ÀREAS DE CONHECIMENTO 1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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Transcrição:

7 ÀREAS DE CONHECIMENTO 1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

8 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PRIVADA DE SAÚDE SOBRE O ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO Aluna: Lidiane Cristina da Silva Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2010, a rede privada aposta na mudança do modelo de atenção à saúde, priorizando o acesso rápido e fácil aos atendimentos de qualidade e principalmente resolutivos, de acordo com as necessidades e direitos de seus clientes. Perceber a visão dos pacientes se tornou um grande subsídio para ampliar a qualidade dos serviços de fisioterapia, tendo como foco não somente o usuário, mas também a evolução dos processos envolvidos (ESPERIDIÃO e TRAD, 2006; SOUZA, GRIEBELER e GODOY, 2007; MACHADO e NOGUEIRA, 2008). A satisfação dos pacientes com os cuidados recebidos amplia a chance de o tratamento evoluir positivamente, acelerando o processo de cura e favorecendo a relação terapeutapaciente. O cliente que está satisfeito com o serviço tende a permanecer fiel ao tratamento (GOLDSTEIN, 2000). OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede privada de saúde, nas cidades de Jundiaí- SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de questionário de satisfação. MÉTODO: Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e realizado em dez clínicas de fisioterapia da rede privada. Todos os voluntários eram pacientes do atendimento fisioterapêutico, de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, com capacidade cognitiva para ler e responder o questionário autoaplicável e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, concordando em participar. O questionário autoaplicável utilizado foi extraído da pesquisa de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e adequado socioculturalmente, contemplava características sociodemográficas e aspectos sobre satisfação do paciente, em que os itens que abordam a satisfação continham escala do tipo intervalar. Foram apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovaloresfoi utilizado o teste Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia entre 0 e 1, tendo 0,50 como patamar

9 mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o teste de Spearman para análise da correlação entre a idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas como fator formado pelas principais queixas. Foi utilizado o nível de confiança de 95% e programa Stata versão11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO/ DESENVOLVIMENTO: Predominou-se o sexo feminino, média de idade de 51,5 anos, nível de escolaridade superior e alta renda familiar. Em toda amostra as avaliações positivas sobressaíram sobre as negativas. Dentre as queixas encontradas, relacionadas aos aspectos físicos do ambiente, as que obtiveram maior número de respostas negativas foram às condições de acesso às pessoas com deficiência física (13,8%) e o conforto da sala de espera (5,2%). A relação terapeutapaciente, a forma como é conduzido o tratamento e a facilidade em realizar as sessões sempre com o mesmo fisioterapeuta apresentaram alto nível de satisfação, favorecendo a adesão do paciente ao tratamento. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados obtidos e em relação ao objetivo proposto, a população estudada está realmente satisfeita com o atendimento recebido. Foram apontadas queixas relacionadas aos aspectos físicos do ambiente, porém os pacientes encontram-se ainda mais satisfeitos com a relação terapeuta-paciente. Os achados no presente estudo podem embasar ações e melhorias para o atendimento fisioterapêutico privado. PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia; Prática Privada; Participação do paciente. REFERÊNCIAS: 1. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Programa de Qualificação da Saúde Suplementar: Qualificação das Operadoras. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/images/stories/a_ans/transparencia_institucional/indicdores_ de_qualidade/texto_base_aval_des_idss_20090811.pdf>. 2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de usuários: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.10, supl. p. 303-312, 2005. Acesso em: 28 dez. 2015. 3. GOSDSTEIN, Marc S.; ELLIOTT, Steven D.; GUCCIONE, Andrew A. The Development of an Instrumentto Measure Satisfaction WithPhysical Therapy: Journal of the American Physical Therapy Association, [s.l], 2000. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10960933>.

10 4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v.12, n.5, p.401-408, 2010. Disponível em:.acesso em: 28 Dez. 2015. 5. SOUZA, Adriano M.; GRIEBELER, Deizi; GODOY, Leoni P. Qualidade na prestação de serviços fisioterápicos: estudo de caso sobre expectativas e percepções de clientes. Production, São Paulo, vol. 17, n. 3, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-65132007000300004&script=sci_arttext>. AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos às clínicas participantes, pela confiança e apoio.

11 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE SOBRE O ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO Aluna: Carolina Rosa Boarroli Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: A satisfação em relação ao atendimento influencia no tratamento fisioterapêutico, pois quando satisfeito o usuário tende a permanecer leal e seguir as orientações profissionais, colaborando com o tratamento (BEATTIE et al, 2002; SUDA, UEMURA e VELASCO, 2009). Avaliação é um relevante instrumento que agrega conhecimento através das evidencias coletadas, para que órgãos de saúde embasem planejamentos e ações na busca por qualidade em saúde, atuando com maior assertividade nas necessidades dos usuários (BRASIL, 2004; BRASIL, 2009; FRÉZ e NOBRE, 2011). É relevante verificar se as dificuldades que o Brasil enfrenta na saúde pública afetam o atendimento fisioterapêutico, avaliando através da satisfação dos usuários, além de poder proporcionar diretrizes para melhorias, influenciando positivamente na qualidade do atendimento para o cidadão. OBJETIVOS: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede pública de saúde, nas cidades de Jundiaí- SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de um questionário de satisfação. MÉTODO: Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer nº 1.532.631) e realizado em duas clínicas de fisioterapia da rede pública. Todos os voluntários eram pacientes do atendimento fisioterapêutico, de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, com capacidade cognitiva para ler e responder o questionário autoaplicável e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, concordando em participar. O questionário autoaplicável utilizado foi extraído da pesquisa de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e adequado socioculturalmente, contemplava características sociodemográficas e aspectos sobre satisfação do paciente, em que os itens que abordam a satisfação continham escala do tipo intervalar. Foram apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovalores foi utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia entre 0 e 1, tendo 0,50 como o patamar mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o teste de Spearman para análise da correlação entre a idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas com o fator formado pelas principais queixas. Foi utilizado nível de

12 confiança de 95% e o programa Stata versão 11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Predominou-se baixo nível socioeconômico, contudo não interferiu na avaliação crítica. As insatisfações referem-se a aspectos organizacionais e estruturais, porém o descontentamento não superou a satisfação, indicando que possíveis esperas prolongadas e déficits estruturais do SUS não afetam gravemente a satisfação. A principal queixa foi o transporte para a fisioterapia (19%). Em contrapartida, a localização obteve apenas 3,5% de insatisfações, sugerindo que o meio de transporte é uma barreira, e não à distância. A relação terapeuta-paciente apresentou elevados níveis de satisfação, reiterando à adesão ao tratamento. A satisfação geral foi alta, justificada pela a ausência de respostas negativas. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos objetivos propostos e resultados alcançados, pode-se dizer que a população analisada está satisfeita com o atendimento recebido, em que as maiores satisfações relacionam-se ao fisioterapeuta e paciente. Enquanto as insatisfações referem-se a aspectos organizacionais, estruturais e dificuldade de transporte. Esses achados podem embasar ações de melhorias ao atendimento fisioterapêutico. PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente; Fisioterapia; Sistema Único de Saúde (SUS). REFERÊNCIAS: 1. BEATTIE, Paul F. et al. Patient Satisfaction With Outpatient Physical Therapy: Instrument Validation. Journal of the American Physical Therapy Association. Jun. 2002. Disponível em: <http://ptjournal.apta.org/content/82/6/557.full>. Acesso em: 22 dez. 2015. 2. BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS: ParticipaSUS, Brasília, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_estrategica_participasus_2ed.pdf> Acesso em: 16 jan. 2016. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS), Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/ resources/ses/perfil/gestor/homepage/auditoria/manuais/pnassprograma_nacional_de_ avaliacao_de_servicos_de_saude.pdf> Acesso em: 17 jan. 2016.

13 4. FRÉZ, Andersom Ricardo; NOBRE, Maria Inês Rubo de Souza. Satisfação dos usuários dos serviços ambulatoriais de fisioterapia da rede pública. Fisioterapia em Movimento (Impr.), v.24, n.3, p.419-428, Curitiba, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-5150201100030 0006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015. 5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA, Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-43, [s,l.] 2007. Disponível em: <http://www. revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2016. 6. SUDA, Eneida Yuri; UEMURA, Missae Dora; VELASCO, Eliane. Avaliação da satisfação dos pacientes atendidos em uma clínica-escola de fisioterapia de Santo André, SP. Fisioterapia e Pesquisa, v.16, n.2, p.126-131, São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1809-29502009000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015. AGRADECIMENTO: Agradecemos às clínicas participantes, pela confiança e apoio.

14 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE SOBRE O ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO Aluna: Anita Franco de Godoy Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: A qualidade do serviço de saúde começou a ter maior ênfase com o início de pesquisas sobre assistência à saúde, sendo de grande importância à participação do usuário, para avaliar o grau de satisfação sobre o atendimento oferecido (ESPERIDIÃO, 2005; HERCOS, 2006; MACHADO, 2008). Com a grande gama de planos de saúde disponíveis, o usuário busca por um que atenda suas necessidades e que possa superar suas expectativas, tornando-lhe satisfeito. Casserley-Feeney et al (2008) em sua pesquisa sobre a dor musculoesquelética, observou que conhecer a satisfação dos pacientes sobre os serviços ofertados é importante para os fisioterapeutas poderem melhorar a relação terapeuta-paciente a fim de elevar o grau de satisfação desse usuário e contudo uma melhor a adesão ao tratamento proposto. OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do atendimento fisioterapêutico oferecido pelos planos de saúde, nas cidades de Jundiaí-SP e Várzea Paulista-SP. MÉTODO: Estudo transversal e observacional, com amostragem consecutiva, composto por 58 pacientes voluntários de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, que utilizavam o atendimento fisioterapêutico nas clínicas participantes da pesquisa que possuíam cobertura dos planos de saúde. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário autoaplicável extraído da pesquisa de Moreira et al (2007), sendo este validado e adequado socioculturalmente pelos autores. Os pacientes foram abordados na sala de espera das clínicas enquanto aguardavam serem chamados para o atendimento, após preenchimento do TCLE os usuários respondiam o questionário. Com os dados coletados, os mesmos foram tabulados no Programa MS Excel 2010 para posterior análise estatística. As variáveis qualitativas foram apresentadas por frequência absoluta e relativa, as variáveis quantitativas foram apresentadas por média (desvio padrão), mínimo e máximo. Foi realizado uma análise de componentes fatoriais com intuito de sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovalores foi utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia de entre 0 e 1, tendo 0,50 como o patamar mínimo de adequabilidade. E por fim, foi realizado o teste de Spearman para analisar se existe correlação entre idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas com o fator formado pelas principais queixas. Para todas as análises utilizou-se nível de

15 confiança de 95%. O programa utilizado foi o Stata versão 11,0. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Através dos dados obtidos notou-se predomínio do sexo feminino 60,3%, idade 47 anos, escolaridade 2º Grau Completo (37,9%) e renda familiar de 38% equivalente 1 a 3 salários. A oportunidade dada pelo terapeuta para o paciente expressar opinião atingiu alto grau de satisfação (37,9%) classificada excelente. Sob a forma de condução do tratamento pela equipe, destacou- se avaliações ótimo e excelente. O agendamento e atendimento, obtiveram porcentagem superior à 30% classificada como ótimo. Queixas referente ao atendimento e condições da instituição foram apontadas: Condições de acesso para deficientes, conveniência na localização da unidade e facilidade para deslocar dentro do serviço. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados obtidos e respondendo ao objetivo proposto deste estudo, foi possível identificar que os usuários dos planos de saúde estão satisfeitos com o atendimento recebido, sendo possível através deste estudo a manutenção dessa satisfação através dos apontamentos relatados pelos usuários e de constantes avaliações. PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente, Fisioterapia, Prática privada. REFERÊNCIAS: 1. CASSERLEY-FEENEY, Sarah N. et al. Patient Satisfaction with private Physiotherapy for musculoskeletal Pain. BMC Musculoskeletal Disorders. [s.l], 2008. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmc2359748/?tool= pubmed>. Acesso em: 14 jan. 2016. 2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de usuários. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, supl. p. 303-312, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s141381232005000500031&ln g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015. 3. HERCOS, Benigno Vicente Santos; BEREZOVSKY, Adriana. Qualidade do serviço oftalmológico prestado aos pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde - SUS. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. v.69, n.2, p.213-219, São Paulo, 2006. Disponível em:

16 <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s000427492006000200015&ln g=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 fev. 2016. 4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. v.12, n.5, p.401-408, São Carlos, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s141335552008000500010&ln g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015. 5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA, Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-43, [s.l], 2007. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2015. AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Gratidão as professoras orientadoras, os responsáveis pelas clínicas participantes, aos voluntários e as colegas de trabalho pela elaboração desta pesquisa.

17 ANÁLISE DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM IDOSOS COM DIABETES MELLITUS SUBMETIDOS A EXERCÍCIOS Aluna: Laila Waleska Dos Santos Felipe Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) que é um marcador quantitativo da atividade autonômica cardíaca, que compreende as oscilações entre os intervalos dos batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR), e ainda refletem as modificações resultantes da atuação do SNA sobre o comportamento da frequência cardíaca, ou seja, sobre o nódulo sinusal 11. Assim, com intuito de promover a saúde e prevenir complicações provenientes das patologias a disfunção autonômica pode fornecer explicações alternativas para sintomas comuns observados em indivíduos de doenças crônicas como a DM 8. OBJETIVO: Analisar a modulação autonômica cardíaca em idosos com DM Tipo II submetidos a exercícios aeróbicos MÉTODO: Após preenchimento do TCLE, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu punho, o receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos foram mantidos em decúbito dorsal e permanecerão em repouso por 10 minutos para a captação basal da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro da marca Movement para o treino aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino atingindo 60% da Frequência Cardíaca máxima(fcmax.). No início e a cada 5 minutos do treino foram colhidas as medidas de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Logo após os 25 minutos de treino o paciente foi orientado a deitar-se em decúbito dorsal por 30 minutos onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi dividido em seis momentos: o M1 período de 10 minutos de repouso; o M2 os 20 minutos intermediários do período de exercício, e o M3 que consistiu no período de recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi dividida em três novos momentos. Momento chamado de Recuperação 1 (R1) compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida ( Recuperação

18 2 R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós exercício também foram colhidos as medidas de PAS, PAD, FR no primeiro, terceiro e quinto minuto e a partir do quinto minuto de 5 em 5 minutos até o trigésimo minuto. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Participara 10 indivíduos, foi encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma queda até a linha basal. Os resultados demostram que durante os momentos da atividade física do idoso com DM não há diferenças da VFC, não ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício. Porém, foi encontrado um aumento da VFC durante a atividade física e queda no começo da recuperação seguido de um aumento. Quando se olha para os índices específicos, o sistema nervoso parassimpático (SNP) através da atuação vagal apresenta um aumento da VFC e já o sistema nervoso simpático (SNS) apresentou uma queda da VFC durante todos os estágios da atividade. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: A modulação autonômica cardíaca de idosos com Diabetes Mellitus tipo 2 submetidos a exercícios aeróbicos não apresentou alterações significativas entre os estágios do exercício, não havendo diferença estatística em relação ao domínio do tempo e da frequência cardíaca. Porém, evidenciou-se que possivelmente a patologia produz alterações na VFC que associada ao envelhecimento mostram falha crescente atuação do SNA sobre o coração e que o exercício para indivíduos com essas condições é de grande valia por oferecer um efeito contrário ao que patologia aplica. PALAVRAS-CHAVE: idosos, Diabetes Mellitus, Modulação autonômica cardíaca. REFERÊNCIAS: 1. CEJUDO P.; BAUTISTA J.; MONTEMAYOR T.; et al. Exercise training in mitochondrial myopathy: a randomized controlled trial. Muscle Nerve, 32:342-50, [s.l], 2005. 2.. Comparação entre Três Métodos Diagnósticos. Arq Bras Cardiol. v. 1, p.85-91, [s.l], 2005. 3. FERREIRA, M.T., MESSIAS M.; VANDERLEI L.C.M.; Caracterização do comportamento caótico da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em jovens saudáveis. Tendências em Matemática Aplicada e Computacional, [s.l], 2010.

19 4. JOLDBERGER J.J.; LE F.K.; LAHIRI M.; et al. Assessment of parasympathetic reactivation after exercise. Am J Physiol Heart Circ Physiol, [s.l], 2006. 5. LONGO, A ; FERREIRA, D.; CORREIA, M. J. Variabilidade da Frequência Cardíaca. Rev. Port. Cardiol, [s,l], 1995. 6. PARDINI R.; MATSUDO S.; MATSUDO T.A.V.; et. al. Validação do questionário internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros., Rev. Bras. Ciên. e Mov., 9(3): 45-51, [s.l], 2001. 7. PUMPRLA J.; HOWORKA K.; GROVES D.; et. al. Functional assessment of heart rate variability: physiological basis and practical applications. Int J Cardiol, [s.l], 2002. 8. RAIMUNDO R.D.; GODLESKI J.J.; Heart rate variability in metabolic syndrome. Journal of Human Growth and Development. [s.l], 2014. 9. ROCHA R.M.; ALBUQUERQUE D.C.; FILHO F.M.A.; Variabilidade da frequência cardíaca e ritmo circadiano em pacientes com angina estável. Rev Socerj, [s.l], 2005. 10. RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012. 11. SCHMIDT M.L.; DUNCAN B.B.; SILVA G.A.; MENEZES A.M.; et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Carga e desafios atuais. The Lancet. v.4 p.61-74. [s.l], 2001. 12.TÂNIA R.; BENEDETTI B.; ANTUNES P.C.; et. al. Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Rev Bras Med Esporte. v.13 p.11-16, [s.l], 2001 13.. Task force of the european society of cardiology and the north american society of pacing and electrophysiology: Heart rate variability: standards of measurement, physiological interpretation and clinical use. Circulation. v. 93 p.1043-1065, [s.l], 1996

20 14.TERATHONGKUM S.; PICKLER R.H.; Relationships among heart rate variability, hypertension, and relaxation techniques. Journal of Vascular Nursing. v.22, p.78-82, [s.l], 2004. 15. WHO. The 10 leading causes of death in the world, 2014 Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/> Acesso em: 18 jul. 2014. 16.WRIGHT N.C.; KILMER D.D.; MCCRORY M.A.; et. al. Aerobic walking in slowly progressive neuromuscular disease: effect of a 12-week program. Arch Phys Med Rehabil, v.77, p.64-9, [s.l], 1996. AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos a direção do Centro Universitário Padre Anchieta e ao coordenador do curso de fisioterapia Prof. Dr. Danilo Roberto Xavier de Oliveira Crege por todo apoio e incentivo a pesquisa no curso de fisioterapia

21 ANÁLISE DE ÍNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO Aluna: Amanda Karine Baptista Coletti Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento considerado um meio natural, dinâmico, progressivo e inerente a todo ser humano (Perfis dos Idosos Responsáveis pelo Domicílio, IBGE). Desta maneira, a população brasileira entra em um processo de transformação em sua estrutura etária, com estreitamento da base e aumento do topo da pirâmide, consequentemente, envelhecimento da população (Síntese de Indicadores Sociais Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, IBGE, 2010b). Uma das principais repercussões é a prevalência de doenças crônicas nessa faixa etária acima de 60 anos que já considera-se o individuo idoso (CARVALHO et al.,2003). Entre estas doenças temos a síndrome metabólica (SM) que pode ser definida como uma doença multifatorial, onde o aumento da circunferência abdominal e a hiperinsulinêmica são os principiais fatores de risco envolvidos (Síntese de Indicadores Sociais,IBGE,2010b). Segundo a classificação proposta pelas diretrizes do National Cholesterol Education Program s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP-III), pode ser considerada SM quando estão presentes três dos cinco critérios seguintes: Obesidade central (circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem); Hipertensão Arterial (pressão arterial sistólica igual ou maior que 130mmHg e/ou pressão arterial diastólica igual ou maior que 85 mmhg); Glicemia alterada (glicemia acima de 110 mg/dl ou diagnóstico de Diabetes); Triglicerídeos maior que 150 mg/dl e/ou HDL colesterol menor que 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres) (FILHO, 2008).Pequenas alterações cardíacas podem ocasionar modificações no sistema nervoso autonômico (SNA) que influência no controle do sistema cardiovascular por meio da interação das vias parassimpáticas e simpáticas modificando a frequência cardíaca (FC) através de ajustes de situações e ambientes adversos (VANDERLEI, 2009). O estudo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é um método não invasivo muito utilizado na avaliação do risco de morbidade e mortalidade cardiovascular, através da verificação do equilíbrio do sistema nervoso autônomo fornecendo um indicador sensível e antecipado de comprometimentos na saúde (RAIMUNDO, 2013). Visando a promoção de saúde e prevenção de complicações provenientes das patologias, a disfunção autonômica pode fornecer outras explicações

22 alternativas para sintomas comuns observados nesses indivíduos e doenças associadas (NAJAS, 2009). OBJETIVOS: Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos índices lineares em idosos com síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico. MÉTODO Os idosos selecionados foram submetidos a caminhada em esteira ergométrica por 25 minutos, seguido de 25 minutos de repouso em sedestação. Os dados cardíacos foram coletados utilizando um monitor cardíaco de frequência (POLAR), e posteriormente analisados a VFC que é obtida por diversos métodos, sendo que na presente pesquisa foi abordada apenas o métodos linear no índices domínio de tempo e analise dos índices geométricos, sendo eles índices: SDNN, rmssd, pnn50, HF e LF. Após a filtragem digital, o sinal foi dividido em seis momentos: o M1 período de 10 minutos de repouso; o M2 os 20 minutos intermediários do período de exercício, e o M3 que consistiu no período de recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi dividida em três novos momentos. Momento chamado de Recuperação 1 (R1) compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida ( Recuperação 2 R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. RESULTADOS E DISCUSSÃO/DESENVOLVIMENTO: Observa-se uma prevalência do sexo feminino (80%), grau de escolaridade - ensino fundamental incompleto (60%) e ocupação atual em ambiente interno (100%). Em relação ao nível de atividade física segundo o IPAQ 60% dos participantes são considerados irregularmente ativos, porém praticantes de atividade física (60%). Sendo que nenhum faz uso medicamento. Os resultados supracitados demonstram que entre os momentos da atividade física do idoso com síndrome metabólica não ha diferenças, ou seja, não ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício. Porém, de modo geral, foi encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma queda até a linha basal. Já o sistema simpático, apresentou uma queda importante no começo do exercício até a recuperação 3. Sabe-se que durante o exercício físico tanto o sistema nervoso simpático e parassimpático atuam em conjunto influenciando a atuação da frequência cardíaca (FC). Deste modo, no começo e durante a atividade física a tendência da FC é aumentar devido a inibição do reflexo de vagal e na fase de recuperação há uma atuação conjunta dos dois sistemas, com predominância do parassimpático (Almeida,2012). Em idosos, devido o processo de envelhecimento, ocorre algumas mudanças nesse panorama. Após o exercício, há um declínio na modulação cardíaca, portanto uma redução da VFC, com predomínio do sistema simpático e diminuição da atividade parassimpática (Boemeke et al, 2011; Pletsch,2008). Uma das explicações desse processo é que o envelhecimento, sendo parte do processo natural, pode alterar mecanismos neuro-humorais que controlam o sistema cardiovascular.

23 A redução vagal e FC tem sido observada em indivíduos idosos por diversos motivos como: alteração da modulação vagal com a influência parassimpática na função do nodo sinoatrial, disfunções na atividade neural aferente, central ou eferente. Em contrapartida, com a redução vagal, pode ser visualizado o aumento da atividade simpática (Mostarda, 2009). Em idosos com SM ocorre, entre outras disfunções, o acometimento do sistema nervoso autônomo (SNA) com a ativação do componente simpático estando assim associado com aumento do risco cardiovascular (Lopes,2006). Colombo,2013 cita em seu estudo com idosos com a SM submetidos a exercicios aerobicos a curto praso a variedade de beneficios que podem ser alcançados por esses individuos como a mlehora da capcidade fisica, redução da mortalidade, reduzir pressão sanguinea sitemica, a necessidade de insulina, alem da dieta e da perda de peso, Colombo comenta que o exercicio fisico torna-se o pilar na administração da SM, no entando a inatividade fisica pode ser uma caracteristica prevalente em obesos e sobrepeso. No estudo de Buchheit,2003 relata que atividade física,a longo prazo, feita em idosos saudáveis pode ser associada a maior VFC. Albinet,2010 também relatou em seu estudo que idosos saudáveis submetidos a exercícios aeróbicos ocorre um aumento da VFC. Estudos realizados com praticantes de atividade físicas regulares, mostra que a pratica regular de atividade física intensa durante 3 semanas, dentre eles LF/HF onde não revelaram mudanças significativas na VFC (Atlaoui D,2006). Este estudo apresenta algumas limitações que devem ser consideradas ao analisar os seus resultados entre elas: numero reduzido de participantes e a impossibilidade de estabelecer relação de causalidade entre as associações encontradas, por se tratar de um estudo transversal. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que entre os momentos da atividade física do idoso com SM não houve diferenças, ou seja, não ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício. Porém, de modo geral, foi encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma queda até a linha basal. Sugeri-se a continuidade do trabalho com uma quantidade maior de voluntários e verificar se haverá alteração nos resultados. PALAVRAS-CHAVE: idosos, Modulação autonômica cardíaca, exercícios físicos. REFERÊNCIAS: 1. ALBINET, C.T.; et al. Increased heart rate variability and executive performance after aerobic training in the elderly. European journal of applied physiology v.109, n.4, p.617-624, [s.l.], 2010.

24 2. ALMEIDA, M.B.; SILVA, S.S.; SILVEIRA, A.P.S.; Respostas agudas da variabilidade da frequência cardíaca ao exercício. EFDesportes,com, Revista Digital. v. 16, n.164, Buenos Aires, 2012. 3. ATLAOUI, D.; et al. Variabilidade da frequência cardíaca, variação de treinamento e desempenho em nadadores de elite. International Journal of Sports Medicine, v. 28, n. 05, p. 394-400, 2007. 4. BOEMEKE, Gabriela; et al. Comparação da variabilidade da frequência cardíaca entre idosos e adultos saudáveis. e-scientia, v. 4, n. 2, p. 3-10,[s.l.], 2011. 5. BUCHHEIT, M.; SIMON, C.; VIOLA, A.; et. al. Heart rate variability in sportive elderly: relationship with daily physical activity. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 36, p. 601-605, [s.l.], 2004. 6. CARVALHO T.D.; PASTRE C.M.; ROSSI R.C.; et. al. Geometric index of heart rate variability in chronic obstructive pulmonary disease. Rev Port Pneumol. v. 17, n. 3, [s.l.], 2011 Filho W.J.; Gorzoni M.L.; Geriatria e Gerontologia: O que todos devem saber. São Paulo: Roca, 2008. 7. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais. Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2010 8. LOPES, H. F.; EGAN, B. M. Desequilíbrio autonômico e síndrome metabólica: parceiros patológicos em uma pandemia global emergente. Arq Bras Cardiol, v. 874, p. 538-547, [s.l.], 2005. 9. MOSTARDA, Cristiano; et al. Hipertensão e modulação autonômica no idoso: papel do exercício físico. Rev Bras Hipertens, v. 16, n. 1, p. 55-60, [s.l.],2009. 10. NAJAS, M.S.; Nebuloni, C.C.; Avaliação Nutricional In: Ramos, L.R.; Neto J. T. Geriatria e Gerontologia. v. 1, p. 299, Barueri: Manole; 2005.

25 11.. Perfis dos Idosos Responsáveis pelos Domicílios. Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm> Acesso em: 07 fev.2017 12. PLETSCH, A. H. M. Estudo comparativo da modulação autonômica da frequência cardíaca em repouso de idosos hipertensos e diabéticos. [s.l.], 2008. 13. RADHAKRISHNAN, Jeyasundar.; et al. Effect of an IT-supported home-based exercise programme on metabolic syndrome in India. Journal of telemedicine and telecare, v. 20, n. 5, p. 250-258, [s.l.], 2014. 14. RAIMUNDO R.D.; et al. Heart Rate Variability in Stroke Patients Submitted to an Acute Bout of Aerobic Exercise. v. 4 p. 488 499, [s.l.], 2013. 15. VANDERLEI, L.C.; et al. Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v. 24 p. 205-217, [s.l.], 2014. AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Grata ao meu Deus, porque dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Agradeço as minhas orientadoras Juliana Regis e Laura Pereira a todo o apoio, incentivo e auxilio, aos colaboradores que me auxiliaram Isabele Abreu e Lauren Morel, ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do UniAnchieta pela oportunidade oferecida e a minha base: Alexandra Elias, minha mãe.

26 ÍNDICES GEOMÉTRICOS DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACADA EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO Aluna: Isabele Cristina Bertolani Abreu Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: Dentre as doenças crônicas de maior incidência em idosos está a Síndrome Metabólica (SM), que pode ser definida como uma doença multifatorial, onde o aumento da circunferência abdominal e a hiperinsulinemia são os principiais fatores de risco envolvidos, além de alterações na pressão arterial e nas concentrações de triglicerídios e Colesterol HDL (FORD, 2005). Desta forma, a taxa de mortalidade é 2,5 vezes maior quando problemas cardiovasculares estão associados à SM, sendo de primordial importância a necessidade de detectar o mais precocemente possível sua ocorrência, para que o tratamento a ser realizado seja o mais eficaz possível (SANTOS et al., 2015). Tendo em vista que a função cardíaca é regulada pela interação dos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo (SNA), a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) possibilita a investigação das oscilações nos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR), que estão relacionadas às influências do SNA sobre o nódulo sinusal. (ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003; GREGOIRE et al., 1996). As práticas regulares de baixa intensidade mostraram-se eficazes para redução dos riscos da Síndrome Metabólica, tanto quanto treinamento competitivo (DAVINI et al., 2004). A análise da VFC no domínio tempo pode também ser efetuada utilizando os seguintes métodos geométricos: índice triangular (RRtri), interpolação triangular de histograma de intervalos NN (TINN) e plot de Poincaré. A grande maioria dos trabalhos avaliam a VFC utilizando métodos lineares, havendo poucos trabalhos que utilizem métodos geométricos para avaliar pacientes acometidos de SM, justificando nossa pesquisa. (VANDERLEI et al., 2010). OBJETIVOS: Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos índices geométricos em idosos com síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico. MÉTODO: Após preenchimento da ficha de Anamnese, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu punho, o receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos, idosos portadores de Síndrome Metabólica, foram mantidos em sedestação e permaneceram em repouso por 10 minutos para a captação basal da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro (Movement) para o treino aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino

27 atingindo 70% da FCmax. No início do treino foram colhidos as medidas de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), respiratória (FR) e saturação de oxigênio (SO2). Logo após os 25 minutos de treino o paciente foi orientado a sentar-se por 25 minutos onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi dividido em seis momentos: o M1 período de 10 minutos de repouso; o M2 os 20 minutos intermediários do período de exercício, e o M3 que consistirá no período de recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi dividido em três novos momentos. Recuperação 1 (R1) compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida ( Recuperação 2 R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós-exercício foram colhidas as medidas de PAS, PAD, FR nos minutos 1, 3, 5, 10, 15, 20 e 25. O RRtri e o TINN são calculados a partir da construção de um histograma de intervalos RR normais, o qual mostra, no eixo horizontal (eixo x), o comprimento do intervalo RR, e o eixo vertical (eixo y), quantas vezes cada ocorreu. A união dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um triângulo e a largura da base deste triângulo expressa à variabilidade dos intervalos RR, um índice de VFC pode ser facilmente calculado a partir de regras geométricas simples, levando-se em conta a área e a altura do triângulo. O plot de Poincaré é um método quantitativo baseado nas mudanças da modulação simpática ou parassimpática da FC sobre os intervalos subsequentes, onde cada intervalo RR é representado como uma função de RR (i-t), onde i é o intervalo e T é um atraso pré-definido usado para um sinal RR, e por análise quantitativa pode-se calcular os desvios-padrão das distâncias dos intervalos RR chamados de SD1 (desvio-padrão da variabilidade instantânea batimento a batimento em curto prazo), SD2 (desvio-padrão a longo prazo dos intervalos RR contínuos) e a relação SD1/SD2. Os dados foram analisados no programa EPIINFO e SPSS 13.0, aplicando-se os testes Shapiro-Walk para verificação de normalidade, e o teste ANOVA one-way para comparação das variáveis numéricas entre os momentos da atividade. Em todos os testes fixou-se em 5% (p<0,05) o nível para rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: PAS média dos participantes não apresentou diferença significante, mas verificou-se redução numérica (136±8,94 Antes, 120±12,2 em R3, p=,245). FC e FR apresentaram tendência de melhora (72,4±8,84 para 69,8±5,89 e de 20±7,03 para 16±1,73, respectivamente), sem significância estatística (p=,443 e p=,243). Não verificou-se diferença estatística nos índices PAD, SaO2, TINN, RRtri, SD1, SD2 e SD1/SD2 mas mostraram tendência de melhora, corroborando

28 diversos estudos que analisaram os benefícios dos exercícios aeróbicos, de treinos de resistência com efeito hipotensivo e da dieta em idosos e em pacientes com Síndrome Metabólica. CONCLUSÕES: O presente estudo concluiu que a atividade aeróbica proposta não afeta a modulação autonômica e a VFC de idosos com Síndrome Metabólica imediatamente, entretanto sugerimos a realização de novos estudos para verificação destes achados, idealmente com uma amostra maior. PALAVRAS-CHAVE: idosos, síndrome metabólica, exercícios físicos. REFERÊNCIAS: 1. ACHTEN, J.; JEUKENDRUP, A. E. Heart rate monitoring: applications and limitations. Sports Med, v. 33, n. 1, p. 517-538, [s.l.], 2003. 2. DAVINI, R.; et al. Frequência cardíaca de repouso e modulação parassimpática cardíaca em atletas idosos e idosos sedentários, fisicamente ativos. Revista de Ciências Médicas de Campinas, v. 13, n. 4, p. 307-315, [s.l.], 2004. 3. FORD, E. S. Prevalencce of the metabolic síndrome defined by the International Diabetes Federation among adults in the U.S. Diabetes Care, v. 28, p. 2745-2749, [s.l.], 2005. 4. GREGOIRE, J. et al. Heart rate variability at rest and exercise: influence of age, gender, and physical training. Can J Appl Physiol. v. 21, n. 6, 455-470, [s.l.], 1996. 5. SANTOS, B. M. P.; et al. Metabolic syndrome in elderly from a northeastern Brazilian city. Int Arch Med, v. 8, n. 20, p. 1-8, [s.l.], 2015. 6. VANDERLEI, L. C.; et al. Noções básicas de variabilidadee da frequência cardíaca e sua aplicabilidade clínica. Rev Bras Cir Cardiovasc, v. 24, n. 2, p. 205-217, [s.l.], 2009. AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos à Prof. Me. Juliana Régis da Costa e Oliveira pela orientação adicional, às colegas Amanda Coletti e Lauren Morel pelo auxílio nas coletas de dados e ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do UniAnchieta pelo suporte financeiro desta pesquisa.

29 RISCO DE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS EM CHEFES DE FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO Aluna: Elisandra Daniele de Lima Orientadora: Profa. Dra.Lívia Marcia Batista Curso: Psicologia INTRODUÇÃO: O trabalho gera no sujeito a sensação de propósito de vida. Desta forma a ausência dele pode gerar ao trabalhador a falta de sentido para sua vida, consequentemente ele pode sofrer sintomas como depressão, ansiedade e desesperança. [...] as consequências psicológicas negativas derivadas do desemprego podem incidir no risco de sofrer transtornos psiquiátricos. Nessa situação, há um menor nível de bem-estar psicológico e menor satisfação com a vida presente, o que inclui aspectos como ameaça à seguridade econômica, perda dos sentidos e do status social, desenvolvimento de sentimentos de inferioridade e de depressão, pessimismo, vergonha, introversão e isolamento social. (ESTRAMIANA, 1992 apud BARROS e OLIVEIRA, 2009, p. 91). Com o aumento de pessoas desempregadas houve desestruturação no âmbito familiar, econômico e biopsicossocial. Considerando que eventos estressantes podem desencadear alterações no humor e vários fatores podem estar associados a quadros de transtornos depressivos o papel da Psicologia é compreender os aspectos subjetivos do indivíduo ao encarar essa situação. As pesquisas sobre desemprego e suas consequências psicológicas começaram a ser desenvolvidas após a depressão econômica originada nos Estados Unidos em 1929. Os estudos realizados neste período concluíram que o desemprego está associado ao aumento de sintomas psicossomáticos, de ansiedade, depressão, baixa autoestima e redução de bem-estar psicológico, fortalecendo outros estudos realizados na década de 1970 e que continuam sendo feitos até hoje (ESTRAMIANA, GONDIM, LUQUE, LUNA E DESSEN, 2012). OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação entre: chefes de família em situação de desemprego e transtornos depressivos, e verificar se o aumento do tempo de desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos desempregados gerando transtornos depressivos, ou seja, se o tempo de desemprego sendo maior, existiria também mais risco para o surgimento da depressão. MÉTODO: A metodologia escolhida para o desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa de campo exploratória, sendo qualitativa e quantitativa. Os instrumentos utilizados foram um dos Inventários da Escala Beck, a Escala de Depressão (BDI-I), adaptado para o Brasil em 2001 por Jurema Alcides Cunha, composta por uma folha de respostas que contém 21 grupos de afirmações que medem a intensidade da depressão, onde o examinando responde de acordo com uma escala de 0 a 3, uma

30 entrevista Semi-estruturada e um Questionário de levantamento Sócio Demográfico, desenvolvidos pela pesquisadora. Estes foram aplicados pela pesquisadora em trabalhadores de diferentes profissões, afastados do mercado de trabalho. Participaram da pesquisa somente as pessoas que não estavam recebendo Seguro Desemprego. Sendo a amostra, 30 pessoas, entre elas homens e mulheres, de 25 a 45 anos que tem como característica exercer a função de chefe de família, ou seja, sua renda do último emprego ter sido a principal da casa, desempregados a mais de seis meses, de diferentes etnias, religiões, profissões, classes sociais e moradores de diferentes cidades do estado de São Paulo, visto que a pesquisa foi realizada na cidade de Jundiaí, interior do estado. A aplicação foi agendada e os participantes foram abordados nos locais pré-estabelecidos para responderem as questões por livre e espontânea vontade, após o projeto ter sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre Anchieta, através do protocolo nº 59883716.8.0000.5386 e os participantes assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que descrevia as informações sobre a pesquisa. Após a aplicação dos instrumentos, os dados referentes ao Questionário Sócio Demográfico e a Escala de Depressão de Beck, foram computados através do programa Statistical Package for the Social Sciences. Buscou-se considerar frequência, desvio padrão, médias e possíveis correlações entre as medidas, visando identificar o grau de significância entre essas variáveis por meio de correlação de Pearson; sendo portanto uma análise quantitativa. A entrevista Semi-estruturada foi analisada pelo conteúdo através de uma análise qualitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Dos entrevistados a maioria apresentou algum índice de depressão, sendo que do total da amostra (n=30), 16 indivíduos apresentaram o escore mínimo, segundo o inventário de Beck. O sintoma depressivo mais descrito entre os entrevistados foi o desânimo, sendo relatado diretamente por 3 dos 30 participantes da pesquisa. Este número se repete na investigação do Pensamento e Ideação Suicida, ou seja, do total da amostra 10% descreveram ter Pensamento ou Ideação Suicida. Observou-se três correlações positivas significativas entre as variáveis investigadas, sendo elas a relação entre Pessimismo e Escore de Depressão (r=0,682, p<0,001), a relação entre Ideação Suicida e Escore de Depressão (r=0,708, p<0,001) e a relação entre Ideação Suicida e Pessimismo (r=0.369, p<0,045). Também identificou-se a relação entre o Histórico de Depressão existente na família do indivíduo desempregado, que apareceu em 30% dos entrevistados, e os itens: Escore de Depressão, Pessimismo, Ideação Suicida e Tempo de Desemprego. O histórico de depressão apresentou correlação positiva com o Escore de Depressão (t [28] = -2,559, p= 0,016) e o Pessimismo (t [28] = -2,595, p= 0,015), porém não apresentou correlação positiva com a variável Ideação Suicida e o tempo de desemprego. Para a variável Exclusão

31 Social obteve-se correlação positiva com o Escore de depressão (t [27,653] = -2.226, p= 0,034). Com relação aos gêneros, não houve diferença significativa na média das variáveis: Escore de depressão, ideação suicida e pessimismo. O que contraria os estudos já realizados, onde verifica-se que mulheres apresentam maior tendência a sintomas depressivos do que os homens (CUNHA, 2001). De acordo com o post hoc de Tukey, observa-se que a prevalência da Ideação suicida é maior entre os sujeitos divorciados com relação aos solteiros, sendo 0,09 a média entre solteiros e 1,5 a média entre os sujeitos divorciados, considerando alfa= 0,05. Por fim, a variável Exclusão Social demonstrou prevalência entre os sujeitos do gênero masculino com 75% entre os entrevistados, apresentando essa percepção apenas 33,3% das pessoas do gênero feminino. Para teste de qui-quadrado de Pearson (X² [1] = 4,861, p= 0,027), verificou-se a significância entre os dados obtidos. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através da análise dos dados, pode-se concluir que o desemprego possui grande influência na depressão, no pessimismo e na ideação de suicida. O histórico de depressão na família do sujeito deve ser levado em consideração, pois foi um dado relevante entre as correlações de escore de depressão e pessimismo dos participantes. No entanto o tempo de desemprego não indicou nenhuma correlação entre as variáveis investigadas, sendo contrário a estudos já realizados por autores como Barros e Oliveira (2009) que dizem que (...) o aumento do tempo de desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos trabalhadores desempregados. Este trabalho pode contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas, investigando quais são as possíveis práticas de profissionais da psicologia e de outras áreas da saúde mental para atuação nesse contexto. Um estudo longitudinal poderia identificar o agravamento na sintomatologia do transtorno depressivo em chefes de família em situação de desemprego. PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Depressivo; Desemprego; Chefes de família. REFERÊNCIAS: 1. BARROS, Celso Aleixo; OLIVEIRA, Tatiane Lacerda. Saúde mental de trabalhadores desempregados. Revista Psicologia Organizações e Trabalho. v.9 n.1, p. 90. jun. Florianópolis, 2009. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1984-66572009000100006. Acesso em: jan. 2016.