ANEXO. Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

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Transcrição:

COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 1.7.2016 COM(2016) 437 final ANNEX 1 ANEXO da Proposta de DECISÃO DO CONSELHO Posição da União sobre as questões fundamentais a debater na 17.ª reunião da Conferência das Partes na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), a realizar em Joanesburgo, África do Sul, de 24 de setembro a 5 de outubro de 2016 PT PT

ANEXO I Posição da União sobre as questões fundamentais a debater na 17.ª reunião da Conferência das Partes na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), a realizar em Joanesburgo, África do Sul, de 24 de setembro a 5 de outubro de 2016 A. CONSIDERAÇÕES DE ORDEM GERAL 1. A União considera a CITES uma convenção internacional fundamental para a conservação da biodiversidade e contra o tráfico de espécies selvagens. 2. A União deve apoiar uma posição ambiciosa na CoP17 da CITES, em conformidade com as políticas relevantes da União e os seus compromissos internacionais nestes domínios, nomeadamente as metas relacionadas com a vida selvagem ao abrigo do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 15, do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020, incluindo as metas Aichi, acordadas no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), da Visão Estratégica CITES 1 e da Resolução 69/314 da AGNU sobre o tráfico de espécies selvagens. A posição da UE também deve servir para a consecução dos objetivos estabelecidos a nível da UE através da Estratégia de Biodiversidade da UE para 2020, do Plano de Ação da UE contra o tráfico de animais selvagens, da abordagem da UE para promover o comércio e o desenvolvimento sustentável, tal como refletido na estratégia da UE intitulada «Comércio para Todos», e do Plano de Ação da UE para a conservação e gestão do tubarão. 3. As prioridades da União na CoP17 da CITES devem ser as seguintes: A plena utilização dos instrumentos da CITES para regular o comércio internacional de espécies de animais e plantas ameaçados de extinção objeto de comércio internacional insustentável, prosseguindo uma abordagem cientificamente fundamentada; O reforço da resposta da comunidade internacional contra o tráfico de espécies selvagens; e O aumento da transparência e da responsabilização no âmbito da CITES e a garantia de que são acordadas modalidades adequadas que refletem o novo estatuto da UE como Parte na Convenção. 4. A posição da União quanto às propostas de alteração dos anexos deve basear-se no estado de conservação das espécies em causa e no impacto documentado que o comércio tem ou pode ter sobre o seu estado. Para este efeito, devem tomar-se em consideração os pareceres científicos mais relevantes e sólidos na avaliação das propostas de inclusão em listas. 5. A posição da União deve ter em conta a possível contribuição dos controlos da CITES para a melhoria do estado de conservação, reconhecendo simultaneamente os esforços dos países e dos organismos internacionais que aplicaram medidas de conservação eficazes. A União deve assegurar que as decisões tomadas na CoP17 maximizam a eficiência da CITES, através da minimização de encargos administrativos desnecessários e da obtenção de soluções práticas, eficientes em termos de custos e viáveis para problemas de aplicação e controlo. 1 Cf. Resolução Conf. 14.2 da CITES PT 2 PT

6. A Conferência das Partes é o órgão de regulação da CITES, e várias decisões adotadas na CoP17 da CITES serão aplicadas pelo Comité Permanente, que é o principal órgão subsidiário da Conferência das Partes. Por conseguinte, a posição da União definida para a CoP17 da CITES deve orientar igualmente a abordagem da UE nas reuniões do Comité Permanente a realizar após a CoP17 da CITES. B. ASPETOS ESPECÍFICOS 1. A União tornou-se em 2015 a primeira organização regional de integração económica a aceder à CITES como Parte. As modalidades de participação da União na Conferência das Partes deverão ser descritas no regulamento interno da reunião da Conferência das Partes, nomeadamente no que se refere à votação. A União considera que o regulamento interno deve refletir o texto da Convenção CITES (artigo XXI, n. os 2 a 6) e não deve conter disposições que sujeitem o exercício dos seus direitos enquanto Parte a condições não previstas na Convenção. A esse respeito, a União defende que o texto do regulamento interno relativo às organizações regionais de integração económica está alinhado com as disposições do regulamento interno em vigor em muitas outras convenções internacionais (Convenção sobre a Diversidade Biológica, Convenção sobre a Conservação das Espécies Migradoras, Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, Protocolo de Montreal, convenções de Estocolmo, Basileia e Roterdão). Em reconhecimento do facto de que esta questão desencadeou perguntas de Partes terceiras, a União deve informar previamente a Conferência das Partes sobre como funcionará a repartição de votos entre a União e os Estados-Membros. Além disso, a União deve estar disposta a demonstrar um certo grau de flexibilidade nos debates sobre o regulamento interno, desde que os direitos da União enquanto Parte e a distribuição das competências estabelecida no TFUE não sejam prejudicados. 2. A União considera que se deve verificar um aumento adicional da transparência e da responsabilização no âmbito da CITES, a fim de reforçar a sua legitimidade e a integridade do seu processo decisório, e apoiará propostas para esse efeito. A esse respeito, a União apoia, em especial, a resolução que visa consolidar o apoio prestado pelos doadores através de um regime transparente gerido pelo Secretariado da CITES para a participação de delegados de países em desenvolvimento nas reuniões da Conferência das Partes da CITES («projeto de delegados patrocinados»), solicitando ao mesmo tempo a transparência dos doadores que financiam diretamente a participação de delegados de países terceiros fora deste regime. 3. Foram apresentadas sessenta e duas propostas de alteração dos anexos da CITES na CoP17 da CITES. A posição da União quanto a tais propostas deve basear-se no estado de conservação das espécies em causa e no impacto que o comércio tem ou pode ter sobre essas espécies. Para tal, a União deve tomar em consideração as atuais disposições da Resolução Conf. 9.24 sobre os critérios para a alteração dos anexos I e II. Em especial, a União deve tomar em consideração o ponto de vista dos Estados da área de distribuição das espécies abrangidas pelas propostas. A União considera ainda que, em geral, as propostas de alteração dos anexos da CITES que resultam do trabalho desenvolvido pelos Comités dos Animais e das Plantas da CITES devem ser apoiadas. A avaliação das propostas realizada pelo Secretariado da CITES e a PT 3 PT

UICN/Traffic 2 também será tomada em consideração, bem como, no caso das espécies marinhas, a avaliação efetuada pelo painel de peritos dedicado da FAO, salientando que as avaliações das unidades populacionais e os dados relevantes das ORGP também devem ser tomados em consideração. 4. A inclusão de novas espécies marinhas e de madeira nos anexos da CITES será uma questão fundamental para a União na reunião da Conferência das Partes. 5. Em conformidade com a sua posição estabelecida, a UE reafirma que a CITES constitui um instrumento adequado para regular o comércio internacional de espécies marinhas quando as referidas espécies forem afetadas pelo comércio e estiverem ou puderem vir a estar ameaçadas de extinção, tendo sempre presente que a conservação dos recursos biológicos marinhos é da competência exclusiva da União. 6. A União sublinha que foram envidados esforços consideráveis nos últimos anos com vista ao desenvolvimento de capacidades para a aplicação da CITES no que diz respeito às espécies marinhas, nomeadamente através do apoio financeiro da União. Estes esforços devem ser mantidos no futuro no contexto da CITES, conforme adequado. A União aguarda com expectativa os relatórios que serão disponibilizados pelas Partes e pelo Secretariado da CITES após a CoP17 sobre a aplicação e o cumprimento dos requisitos da CITES relativos às espécies marinhas e, em especial, aos elasmobrânquios. Além disso, a União deve apoiar uma melhor coordenação entre a CITES e as ORGP no âmbito dos respetivos mandatos, com o objetivo de melhorar a governação e a complementaridade, evitando simultaneamente sobreposições e incoerências. A União deve promover e apoiar a inclusão dos elasmobrânquios e de outras espécies marinhas constantes das listas nos mecanismos de avaliação da CITES relevantes, nomeadamente no Comité dos Animais da CITES, com vista à apresentação da sua avaliação previamente à CoP18. Além disso, na pendência dos pareceres científicos mais recentes, a União apoia a inclusão de várias espécies de elasmobrânquios (tubarão-luzidio Carcharhinus falciformis e tubarão-raposo Alopias spp.) e da jamanta (Mobula spp.) no anexo II da CITES. A União examinará os pareceres científicos mais recentes do painel de peritos da FAO, da UICN/Traffic ou de outras fontes de aconselhamento científico. Tomando em consideração as preocupações relacionadas com a conservação de espécies de enguias a nível mundial e o impacto do comércio internacional sobre a sua sobrevivência, a União apoia igualmente a recolha e análise de mais informações relevantes sobre o comércio destas espécies pelo Comité dos Animais da CITES com vista ao desenvolvimento de recomendações para a CoP18 da CITES. Contudo, a União não apoia quaisquer propostas passíveis de resultar na inclusão da enguia europeia na lista do anexo I da CITES na CoP17 da CITES. 7. O comércio internacional de espécies de madeira tropical para abastecer o mercado de produtos de palissandro aumentou consideravelmente nos últimos anos. As informações disponíveis revelam que grande parte deste comércio ocorre a níveis insustentáveis e advém da extração ilegal, até um ponto em que o tráfico de palissandro é atualmente considerado uma das formas mais frequentes de comércio ilegal de espécies selvagens. Algumas espécies de palissandro encontram-se atualmente protegidas ao abrigo da CITES e a UE deve apoiar as propostas de inclusão de outras espécies de palissandro (Pterocarpus erinaceus, três espécies de 2 A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a Traffic são grandes organizações especializadas no comércio de espécies selvagens e apresentam, antes de cada Conferência das Partes, uma avaliação minuciosa das propostas de alteração dos anexos da CITES PT 4 PT

Guibourtia e Dalbergia spp.) no anexo II da CITES. A União considera que o âmbito de aplicação destas inclusões deve ser definido (através das anotações relevantes) de modo a englobar a maior parte dos produtos exportados dos Estados da área de distribuição em questão, com base nas informações disponíveis e aplicando o princípio da precaução. 8. A posição da União quanto às propostas relacionadas com o tráfico de espécies selvagens deve ser coerente com as três prioridades identificadas no Plano de Ação da UE contra o tráfico de animais selvagens, a saber: Prevenir o tráfico de animais selvagens e combater as suas causas profundas; Aplicar e fazer cumprir as normas vigentes e combater mais eficazmente a criminalidade organizada contra a vida selvagem; e Reforçar a parceria global entre países de origem, consumidores e de trânsito contra o tráfico de animais selvagens. 9. Em conformidade com a primeira prioridade, a União apoia uma melhor proteção, através da CITES, das espécies atualmente importadas para UE a níveis insustentáveis ou ilegalmente (nomeadamente para o comércio de animais exóticos de estimação). Portanto, a União apoia as propostas de alteração dos anexos relativas ao macaco-degibraltar (Macaca sylvanus), ao papagaio-cinzento (Psittacus erithacus) e a várias espécies de répteis. A União apoia ainda a inclusão no anexo II do peixe cardinal de Banghai (Pterapogon kauderni), em reconhecimento do facto de que as informações disponíveis parecem indicar que os critérios para a inclusão na lista são preenchidos, salientando, contudo, que devem realizar-se debates adicionais com a Indonésia, que é o único Estado da área de distribuição da espécie, a fim de verificar se é possível chegar a acordo relativamente a uma abordagem comum para o comércio sustentável desta espécie. 10. Ao abrigo da primeira prioridade, a União apoia igualmente a adoção de uma resolução sobre as atividades que facilitam a corrupção levadas a cabo em violação da Convenção CITES e de recomendações e orientações adicionais com vista a reduzir a procura de produtos de espécies selvagens de origem ilegal. Certificar-se-á de que as decisões acordadas na CoP17 da CITES tomam em consideração as necessidades e os interesses das comunidades rurais que as poderão afetar. 11. Em conformidade com a segunda e terceira prioridades, a União apoia medidas sólidas para a aplicação da Convenção pelas suas Partes e defende um calendário claro com mecanismos de controlo (nomeadamente possíveis sanções comerciais) das partes que persistam em não cumprir as suas obrigações nos termos da CITES. O que precede é de especial importância para combater a caça furtiva e o tráfico que afetam os elefantes (ver abaixo), os rinocerontes, os grandes felinos asiáticos, o palissandro e os pangolins. A este respeito, a União deve apoiar ainda a proposta de uma resolução destinada a fornecer melhores garantias de que os animais selvagens não são comercializados de forma fraudulenta como animais criados em cativeiro. 12. A caça furtiva de elefantes e rinocerontes e o tráfico de marfim e de cornos de rinoceronte continuam a um nível assustadoramente elevado. Tal permanece uma grande preocupação para a UE e a prioridade da UE em todos os pontos da ordem de trabalhos relacionados com elefantes deve ser o apoio a ações que combatam diretamente este problema, tomando em consideração, nomeadamente, as prioridades identificadas no estudo financiado pela UE intitulado «Larger than Elephants. Inputs for an EU strategic Approach to a wildlife conservation in Africa». No que diz PT 5 PT

respeito aos elefantes, realizaram-se progressos positivos em alguns países da área de distribuição, de trânsito e de destino, e os planos de ação nacionais sobre marfim (NIAP), desenvolvidos em 19 países nos termos de decisões tomadas na última Conferência das Partes da CITES, foram fundamentais na promoção dessas mudanças. Resta ainda muito a fazer, especialmente nos países que continuam a ser «pontos críticos» para a caça furtiva de elefantes e o tráfico de marfim. Para este efeito, a União deve apoiar o reforço dos NIAP e o reforço do controlo da sua aplicação pelas Partes em causa, nomeadamente a imposição de sanções comerciais em casos de incumprimento persistente no que se refere à tomada de medidas adequadas contra a caça furtiva de elefantes e o tráfico de marfim. 13. A União salienta que as Partes apresentaram inúmeras propostas, muitas vezes contraditórias, relativas ao comércio de marfim. Atualmente, comércio internacional de marfim está proibido nos termos do quadro da CITES. A União considera que as condições para voltar a autorizar este comércio não são preenchidas e não apoia as propostas de reabertura deste comércio na CoP17 da CITES. A União salienta que não se verificaram progressos no que diz respeito ao desenvolvimento do mecanismo decisório com vista a um processo de comércio de marfim e considera que não existe uma necessidade urgente de chegar a acordo sobre o referido mecanismo na CoP17. A União não se opõe à continuação da presente discussão no futuro, mas essa discussão deve ocorrer apenas após a diminuição significativa da caça furtiva de elefantes e do tráfico de marfim. A União deve ainda incentivar todos os Estados africanos da área de distribuição de elefantes a encetar um diálogo tendo em vista chegar a acordo quanto a uma posição comum neste ponto. 14. A União observa que se verificaram casos nos quais o comércio interno legal de marfim em algumas Partes da CITES facilitou o comércio internacional ilegal de marfim. Nestes casos, a União deve estar disposta a apoiar apelos ao estabelecimento de proibições de tal comércio interno pelas Partes em causa. Portanto, a União deve estar aberta às propostas apresentadas sobre esta questão, desde que o seu âmbito de aplicação seja esclarecido. Nos casos em que a ligação entre o comércio interno legal de marfim e o comércio ilegal de marfim não seja determinada (quer diretamente quando objetos de marfim ilegais são branqueados no mercado interno ou indiretamente quando o comércio legal incentiva a procura adicional de marfim ilegal), não seria adequado a CITES apelar a uma proibição do comércio interno de marfim, especialmente no que se refere aos objetos de marfim adquiridos antes da inclusão dos elefantes africanos no anexo I da CITES em 1990. 15. A União considera que se deve chegar a acordo sobre orientações internacionais no quadro da CITES que proporcionem garantias de que os troféus de caça das espécies enumeradas nos anexos I e II da CITES são provenientes de fontes legais e sustentáveis. Além disso, a União apoia o aumento do escrutínio por parte do Comité dos Animais da CITES no que se refere à definição de quotas de exportação aplicáveis aos troféus de caça das espécies constantes do anexo I, nomeadamente de leopardos e leões. 16. A União deve ainda procurar minimizar o encargo administrativo sobre as pessoas e os operadores económicos relativo aos movimentos transfronteiriços de produtos constantes das listas da CITES, sempre que existam preocupações limitadas de que tais movimentos sejam suscetíveis de afetar negativamente a espécie em causa. Designadamente, é este o caso dos músicos e do comércio de produtos acabados fabricados a partir de algumas espécies da CITES. PT 6 PT

17. A crise do tráfico de espécies selvagens, em conjugação com o alargamento do âmbito de aplicação da CITES a novas espécies e Partes, significa que, nos últimos anos, mais atividades passaram a ser englobadas pela CITES e que o volume de trabalho do Secretariado da CITES aumentou consideravelmente. A União deve tomar estes desenvolvimentos em consideração ao decidir as suas prioridades na CoP17 e o futuro orçamento para o Secretariado da CITES. PT 7 PT