NOTA TÉCNICA SEMANAL Nº. 52/2014 12 DE JANEIRO DE 2015 Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas. Quadro Síntese



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Transcrição:

Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas. Quadro Síntese Atualmente, o Ministério da Saúde adotou a nova classificação da OMS, que define a dengue como: a) Dengue: paciente que apresente febre com dois ou mais dos seguintes sintomas: náuseas, vômitos, exantema, mialgia, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias. Nesses casos, o paciente deverá procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde; b)dengue com sinais de alarme: é todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme: dor abdominal intensa e contínua, dor a palpação do abdômen, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, letargia, irritabilidade, tontura. Nesses casos, o paciente deverá procurar atendimento em uma unidade especializada como unidade 24 horas, UPA, mini pronto-socorro e hospital; c)dengue grave: caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados: sangramento grave, choque, comprometimento grave de órgãos. O paciente com esse quadro tem que estar interno em uma unidade hospitalar de alta complexidade; Até o dia 12 de janeiro de 2014, 100 dos 102 municípios alagoanos notificaram 16.731 casos suspeitos de dengue, o que não descarta a ocorrência de casos, inclusive nos demais municípios. Em comparação ao mesmo período de 2013, que registrou 15.870 casos, esse resultado indica um aumento de 5,43% no número de casos de dengue. Analisando as últimas 04 semanas epidemiológicas (49 a 52), observamos que 40 municípios notificaram casos suspeitos; No tocante aos casos suspeitos de dengue com sinais de alarme e dengue grave, foram registrados 388 casos, representando um aumento de 151,95% comparado ao ano de 2013 (154 casos); Até o momento foram registrados 23 óbitos suspeitos de dengue provenientes dos municípios de Arapiraca, Campestre, Junqueiro, Maceió, Monteirópolis, Murici, Paulo Jacinto, Pindoba, Piranhas, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Satuba, destes 07 encontram - se sob investigação, 10 foram descartados e 06 foram confirmados; De 01 de janeiro até o dia 12 de janeiro de 2015, o Laboratório Central do Estado LACEN recebeu 2.771 amostras para exames específicos de dengue, provenientes de 73 municípios. Das amostras analisadas, 1.276 (46,05%) foram positivas, confirmando a transmissão da doença em 58 municípios. Ao constatar a baixa positividade, podemos atribuir que seja em decorrência da coleta não oportuna ou falha na definição de caso suspeito. Quanto ao tipo de vírus circulante, o sorotipo DENV-4 foi isolado em Maceió no bairro Tabuleiro dos Martins. As demais amostras encontram-se em processamento, porém, torna-se necessário o aumento do número de coletas de material fornecidas pelas vigilâncias epidemiológicas municipais, com a finalidade de conhecermos os tipos de vírus em circulação; Quando avaliamos a infestação do vetor transmissor da dengue por meio do Índice de Infestação Predial-IIP, verificamos que 30 municípios estão em situação de risco de surto (IIP > 3%), 33 em situação de alerta (1% < IIP <3%), 39 em situação satisfatória (IIP <1%); Os municípios com altos índices de infestação predial devem intensificar as ações de combate ao vetor de forma sistemática e permanente. A redução dessa infestação a níveis aceitáveis de IIP ( 1%) reduz o risco de ocorrência de epidemias de grandes proporções. Outro agravante que pode gerar novas epidemias é a presença de vírus que voltam a circular atingindo indivíduos suscetíveis; Para o controle do mosquito é necessário que os gestores adotem medidas nos ambientes públicos, como limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias, bem como recolhimento regular de lixo. Além disso, ressalta-se a importância do envolvimento da população na adoção diária de cuidados no acondicionamento do lixo, armazenamento de água e eliminação de recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. O Poder Público deve organizar os serviços de saúde de modo a atender a ocorrência de casos esporádicos de dengue e situações de maiores gravidades como surtos e/ou epidemias. O conjunto de ações voltadas para a vigilância e controle dessa doença evitará sofrimento e morte de pessoas. 1

A) A presença do mosquito e a circulação dos vírus O Aedes aegypti infesta 100% dos municípios alagoanos e circulam os sorotipos DENV-1, DENV 2, DENV 3 e DENV - 4 (introduzidos respectivamente em 1986, 1991, 2002 e 2012). Em 2013 não foi isolada nenhuma amostras de isolamento viral para identificação do sorotipo do vírus circulante nos municípios B) O Programa de controle O Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD, instituído em 2002, elaborou em 2009 as novas Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, que estão implantadas em todos os municípios brasileiros. Desde 2002, foram identificados como prioritários um grupo de 19 municípios utilizando os seguintes critérios: (I) a Capital e região metropolitana; (II) os municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes; e (III) os municípios receptivos à introdução de novos sorotipos de dengue (fronteiras, portuários, núcleos de turismo etc.). Os municípios prioritários em Alagoas respondem pela maioria dos casos notificados no Estado, são eles: Arapiraca, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Maceió, Maragogi, Marechal Deodoro, Messias, Palmeira dos Índios, Paripueira, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Santana do Ipanema, Satuba, Teotônio Vilela e União dos Palmares. As ações estabelecidas nos Planos Municipais de Contingência serão monitoradas e avaliadas formalmente a cada seis meses e o não cumprimento das mesmas no período de 12 meses implicará na suspensão do repasse dos incentivos. C) Situação da doença Em 2014, na Semana Epidemiológica Nº 52, foram notificados 16.731 casos em 100 dos 102 municípios do Estado. (Figuras 01 e 02) Figura 01 Distribuição dos Casos Notificados por Semana Epidemiológica, Alagoas 2014. 760 Casos noticados 510 260 10 FONTE: SES-AL/SINAN 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 Casos notificados 2014 Casos notificados 2013 Semana Epidemiológica 2

Figura 02 - Casos notificados de dengue no Estado por ano. Janeiro a Dezembro de 2010 a 2014. Casos notificados 51.500 43.000 34.500 26.000 17.500 9.000 54.604 33.940 11.936 15.870 16.731 2010 2011 2012 2013 2014 Anos Casos notificados FONTE: SES/AL/SINAN Segundo a incidência nas últimas quatro semanas, semanas de 49 a 52, 00 (nenhuum) município está na categoria epidêmica, 0n (nenhum) municípios está na categoria em alerta, 40 (quarenta) municípios estão na categoria sob controle e 62 (sessenta e dois) sem ocorrência de casos. No período de 1996 a 2014 ocorreram picos epidêmicos nos anos de 1998, 2002, 2003, 2007, 2008, 2010, 2012 e 2013, como mostra a figura 3. Figura 03 - Incidência de Dengue, Alagoas de 1996 a 2014*. FONTE: SES- AL/SINAN *2014 Dados parcial, semana epidemiológica nº 52 sujeitos à revisão. Dados tabulados em 12/01/2015, sujeitos a atualização. No que concerne à Dengue com Sinais de Alarme e Dengue Grave, foram notificados 388 (trezentos e oitenta e oito) casos, destes, 23 foram óbitos suspeitos de dengue. (Quadro 01) 3

Quadro 01 Distribuição por município de Dengue com Sinais de Alarme, Dengue Grave e óbitos por dengue notificados e confirmados, Alagoas, Semana epidemiológica de 1 a 52, Ano 2014. FONTE: SES-AL/LACEN-GAL/Planilha Paralela Semanal e Planilha Paralela de Acompanhamento Diário dos 102 Municípios 2014 A taxa de letalidade é um indicador que reflete a qualidade da assistência prestada aos pacientes, bem como a organização dos serviços de saúde. A Organização Mundial da Saúde OMS considera aceitável uma letalidade inferior a 1%. 4

Tabela 1 - Taxa de Letalidade por Dengue (Dengue Com Sinais de Alarme e Dengue Grave). Alagoas, Janeiro a Dezembro, Semana epidemiológica 01 a 52, de 2010 a 2014 Ano Taxa de Letalidade por Dengue Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Taxa parcial / Ano 2010 0,00 2,86 5.36 8,57 10,91 0,00 5,41 21,43 10,00 37,50 0,00 66,67 7,89 2011 66,67 14,29 16,67 28,57 0,00 0,00 11,11 22,22 100,00 50,00 40,00 0,00 19,35 2012 16,67 0,00 0,00 6,45 22,22 25,00 0,00 0,00 40,00-0,00-11,29 2013 50,00 0,00 0,00-100,00 0,00 0,00 25,00 50,00 0,00 0,00 0,00 17,86 2014 0,00 0,00 0,00 9,09 4,35 0,00 5,26 0,00 100,00 - - - 4,17 FONTE: SES-AL/SINAN/CIEVS-AL/ Planilha paralela de acompanhamento de casos de dengue, semana epidemiológica nº 52, sujeitos à atualização. Na semana epidemiológica nº 52 o Dengue com Sinais de Alarme e o Dengue grave acometeram principalmente as faixas etárias de 20 a 39 anos com 42,01% do total (Quadro 02) e o gênero mais acometido foi o feminino apresentando um percentual de 54,38% (Quadro 03). Quadro 02 Distribuição dos casos notificados de Dengue com Sinais de Alarme e Dengue Grave, segundo faixa etária, Alagoas 2014. Faixa Etária Semana 52 Nº de Casos % < - 1 ano 7 1,80 1-9 anos 29 7,47 10-19 anos 65 16,75 20-39 anos 163 42,01 40-59 anos 88 22,68 60 e + 35 9,02 Ignorada 1 0,26 Total 388 100,00 Fonte: SES-AL/DIVEP /Planilha Paralela de Acompanhamento Semanal de Grave de dengue/cievs. Quadro 03 Distribuição dos casos notificados de Dengue com Sinais de Alarme e Dengue Grave, por gênero, Alagoas 2014. Sexo Semana 52 Nº de Casos % Feminino 211 54,38 Masculino 177 45,62 Total 388 100,00 Fonte: SES-AL/DIVEP /Planilha Paralela de Acompanhamento Semanal de Grave de dengue/cievs. 5

D) Situação do vetor A ausência do vetor é a única garantia de não ocorrência da doença e, considerando-se a atual situação epidemiológica, a meta é manter o IIP o mais próximo possível de zero. É por essa razão que as áreas infestadas por Aedes aegypti devem ser monitoradas rotineiramente, identificando precocemente as áreas de risco para o desencadeamento oportuno das medidas de controle. Observa-se que Alagoas manteve-se em situação de alerta em 10 anos, pois o IIP oscilou entre 1% e 3%, e que somente em 2003 o índice foi satisfatório. (Figura 4) Figura 04 Índice de Infestação Predial, Alagoas, 2001 a 2011. 20 Indice de Infestação Predial 15 10 5 0 2,42 1,43 1,72 1,28 1,47 1,5 0,91 1,2 1,52 1,65 1,72 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos Fonte: SES-AL / DIVEP / SISFAD De acordo com o IIP, tem-se a seguinte distribuição na 52ª semana epidemiológica de 2014. (Mapa 1): a) Em risco de surto (IIP > 3%): 30 municípios (29,41%); b) Em situação de alerta (IIP entre 1% e 3%): 33 municípios (32,35%); c) Em situação satisfatória (IIP < 1%): 39 municípios (38,24%) Mapa 01 Classificação dos Municípios por Área de Risco, segundo o Índice de Infestação Predial - 2014. PARICONHA DELMIRO GOUVEIA MATA GRANDE 10 ÁGUA BRANCA OLHO D ÁGUA CASA Região Sanitária INHAPÍ PIRANHAS CANAPÍ SENAR RUI PALMEIRA SÃO JOSÉ DA TAPERA Risco de surto (30 Municípios) IIP > 3%. Em Alerta (33 Municípios) 1%< IIP < 3%. Satisfatório (39 Municípios) 0 < IIP < 1%. 9 OURO BRANCO MARAVILHA POÇO DAS TRINCHEIRAS CARNEIROS SANTANA IPANEMA OLHO D ÁGUA DAS FLORES MONTEI RÓPOLIS JACARÉ S PÃO DE AÇÚCAR HOMENS PALESTINA IS RIACHOS OLIVENÇA BELO MONTE JARAMATAIA BATALHA MAJOR ISIRO TRAIPU MINAR NEGRÃO ESTRELA DE ALAGOAS CACIMBINHAS 7 ARAPIRACA GIRAU LAGOA PONCIANO DA CANOA CAMPO GRANDE OLHO D ÁGUA GRANDE SÃO BRAS 8 CRAÍBAS PORTO REAL COLÉGIO IGACÍ FEIRA GRANDE PALMEIRA S ÍNDIOS COITÉ NÓIA IGREJA NOVA QUEBRANGULO SÃO SEBASTIÃO TAQUA RANA LIMOEIRO DE ANADIA PENE JUNQUEIRO TEOTÔNIO VILELA CHÃ PRETA ANADIA BOCA DA MATA CORURIPE FELIZ DESERTO SANTANA MUNDAÚ SÃO MIGUEL S CAMPOS SÃO JOSÉ DA LAJE PILAR IBATEGUARA UNIÃO S PALMARES BRANQUINHA CAJUEIRO PAULO VIÇOSA JACINTO CAPELA PINBA MAR VERMELHO ATALAIA TANQUE D ARCA BELÉM MARIBON 6 4 CAMPO ALEGRE 5 J. DA PRAIA MURICÍ 3 COQUEIRO SECO MARECHAL DEORO ROTEIRO RIO LARGO FLEXEIRAS SÃO LUIS QUITUNDE MACEIÓ SATUBA SANTA LUZIA NORTE BARRA DE SÃO MIGUEL CAMPESTRE JACUÍPE NOVO JUNDIÁ COLÔNIA LINO LEOPOLDINA PORTO MATRIZ CALVO DE JOAQUIM CAMARAGIBE GOMES PORTO DE PEDRAS MESSIAS 1 BARRA DE SANTO ANTONIO PARIPUEIRA MARAGOGÍ 2 JAPARATINGA S. M. MILAGRES PASSO DE CAMARAGIBE PIAÇABUÇU Fonte: SES-AL/DIVEP/PLANILHA PARALELA DE DAS ENTOMOLÓGICOS PNCD-AL Dados Parciais obtidos em 12/01/2015, sujeitos a atualização. 6

E) Principais ações desenvolvidas pela SES 2014 1. Divulgação na página da SESAU das ações de prevenção e controle da dengue; 2. Assessoria técnica aos municípios pelos Coordenadores e Supervisores Estaduais de Endemias da SES; 3. Articulação entre Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica para assessoria aos municípios nas ações de assistência ao paciente suspeito de dengue; 4. Acompanhamento e monitoramento de planilha paralela nos municípios para notificação diária de casos e envio à SES; 5. Atuação do Grupo Técnico da Diretoria de Atenção à Saúde para implantar e monitorar a organização de serviços na Atenção Básica e na área hospitalar (média e alta complexidade); 6. Visitas diárias da equipe do CIEVS a 14 unidades hospitalares (nove hospitais e cinco unidades de pronto-atendimento) da Capital para identificação precoce dos casos suspeitos de dengue grave, o que permite a adoção de medidas oportunas; 7. Alerta aos gestores com relação ao aumento dos casos de dengue, destacando as medidas necessárias para o controle das epidemias; 8. Assessoria na realização de levantamento de índice através de metodologia LirAa ou LIA em 100% dos municípios para avaliar a infestação predial por Aedes aegypti e classificá-los quanto ao risco para transmissão da dengue em baixo, médio e alto, nas primeiras semanas epidemiológicas no mês de janeiro no ano de 2014; 9. Distribuição nos 102 municípios de Material Educativo para mobilização da população, sendo 500.000 panfletos, 3.000 cartazes tamanho A3 e 10.000 adesivos vinil para automóveis, produzidos pela SESAU; 10.Lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue realizada pelo Ministério da Saúde com a participação do jogador Cafú, capitão da seleção pentacampeã do mundo de futebol, tendo como slogan Não dê tempo para a Dengue, através de TVs, rádio, internet, redes sociais e mídia impressa e exterior; 11.Divulgação da Campanha Estadual de Combate à Dengue através de outbus, rádio, tv, mídia impressa; 12.Assessoria técnica aos municípios que estão apresentando aumento no número de casos nas primeiras semanas do ano como: Santana do Ipanema, Olivença, Penedo e Belém; 13.Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 16 e 17/01 em Belém e Santana do Ipanema ; 20 e 21/01 em Belém e Santana do Ipanema; 21/01 em Maceió; 22 e 23/01 em Santana do Ipanema; 23 e 24/01 em Belém; 24 e 25/01 em Santana do Ipanema; 28/01 em Belém; 23, 27, 29 e 31/01 em Olivença; 04 e 05, 12 e 13/, 18 e 19, 27 e 28/02 em Campo Alegre e 20 e 21, 27 e 28/02 no povoado Pau de Descanso; 05 e 06, 10 e 11, 13 e 14 e 17 e 18/02 em Penedo; 26/02, 06, 7

12 e 20/03 em Santa Luzia do Norte; 09, 16, 23 e 30/04 em Branquinha; 14, 16, 17, 23 e 25/04 em Viçosa; 16 e 22/04 em São Miguel dos Campos; 08/05 em Chã Preta; 14, 20, 23 e 27/05 em Junqueiro; 21, 28/05 e 03/06 em Viçosa; 28/05 e 03/06 em Satuba; 28/05 e 02/06 em Murici; 29/05 e 04/06 em Olho d Água das Flores; 30/05 em Jacaré dos Homens; 02/06 em Boca da Mata; 03/06 em Monteirópolis; 25, 26, 28, 29/08 e 01, 02, 04 e 05/09 em Penedo; 30/09 e 01/10 em Santana do Ipanema; 03 e 04/11 em Barra de São Miguel, Campo Alegre e Santana do Ipanema; 04 e 05/11 em Coité do Nóia, Maravilha e Taquarana; 04 e 05/11 em Belém, Craíbas, Major Isidoro e Ouro Branco; 06 e 07/11 em Estrela de Alagoas e Olho d Água do Casado; 10 e 11/11 em Barra de São Miguel, Campo Alegre, Coité do Nóia, Maravilha e Taquarana; 11 e 12/11 em Belém, Craíbas, Major Isidoro e Ouro Branco; 12 e 13/11 em Estrela de Alagoas, Maribondo e Olho d Água do Casado; 13 e 14/11 em Anadia; 17 e 18/11 em Belém, Campo Alegre, Coité do Nóia, Maravilha, Taquarana; 18 e 19/11 em Craíbas, Estrela de Alagoas, Junqueiro, Major Isidoro, Maribondo e Ouro Branco; 19 e 20/11 em Anadia, Olho d Água do Casado e Tanque D arca; 24 e 25/11 em Belém, Campo Alegre, Junqueiro, Maravilha e Tanque D arca; 25 e 26/11 em Ouro Branco; 26 e 27/11 em Junqueiro e Olho d Água do Casado; 14.Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ) COPA MUN, no município de Maceió nos dias: 05, 07, 09 e 11/06 nos bairros de Pajuçara e Trapiche; 15.Treinamento para Agentes de Controle de Endemias no Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), com sede no município de: São Luiz do Quitunde no período de 05/05 a 15/05/2014, tendo como participantes os municípios de Paripueira, Passo de Camaragibe, Porto Calvo e São Luiz do Quitunde; São Sebastião no período de 19/05 à 29/05/2014, tendo como municípios participantes os municípios de Campo Alegre, Feira Grande, Junqueiro e São Sebastião; 16.Intensificação das ações de controle vetorial nos municípios com aumento de notificações classificando-os em alerta e/ou situação epidêmica quanto à incidência: de 17/11 a 12/12/2014 em Junqueiro; F) Recomendações aos municípios a) Revisar e adequar o Plano Municipal de Intensificação das Ações de Combate à Dengue/2013, seguindo os parâmetros do Plano Estadual; b) Promover reuniões com as Secretarias Municipais de Educação, Obras, e outros setores municipais para ações de combate ao vetor; c) Definir equipe mínima para monitoramento e avaliação semanal de desempenho do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD), contando com representação da Vigilância Sanitária, Promoção à Saúde, Atenção Básica; 8

d) Definir técnico responsável pela implantação do Protocolo de Atendimento ao Paciente com Suspeita de Dengue / Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco nas unidades de saúde; e) Realizar Força Tarefa, em conjunto com a SESAU, para a realização das operações de combate ao vetor, intensificando as ações nos domicílios, terrenos baldios, ferros-velhos, borracharias e cemitérios. As atividades deverão contar com a participação de Agentes Municipais de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde e garis; f) Participar efetivamente do Comitê de Mobilização da Dengue, constituído por representantes de organização governamental e não governamental, atuando de forma sistemática nesse período considerado epidêmico; g) Realizar imediatamente reuniões para discutir as novas estratégias com os técnicos municipais das áreas de assistência ao paciente, vigilância, controle de vetor e comunicação, em parceria com os supervisores e coordenadores de endemias da SES; h) Divulgar cronograma do FUMACÊ, quando indicado, junto à comunidade para que sejam adotadas as orientações sobre os cuidados que devem ter durante o tratamento químico; i) Utilizar mídia local e outros recursos de comunicação (rádio, TV, outdoor, faixas, carro de som entre outros) para orientar a população com relação à adoção de boas práticas nos domicílios (acondicionamento adequado do lixo, proteção dos reservatórios de água para consumo) entre outras medidas; j) Realização de mutirão contra dengue nas localidades em situação de Alerta e Epidemia. Isolda Maria Wanderley Couto Lima Técnica do Programa Estadual de Dengue Cleide Maria da Silva Moreira Diretora da Vigilância Epidemiológica 9