02 de dezembro de 2009 Fórum na Alerj: lixo pede coleta seletiva Desoneração tributária, políticas públicas de incentivo à coleta seletiva e uso de tecnologia de ponta no processamento de resíduos domésticos e industriais foram os caminhos apontados para solucionar o problema do lixo no debate Indústria da Reciclagem: impactos sociais, econômicos e ambientais, realizado segunda-feira (30/11) pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio. O grande desafio, apontaram todos os palestrantes, são as 15 mil toneladas de lixo produzidas todos os dias no estado, que só terá solução alinhando regulação estatal, poder de investimento da iniciativa privada, inclusão social e fomento à transição para técnicas mais modernas de tratamento de lixo. Marilene Ramos Destino incerto Mais da metade dos municípios brasileiros não dá destinação adequada ao lixo. Grande parte vai para aterros sanitários, mas, em 30% dos casos, o destino são os vazadouros a céu aberto. Apenas 1% vai para compostagem e reciclagem. A indústria da reciclagem, que se desenvolveu informalmente por meio de diversos estímulos, como programas educativos, agora desponta como potencial alavanca de novos empregos, aumento da renda e até mesmo geradora de energia limpa. Os impactos sociais, econômicos e ambientais da indústria da reciclagem foram um dos temas do debate promovido no Fórum de Desenvolvimento do Rio. Fotos Eduardo adar/alerj Plenário da Alerj ficou lotado durante as sessões do fórum Secretária prevê o fim dos lixões em 10 anos A Secretária do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, disse durante o Fórum que o governo fluminense pretende erradicar totalmente os 42 lixões existentes no estado e ampliar de 25% para 80% a coleta e o tratamento de esgotos num prazo de 10 anos. Hoje, existem oito aterros sanitários licenciados, que recebem resíduos sólidos de 21 municípios, e 11 aterros controlados. Estão em fase de implantação dois aterros sanitários, um em Campos, no orte Fluminense, e outro em Miguel Pereira. recursos hídricos Estudo prevê guerra pela água do Capivari em 2020 pág. 3 publicações Minas lança livro sobre coprodutos da bioenergia pág. 2
2 qualidade Sanitarista português visita a Copasa A presidente da ABES, Cassilda Teixeira de Carvalho, acompanhou, como assistente da Presidência da Copasa, a visita do presidente da Comissão de Estruturação da empresa Águas do Porto, em Portugal, Joaquim Poças Martins, que visitou Belo Horizonte em meados de novembro. Poças está encarregado de obter informações para produzir um livro que vai contar casos de sucesso das empresas de saneamento no mundo. É uma encomenda da IWA International Water Association. O livro vai se chamar Moving fast from bad to good to great (ou Mudança rápida de ruim para bom, e daí para ótimo, em tradução livre) e abordará perdas, mudanças e sustentabilidade nas empresas de saneamento. O objetivo da publicação é mostrar ao mundo que as organizações deficitárias que mudaram rapidamente seus modelos de gestão conseguiram resultados positivos e imediatos, como é o caso da Copasa. (Fonte: Copasa). Cassilda apresentou o visitante, Joaquim Poças, que preside a Comissão de Estruturação da empresa Águas do Porto, em Portugal, à diretoria da Copasa e às áreas de excelência da empresa mineira Minas lança livro sobre coprodutos da bioenergia A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais vai lançar no dia 11/12, durante seminário que será promovido na sede do Sebrae em Belo Horizonte, o livro Mapeamento da Matriz de Coprodutos da Bioenergia em Minas Gerais. Haverá palestras sobre etanol, biodiesel, biogás e carvão vegetal. Mais informações: telefones (31) 3227-7342/7469 ou email atendimento@aprileventos.com.br Copasa concursos Vagas para professores no Sul A Universidade Federal de Santa Maria está com inscrições abertas até 15/12 para concurso para preenchimento de uma vaga de professor adjunto, com titulação de doutor, na área sanitária e ambiental. http://www.ufsm.br A Universidade Estadual de Londrina aceita inscrição até 11/12 para concurso de professor na área de Hidráulica, Hidrologia e Fenômenos de transportes/mecânica dos fluidos. Mais informações: http://www.uel.br/prorh/
meio ambiente S. Paulo prevê guerra pela água em 2020 3 Pesquisa da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo revela que as bacias do Alto Tietê e dos rios Capivari, Jundiaí e Piracicaba serão palco de conflitos causados pela escassez de água no ano de 2020. Os setores industrial, agroeconômico e urbano vão entrar em disputa pelos recursos hídricos se não houver mudança no uso d água dessas bacias. A previsão está no projeto Cenários Ambientais 2020, divulgado semana passada. A prospecção do conflito pelo uso da água está calcada MMA: curso para gestores ovecentos gestores ambientais estão participando em Brasilia, até 13 de dezembro, da terceira e última etapa do Curso de Licenciamento Ambiental em Estações de Tratamento de Esgotos e Aterros Sanitários, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente. esta etapa, iniciada no dia 30/11, as aulas são presenciais. Os participantes, que cumpriram boa parte do curso a distância, são oriundos de 16 estados. a programação estão previstas palestras, oficinas, visitas técnicas a aterros e estações de tratamento de esgotos. nos usos múltiplos, tanto por atividades industriais como para uso agronômico, e para uso urbano. A demanda por recursos hídricos tende a aumentar não só do ponto de vista inercial, mas, a partir do crescimento da atividade econômica, também cresce a demanda hídrica, surge um conflito não só entre bacias, em função da transposição entre bacias, mas também entre os setores que usam aquele recurso hídrico, afirma Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho, coordenador da área de Planejamento Ambiental da secretaria. Atualmente, as bacias dos rios Capivari, Jundiaí e Piracicaba transpõem água para a Bacia do Alto Tietê, região bastante industrializada. A área do Alto Tietê, hoje, tem déficit de 80% de recursos hídricos, suprido, em parte, pelas águas transpostas pelo Capivari, Jundiaí e Piracicaba. Quando os três começarem a demandar mais esse bem, ele tende a não transpor para o Alto Tietê, explica Tércio. (Fonte: Agência Brasil). Empreendedor americano cria casa com energia geotérmica O empreendedor americano Joshua Kresge, de Pittsburg, no estado americano da Pensilvânia, inventou um sistema de aquecimento que aproveita a energia térmica da própria Terra para economizar outras fontes de energia. O sistema consiste de uma série de tubos de polietileno cheios de líquido anticongelante e mergulhados no subsolo, onde a temperatura durante o ano inteiro é de Carnegie Mellon University O sistema puxa o calor do subsolo aproximadamente 55 graus. O líquido é canalizado para dentro da casa, onde circula o calor extraído do subsolo. Mesmo durante o inverno gélido é possível economizar até 70%. Kresge diz que esse sistema não é invenção dele, pois têm mais de 60 anos. É tecnologia do homem das cavernas, que se abrigava onde era quente no inverno e fresco no verão, brinca o empresário. (Fonte: Carnegie Mellon University)
4 artigo A educação pelo lixo O lixo é algo com que convivemos, mas nem sempre nos acostumamos a fazê-lo de forma adequada, racional, civilizada. Associado ao que é desprezível, à sujeira, não raro a criança aprende, desde cedo, a se livrar o quanto antes dele: Isso é lixo, joga isso no lixo, não vem com esse lixo pra cá não, são ordens repetidamente ditas. Essa estranha convivência, que faz com que o lixo seja vivenciado como se este fosse algo extraterreno, nos leva a encarar o povo da varrição os garis, como cidadãos de terceira classe. Antes da recente crise do emprego e da instituição dos concursos, para se alcançar um desses postos, o cargo de gari era praticamente reservado aos negros, pois ninguém queria ter uma profissão que os aproxima dos urubus, cujo papel saneante, devido à forma como se alimentam, é bastante conhecida. Embora tido como algo abominável, o lixo, todos sabemos disso, tem valor agregado e é permanente fonte de preocupação para os governos. E os catadores de lixo, que ganharam essa nomenclatura digamos quase recente de recicladores, sabem o quanto. As pessoas convivem numa boa com o lixo: os automóveis e ciclomotores, as embalagens as mais diversas, as flores mais variadas também, as cascas das frutas e frutos, os cigarros. E por aí vai. Mas quando a embalagem deixa de conter o produto, as flores murcham, os endocarpos das frutas e frutos são consumidos e o cigarro chega na guimba, o lixo ganha outra conotação e vira problema.. O lixo requer tratamento profissional pelas autoridades públicas. E mais do que isso: pressupõe, necessariamente, a educação ambiental das novas gerações para a convivência racional com o lixo. Evidentemente, que muito já se caminhou no que diz respeito à reciclagem de itens que vivem a emporcalhar a Terra, mas devemos exigir que os utilizadores do plástico como embalagem Edmilson Silva* sejam mais ativos e consequentes em relação às mensagens pró-educação do usuário nos rótulos de seus produtos, enquanto a coleta seletiva não se universaliza. E as usinas de lixo também. Além disso, cabe aos governos, que tanto gastam com publicidade e propaganda, utilizar os espaços de mídia a que têm direito para veicular mensagens relacionadas à educação para o lixo ou com o lixo. o plano individual, não seria muito pedir que as pessoas dediquem ao meio ambiente mais direto, a rua em que mora para que pare de vicejar a falsa idéia de que meio ambiente está diretamente relacionado à preservação da Mata Atlântica e dos mananciais se não tanto, boa parte do zelo que mantém com seus bichos de estimação, principalmente os cachorros. Se você chegou até aqui e está achando que sou um defensor da educação pelo lixo, acertou. A Terra está esquentando, as geleiras derretendo, mas o que tem de gente que pouco está se lixando para as condições de vida no planeta, não é pouca não. (Condensado da Plurale). *Colunista da Plurale
5 tecnologias EUA: carro a gasolina pode virar elétrico O professor Illah ourbakhsh, da Universidade Carnegie Mellon, da Pensilvânia, desenvolveu um sistema para converter veículos movidos a gasolina em veículos elétricos. O pesquisador demonstrou que os carros a gasolina podem ser convertidos em carros elétricos com maior autonomia. ourbakhsh criou o projeto ChargeCar, para testar a adaptação de tecnologias que garantam um veículo elétrico eficiente. São dois os ingredientes principais para a conversão. O primeiro é um sistema inteligente de gerenciamento de energia, um módulo de potência que utiliza um programa de inteligência artificial para controlar o fluxo de energia entre as baterias e um dispositivo chamado supercapacitor. O supercapacitor propriamente dito é o segundo ingrediente importante. Enquanto uma bateria guarda muita energia, mas só consegue liberá-la lentamente, um capacitor é um componente que armazena pouca energia mas é capaz de liberá-la rapidamente. Esse supercapacitor funciona como uma área de armazenamento temporário, entre as baterias e os motores elétricos, com gerenciamento inteligente, aumentando a vida útil das baterias, ampliando o ganho na recuperação das frenagens e eliminando a maior queixa dos proprietários de carros elétricos, que é a pequena autonomia. (Fonte: Inovação Tecnológica) saiu na imprensa Alerta mais antigo sobre o clima tem 180 anos Os alertas de cientistas sobre o risco de aquecimento anormal do planeta não começaram com os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática. O painel lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento, elaborado por nada menos que 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores. Mas a investigação científica sobre o clima começou há precisamente 180 anos, quando o matemático e físico francês Jean Baptiste Fourier já havia calculado que a Terra seria muito mais fria se não existisse a atmosfera. (Fonte: G1) novos sócios Aline Santana ogueira (PA), Cezar Filipe Ferreira Silva (PA), Daniele Brito Araújo (PA), Igo Feitosa ogueira (PB), Laís Rodrigues Carvalho de Siqueira (PA) e Mônica Maria Perim de Almeida (ES) EXPEDIETE ABES Informa é um informativo eletrônico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, atualizado semanalmente e enviado via Internet para todos os sócios da entidade. Diretor Responsável: Cassilda Teixeira de Carvalho Presidente acional da ABES SUPERITEDETE EXECUTIVA: Maria Isabel Pulcherio Guimarães Editor de conteúdo: Romildo Guerrante (MTB 12.669-RJ) Projeto Gráfico: Flap Design/ ena Braga Editoração eletrônica: ABES/ Thiago Oliveira Lobão e-mail: abes@abes-dn.org.br Clique aqui para ver as edições anteriores