Boletim de Conjuntura

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Transcrição:

Índice Evolução do Mercado e dos Encargos do SNS com Medicamentos p.1 Conjuntura Macroeconómica e Política p. 3 Conjuntura Legislativa e Regulamentar p. 4 Estudos e Publicações p.4 Destaques na Comunicação Social p. 4 Evolução do Mercado e dos Encargos do SNS com Medicamentos Mercado Ambulatório Evolução do Mercado Farmacêutico Mercado (PVA) Nov.18 V.H. (%) YTD 2018 V.H. (%) M. Valor (M ) 165,0 +2,8% 1.778,3 +2,6% M. Volume (M. Emb.) 21,5 +0,9% 234,9 +1,3% Preço médio unitário 7,68 +1,8% 7,57 +1,2% Em Novembro de 2018, de acordo com os dados do IMS, o mercado ambulatório manteve a tendência de crescimento do mês anterior, apesar de menor, registando um aumento em termos homólogos, em valor de 2,8% e em volume de 0,9%, totalizando 165 M (PVA) com a venda de 21,5 milhões de embalagens. Apesar do crescimento homólogo, o mercado contraiu -7,4% em valor em relação ao mês de Outubro. No acumulado do ano, o mercado regista um crescimento homólogo de 2,6% em valor, em linha com o crescimento em volume em 1,3%, e do preço médio unitário em 1,2%, para os 7,57 euros. As vendas totalizam 1.778,3 M, que se traduz num acréscimo de 45 M e mais 3 milhões de embalagens vendidas que no período homólogo de 2017. A dinâmica de crescimento em valor resulta do crescimento de ambos os segmentos de mercado, marca e genéricos, que contribuem com 1,5 p.p. e 1,3 p.p., respectivamente, para a variação homóloga registada. As classes terapêuticas (ATC3) no Top 10 de vendas, em valor, são as que abrangem os medicamentos usados na terapêutica das doenças crónicas mais comuns, e totalizam 35,2% do valor de vendas no YTD 2018. O destaque mantêm-se na classe dos Anticoagulantes Orais, que assumindo 4,5% de quota em valor, registam um crescimento homólogo de 39,2% em valor e de 40,7% em volume. Em sentido inverso, os Antihipertensores (ARAs), na sexta posição de vendas, registam uma redução de -6,4% em valor e de -1,6% em volume, e os Antidislipidémicos, na 3ª posição, estão a reduzir -17,3% em valor, apesar crescerem 3,2% em volume. YTD 2018 Quota Valor V.H. (%) Inibidores da DPP-IV 6,5% 3,0% Anticoagulantes Orais 4,5% 39,2% Antidislipidémicos 3,8% -17,3% Antidepressores 3,7% 3,4% Antipsicóticos 3,5% 1,3% Antihipertensores (ARAs) 3,3% -6,4% Insulinas 2,8% 4,1% Antireumáticos NE 2,6% -1,8% Antiépiléticos 2,4% 0,8% Antiasmáticos em associação 2,3% 4,8% Fonte: IMS; Valores a PVA [ 1 / 5 ]

Mercado de Genéricos e Mercado Generificado Em Novembro, o mercado de genéricos continuou a registar crescimentos homólogos de 4,6% em valor (PVA) e de 3% em volume. Desta forma, no YTD 2018, o mercado dos medicamentos com classificação formal de genérico, totaliza 353,3 M, com a venda 72,4 milhões de embalagens, a que correspondem variações homólogas de 6,6% e 4,4% respectivamente. O preço médio unitário, no YTD também acompanha a dinâmica de crescimento, para os 4,88, com V.H. de +2,1%. Este mercado está assim a crescer a um ritmo acima do mercado total. Em parte, o crescimento é dinamizado pelas novas DCIs que em 2018 entraram no mercado de genéricos. De acordo com o INFARMED, a quota dos medicamentos genéricos, em unidades, no mercado concorrencial do SNS é de 63,6%. Considerando o Mercado Generificado (que abrange os medicamentos formalmente classificados como genéricos, e ainda as cópias e originais cuja patente já expirou, com ou sem MG), no mercado ambulatório comparticipado, verifica-se que este, no 3º trimestre de 2018, já representa uma quota de 89,3%, em termos de volume unitário. Evolução dos Encargos do SNS Os dados disponibilizados pelo INFARMED mostram que os encargos do SNS com medicamentos dispensados na farmácia continuam em crescimento, com Outubro a registar uma subida de 6% em termos homólogos, para os 111 M, resultado da dispensa de 14,3 milhões de embalagens, +3% que em Outubro de 2017. Desta forma, no acumulado do ano de 2018, a Outubro, os encargos do SNS com medicamentos no ambulatório totalizam 1.040,6 M, +3,1%, equivalente a mais 31,5 M em termos homólogos, com a dispensa de 134 milhões de embalagens, +2,6%, com um preço médio por embalagem de 12,17 e uma taxa média de comparticipação de 63,8%. Fonte: INFARMED (valores a PVP); Mercado Hospitalar Evolução do Mercado Hospitalar do SNS De acordo com o relatório de monitorização do consumo de medicamentos hospitalares, do INFARMED, verifica-se que no acumulado de 2018, a Outubro, os encargos somam 1.042,7 M, a que corresponde uma variação homóloga de +7,7%, i.e., mais 75 M que em igual período de 2017. Sendo que o mês de Outubro foi o que registou um maior consumo em 2018, 111,3 M. Assim, e apesar das flutuações mensais, a tendência de crescimento mantêm-se. No que se refere aos gastos por área de prestação, verifica-se que 81,1% do valor é gasto no ambulatório hospitalar. Já em termos de gastos por áreas terapêuticas, a Oncologia, o HIV e a Artrite reumatóide/psoríase constituem o top 3, totalizando 57% do total dos encargos, com a primeira a registar um crescimento homólogo de 23,4% no valor da despesa. No que se refere à utilização, verifica-se também um aumento em termos homólogos de 2,1%, para um total de 209,4 milhões de unidades. Em termos de utilização de biosimilares, estes atingem uma quota em unidades de 42,2% no seu universo de DCIs. Fonte: INFARMED I.P. [ 2 / 5 ]

Dívida das Entidades Públicas à Indústria Farmacêutica Dívida das Entidades Públicas à Indústria Farmacêutica (M ) Fonte: APIFARMA - empresas associadas (medicamentos e de DiV) O valor da dívida das entidades públicas à Industria Farmacêutica, monitorizada pela APIFARMA junto das suas associadas, registou em Outubro uma pequena diminuição, resultado da realização de factoring por parte de algumas empresas e início do pagamento da contribuição no âmbito do Acordo Governo-APIFARMA. Desta forma, a dívida total foi de 979,1 milhões de euros, com a divida vencida em 727,7 M, a qual continua a representar a maioria, 74% do total. Apesar do crescimento das vendas hospitalares, a dinâmica de factoring que se assiste em 2018 leva a que os valores da dívida à IF estejam abaixo do registado no mesmo período de 2017. O prazo médio de recebimento situou-se nos 343 dias, continuando muito acima do prazo definido pela Directiva aplicável. Comparando estes valores com os da DGO, verifica-se uma dinâmica diferente, uma vez que os hospitais continuam a acumular dívida, mas cada vez mais ao sistema financeiro. Conjuntura Macroeconómica e Política Evolução dos Indicadores Económico-Financeiros Taxa de variação homóloga do IPC diminuiu para 1,0% em Outubro de 2018, inferior em 0,4 p.p. à do mês anterior. A classe com maior contributo negativo para a variação mensal foi a dos Restaurantes e hotéis, com uma variação de -2,6%. A classe com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal foi a do Vestuário e calçado, com uma variação de 2,2%. De acordo com a DGO, a execução orçamental do SNS, no acumulado a Outubro, agravou o saldo para os -375,9 milhões de euros, representando um agravamento de 133 milhões de euros face ao período homólogo. Esta evolução resulta do um aumento da receita (3%) inferior ao da despesa (4,6%). O maior contributo para o aumento da despesa ficou a dever-se mais uma vez aos fornecimentos e serviços externos (2,6 p.p.) que incluem os produtos farmacêuticos e os vendidos em farmácias, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, as PPP e a despesa com material de consumo clínico e os gastos com pessoal (1,5 p.p.). Em termos de dinâmica ambas as rúbricas apresentam crescimentos homólogos de 4,4% e 3,7% respectivamente. Já do lado da receita o aumento resultou, essencialmente, das transferências correntes. Quanto à divida dos Hospitais EPE, de acordo com o Portal do SNS, esta situava-se em Outubro num total de 1.933,2 M, com 854,4 M de pagamentos em atraso, valores mais baixos que em Outubro de 2017, mas superiores ao que se verificava em 2016. Fontes: INE, DGO e ACSS [ 3 / 5 ]

Fonte: INE; dados encadeados em volume (B.1*g) (Base 2011 - %) O PIB registou no 3º trimestre de 2018 uma taxa de variação homóloga de 2,1%. O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou de nulo a negativo, reflectindo uma diminuição das Exportações de Bens e Serviços mais intensa que a das Importações de Bens e Serviços. O contributo positivo da procura interna aumentou no 3º trimestre, traduzindo um crescimento mais elevado do consumo privado e do Investimento. No 3º trimestre de 2018, as exportações de bens registaram um aumento, em termos homólogos, de 6,1% e as importações um aumento de 7,3%. Em termos internacionais, no 3º trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,2% na Zona Euro e 0,3% na UE28, em relação ao trimestre anterior, o que compara com os 0,3% de Portugal. Conjuntura Legislativa e Regulamentar Legislativa Comissão de Avaliação de Medicamentos- Foi publicado, em 2ª série, o Despacho n.º 11017/2018 que nomeia os membros da Comissão de Avaliação de Medicamentos. Esclerose Múltipla - Foi publicada a Portaria n.º 302/2018 estabelece o regime excepcional de comparticipação nos medicamentos destinados ao tratamento de doentes com Esclerose Múltipla. Autorização legislativa para aprovar o novo Código da Propriedade Industrial - Foi publicada a Lei n.º 65/2018, de 30 de Novembro, que autoriza o Governo a aprovar um novo Código da Propriedade Industrial, transpondo as Diretcivas (EU) 2015/2436 e (EU) 2016/943, e a alterar a Lei n.º 62/2011, que cria um regime de composição dos litígios emergentes de direitos de propriedade industrial quando estejam em causa medicamentos de referência e medicamentos genéricos, e a Lei nº62/2013, da Organização do Sistema Judiciário. Regulamentar Medicamentos Comparticipados - Lista dos novos medicamentos comparticipados com início de comercialização a 1 de Novembro, fornecida pelo INFARMED. Estudos e Publicações Global Burden of Disease (GBD) 2017 A plataforma GHDx do IHME foi actualizada para incluir dados de 2017. Uma das principais conclusões é que o GBD 2017 estima que nenhum país está no caminho certo para cumprir todos os objectivos de desenvolvimento sustentável relacionados com saúde da OMS até 2030. Os números mostram ainda uma desaceleração em termos globais do progresso, sendo que este foi desigual nos vários países. Health at a Glance: Europe 2018 Foi publicado o relatório da Comissão Europeia e OCDE de 2018, que revela que o aumento constante da esperança de vida abrandou e que persistem grandes disparidades entre e nos países europeus, deixando para trás as pessoas com baixos níveis de escolaridade. Outra constatação é que os dados de vários países sugerem que cerca de 20% das despesas com a saúde poderiam ter uma melhor afectação. Uma combinação de instrumentos estratégicos poderia optimizar as despesas, assegurando uma melhor relação qualidade-preço, por exemplo no que se refere à selecção e cobertura ou à aquisição e fixação de preços dos produtos farmacêuticos através da Avaliação das Tecnologias da Saúde, explorar as possíveis economias proporcionadas pelos medicamentos genéricos e biossimilares, incentivar a prescrição racional e melhorar a adesão dos doentes à terapêutica. Destaques na Comunicação Social A greve dos Enfermeiros marcou a agenda mediática de todo o mês de Novembro. Perante os primeiros avisos destes profissionais, a ministra da Saúde assume a preocupação com a eventual greve prolongada de enfermeiros em blocos operatórios. A bastonária da [ 4 / 5 ]

Ordem dos Enfermeiros admite que a greve, marcada até ao final do ano, é uma medida extrema, sem deixar de lembrar que os profissionais trabalham em condições inadmissíveis. A modelo de contestação, inédito em Portugal, atinge cinco blocos operatórios de Portugal. Foi adiada a totalidade das cirurgias programadas nos hospitais de Santa Maria, Santo António e São Bernardo. No São João e em Coimbra, a adesão foi igualmente elevada. A ministra da Saúde garante que as cirurgias adiadas devido à greve serão reprogramadas em primeira mão no contexto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o quanto antes. Também os problemas nos sistemas de informação do SNS alimentaram o espaço mediático de Novembro. Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) reconheceram que a instabilidade dos sistemas de informação centrais do Ministério da Saúde condicionaram o trabalho dos profissionais e das instituições de saúde. Por isso, o bastonário da Ordem dos Médicos garantiu que recorrerá às instâncias necessárias, incluindo tribunais e instâncias europeias, para acabar com as sucessivas falhas nos sistemas informáticos, que disse serem um problema nacional. Já no términus do mês, a aprovação pelo Parlamento de três novas vacinas para o Programa Nacional de Vacinação gerou grande debate na comunicação social. Na origem da polémica o facto da Comissão Nacional de Vacinação não se ter pronunciando pela necessidade da sua universalização. Já a Directora-geral da Saúde receia que esta decisão do Parlamento abra um precedente num assunto que é do foro médico. A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) foi fundada em 1975, sucedendo ao Grémio Nacional dos Industriais de Especialidades Farmacêuticas, instituição criada em 1939. Actualmente, representa mais de 120 empresas responsáveis pela Produção e Importação de Medicamentos para Uso Humano, Vacinas, e Diagnósticos In Vitro [ 5 / 5 ]