Submódulo 21.6 Estudos de recomposição do sistema Rev. Nº. Motivo da revisão Data de aprovação pelo ONS Data e instrumento de aprovação pela ANEEL 0.0 Este documento foi motivado pela criação do Operador Nacional do Sistema Elétrico. 23/07/2001 25/03/2002 Resolução nº 140/02 0.1 Atendimento à Resolução Normativa ANEEL nº 115, de 29 de novembro de 2004. 12/09/2005 25/09/2007 Resolução Autorizativa nº 1051/07 1.0 Versão decorrente da Audiência Pública nº 049/2008, submetida para aprovação em caráter definitivo pela ANEEL. 17/06/2009 05/08/2009 Resolução Normativa nº 372/09 Nota: Convencionou-se como 1.0 a primeira versão deste procedimento aprovada em caráter definitivo pela ANEEL. A numeração das versões anteriores foi alterada de forma a ter numeração inferior a 1.0 (ex. a antiga versão 0 é agora chamada de 0.0, a antiga versão 1 é agora chamada de 0.1, e assim em diante). Endereço na Internet: http://www.ons.org.br
1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 4 3 PRODUTO... 4 4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO... 5 5 RESPONSABILIDADES... 5 5.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO ONS... 5 5.2 DOS AGENTES DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO, DOS CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE LIVRES... 6 6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO... 6 6.1 ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA... 6 6.2 COLETA E CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS... 6 6.3 REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS... 7 6.4 ANÁLISE DAS SIMULAÇÕES... 7 6.5 ELABORAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DO RECOMP... 8 6.6 ELABORAÇÃO DE DIRETRIZES OPERATIVAS... 8 6.7 ACOMPANHAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS PROPOSTAS... 8 7 HORIZONTE, PERIODICIDADE E PRAZOS... 8 8 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS UTILIZADAS... 8 Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 2/8
1 INTRODUÇÃO 1.1 Os estudos para definição de medidas que reduzam o tempo de restabelecimento do sistema após grandes perturbações desenvolvem-se no âmbito do planejamento e da programação da operação. 1.2 Essas medidas, para serem eficazes na redução de tempo, devem permanentemente levar à atualização dos processos de recomposição do sistema e à revisão das instruções de operação para o Sistema Interligado Nacional SIN. 1.3 Os estudos de recomposição do sistema abrangem: (a) a filosofia básica do processo de recomposição e as suas diretrizes gerais; (b) diretrizes para que a filosofia básica seja aplicada com sucesso; (c) os processos de recomposição, com a descrição precisa de suas etapas nas diversas áreas envolvidas. 1.4 Como esses estudos têm forte repercussão sobre os agentes de operação, é preciso que sejam constantemente atualizados, levando em conta os seguintes aspectos: (a) acompanhamento do equilíbrio entre carga e geração das áreas de auto-restabelecimento das usinas que fazem parte da malha principal do SIN; (b) definição dos limites de tensão e disponibilização de blocos de carga em patamares seguros; (c) acompanhamento da entrada em operação de novos equipamentos, de novas instalações, ou mudança de configuração de uma instalação, incluindo recapacitações que interfiram no processo de recomposição; (d) previsão, sempre que possível, além do processo prioritário de recomposição, de alternativas para cobrir situações de indisponibilidades de equipamentos que comprometam o restabelecimento das áreas de recomposição; (e) retirada de operação de equipamentos que fazem parte do processo de recomposição; e revisão dos procedimentos operacionais em função dos estudos feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS ou pelos agentes de operação, bem como de ampliações na rede de operação. 1.5 Os estudos de recomposição do sistema exigem grande número de análises, o que torna necessária a utilização das ferramentas de simulação de sistemas elétricos de potência disponíveis para estudos de regime permanente, de estabilidade eletromecânica e de transitórios eletromagnéticos. 1.6 Os agentes de geração considerados neste submódulo são aqueles detentores, por concessão ou autorização, de usinas classificadas na modalidade de operação como Tipo I Programação e despacho centralizados, conforme critérios e sistemática estabelecidos no Módulo 26 Modalidade de operação de usinas. 1.7 Os módulos e submódulos aqui mencionados são: (a) Módulo 2 Requisitos mínimos para instalações e gerenciamento de indicadores de desempenho da rede básica e de seus componentes; (b) Módulo 3 Acesso aos sistemas de transmissão; (c) Submódulo 3.6 Requisitos técnicos mínimos para a conexão à rede básica; Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 3/8
(d) Módulo 4 Ampliações e reforços; (e) Módulo 6 Planejamento e programação da operação elétrica; Submódulo 6.2 Planejamento da operação elétrica de médio prazo; (g) Submódulo 6.3 Diretrizes para a operação elétrica com horizonte quadrimestral; (h) Submódulo 6.4 Diretrizes para a operação elétrica com horizonte mensal; (i) (j) Submódulo 6.5 Programação de intervenções em instalações da rede de operação; Submódulo 6.6 Diretrizes eletroenergéticas para rede básica incompleta; (k) Módulo 10 Manual de Procedimentos de Operação; (l) Submódulo 10.21 Instruções de operação e mensagens operativas; (m) Submódulo 11.2 Estatística de desempenho dos sistemas de proteção; (n) Submódulo 11.7 Proteções de caráter sistêmico; (o) Submódulo 18.2 Relação dos sistemas e modelos computacionais; (p) Submódulo 21.2 Estudos pré-operacionais de integração de instalações da rede de operação; (q) Submódulo 21.4 Validação de dados e de modelos de componentes para estudos elétricos; (r) (s) (t) Submódulo 21.5 Otimização de controladores; Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos; e Módulo 26 Modalidade de operação de usinas. 2 OBJETIVO 2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer os processos e as responsabilidades para a realização dos estudos de recomposição do sistema. 3 PRODUTO 3.1 O produto do processo descrito neste submódulo é o Relatório de Estudos de Recomposição do Sistema RECOMP. 3.1.1 O RECOMP consolida as análises efetuadas com base no Plano Anual de Recomposição do SIN PA-RECOM ou decorrentes de demanda específica. 3.1.1.1 O RECOMP contém diretrizes operativas, recomendações para a revisão ou adequação de controles, proteções e Sistemas Especiais de Proteção SEP. 3.1.1.2 O PA-RECOM contém o planejamento dos estudos de recomposição para o ano à frente, realizado a partir da análise da evolução do sistema e dos cronogramas de obras de geração e de transmissão, do diagnóstico e da priorização das necessidades para cada instalação. 3.1.2 O RECOMP deve ter os seguintes conteúdos: (a) diretrizes operativas para realização de recomposição do sistema; (b) definição da necessidade de revisão ou de adequação de ajustes em equipamentos de controle; Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 4/8
(c) definição de novas proteções sistêmicas ou revisão das existentes; e (d) adequação dos SEP ou revisão dos existentes. 4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO 4.1 Alterações decorrentes das contribuições recebidas e aprovadas pela ANEEL relativas ao processo de Audiência Pública nº 049/2008 com o objetivo de possibilitar a aprovação em caráter definitivo dos Procedimentos de Rede. 5 RESPONSABILIDADES 5.1 Do Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS (a) Coordenar o processo de estudos de recomposição do sistema. (b) Convocar os agentes de operação envolvidos. (c) Obter de outros processos estabelecidos nos Procedimentos de Rede as informações e os dados necessários à realização dos estudos, a saber: (i) requisitos mínimos para instalações e indicadores de desempenho da rede básica e seus componentes (Módulo 2); (ii) requisitos técnicos para conexão à rede básica (Submódulo 3.6); (iii) análise do desempenho do sistema elétrico, previsão de carga própria, cronograma de entrada em operação de novas obras e análises das conseqüências de atrasos em obras programadas. Essas informações são diretamente produzidas ou transformadas quando do planejamento da operação elétrica de médio prazo (Submódulo 6.2); (iv) práticas operacionais vigentes, conforme as instruções de operação (Submódulo 10.21); (v) casos de referência de acordo com o ciclo de planejamento da operação elétrica temporalmente mais ajustado ao cronograma do estudo (Submódulos 6.2, 6.3, 6.4, 6.5 e 6.6); (vi) informações necessárias para a realização do planejamento da operação elétrica do SIN (Anexo do Submódulo 6.2); (vii) dados estatísticos e índices de desempenho de atuação das proteções (Submódulo 11.2); (viii) ajustes da proteção de caráter sistêmico (Submódulo 11.7); (ix) versões atualizadas dos modelos computacionais para estudos elétricos utilizadas pelo ONS (Submódulo 18.2); (x) dados e modelos de componentes consolidados de acordo com a validação de dados e modelos de componentes para estudos elétricos (Submódulo 21.4); (xi) critérios a considerar na execução e na análise das simulações do desempenho elétrico do sistema, de acordo com os critérios elétricos (Submódulo 23.3). (d) Solicitar aos agentes de operação os dados e informações complementares necessários à realização dos estudos. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 5/8
(e) Consolidar os dados recebidos e elaborar os casos de referência. Elaborar o Termo de referência dos estudos de recomposição do sistema considerando sugestões dos agentes de operação. (g) Propor ou rever a filosofia a ser adotada nos novos estudos de recomposição do sistema. (h) Realizar as simulações e as análises dos estudos de recomposição do sistema que afetem a rede de operação. (i) (j) Elaborar relatório relativo a esses estudos. Elaborar as diretrizes operativas para recomposição do sistema. (k) Disponibilizar para os agentes de operação envolvidos as informações necessárias à reprodução das análises, bem como os relatórios produzidos, de acordo com os prazos estabelecidos no cronograma do estudo. 5.2 Dos agentes de geração, transmissão, distribuição, dos consumidores livres e potencialmente livres (a) Fornecer ao ONS, quando solicitados, os dados e informações necessários à realização dos estudos de recomposição do sistema. (b) Propor ao ONS a revisão do processo de recomposição em função de alteração de configuração operativa, entrada ou retirada de operação de equipamento ou instalação em sua área de atuação. (c) Encaminhar ao ONS sugestões para a elaboração de termo de referência para os estudos. (d) Participar, por convocação do ONS ou por seu próprio interesse, das diversas atividades previstas no escopo definido para cada etapa do processo. (e) Implantar as providências recomendadas nos relatórios relativos aos estudos de recomposição do sistema. Realizar simulações e análises de regime permanente, de estabilidade eletromecânica, de transitórios eletromagnéticos e outras que se façam necessárias para avaliar os impactos da nova instalação no desempenho, disponibilidade, proteções, operação e manutenções das instalações de sua propriedade. 6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO 6.1 Elaboração de termo de referência 6.1.1 O ONS elaborar em conjunto com os agentes de operação, um termo de referência para os estudos. 6.2 Coleta e consolidação dos dados 6.2.1 O ONS consolida os dados coletados e os disponibiliza para os agentes de operação. Qualquer incorreção nos dados e informações fornecidos identificada por algum agente de operação deve ser informada ao ONS, de acordo com os prazos estabelecidos no item 7 deste submódulo. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 6/8
6.3 Realização dos estudos 6.3.1 Estudos de regime permanente 6.3.1.1 Os estudos de regime permanente definem os patamares das cargas prioritárias a serem recompostas de forma ágil e segura em áreas geoelétricas criadas a partir de usinas de autorestabelecimento e das configurações mínimas de rede de modo a garantir que as grandezas elétricas não ultrapassem os limites de tensão especificados para os equipamentos. Os limites de geração ou de absorção de potência reativa das máquinas e dos compensadores síncronos, bem como outros limites dos demais equipamentos, devem ser respeitados. Os estudos de regime permanente são realizados em consonância com a filosofia estabelecida para a recomposição, seja ela fluente, seja ela coordenada. 6.3.2 Estudos de estabilidade eletromecânica 6.3.2.1 Os estudos de estabilidade eletromecânica visam a prevenir a ocorrência de perturbações eletromecânicas e de sobretensões dinâmicas que possam representar perigo para a integridade das máquinas síncronas e demais equipamentos. 6.3.3 Estudos de transitórios eletromagnéticos 6.3.3.1 Os estudos de transitórios eletromagnéticos: (a) recomendam as configurações necessárias para que os surtos de manobra mantenhamse em níveis adequados à suportabilidade dos equipamentos relacionada a sobretensões e/ou sobrecorrentes; (b) enfocam situações não previstas nas fases de planejamento da expansão e de projeto do sistema; (c) reavaliam situações já previstas, mas com a utilização de dados mais recentes do sistema elétrico e dos equipamentos; (d) reavaliam a adequação dos equipamentos de proteção sistêmica já existentes, tendo em vista a mudança da topologia do sistema elétrico; (e) analisam ocorrências e obtêm soluções ou medidas de prevenção para detectar se há equipamentos superados ou com funcionamento não adequado; analisam a conformidade dos SEP existentes; e (g) indicam para os agentes de operação as grandezas elétricas relevantes para reavaliação dos ajustes das proteções de equipamentos em função de mudança da topologia do sistema elétrico. 6.3.4 As simulações e análises devem ser desenvolvidas de acordo com as diretrizes e critérios estabelecidos no Submódulo 23.3. 6.4 Análise das simulações 6.4.1 Durante a realização dos estudos de recomposição do sistema podem ser necessárias interações com outros processos já concluídos ou em execução, quais sejam: (a) acesso aos sistemas de transmissão (Módulo 3); (b) ampliações e reforços na rede básica (Módulo 4); (c) planejamento da operação elétrica (Módulo 6); Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 7/8
(d) instruções de operação (Módulo 10); (e) estudos pré-operacionais de integração de instalações da rede de operação (Submódulo 21.2); otimização de controladores (Submódulo 21.5); e (g) validação de dados e modelos de componentes para estudos elétricos (Submódulo 21.4). 6.5 Elaboração e disponibilização do RECOMP 6.5.1 O ONS deve elaborar o RECOMP e disponibilizá-lo para todos os agentes de operação. 6.5.2 Além das informações constantes no RECOMP, outros dados pertinentes ao âmbito desses estudos devem ser também disponibilizados para todos os agentes de operação. 6.6 Elaboração de diretrizes operativas 6.6.1 O ONS elabora as diretrizes operativas para a confecção ou alteração de instruções de operação do processo de recomposição do sistema. 6.7 Acompanhamento da implantação das medidas propostas 6.7.1 ONS acompanha a implantação das medidas propostas e avalia sua efetividade, para reduzir ou eliminar problemas resultantes de distanciamentos entre o desempenho real e o de simulação. 7 HORIZONTE, PERIODICIDADE E PRAZOS 7.1 Os estudos devem ser realizados quando há: (a) alterações na topologia da rede; (b) alterações nas filosofias de recomposição do sistema; (c) estudos pré-operacionais; (d) recomendação de Relatório de Análise de Perturbações RAP. 7.2 Os agentes de operação devem ser convocados com, no mínimo, 10 (dez) dias úteis de antecedência para definir o escopo, elaborar um termo de referência e o cronograma para a execução do estudo. 7.3 Após a disponibilização pelo ONS dos dados coletados e consolidados, os agentes de operação terão 5 (cinco) dias úteis para informar quaisquer correções ou alterações relativas aos dados disponibilizados. 8 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS UTILIZADAS 8.1 Os programas computacionais a serem utilizados nos estudos de recomposição do sistema, constantes no Submódulo 18.2, são os seguintes: (a) Programa de análise de redes; (b) Modelo para análise de estabilidade eletromecânica; e (c) Modelo para análise de transitórios eletromagnéticos. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 8/8