabine e mantenha alimentada o o circuito da campainha de alarme no caso da falta de energia elétrica.
Parágrafo único Este dispositivo será constituido por bateria de longa duração, permnente carregada pela rede elétrica do prédio controlado por dispositivos elétrico. Art.19 - As portas corta-fogo deverão possuir o selo e marca de conformidade da ABNT, sendo que a resistência ao fogo das portas deverá atender o que preceitua a respectividade norma. SEÇÃO VII Instalação de gás e chaminés Art.20 - será obrigatória a instalação de uma central de uma central de GLP em todos edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos de 16 (dezesseis) economias. Art.21 - As centrais de GLP, além das exigências do CNP (Conselho Nacional de Petróleo), deverão obedecer os abaixo estabelecidos. I. Devem ser colocadas fora do corpo do prédio com afastamento mínimo de qualquer abertura ou ralo, em área livre sem qualquer ocupação nas distâncias especificadas na tabela abaixo, tendo, obrigatoriamente, um abrigo resistente ao fogo por duas horas, com uma das faces permanente ventilada e voltada para a área de maior ventilação, além de ser dotada de porta incombusíive. Capacidade Afastamento mínimo Acima de 540kg... 1,50m Acima de 540 até 120... 3,00m Acima de 2160 até 8.100kg... 7,00m Acima de 8.100kg... 15,00m II À capacidade da central de gás deve ser mencionada na plante baixa do projeto arquitetônico. III À colocação dos cilindros será de forma que a válvula fique voltada para o lado da ventilação. Parágrafo único- As medidas de vazão de GLP deverão ser compartimentadas de forma a reduzir suas capacidades com paredes corta-fogo, atendendo as exigências da presente lei. Art.22 - As medidas de vazão de GLP deverão situar-se em áreas de uso comum ou privativo, em cubículos ou armários incombustíveis próprios, ventilados direta ou indiretamente para o exterior. Art.23 - é obrigatória a instalação de chaminés para desgarga da tubulação, no espaço livre exterior, dos gases de combustão dos aquecedores a gás, executadas de acordo com a norma NB- 211 da ABNT. Parágrafo único As dependências onde forem instalados aquecedores a GLP, deverão atender as seguintes exigências: 1 - Área mínima de 3,00m (três metros quadrados) quando for em recinto fechado; 2 - Janela com área de ventilação livre não inferior a 0,40m (zero quarenta metros quadrados), dando para a área ou poço, não sendo admitida ventilação mecânica; 3 - Abertura superior para a ventilação permanente para via pública, área ou poço de ventilação situada em altura não 4 - Abertura superior para a ventilação permanente, situada no máximo a 0,80m (oitenta centímitros) de altura em relação ao piso do compartimento, com área mínima de 0,20m (zero vinte metros quadrados) podendo esta, ser situada em porta comunicando com outras dependências da edificação.
Art.24 - Não é permitida a colocação de aquecedores de ambiente a GLP (estufas) em compartimento sem ventilação permanente. Art.25 - É obrigatório o suo dos botijões de GLP com válvula sempre voltada para cima. SEÇÃO VIII Da proibição de fuma Art.26 - É proibido fumar, acender ou transportar acessos cigarros e assemelhados nos estabelecimentos e edificações abaixo relacionadas: I Estabelecimentos comerciais, exceto restaurantes, boites, bares e assemelhados; II- Cinemas, teatros, auditórios, salas de aula e assemelhados; III- Postos de serviço e garagem comerciais e coletivas; IV- Locais onde se armazenam e/ou manipulam explosivos e inflamáveis; V depósitos com armazenagem de materiais combustíveis comuns; VI Elevadores; VII- Veículos de transporte coletivo. 1 Nos estabelecimento acima relacionados, poderá ser permitido fumar em salas especiais dotadas de proteção adequadas, nas quais serão utilizados somente materiais de construção de revestimento e de acabamento incombustíveis ou auto-extinguíveis. 2 - Em todos estes estabelecidos deverão ser colocados avisos com dizeres. É proibido fumar ou conduzir acesos cigarros ou assemelhados, bem como a utilização do sinal internacional de proibição de fumar nos locais públicos onde for comum a presença de estrangeiros ou analfabetos, conforme Figura 1, que passa a fazer parte integrante da presente Lei. 3 - A proibição de fumar prevista neste artigo não atinge os bancos ou estabelecimentos bancários nos quais apenas nos depósitos e/ou almoxarifados deverá ser obedecido. SEÇÃO IX Penalidades Art.27 - Esgotados os prazos previstos nesta Lei, todo o imóvel ou estabelecimento, infratores às suas disposições, será autuado, multado e intimado a cumprí-los dentro do prazo de 90 (noventa) dias. 1 - A multa inicial, em qualquer caso, será de 5 (cinco) VR (valor referencial) para cada tipo de proteção contra incêndio não instalada ou não mantida em bom estado de funcionamento. 2 - Os tipos de proteção contra incêndio referidos neste artigo são os seguintes. 1 - Plano e demais documentação de proteção contra incêndio; 2 - Alarme de incêndio, iluminação de emergência e sinalização das saídas; 3 - Instalação de gás; 4 - Escadas enclausuradas e protegidas; 5 - Instalação preventiva móvel (extintores); 6 - Instalação hidráulica de proteção contra incêndio; 7 - Medidas preventivas para instalação, venda e depósito de gás liquefeito de petróleo e líquidos combustíveis e/ou inflamáveis. 8 - Outras medidas relativas à proteção contra incêndio, constante legislação especifica. 3 - O autuado terá dez dias úteis para a apresentação de sua defesa em única instância, ao órgão que emitir o auto de infração.
4 - Findo o prazo de intimação e constatado o não cumprimento da mesma, será aplicada nova multa, em dobro da anterior, concedendo-se o prazo de 30 (trinta) dias para a regularização, após, o que, serão tomadas medidas judiciais cabíveis à espécie. Art.28 - Os estabelecimentos e locais onde deve ser colocado o aviso constante do 2 do Art.26, ficam sujeitos a uma multa correspondente a 3VR que duplicará a cada reincidência, caso não o tenha à vista do público e seus funcionários. Art.29 - Os proprietários, gerentes e encarregados dos estabelecimentos e locais onde seja proibido fumar, ficam sujeitos a uma multa de 0,5 VR acrescível de 10% a cada reincidência, caso não exijam de seus clientes e usuários que não fumem ou portem cigarros acessos. CAPITULO II Disposições Gerais Art.30 - As caldeiras deverão ter isolamento contra fogo, mínimo de 2 (duas) horas e sua abertura voltada para área de menor risco. Art.31 - Os prédios que oferecem risco de vida aos seus usuários ou transeuntes em conseqüência de risco de incêndio elevado ou desabamento, poderão ter sua evacuação e/ou interdição determinada pelo Corpo de Bombeiros. Art.32 - É vedado o emprego de materiais de fácil combustão, exceto quando devidamente tratados com produto ignifugos em divisórios, revestimentos em prédios não residenciais, exceção feita a depósitos e indústrias. Art.33 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Departamento de Engenharia de Prefeitura Municipal, de acordo com as Normas Brasileiras que regulamentam o assunto. Art.34 - Revogadas as disposições em contrário e em especial a Lei n 1146/87, esta Lei entrará em vigor na data de sua promulgação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE TAQUARA, 14 DE OUTUBRO DE 1991.