DIDÁTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA

Documentos relacionados
O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

O ENSINO DA MATEMÁTICA E AS DIFICULDADES NA RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES PROBLEMAS. Autora: Lisangela Maroni (UNINTER) 1.

DIFICULDADES RELATADAS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDO DE CASO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM GRAJAÚ, MARANHÃO 1

O USO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM DE NÚMEROS RACIONAIS VIA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Modelagem e Educação Matemática GT 04

PROJETO PROLICEN: VIVÊNCIAS, OPORTUNIDADE E CONTRIBUIÇÕES A FORMAÇÃO ACADÊMICA.

As contribuições das práticas laboratoriais no processo de Ensino-Aprendizagem na área de Química

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 18 A 20 DE SETEMBRO 2014 CAMPINA GRANDE - PB

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

O USO DE NOVAS FERRAMENTAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FELIPE RODRIGUES DE LIMA BARAÚNA/PB.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM QUIMICA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR

JOGO MEMORGÂNICO: UMA FERRAMENTA COMPLEMENTAR NO APRENDIZADO DE NOMENCLATURAS DE HIDROCARBONETOS

AS POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Ensino da Estatística nos Ensinos Fundamental e Médio

CONCEPÇÕES DOS DISCENTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (CFP/UFCG) SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA

Inserir sites e/ou vídeos youtube ou outro servidor. Prever o uso de materiais pedagógicos concretos.

O ENSINO DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: UM ESTUDO DIDÁTICO-REFLEXIVO COM UMA TURMA DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA NO ESPAÇO ESCOLAR: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA ESCOLA DO CAMPO

UMA ABORDAGEM DE JUROS SOB A PERSPECTIVA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) Curso de Licenciatura em Química

ADEDANHA MATEMÁTICA: UMA DIVERSÃO EM SALA DE AULA

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

MOTIVOS DE EVASÃO E RETORNO DE JOVENS E ADULTOS AO ENSINO MÉDIO EM ALEGRE-ES

O TRABALHO DO DOCENTE DE MATEMÁTICA NO PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO) EM PARÁ BATINS CURRAIS-PI

AVALIAÇÃO DO USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA EM UMA ESCOLA NA CIDADE DE MANAUS-AM.

MINICURSO: FLIPPED CLASSROOM A SALA DE AULA INVERTIDA EM ATIVIDADES DE MODELAGEM MATEMÁTICA

NOVAS METODOLOGIAS DE ENSINO: UMA PESQUISA SOBRE O USO DO SOFTWARE GEOGEBRA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

O PIBID E OS JOGOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: JOGO DAS TRÊS PISTAS

APLICAÇÃO DA METOLOGIA LÚDICA COMO FACILITADORA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE NÚMEROS INTEIROS NO ÂMBITO DA ESCOLA MUNICIPAL JOAQUIM CALADO

ALGUMAS METODOLOGIAS DE ENSINO UTILIZADAS PELOS PROFESSORES QUE LECIONAM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS: ALGUMAS IMPLICAÇÕES A PRÁTICA DOCENTE

PROJETO DE PESQUISA. Título: Metodologias e modelagem no desenvolvimento do ensino de matemática

TÍTULO: ENSINO E CONTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DO DOCENTE DE CONTABILIDADE E SEUS REFLEXOS NO ENSINO/APRENDIZAGEM DOS DISCENTES.

A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO COM FOCO NO LETRAMENTO MATEMÁTICO

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

1- Prof. Me. Dep. Química/UERN; 2- Alunos de Licenciatura em Química, Matemática e Física.

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E DO MATERIAL DOURADO NAS AULAS DE MATEMÁTICA.

O USO DE TECNOLOGIAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VARGINHA/MG

TABELA PERIÓDICA: OS ALIMENTOS E SUAS COMPOSIÇÕES QUÍMICAS- MITOS E VERDADES

AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA: ANÁLISE COMPARATIVA DESSE PROCESSO EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE JÚLIO DE CASTILHOS

CARACTERIZAÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DA REGIÃO SUDESTE E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE

A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA: Realidade da Rede Pública de Educação de Ouro Fino MG RESUMO

ABORDAGEM DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A PESQUISA: ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA. 1

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INTERDISCIPLINARIDADE: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROFOP - PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA PROPOSTA DE MUDANÇA CURRICULAR.

Palavras-chave: Formação profissional; Educação matemática; Experiência profissional; Realidade escolar.

O ENSINO DE ESTATÍSTICA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA CIDADE DE ARAPIRACA- AL

IFG Departamento De Áreas Acadêmicas I Coordenação de Ciências Humanas

AS PERSPECTIVAS DOS ESTUDANTES DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ IFPI CAMPUS ANGICAL SOBRE A RELEVÂNCIA DA SUA FORMAÇÃO NO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA

UTILIZAÇÃO DE PARÓDIAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

A EXPERIMENTAÇÃO NO COTIDIANO DA ESCOLA PLENA DE TEMPO INTEGRAL NILO PÓVOAS EM CUIABÁ-MT

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NA PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E ESTUDANTES NO CURSO DE ELETROMECÂNICA DO IFSC CAMPUS ARARANGUÁ

COMO TÊM SIDO APRESENTADO O USO DA CALCULADORA NOS LIVROS DIDÁTICOS

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE ELIANE CALHEIROS

A MATEMÁTICA NO COTIDIANO: RECONHECENDO E TRABALHANDO COM SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM FUNÇÕES

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS DEMONSTRATIVOS NAS AULAS DE QUÍMICA

SONDAGEM DOS CONHECIMENTOS DOS DISCENTES DO 9º ANO REFERENTES ÀS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

UMA ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA NOS LIVROS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO DA CIDADE DE JATAÍ

O USO DO LIVRO DIDÁTICO NAS AULAS DE QUÍMICA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS. Apresentação: Pôster

COMO OS ALUNOS VEEM A MATEMÁTICA? Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio (EMAIEFEM) GT 10

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS NO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR SOBRE O USO DE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DO QUÍMICA

TRABALHANDO COM RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO CLUBE DE MATEMÁTICA DO PIBID: O CASO DO PROBLEMA DO SALÁRIO

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS EM RELAÇÃO À PRÁTICA DOCENTE NO AMBIENTE ESCOLAR

A PERCEPÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES ACERCA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 1

A ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO

Tradicionalmente tornou-se consensual na literatura definir problema como uma situação que envolve o aluno em atividade, mas para a qual não conhece

O ALUNO CEGO E O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO CAMPO DA MATEMÁTICA: A PERCEPÇÃO DE DOIS EDUCADORES.

Influência das atitudes dos professores em relação à matemática

A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAS: DISCIPLINA PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MENTAIS

A ANÁLISE COMBINATÓRIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM ESTUDO DIAGNÓSTICO

A PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR SOBRE O USO DA REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS FUNÇÕES INORGÂNICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA- PB

ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS SOB A ÓTICA COTIDIANA

O USO DA CALCULADORA CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO. Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio (EMAIEFEM) GT10

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

JULGAMENTOS DOS ALUNOS SOBRE A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

OS DIFERENTES SIGNIFICADOS DE NÚMEROS RACIONAIS: um estudo das dificuldades apresentadas por alunos de 6º ano do Ensino Fundamental

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AVALE DO ACARAU A MÚSICA NO ENSINO DA GEOGRAFIA

O PAPEL DO TCC NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

OFICINA: ESTUDO DE MEDIDAS

CRIATIVIDADE E PRODUÇÃO TEXTUAL: PRÁTICAS DE INCENTIVO À LEITURA

A MATEMÁTICA DO ABSTRATO AO CONCRETO ATRAVÉS DO LÚDICO

Lueny Amorim de oliveira (1); Lainne Saraiva Garreta (1); Malena Correia Costa (2) Antônia Gomes do Nascimento (3)

ENSINAR CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSAR O CURRÍCULO. Andreia Cristina Santos Freitas 1 Roziane Aguiar dos Santos 2 Thalita Pacini 3 INTRODUÇÃO

A Educação para a paz na formação de professores

UMA VISÃO SOBRE JOGOS LÚDICOS COMO MÉTODO FACILITADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

JOGO MEMÓRIA DAS INTEGRAIS COMO FERRAMENTA PARA APRENDIZAGEM DAS INTEGRAIS NO CÁLCULO INTEGRAL 1. Wélida Neves Martins; Thiago Beirigo Lopes

Ás expectativas dos professores da escola Abel Coelho- Mossoró-RN com relação à formação continuada- Uma visão do PIBID-UERN

Resultados e discussão

A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM

REFLEXÃO DOCENTE SOBRE A FORMAÇÃO OFERECIDA NO MUNICIPIO DE FORTALEZA

Palavras-chave: Competências; habilidades; resolução de problemas.

ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO INVESTIGATIVO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO EXPERIMENTAL DE QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA: UM ESPAÇO PARA AS IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES.

A importância das aulas laboratoriais como uma ferramenta didática para os professores de Biologia. Apresentação: Pôster

CUBO MÁGICO: uma estratégia pedagógica utilizada nas aulas de matemática 1

PROBLEMAS E AULAS PRÁTICAS COMO RECURSOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE

USO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS NO ENSINO DE PRODUTOS NOTÁVEIS

Transcrição:

DIDÁTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA Luana Aparecida Nunes 1, Fabiana da Penha Rhodes 2. 1 Graduando do Curso de Licenciatura em Matemática da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu( FACIG),- MG. luanaaparecidanunes7@gmail.com 2 Mestre em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Ouro Preto. Professora na Faculdade de Ciências Gerencias de Manhuaçu (FACIG). fabianarhodes@sempre.facig.edu.br RESUMO O presente estudo busca mostrar que é possível uma didática da resolução de problemas de matemática em sala de aula, tornando o ensino-aprendizagem mais prazeroso para alunos e professores. O trabalho aborda, inicialmente, o problema matemático, as diferenças entre problema e exercícios, a resolução de problemas na matemática, usando as estratégias de resolução segundo Polya (1995), e a didática de ensino para alunos do fundamental II. Os problemas matemáticos são de fundamental importância para o desenvolvimento da matemática, mas na sala de aula, o que se tem visto, é o ensino-aprendizagem ser ministrado na forma de exercícios repetitivos e mecanizados, resolvidos, por meios padronizados e previsíveis por professores e alunos. O professor que se propuserem a trabalhar em sala de aula com a didática da resolução de problemas de matemática fará de seu trabalho pedagógico, futuramente, um êxito, pois estará contribuindo para formar cidadãos críticos, que ampliarão sua visão de problemas em sala de aula, da matemática, e do mundo. Palavras-chave: Didática; Resolução; Problema. Área do Conhecimento: Ciências Exatas e da Terra. 1

1 INTRODUÇÃO A matemática enquanto ensino e aprendizado no que diz respeito à resolução de problemas apresenta-se como um dos fatores de insucesso escolar. O que se tem visto é o ensino-aprendizado sendo trabalhado de forma previsível por parte dos alunos e professores. Há muitos anos a resolução de problemas em matemática tem sido muito estudada. O fato pode ser explicado em geral pelo insucesso dos alunos em sua maioria nessa área. Desse modo no intuito de minimizar e encontrar alternativas para ajudar numa aprendizagem significativa, elaborou-se o seguinte problema: Porque os alunos têm dificuldades em resolver problemas matemáticos? Para atingir os objetivos do trabalho, utilizaremos questões problemas como estratégias de didática para resolução de atividades. Essas atividades serão realizadas para que os alunos entendam de maneira mais fácil os conteúdos da disciplina. Essa pesquisa justifica-se pela necessidade dos professores adotarem as estratégias de didática para a resolução de problemas como sendo mais uma ferramenta de ensino em sala de aula. Além de mostrar o aluno várias maneiras de como resolver um mesmo problema o professor pode discutir as estratégias que cada aluno usou na resolução. Já para os alunos, o conhecimento dessas técnicas facilita a resolução de problemas, pois adotam novas estratégias de como resolvê-los, para sociedade é a partir da resolução de problemas de matemática que fica mais fácil e capaz de compreender o papel dessa ciência no mundo. 2 METODOLOGIA Abordamos alunos e professores de matemática da E.E. do Ribeirão de São Domingos localizada na cidade de Santa Margarida-MG. A pesquisa realizada foi do tipo qualitativo e quantitativo, exploratório por meio de questões problemas e entrevista semiestruturada. A pesquisa foi feita com os alunos do 8º ano do ensino fundamental, com um total de alunos no 8º I, de 25 alunos e o 8º II com 21 alunos, e com os dois professores de matemática. Foi aplicado um questionário aos professores A e B, para assim conhecer os métodos que estão sendo trabalhados com os alunos na turma pesquisada, a fim de averiguar os conhecimentos ministrados para os alunos e de como está sendo aplicada a didática da resolução de problemas de matemática. As observações das aulas foram marcadas com os professores para que coincidam com as resoluções dos problemas matemáticos. O questionário que foi aplicado para os alunos, analisou o gosto pela disciplina de matemática além da atividade de resolução de problemas. Por ultimo foi aplicado questões problemas antes e depois das estratégias do autor Polya (1995), questões relacionadas com a realidade do aluno. Observou-se pelas questões propostas no questionário para os professores sobre o conceito de resolução de problemas no que dizem respeito aos meios pelos quais tiveram contato pela metodologia da resolução de problemas, as seguintes respostas: Tabela 1. Contato com a metodologia através da resolução de problemas Respostas Interesse próprio Em cursos de formação continuada Na escola, por outros colegas. Professor A, B A B 2

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Quanto foi questionado para os alunos a dificuldade com o conteúdo matemático, observa-se que mais da metade dos alunos tem dificuldades, de ambos os professores. Esses dados vêm a nos sugerir que está faltando alguma metodologia no que diz respeito à motivação destes alunos, porém na sala de aula, muitos alunos relataram não gostar da matemática, porque ela é complicada e cheia de fórmulas, por isso se faz necessário o professor buscar novos meios que faça com que os alunos consigam se motivar e encontrar uma aprendizagem significativa, reparando o mito de que a matemática é mais difícil que outras matérias. No gráfico 1, temos os resultados em porcentagem da pergunta 2 do questionário, quando foi lhe pergunatados se eles tem dificuldade com a disciplina de matemática. Gráfico 1. Dificuldade com a disciplina de Matemática 70% 60% 50% 40% 30% 20% Professor A Professor B 10% 0% Sim Não Em análise as atividades de resolução de questões problemas foi aplicado em primeiro momento três problemas para os alunos do 8º ano I e II, relacionados ao conteúdo e a realidade vivida pelo aluno, após alguns dias, mostrei para esses mesmos alunos, as estratégias de Polya (1995), passos que ajudam a compreender um dado problema. Após um mês apliquei novamente a mesma atividade e os dados podem ser visto nos gráficos 2 e 3. Gráfico 2. Questões problemas propostas para os alunos antes da Didática 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Questão 1 Questão 2 Questão 3 Acertos Erros 3

Gráfico 3. Questões resolvidas depois da didática 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Questão 1 Questão 2 Questão 3 Acertos Erros É possível observar o quanto aumentou o número de acertos nas questões que foram propostas aos alunos antes e depois da metodologia da resolução de problemas de matemática. No estudo com os professores, primeiramente foi preguntado sobre suas formações. Os resultados obtidos estão mostrados na Tabela 2 Tabela 2. Caracterização dos participantes da pesquisa Professora Formação Tempo de formação A Faculdade De 16 á 20 Particular anos B Faculdade Particular De 16 á 20 anos Pósgraduação Lato sensu em Matemática e Estatística Não possui Atuação o atual 8ºI, 1ºI e II, 2º, 3º 6ºI, 6ºII, 6ºIV, 7ºI, 7ºII, 8ºII, 8ºIII, 9ºI Analisando ao conhecimento e a participação dos professores em projetos de formação continuada, é possível observar que uma parte, uma professora, desenvolve projetos de formação continuada na área da educação. No que dizem respeito aos meios pelos quais os professores tiveram contato pela metodologia da resolução de problemas, as respostas estão mostrados na Tabela 3. Tabela 3. Contato com a metodologia através da resolução de problemas Respostas Interesse próprio Em cursos de formação continuada Na escola, por outros colegas. Professor A, B A B A resolução de problemas está se tornando uma forte tendência do ensino da matemática, não se aplicando somente a exercícios rotineiros, verifica-se que as professoras de algum modo conhecem a metodologia através da resolução de problemas de matemática, visto que pouco trabalha com os 4

alunos em sala de aula, sendo a metodologia que possibilita a se conectar a uma rede de significados. Além disso, foi observado que as professoras de algum modo já tiveram contato com a resolução de problemas, mais que na prática em sala de aula não foi aplicada em nenhum momento durante as observações. Em nossa pesquisa os alunos resolveram primeiro as questões problemas aplicando seu raciocínio, depois mostrei para eles as estratégias do autor Polya (1995), ao resolver novamente a questão os alunos se engajaram todas as quatro estratégias de Polya (1995), além dos dados do gráfico terem contatado que, antes a questão 2 havia um erro de 22 alunos, depois de inserido novos métodos pedagógicos a questão 2 passou a ter somente 11 erros, ou seja ajudou a metade dos alunos. Esses dados vieram a confirma o resultado do melhoramento do ensino-aprendizado dos alunos. Ensinar exige do professor habilidades para conduzir a aprendizagem, não é apenas ter o conhecimento da matéria, os professores precisam buscar meios que faça com que os alunos se interessam pela matéria. 4 CONCLUSÃO Ao longo deste artigo através dos levantamentos, verificou-se que os professores em seus questionários demostrou já terem algum contato com a resolução de problemas de matemática, deixando a se perceber de que a utilizam em sala de aula. Porém, em observações em sala de aula em nenhum momento tal estratégia foi demostrada. O fato veio a confirmar quando lhe fora questionados em que momento os problemas são propostos em sala de aula, onde afirmaram que utilizam para contextualizar um novo conteúdo a ser ministrado, mas durante o período das observações isto não ocorreu. Um fator a ser considerado é que as duas professoras mostra não ter afinidade com a didática da resolução de problemas, mesmo ter relatado esse contato com a resolução de problemas, esse fato pode ter sido pelo modo superficial do contato, e até mesmo pela falta de tempo para preparar suas aulas, essas práticas é como ponto de partida para ensinar matemática, mas que se encontra como um desafio e um método teórico pouco conhecido. A resolução de problemas certamente é uma das marcas essenciais à matemática, pois nos deparamos a todo o momento em nossas vidas. E sendo possíveis os professores, visto que somos os responsáveis pela formação das futuras gerações, trazerem os problemas do cotidiano para a sala de aula, fará com que o aluno entenda de maneira mais fácil o papel da matemática. Retornando ao nosso problema da pesquisa, Porque os alunos têm dificuldades em resolver problemas matemáticos? Constatou-se que além dos alunos terem dificuldades com a disciplina de matemática, os atuais docentes não estão trabalhando com a metodologia da resolução de problemas, mas que acreditam está trabalhando, sendo assim esperamos que nossa pesquisa possa levantar novos questionamentos, que despertem no professor o verdadeiro valor da matemática na vida de um cidadão crítico, refletindo em uma sociedade em mudança. Devemos considerar também que é notória a dificuldade encontrada pelos alunos no conteúdo matemático, acreditando que é complicada e difícil, contudo levaremos em consideração o contato com a resolução de problemas por parte do educando, para que não venha a acontecer como aconteceu com os resultados de nossa pesquisa, onde as professoras acreditavam trabalhar com a utilização da didática da resolução de problemas de matemática, como ensino aprendizagem, mas que na prática, estavam trabalhando com os mesmos métodos tradicionais. 5

5 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Ana Itamara Paz de. Didática da Resolução de Problemas de Matemática, Ji- Paraná- Rondônia. Departamento de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Rondônia, p.1-54, 2010. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998. GONTIJO, C.H. Resolução e Formulação de Problemas: caminhos para o desenvolvimento da criatividade em Matemática. In: Anais do SIPEMAT, Recife. Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação Universidade Federal de Pernambuco: 2006. HUANCA, R.R. Huaman. A Resolução de Problemas no Processo Ensino-Aprendizagem- Avaliação de Matemática na e além da sala de aula. Dissertação (Mestrado em educação Matemática) - Instituto de Geociência e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro (SP), 2006. POLYA, G. George. A Arte de Resolver Problemas: Um Novo Aspecto do Método Matemático. In: POLYA, G. GEORGE. (Org.). Em aula. Rio de Janeiro: tradução Heitor Lisboa de Araújo, 1995. p.1-23. 6