VIABILIDADE E GERMINAÇÃO POLÍNICA EM BANANEIRA-DO-BREJO VIABILITY AND GERMINATION POLLEN IN BANANA-DO- BREJO

Documentos relacionados
USO DE TESTES COLORIMÉTRICOS NA ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLINÍCA DE ALPÍNIA USE OF TESTS COLORIMETRIC AT ESTIMATE OF VIABILITY POLLEN OF ALPINIA

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE DOS GRÃOS DE PÓLEN DE CANA-DO-BREJO BASEADA EM DISTINTOS MÉTODOS DE COLORAÇÃO

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLÍNICA E ÍNDICE MEIÓTICO DE DELONIX REGIA*

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLÍNICA DE JASMIM MANGA EM DIFERENTES CORANTES FEASIBILITY OF ESTIMATED POLLEN JASMINE MANGA IN DIFFERENT COLOURS

VIABILIDADE POLÍNICA DE TULIPA AFRICANA

GERMINAÇÃO DE GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS VARIEDADES DE CITROS EM DIFERENTES PERÍODOS DE TEMPO E EMISSÃO DO TUBO POLÍNICO RESUMO

USO DE CLORETO DE TRIFENILTETRAZÓLIO PARA TESTE DE VIABILIDADE POLINICA DE MARACUJAZEIRO DOCE

TESTE DO CLORETO DE TRIFENILTETRAZOLIO (TTC) NA VIABILIDADE POLÍNICA DA COLÔNIA

ANÁLISE DA VIABILIDADE DO PÓLEN DE CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis L.) SUBMETIDAS À RADIAÇÃO GAMA

USO DE TETRAZÓLIO PARA TESTE DE VIABILIDADE POLINICA EM MARACUJÁ SILVESTRE TETRAZOLIUM USE FOR TEST POLLEN VIABILITY OF WILD PASSION FRUIT

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLINICA DE CANA-DE- MACACO BASEADO NO USO DE 2,3,5 CLORETO DE TRIFENILTETRAZOLIO

USO DE TESTES COLORIMÉTRICOS NA AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE POLÍNICA DO URUCUM (Bixa orellana L.)

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLÍNICA DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L).

VIABILIDADE POLINICA DE JASMIM MANGA COM CORANTE TETRAZÓLIO POLLEN VIABILITY JASMINE MANGO WITH DYE WITH DYE TETRAZOLIUM

Conservação de Grãos de Pólen de Coqueiro em Diferentes Condições de Armazenamento

ÍNDICEMEIÓTICO E VIABILIDADE POLÍNICA EM Passiflora miniata Vanderplank

Resumo. Estudantes de Ciências Biológicas, UPE, estagiário(a) da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE. 2

GERMINAÇÃO IN VITRO E VIABILIDADE DO PÓLEN DE Ceiba speciosa A. St. Hil. (MALVACEAE)

Germinação de grãos de pólen de diferentes cultivares de oliveira

Maicon Douglas Arenas-de-Souza¹, Greiciele Farias da Silveira², Márcia de Souza Almeida da Silva ¹, Isane Vera Karsburg³

Estimativa da viabilidade polínica de diferentes genótipos de aceroleiras cultivadas no Vale do São Francisco

RAZÃO SEXUAL E VIABILIDADE POLÍNICA DE Mauritia flexuosa L. (Arecaceae)

COMPORTAMENTO MEIÓTICO E VIABILIDADE POLÍNICA EM HELICONIA POGONANTHA E HELICONIA PSITTACORUM

POTENCIAL DE TESTES COLORIMÉTRICOS NA ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLÍNICA EM POPULAÇÕES NATIVAS DE CAJAZEIRA

VIABILIDADE POLÍNICA E RECEPTIVIDADE ESTIGMÁTICA EM VARIEDADES DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz)

Composição do meio de cultura e condições ambientais para germinação de grãos de pólen de porta-enxertos de pereira

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DO ph SOBRE GERMINAÇÃO IN VITRO DE VARIEDADES DE MAMONA (Ricinus communis L.)

ESTIMATIVA DA VIABILIDADE POLÍNICA DO MELÃO-DE-SÃO-CAETANO (Momordica charantia L.) COM DIFERENTES MÉTODOS DE COLORAÇÃO

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MEIÓTICO DE CASSIA FISTULA L.*

Estabelecimento de Protocolos para cultura in vitro de Novas Cultivares de Coqueiro

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UNIJUÍ, bolsista PET Biologia/MEC/SESU, 3

Propagação in vitro de helicônia (Heliconia spp.) a partir de embriões zigóticos e embriogênese somática

Projeto de pesquisa realizado no curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) 2

Indução e crescimento de calos em explantes foliares de hortelã-docampo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CUPUAÇU EM DOIS CULTIVOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA, MT. Seção temática: Ecologia e Botânica

EFEITO DO ACIDO ASCÓRBICO E CARVÃO ATIVADO NA GERMINAÇÃO IN VITRO

TEMPO DE INCUBAÇÃO NA GERMINAÇÃO in vitro DE GRÃOS DE PÓLEN DE CULTIVARES COPA E SELEÇÕES DE PEREIRA

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES E BIOMETRIA DE PLÂNTULAS DE MAMONA

QUALIDADE DE SEMENTES DE ALGODOEIRO, CULTIVARES BRS VERDE E CNPA 7H, ARMAZENADAS EM CÂMARA SECA

QUESTIONÁRIO MÍDIA 2

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Efeito do horário de coleta sobre a viabilidade do pólen de milho (Zea mays L.)

Ácido Giberélico na Cultura de Embriões Zigóticos de Coqueiro-anãoverde

Germinação in vitro de Sementes de Mandacaruzinho

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1270

CITOMETRIA DE FLUXO EM BANANEIRA: DOSES E TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO IODETO DE PROPÍDEO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

CULTIVO in vitro DE EMBRIÕES DE CAFEEIRO: concentrações de meio MS e polpa de banana RESUMO

Caracterização agronômica e estimativas de parâmetros genético de Helicônias (Heliconia spp.)

Crescimento micelial de Agaricus blazei em diferentes substratos

EFEITO DE DIFERENTES MÉTODOS DE QUEBRA DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE AVENA SATIVA L.

MÉTODOS DE ASSEPSIA E CONTROLE OXIDAÇÃO EM GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

VIABILIDADE DO PÓLEN DE MAMONA cv. IAC-80 ARMAZENADOS SOB BAIXAS TEMPERATURAS

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

Viabilidade polínica de Carica papaya L.: uma comparação metodológica

CARACTERÍSTICAS FISÍCAS DAS FLORES, ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E GERMINAÇÃO DE GRÃO POLÉN DE GENÓTIPOS DE PEREIRA

INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE COLETA DE BOTÕES FLORAIS NA VIABILIDADE DE PÓLEN DE Eucalyptus spp

Micropropagação de Aechmea tocantina Baker (Bromeliaceae) Fernanda de Paula Ribeiro Fernandes 1, Sérgio Tadeu Sibov 2

CLÓVIS FERRAZ de OLIVEIRA SANTOS

Avaliação de acessos do BAG jenipapo: ano 2015

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

QUALIDADE FISIOLÓGICA DA SEMENTE DE SABIÁ (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO 1

ESTUDO DA VIABILIDADE POLÍNICA DE Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. POR MEIO DE DISTINTOS MÉTODOS DE COLORAÇÃO

TÉCNICA PARA GERMINAÇÃO DO PÓLEN DE CUPUAÇUZEIRO, EM LABORATÓRIO. INTRODUÇÃO

CONCENTRAÇÕES DOS SAIS DO MEIO MS E EXTRATO DE CHIA NO CULTIVO DE EMBRIÕES DE CAFEEIRO in vitro RESUMO

VIABILIDADE DE PÓLEN DE SUB-ESPÉCIES DE Manihot esculenta. Introdução

Efeito do estresse hídrico e térmico na germinação e crescimento de plântulas de cenoura

GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE ARAÇÁ (Psidium guineense Swart)

CRIOCONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE ALGODÃO COLORIDO. RESUMO

CRESCIMENTO in vitro DE PLÂNTULAS DE ORQUÍDEAS SUBMETIDAS A DIFERENTES PROFUNDIDADES DE INOCULAÇÃO E CONSISTÊNCIA DO MEIO DE CULTURA

Tamanho e época de colheita na qualidade de sementes de feijão.

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

Formulário para submissão de trabalho SOLUÇÕES PARA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE COPO-DE-LEITE

ASSOCIAÇÃO ENTRE GERMINAÇÃO NA ESPIGA EM PRÉ-COLHEITA E TESTE DE NÚMERO DE QUEDA EM GENÓTIPOS DE TRIGO

INFLUÊNCIA DA IDADE DA FOLHA NA SUSCETIBILIDADE DE PLANTAS DE SOJA À INFECÇÃO POR PHAKOPSORA PACHYRHIZI

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (x) Resumo ( ) Relato de Caso

GERMINAÇÃO IN VITRO DE Coffea arabica e Coffea canephora

VIABILIDADE DE PÓLEN DE MILHO EM DIFERENTES PERÍODOS DE ARMAZENAMENTO EM BAIXA TEMPERATURA

ALTURA DE PLÂNTULAS DE TRÊS CULTIVARES DE ALGODÃO COLORIDO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES PROFUNDIDADES DE SEMEADURA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Rendimento das cultivares de cenoura Alvorada e Nantes Forto cultivadas sob diferentes espaçamentos

EFEITO DO TIPO DE SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.)

TRATAMENTOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE SEMENTES DE AROEIRA PIRIQUITA (Schinus molle L.) E AROEIRA BRANCA (Lithraea molleioides (Vell.

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

EFEITO DA BENZILAMINOPURINA (BAP) NA MICROPROPAGAÇÃO DA VARIEDADE CURIMENZINHA (BGM 611) DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz)

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MELANCIA EM DIFERENTES TEMPERATURAS 1. INTRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E VIGOR DE SEMENTES EM PROGÊNIES DE CAMUCAMUZEIRO ESTABELECIDAS NO BAG DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

Germinação 'in vitro' de Grãos de Pólen de Flores de Aboboreira Piramoita Conservadas Sob Diferentes Formas.

VIABILIDADE in vitro DE GRÃOS DE PÓLEN DE BANANEIRA SOB DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO BÓRICO E SACAROSE

TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE MAMONEIRA À TOXICIDADE DE ALUMÍNIO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA.

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO PÓLEN COMO POSSÍVEL INDICATIVO DE TOLERÂNCIA A ALTAS TEMPERATURAS EM GENÓTIPOS DE TOMATEIRO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE Cattleya loddigesii Lindley SOB DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁGUA SANITÁRIA COMERCIAL NA DESINFECÇÃO DE SEMENTES RESUMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal. Dissertação

VIABILIDADE POLÍNICA DE CULTIVARES DE MAMONA UTILIZANDO MEIOS DE GERMINAÇÃO IN VITRO COM CONCENTRAÇÕES VARIÁVEIS DE SACAROSE E BORO


Transcrição:

VIABILIDADE E GERMINAÇÃO POLÍNICA EM BANANEIRA-DO-BREJO VIABILITY AND GERMINATION POLLEN IN BANANA-DO- BREJO Resumo Vanessa dos Santos de Mello (1) Bruna Natália Veloso dos Santos (2) Jenifer Fernanda Damásio (1) Weslaine de Almeida Macedo (2) Douglas Machado Leite (3) Lorena Cristina Batista dos Santos (4) Isane Vera Karsburg (5) A Heliconia rostrata Ruiz & Pav. é uma planta ornamental muito cultivada para a composição de arranjos florais. Objetivou-se avaliar a viabilidade polínica através da análise de diversos corantes e a germinação do tubo polínico em condições in vitro. Para as análises foram coletados 30 botões florais de diferentes indivíduos. As lâminas foram preparadas pela técnica de esmagamento, utilizando os corantes: lugol 2%, orceína acética 2%, fucsina 0,5%, verde malaquita 1%, azul de astra e reativo de Alexander. Para a germinação, os grãos de pólen foram distribuídos em placas de Petri contendo meio líquido preparado e solução de sacarose 10% com 100 mg/l de ácido bórico (H 3 BO 3 ). Os corantes lugol, fucsina, verde malaquita, azul de astra e orceína acética apresentaram um percentual médio de viabilidade polínica. O corante reativo de alexander foi o único que apresentou alta porcentagem de pólens corados, com 78,79% e permitiu uma melhor diferenciação dos pólens viáveis dos inviáveis. A média percentual de germinação do tubo polínico foi de 74,93%, considerada uma média alta. O corante mais indicado para avaliar a viabilidade dos pólens de H. rostrata é o reativo de alexander. Em relação a germinação do tubo polínico, o meio de cultura utilizado pode ser indicado para a germinação dos pólens desta espécie. Palavras-chave: Corantes polínicos. Grãos de pólen. Heliconia rostrata L. Abstract The Heliconia rostrata Ruiz & Pav. is an ornamental plant widely cultivated for the composition of floral arrangements. This study aimed to evaluate the pollen viability by analyzing various dyes and the germination of the pollen tube in vitro conditions. For the analyzes were collected 30 flower buds of different individuals. Slides were prepared by crushing technique using dyes: Lugol 2% acetic 2% orcein, 0.5% fuchsin, malachite green 1%, astra blue reactive and Alexander. For germination pollen grains were spread on Petri 1 Mestrandas em Genética e Melhoramento de Plantas, pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Alta Floresta, MT. nessa.demello@hotmail.com. 2 Graduandas em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso. 3 Graduando em Engenharia Florestal, pela Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 Biológa, docente da Escola Estadual Vitória Furlani da Riva. 5 Professora Adjunta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso.

Plates containing liquid prepared 10% sucrose solution with 100 mg / L of boric acid (H 3 BO 3 ). The lugol dyes, fuchsin, malachite green, astra and acetic orceine blue showed an average percentage of pollen viability. The reactive dye Alexander was the one who had a high percentage of stained pollens, with 78.79% and allowed a better differentiation of viable pollens of unviable. The average percentage of germination of pollen tube was 74.93%, considered a high rating. The preferred dye to evaluate the viability of H. rostrata pollens is reactive Alexander. For germination of the pollen tube, the culture medium used may be suitable for the germination of pollen of that species. Keywords: Dyes pollen. Grains pollen. Heliconia rostrata L. 1. Introdução O gênero Heliconia é o único representante da família Heliconiaceae, a qual pertence a ordem Zingiberales. A Heliconia rostrata Ruiz & Pav. é vulgarmente conhecida como caetê, bananeira-do-brejo e bananeira-ornamental. É uma planta herbácea, rizomatosa, entouceirada, originária da Amazônia peruana e brasileira, mediando de 2,0 à 3,0m de altura, com florescimento muito ornamental, cultivada para a produção de arranjos florais (LORENZI & SOUZA, 2008). A determinação da viabilidade do pólen pode ser feita por métodos diretos, tais como a indução da germinação do pólen in vitro. No qual consiste a utilização de um meio de cultura para determinar a aptidão da germinação dos grãos de pólen (ZAMBOM, 2014). E métodos indiretos, baseados em parâmetros de coloração, que utilizam corantes químicos específicos que reagem com componentes celulares presentes nos grãos de pólen maduro (PAGLIARINI & POZZOBON, 2004). Diante do exposto e devido à escassez de informações sobre a viabilidade polínica de Heliconia rostrata, este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade polínica pela análise de diversos corantes e a germinação do tubo polínico em condições in vitro. 2. Material e Métodos O trabalho foi realizado no Laboratório de Citogenética e Cultura de Tecidos Vegetais da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Alta Floresta-MT. Foram coletados 90 botões florais em estágio de pré antese de diferentes indivíduos no município de Alta Floresta. Para a análise da viabilidade do pólen, as anteras foram retiradas dos botões florais e preparadas pela técnica de esmagamento, usando os corantes: lugol 2%, orceína acética 2%, fucsina 0,5%, verde malaquita 1%, azul de Astra 1% e reativo de Alexander. Para cada corante foram preparadas cinco lâminas e contados 300 grãos de pólen por lâmina.

Para a germinação do tubo polínico os pólens foram distribuídos em placas de petri contendo meio líquido preparado segundo Trabelsi (1985) e solução de sacarose 10% com 0,001% de ácido bórico (H 3 BO 3 ). As placas permaneceram sob temperatura de 32ºC em câmara de germinação com fotoperíodo. Após 48 horas foram analisados 500 grãos de pólen por placa, com três repetições. Foram considerados germinados os que apresentaram o comprimento do tubo polínico igual ou superior ao diâmetro do próprio grão de pólen. A visualização do material tanto da viabilidade polínica como da germinação foi realizada através de um microscópio óptico em dimensão de 40x pelo método de varredura. Com a contagem obtida em cada corante e germinação polínica, calculou-se a percentagem de polens viáveis e germinados através da fórmula: Nº de grãos corados/ Nº de grãos contados * 100 e posteriormente os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade pelo Programa Estatístico Sisvar (FERREIRA, 2011). 3. Resultados e Discussão Para a avaliação da viabilidade polínica com a utilização dos diversos corantes os resultados demonstraram que não houveram diferença estatística entre eles (Tabela 1). A maioria dos corantes apresentou um percentual médio de viabilidade polínica, sendo eles, lugol 2% (59,26%), fucsina 0,5% (59,32%), verde malaquita 1% (64,73%), azul de astra 1% (64,79%) e orceína acética 2% (65,53%) (Figura 1). O corante reativo de alexander foi o único que apresentou alta porcentagem de pólens corados, com 78,79% e permitiu uma melhor diferenciação dos pólens viáveis dos inviáveis. O corante reativo de Alexander, permite a distinção entre polens viáveis e inviáveis corando de forma diferenciada a celulose da parede do grão de pólen, em verde-claro-azulado, e o protoplasma, em púrpura, facilitando a distinção (ALEXANDER, 1980). Segundo Souza et al. (2002) é considerado como alta viabilidade do pólen valores acima de 70%; como média, valores de 31 a 69% e valores até 30% como baixa viabilidade. TABELA 1- Valores médios percentuais de viabilidade e germinação do pólen de H. rostrata. Corante e germinação Viabilidade (%) Lugol 2% 59,26 a Fucsina 0,5% 59,32 a Verde malaquita 1% 64,73 a Azul de astra 1% 64,79 a Orceína acética 2% 65,53 a

Reativo de alexander 78,79 a Germinação 74,93 a CV (%) 10,34 Médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade FIGURA 1 Grãos de pólen de H. rostrata corados com diferentes corantes e germinação de polens. Lugol 2% A) viável B) inviável; Fucsina 0,5% C) viável D) inviável; verde malaquita 1% E) viável F) inviável; azul de Astra 1% G) viável H) inviável; Orceina acética 2% I) viável J) inviável; Reativo de Alexander L) viável M) inviável. Barra = 10µm. N) grão de pólen germinado; O) grão de pólen não germinado. Barra = 20 µm A média percentual de germinação do tubo polínico foi de 74,93%, é considerado uma germinação alta, pois um pólen viável deve apresentar 50 a 80% de grãos germinados com tubos bem desenvolvidos. Para uma alta taxa de germinação é necessário à compreensão de uma série de fatores como temperatura, ph, ajustes da composição do meio de cultura e período de emissão do tubo polínico (ZAMBOM, 2014), fatores que, diferem de acordo com as exigências de cada espécie. Segundo Bolat & Pirlak (1999) a porcentagem de germinação e porcentagem de viabilidade do pólen estão em completa acordância. Porém, as reações com corantes podem não se correlacionar bem com a germinação in vitro de pólen, que é confirmado através dos dados obtidos no presente trabalho, no qual o corante reativo de alexander foi o único método colorimétrico que forneceu resultados semelhantes à estimativa de viabilidade polínica dada pelo teste de germinação in vitro. 4. Conclusão O corante mais indicado para avaliar a viabilidade dos pólens de H. bihai, que permite a distinção com clareza entre pólens viáveis e inviáveis, é o reativo de alexander. Em relação a germinação do tubo polínico, o meio de cultura utilizado descrito na metodologia

apresentou alta taxa de germinação e, pode ser indicado para a germinação dos pólens desta espécie. 5. Referências ALEXANDER M. P. A. Versatile stain for pollen fungi, yeast and bacterium. Stain Tecnology, v.5, p.13-18, 1980. BOLAT, I.; PIRLAK, L. An investigation on pollen viability, germination and tube growth in some stone fruits. Journal of Agriculture and Forestry, v.23, p.383-388, 1999. FERREIRA, D.F Sisvar versão 4.6. Lavras: DEX/UFLA, 2003. 32 p. LORENZI, H.; SOUZA, H. M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 730p. PAGLIARINI M. S.; POZZOBON M. T. Meiose em vegetais: um enfoque para a caracterização de germoplasma. IN: CURSO DE CITOGENÉTICA APLICADA A RECURSOS VEGETAIS, 2, 2004, Brasília. Anais... Brasília: EMBRAPA, 2004. p.86. SOUZA M. M.; PEREIRA, T. N. S.; MARTINS, E. R. Microsporogênese e microgametogênese associadas ao tamanho do botão floral e da antera e viabilidade polínica em maracujazeiro-amarelo. Ciência Agrotécnica, v. 26, n. 6, p.1209-1217, 2002. TRABELSI M. A. A. reliable method for testing fruit setting ability in tomato using in vitro pollen germination. Meded Fac Lanbouwwet, v. 50, p.1343-1356, 1985. ZAMBOM C. R. Meio de cultura para a germinação de grãos de pólens de cultivares de marmeleiros (Cydonia oblonga Mill.) 39 f. Dissertação (Mestrado em Botânica Aplicada) - Universidade de Lavras, 2014.