Adriano Lima da Silva 1, Alexsandra Cristina Chaves 1, Carlos Bruno Barreto Luna 1,Gelmires de Araújo Neves 1, Hélio de Lucena Lira 1

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Transcrição:

ISSN 1517-7076 artigo 11795,2017 Avaliação das composições de massas argilosas a partir da incorporação de resíduo da indústria de cerâmica vermelha na obtenção de membranas cerâmicas tubulares Evaluation of clayey masses compositions starting from the residue incorporation of the red ceramic industry to obtain tubular ceramic membranes Adriano Lima da Silva 1, Alexsandra Cristina Chaves 1, Carlos Bruno Barreto Luna 1,Gelmires de Araújo Neves 1, Hélio de Lucena Lira 1 1 Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais, UAEMa/CCT/UFCG, Rua: Aprígio Veloso, 882, Cep: 58429-140, Campina Grande-PB, e-mail: adrianolimadasilva@hotmail.com; alexsandra.chaves@ifap.edu.br; brunobarretodemaufcg@hotmail.com; gelmires@ufcg.edu.br; helio@ufcg.edu.br. RESUMO O descarte inapropriado de resíduos das indústrias da cerâmica vermelha é bastante elevado. Um dos maiores desafios da atualidade é a investigação de processos para a obtenção de materiais alternativos, que permitam o emprego destes resíduos na fabricação de novos materiais. Este trabalho tem como objetivo estudar composições de massas argilosas a partir da incorporação de resíduo da indústria de cerâmica vermelha para uso em membranas cerâmicas tubulares. Foram estabelecidas duas composições de massa cerâmica; composição A (50% de resíduo) e composição B (70% de resíduo). As análises granulométricas das massas cerâmicas apresentaram um tamanho médio de partículas que prever membranas na escala de microfiltração. Outro fator observado está relacionado ao aumento da quantidade de resíduo, o mesmo, favoreceu a diminuição da plasticidade na massa cerâmica. Observou-se também um aumento na porosidade aparente, provavelmente pelo possível crescimento do número de poros maiores, decorrentes da temperatura elevada de sinterização e do próprio aumento da quantidade de resíduo. Palavras-chave: Resíduos, tijolos, reaproveitamento, membranas cerâmicas. ABSTRACT The inappropriate residue disposal of red ceramic industry is very high. Nowadays, one of the major challenges is the investigation of processes to obtain alternative materials, enabling the use of these residues to manufacture new materials. This work s objective is to study clayey masses compositions starting from the residue incorporation of the red ceramic industry to be used in tubular ceramic membranes. Two compositions of ceramic masses were established, composition A (50% of residue) and composition B (70% of residue). Granulometric analysis of the ceramic masses presented an average size of particles, what indicates membranes in the microfiltration scale. Another observed factor is related to the increase of residue amount, what favored a decrease in the ceramic mass plasticity. A rise in the apparent porosity was also observed, probably because of a possible growing in the bigger pores numbers, due to the sintering high temperature and the elevation of residue quantity itself. Keywords: Waste, bricks, reutilization, ceramic membranes. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a pesquisa sobre o reaproveitamento dos resíduos industriais e de construção vem sendo intensificada em todo o mundo. O reaproveitamento dos resíduos urbanos ganha evidência, em virtude do crescente volume de rejeitos sólidos e da indisponibilidade cada vez maior de locais para descarte desse material, em particular em grandes centros urbanos, com elevada densidade demográfica. Sabe-se que os rejeitos urbanos agridem o meio ambiente, em virtude da falta de tratamento adequado [1]. Segundo MENEZES et Autor Responsável: Adriano Lima da Silva Data de envio: 06/05/2016 Data de aceite: 30/12/2016 10.1590/S1517-707620170001.0127

SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. al. [2] os resíduos das indústrias e da construção civil tem uma contribuição importante para esta questão, representando um grave problema ambiental e econômico. As principais fontes de resíduos derivados de materiais argilosos vêm da indústria cerâmica, da construção civil e da demolição de edifícios. Nas indústrias de cerâmica, uma parte significativa das perdas na fabricação de blocos e telhas não é retornada ao processo de produção. Na construção de edifícios, o resíduo é produzido nas suas diversas etapas e estes são depositados em aterros, sem qualquer separação ou reaproveitamento. Já a demolição de edifícios muitas vezes não é seletiva, tornando o reaproveitamento do resíduo cerâmico economicamente inviável [3]. Portanto, baseada na problemática do despejo em grande quantidade de resíduo proveniente da indústria cerâmica, da construção civil e demolição, tem-se a carência de pesquisas sobre a aplicação destes rejeitos industriais. Sabe-se que, geralmente, a indústria de cerâmicas vermelha produz uma quantidade bastante elevada de resíduos sólidos, que começam a ser acumulados desde o armazenamento nas alvenarias em decorrência dos produtos quebrados devido à má manipulação [4]. Sendo assim, sabe-se que os resíduos da indústria cerâmica é uma fonte de agressão ambiental e desperdício de matériaprima. Estes materiais apresentam resistência relativamente alta a agentes biológicos e às intempéries, causando assim sérios problemas à comunidade em geral quando descartados. Logo, tanto os aspectos econômicos, quanto a poluição ambiental são justificativas para pesquisas no sentido de promover a reciclagem destes materiais. Uma das tecnologias com potencial do reaproveitamento dos resíduos de cerâmica é através do desenvolvimento de membranas [5]. As membranas são amplamente empregadas em processos de separação nas áreas de tratamento de rejeitos industriais, processamento de alimentos, dessalinização de águas, processos biomédicos, têxteis e químicos. Atualmente, membranas cerâmicas de microfiltração e ultrafiltração estão disponíveis comercialmente e são aplicadas nas áreas de alimentos, bebidas e biotecnologia, representando cerca de 12% das membranas utilizadas nestas aplicações [6]. Poucos trabalhos têm sido publicados sobre membranas cerâmicas a base de resíduos. Na pesquisa de LIMA et al. [7] foi desenvolvido membranas cerâmicas tubulares de baixo custo utilizando resíduo de granito. Inicialmente o resíduo granítico foi caracterizado através de análise granulométrica, análise química por fluorescência de raios X, e difração de raios X. As membranas produzidas com argila bentonita (35%), quartzo (35%) e resíduo de granito (30%) foram sinterizadas a temperaturas de 750, 800, 850 e 900ºC e caracterizadas por micrografia eletrônica de varredura, porosimetria por intrusão de mercúrio e análise de fluxo tangencial com água deionizada. Os resultados mostraram que o resíduo de granito apresentou média distribuição de tamanho de partículas, com diâmetro médio dos grãos de 18,46 µm e elevados teores de sílica e alumina. As membranas apresentaram diâmetro médio dos poros na faixa entre micro e ultrafiltração e fluxo tangencial entre 10,0 e 20,0 L/h.m 2. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de membranas cerâmicas de baixo custo a partir do aproveitamento de resíduo da indústria de cerâmica vermelha. 2. MATERIAIS E MÉTODOS As matérias-primas utilizadas foram: argila bentonita proveniente da região de Cubatí (PB), resíduos de tijolos cerâmicos vermelhos cedidos pela CIMAC (empresa de materiais de construção localizada em Campina Grande - PB), água e oleína. Os resíduos inicialmente foram submetidos a um processo de beneficiamento através de moagem em moinho de bolas e, posteriormente, passado em peneira ABNT Nº 200 (0,074mm), objetivando o alcance de um pó cerâmico cuja granulometria inferior a 74µm. Após o beneficiamento foram estabelecidas as composições das massas cerâmicas, conforme Tabela 1. Tabela 1: Composições das massas cerâmicas. Porcentagem Massa para 2000 g de Amostras massa total Resíduo Bentonita Resíduo Bentonita Composição 50 % de resíduo 50% 50% 1000g 1000g Composição 70 % de resíduo 70% 30% 1400g 600g A caracterização das composições foi efetuada por meio das seguintes técnicas: limites de Atenberg (LL,LP,IP) norma da ABNT NBR-6459 [8] e NBR-7180/1994 [9], análise granulométrica por difração de laser (AG) (equipamento Cilas, Modelo 1064 L/D), análise química por fluorescência de raios X (EDX 720 Shimadzu), análise termogravimétrica (ATG) e análise térmica diferencial (ATD) (sistema simultâneo de análises térmicas TA 60H Shimadzu), com taxa de aquecimento 12,5 o C/min sob atmosfera de ar (a temperatura máxima para ambos os casos foi 1000 o C e o padrão utilizado na ATD foi óxido de alumínio (Al 2 O 3 ) cal-

Q3 (Valores cumulativos) (%) SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. cinado), e difração de raios X (DRX) (XRD6000 Shimadzu), com radiação Cukα (40 kv/30 ma) e velocidade do goniômetro de 2 o /min com passo de 0,02º, na faixa de 2 a 60. Para a conformação das membranas cerâmicas, a massa foi envolvida com 3ml de oleína e 400ml de água a partir da homogeneização mecânica através de um misturador planetário de bancada Palivest modelo 13010-359. As membranas em formato tubular foram obtidas por extrusão, utilizando-se uma extrusora a vácuo, fabricada pela Verdés modelo 051. Em que as membranas tubulares apresentam os diâmetros do molde acoplado a extrusora, viabilizando assim as membranas ao ensaio de fluxo em escala laboratorial, a qual a universidade dispõe. As peças obtidas foram submetidas a duas etapas de secagem. A primeira etapa de secagem natural durante cinco dias, cobertas com pano úmido e, a segunda etapa, na estufa com temperatura controlada em torno de 60ºC por 48h. Passada essa etapa, as peças cerâmicas foram cortadas com comprimento aproximado de 80 mm, posteriormente sinterizadas no forno elétrico Maitec à temperatura de 800ºC. Após sinterização, as membranas cerâmicas foram submetidas ao ensaio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) marca Philips, Jeol LV 5600, operando-se em 15 kv e contraste de elétrons retroespalhados para análises das amostras, teste de porosidade (pelo princípio de Arquimedes), e ao ensaio de fluxo em escala de laboratório. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Ensaio de Plasticidade Na Tabela 2 estão ilustrados os resultados dos limites de liquidez (LL), plasticidade (LP) e índice de plasticidades (IP) das composições das massas estudadas. Tabela 2: Limites de Liquidez (LL), Plasticidades (LP) e Índice de Plasticidade (IP) dos Compostos com 50% e 70% de resíduo. Amostra LL (%) LP (%) IP (%) Composição com 50 % 59,0 30,0 28,1 de resíduo (A) Composição com 70 % de resíduo (B) 47,0 29,7 17,3 Analisando os valores apresentados na Tabela 2, observa-se que os limites de liquidez (LL) e de plasticidade (LP) foram de 59 e 30%, e de 47 e 29,7%, respectivamente para as amostras A e B, enquanto o índice de plasticidade foi de 28,1 e 17,3%. Com base em dados da literatura [10] verifica-se que os valores obtidos estão dentro dos intervalos observados para cerâmica vermelha, 30 a 60% para o LL, 15 a 30% para o LP e 10 a 30% para o IP. Ainda constata-se que o limite de plasticidade (LP), encontra-se na faixa de valores encontrados para massas cerâmicas conformadas pelo processo de extrusão. Em relação aos valores do índice de plasticidade (IP), observa-se que o valor, expresso na tabela 2 permitiu concluir, que segundo critérios utilizados em mecânica dos solos, a massa cerâmica é classificada como Plástica [11]. 3.2 Ensaio de Granulometria a Laser A Figura 1 apresenta a distribuição granulométrica das partículas das composições A e B. Analisando-se as curvas da Figura 1, verifica-se que a distribuição de tamanho de partículas das composições apresentaram 25% da fração argila (D<2µm), 65% da fração silte (2µm<D<20µm) e 10% da fração areia (D>20µm). Composto 50% de Resíduo Composto 70% de Resíduo 100 50 Argila Silte Areia 0 0,1 1 10 100 Diâmetro (mu) Figura 1: Distribuição granulométrica das composições 50% e 70% de resíduo respectivamente.

Perda de Massa (%) SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. A Tabela 3 representa a massa acumulada dos compostos, onde D 10, D 50 e D 90, são porcentagens (10%, 50% e 90%) nos quais o diâmetro das partículas se encontra abaixo do especificado. Tabela 3: Composição granulométrica da massa cerâmica nas composições 50% e 70% de resíduo. Amostra D 10 (µm) D 50 (µm) D 90 (µm) D médio (µm) Composição 50 % de 1,10 5,21 14,63 6,72 resíduo Composição 70 % de resíduo 1,01 5,11 16,19 7,04 Segundo os dados apresentados na Tabela 3, o diâmetro médio das partículas do composto com 50% de resíduo é 6,72µm e do composto com 70% de resíduo é 7,04 µm. Conforme CHAVES et al. [12] embora esta distribuição granulométrica seja bastante larga, verifica-se um alto teor de partículas com tamanhos na faixa de 2 a 10 μm, bem como uma fração considerável de partículas abaixo de 2 μm. É de se esperar com esta distribuição uma boa compactação entre partículas finas e grossas após conformação, de maneira que se tenham poros submicrométricos e um elevado grau de sinterização após queima. 3.3 Análise Química (EDX) Na Tabela 4 estão apresentadas as composições químicas das massas cerâmicas com 50 e 70% de resíduo. Tabela 4: Composições químicas das massas com 50% e 70% de resíduo respectivamente. Substância Composição 50 % de resíduo Composição 70 % de resíduo SiO 2 55,845 55,719 Al 2 O 3 28,953 27,382 Fe 2 O 3 7,728 9,138 MgO 2,619 2,591 K 2 O 1,432 1,807 TiO 2 1,572 1,668 CaO 1,585 1,504 Outros 0,264 0,190 Com base nos dados da Tabela 4, verifica-se que as massas cerâmicas apresentam composição química com teores de SiO 2 e Al 2 O 3, típica de massas plásticas para cerâmica vermelha. A presença de óxido de ferro (Fe 2 O 3 ) com cerca de 9% na composição com 70% de resíduo, e com aproximadamente 7,8% na composição com 50% de resíduo confere a cor vermelha após queima. Observa-se ainda, que as duas amostras apresentaram baixos teores de CaO e MgO, sendo que os mesmos são importantes, pois atuam como fundentes. Esses óxidos em elevadas quantidades poderia interferir no processo de sinterização, favorecendo o surgimento de formação de fase liquida e o provável entupimento de poros. 3.4 Análise Termogravimétrica (TG) A Figura 2 ilustra as curvas termogravimétricas das duas composições e a Tabela 5 os intervalos de decomposição extraídas do gráfico. 105 Composto 70% de Resíduo Composto 50% de Resíduo 100 95 90 85 0 500 1000 Temperatura [ C ] Figura 2: Curvas termogravimétricas das composições com 70% e 50% de resíduo.

Intensidade (u.a.) SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. Tabela 5: Decomposições térmicas dos compostos A e B. Amostra Composição 50 % de resíduo Etapas 1 2 3 Variação de Temperatura (ºC) 26,53 238,23 238,23 651,05 651,05 1000,0 Perda de Massa (%) (mg) 6,337 4,351 0,303 1,694 1,163 0,081 Composição 70 % de resíduo 1 2 3 28,56 258,60 258,60 601,89 601,89 1000,0 4,128 2,466 0,564 1,252 0,748 0,171 Observa-se que há três estágios de perda de massa para as duas composições. O primeiro, possivelmente relacionado à eliminação de água adsorvida e estrutural do material, havendo nesta etapa a maior perda de massa durante o processo total. No segundo estágio de perda, relacionado à perda de matéria orgânica e hidroxilas presentes na composição e, finalmente, o último estágio de perda, que pode esta associada com o desenvolvimento de núcleos de mulita ou uma fase com estrutura de espinélio [13,14]. 3.5 Difração de Raios-X (DRX) A Figura 3 apresenta os difratogramas dos resíduos A e B, no qual se verificou a presença das seguintes fases mineralógicas: quartzo, caulinita, esmectita e moscovita, sendo o pico mais intenso de ambos os gráficos para o de quartzo, identificados por meio das distâncias interplanares basais de cada pico. Os resultados de ambos os resíduos está de acordo com a composição da massa cerâmica obtida a partir da mistura do resíduo de tijolo com argila bentonita, e sua composição ser típica de uma cerâmica vermelha. Q Composto 70% de Residuo Composto 50% de Residuo 1400 S - Esmectita M - Muscovita C - Caulinita Q - Quartzo 700 S C M M Q C M C Q Q 0 0 20 40 60 2 Figura 3: Difratograma de raios-x das massas cerâmicas. 3.6 Caracterização Morfológica (MEV) As Figuras 4 e 5 apresentam as micrografias eletrônicas das membranas cerâmicas desenvolvidas com 50 e 70% de resíduo respectivamente.

SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. Figura 4: Micrografia da membrana composta com 50% de resíduo sinterizada a 800ºC, com ampliação de 1000x. Figura 5: Micrografia da membrana composta com 70% de resíduo sinterizada a 800ºC, com ampliação de 1000x. Analisando as Figuras 4 e 5 não foi possível estimar com precisão o tamanho dos poros em nenhum dos casos, em virtude de não haver uniformidade na distribuição. É possível verificar ausência de trincas e defeitos superficiais nas membranas. Ainda constata-se a presença de poros nas seções transversais, todavia as micrografias não permitem, porém, estimar com precisão o tamanho dos poros. 3.7 Porosidade Aparente pelo Principio de Arquimedes Na Tabela 6 estão contidos os valores da porosidade aparente das composições estudadas. Tabela 6: Porosidade das membranas investigadas. Amostra Porosidade Aparente (εa) Composição 50 % de resíduo 31,03% Composição 70 % de resíduo 32,14% Observando os valores na Tabela 6, verifica-se que a composição com 70% de resíduo apresentou uma porosidade levemente superior à composição com 50% de resíduo, o que pode está relacionado à presença de poros maiores nesta composição. É importante salientar que a porosidade determinada pelo princípio de Arquimedes considera apenas os poros abertos.

Fluxo Permeado(Kg/h.m 2 ) SILVA, A.L.; CHAVES, A.C,LUNA, C.B.B., NEVES, G.A.; LIRA, H.L. revista Matéria, v.22, n.1, 2017. 3.8 Ensaio de Fluxo nas Membranas Na Figura 6 estão apresentados os resultados do fluxo permeados das membranas das composições 50% e 70% de resíduo respectivamente. 50 40 Composição A 50% de Resíduo Composição B 70% de Resíduo 30 20 10 0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Tempo(H) Figura 6: Fluxo permeado das composições 50% e 70% de resíduo a 800 º C. Analisando a Figura 6, foi possível observar que a composição B com 70% de resíduo obteve maior volume de fluxo permeado do que a composição A com 50% de resíduo. Esse fato pode está relacionado a um aumento da porosidade da membrana. Para ambas, houve inicialmente um aumento do fluxo permeado, porém com o decorrer do tempo do ensaio as duas curvas vão tendendo a atingir os seus valores constantes, que é tomado como referência para a membrana [15, 16]. 4. CONCLUSÕES Com o estudo realizado foi possível verificar que membranas cerâmicas tubulares produzidas a partir da incorporação de resíduos de tijolos cerâmicos, foram realizadas com sucesso para teores de 50% e 70% de resíduo em peso, onde a membrana que permeou um maior fluxo foi com a incorporação de 70% de resíduo. Os resultados de caracterização indicaram que a massa cerâmica pode ser utilizada como matéria-prima promissora, para obtenção de membranas cerâmicas na possível escala de microfiltração. A facilidade de obtenção, de preparo e o baixo custo desse material, justifica a produção da membrana à base de resíduos que atingiu diâmetro de poro e porosidade voltada para aplicações nos variados processos de microfiltração, viabilizando, dessa forma, a pesquisa realizada. 5. AGRADECIMENTOS Ao CNPq/CAPES pelo suporte financeiro. Ao Laboratório de Referência em Dessalinização (LABDES) do Centro de Ciências e Tecnologia da UFCG, pelo uso de suas instalações e apoio à pesquisa. 6. BIBLIOGRAFIA [1] MENEZES, R. R., NEVES, G. A., FERREIRA, H. C., O estado da arte sobre o uso de resíduos como matérias-primas cerâmicas alternativas, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 6, n. 2, pp. 303-313, 2002. [2] MENEZES, R. R., NEVES, G. A., FERREIRA, H. C., LIRA, H. L., Recycling of granite industry waste from the northeast region of Brazil, Environmental Management and Health, West Yorkshire, v. 13, n.2, pp. 134-145, 2002. [3] CORREIA, J. R., BRITO, J., PEREIRA, A. S., Effectson concrete durability of using recycled ceramic aggregates, Materials and Structures, v. 39, n. 2, pp.169-177, 2006.

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