IEP 898 - Propriedade Intelectual e Desenvolvimento Capitalista 2015/4



Documentos relacionados
Anais da 64ª Reunião Anual da SBPC São Luís, MA Julho/2012 SABER TECNOLÓGICO PARA QUEM E PARA O QUÊ? A QUESTÃO DAS PATENTES

Periódicos eletrônicos especializados em Propriedade Intelectual e Inovação 113 títulos, com acesso aos textos integrais

Convergência tecnológica, Inovação e Direito da Concorrência no séc. XXI.

Organização Industrial - 2ª PARTE

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE MACAU RELAÇÕES ECONÓMICAS REGIONAIS

Catalogue des nouvelles acquisitions

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA

Proposta de disciplina G3. Ano Lectivo 2003/2004. Economia das Pensões

FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS SARA HELENA PEREIRA E SILVA

DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO

4. SITES DE REFERÊNCIA 4.1. ENTIDADES SECTORIAIS. AACS Alta Autoridade para a Comunicação Social

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

3 o SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO Preço e Direito da Concorrência. Arthur Barrionuevo Professor da FGV SP arthur.barrionuevo@fgv.

CURSO DE DIREITO DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO

IBM Unica Histórico da Interação Attribution Modeler Versão 1 Release 0 15 de maio de Tabelas de Sistema do

PATENTES MERECEM SER QUEBRADAS?

Bibliografia referente ao artigo Gestão baseada no valor, Isabel Ribeiro de Carvalho, Revista TOC, Fevereiro 2008

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2202D - Comunicação Social: Jornalismo. Ênfase. Disciplina A - Língua Inglesa III

Aspectos Políticos da Adoção das IFRS no Brasil

Aplicando Pontos de Função na Definição de um Sistema de Indicadores BIT

7 Referências bibliográficas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

Administrando os canais de distribuição (aula 2)

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO. (Programa e bibliografia geral seleccionada) 5º Ano

Convergência Regulatória e Cadeias Globais

EMENTA. CURSO DE GRADUAÇÃO EM ECONOM I A 2/2017

DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO

Direitos Exclusivos de Comercialização e Dados de

DISCIPLINA OPTATIVA: FUNDAMENTOS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE DEFESA. 45h/3 créditos

DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO

Universidade do Minho. Escola de Engenharia. UC transversais Programas Doutorais 1º semestre de outubro 2012

ABI/INFORM GLOBAL & COMPLETE

COMUNICADO. O Governo do Amazonas não contraiu nenhum tipo de obrigação quanto à aquisição de todos os produtos na Ata de Registro de Preços.

Programa Piloto de Patentes Verdes aceleração de patenteamento de tecnologias verdes e incentivo ao desenvolvimento tecnológico no Brasil

TEXTO PARA DISCUSSÃO N 328 REDES E POLARIZAÇÃO URBANA E FINANCEIRA: UMA EXPLORAÇÃO INICAL PARA O BRASIL

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INGLÊS Ano Lectivo 2015/2016

20º Seminário Internacional de Defesa da Concorrência

Descrição: Dados Técnicos:

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Sábado - 8h às 12h e 13h30 às 17h30

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Centro Regional das Beiras Pólo de Viseu Instituto Universitário de Desenvolvimento e Promoção Social

cátedra calouste gulbenkian de Saúde Global

DESCRIÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR CÓDIGO: CRÉDITOS ECTS: 5,0

LISTA DE ESPECIALISTAS DA OMPI DADOS BIOGRÁFICOS

Economia dos Recursos Humanos

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular GESTÃO DO CONHECIMENTO Ano Lectivo 2012/2013

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA PROGRAMA DE ENSINO

American cities, global networks: mapping the multiple geographies of globalization in the Americas

APRESENTAÇÃO INOVAÇÃO COM DESIGN POR QUÊ E COMO?

MICROECONOMIA. Programa: 2. Concorrência como interação estratégica: elementos de teoria dos jogos não cooperativos e modelos clássicos de oligopólio.

CONHECIMENTO como GERADOR

SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS NO ÂMBITO DE

Direito e ciência: Direitos humanos no Ambiente digital

PARTE A O QUE É A ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO?

Investigação, Ciência e Desenvolvimento Regional: Oportunidades para uma Economia do Mar

Universidade*Nove*de*Julho*1*UNINOVE* Programa*de*Mestrado*Profissional*em*Administração* *Gestão*em*Sistemas*de*Saúde*

F I C H A D A D I S C I P L I N A

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA. Disciplina

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS. Departamento de Economia e Gestão (ce.deg@esce.ips.pt)

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS CR

International Marketing

Disciplina: Direito Internacional Econômico (DIE) Curso: Direito Carga Horária: 32 Departamento: Direito Público Área: Direito Público

Patrícia Akester (+351) PERFIL EXPERIÊNCIA RELEVANTE. Consultora. Assistente Pessoal: Cristina Marques Rosa

Programa de Bolsas de Estudos no exterior

CURRICULUM VITÆ. Licenciatura em Economia da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, concluída em Julho de 1996.

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular OPÇÃO I - LINGUA INGLESA Ano Lectivo 2013/2014

Uma ontologia para maturidade em BPM

A Região Norte NUT III como valor acrescentado para o desenvolvimento digital da região e o potencial do Porto como Smart city

CS3303 Dinâmica dos Investimentos Produtivos Internacionais (4-0-4) - DIPI

Marketing Estratégico

CLOUD COMPUTING GERENCIAMENTO DE MUDANÇA X COMPUTAÇÃO EM NUVEM. 19/02/2014 Prof. André Montevecchi

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÁFRICA (QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÓMICAS E SOCIAIS) Ano Lectivo 2015/2016

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

Escola de Economia e Gestão. Empresas e Mercados

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO

A PATENTE DE SOFTWARE E A INOVAÇÃO NO PAÍS Por Luiz Antonio Xavier dos Santos 10 jul. 2008

RELATÓRIO EXECUTIVO O USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS EVERTON ROBERTO COMIN

Cadeira de Tecnologias de Informação. Conceitos fundamentais de sistemas e tecnologias de informação e de gestão do conhecimento.

Sustentabilidade Corporativa

Programa de Mestrado e Doutorado em Administração - PMDA

A Questão da Propriedade Intelectual como Barreira a Disseminação Tecnológica. >Profa. Lia Hasenclever (IE/UFRJ)

Desigualdade de renda no mundo Programa

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

Limites Regulatórios do Acesso Fixo sem Fio: possibilidades convergentes para a interatividade de novas mídias

Estratégias de Comercialização de Ativos Intangíveis: formação de gestores. Rio de Janeiro, RJ 28 de Novembro, 2012

21 de agosto: Apresentação da disciplina e bibliografia; divisão de seminários

DevOps. Carlos Eduardo Buzeto IT Specialist IBM Software, Rational Agosto Accelerating Product and Service Innovation

DEPARTAMENTO...: ADM CURSO...: DBA DISCIPLINA...: Macrotendências PROFESSOR...: Ana Maria Malik SEMESTRE/ANO...:... DATAS /HORÁRIOS...:...

F I C H A D A D I S C I P L I N A

Patenteabilidade de Inovações Farmacêuticas Incrementais no Brasil: Aceitá-Las ou Proibi- Las?*

Desenvolvimento Económico II PROGRAMA

O Projeto MelhorAção e a Gestão do Conhecimento

6. Monopólios e indústrias em rede 6.1. Monopólio natural 6.2. Monopólio multiproduto 6.3. Indústrias em rede 6.4. Regulação em setores monopolistas

BRIGHAM AND EHRHARDT PDF

REGULAÇÃO, CONCORRÊNCIA E INTERNET

Mercado global. vive momento de mudanças

Indicadores de desempenho em gestão de saúde populacional

MASTER S DEGREE IN INTELLECTUAL PROPERTY ADMISSION EXAM

Tenho uma invenção e agora? Erros a evitar..:: Braga, 28 de Novembro 2014 ::. João Marcelino INPI

Transcrição:

1 IEP 898 - Propriedade Intelectual e Desenvolvimento Capitalista 2015/4 Prof. Ronaldo Fiani Apresentação A evolução capitalista recente tem sido caracterizada pela chamada especialização vertical, isto é, arranjos produtivos em que a produção dos bens se distribui entre empresas distintas em países diferentes. Desta especialização vertical tem resultado intenso debate acerca da estratégia de inserção das empresas dos países em desenvolvimento nas cadeias globais de valor (CGV). Uma dimensão importante da inserção das empresas dos países em desenvolvimento nas CGV é o problema da propriedade intelectual. Com efeito, paralelamente à nova etapa capitalista de especialização vertical verifica-se a uniformização da proteção internacional da propriedade intelectual, provocada pelo Acordo Sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (em inglês Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights) em 1994, que se tornou conhecido pela sigla TRIPS. Este acordo elevou substancialmente o nível de proteção à propriedade intelectual e limitou drasticamente as possibilidades de se conformar a proteção da propriedade intelectual às necessidades das economias de cada país em desenvolvimento. Mais grave ainda, ao aumentar a proteção aos direitos de monopólio e de exclusividade associados a patentes e marcas comerciais, TRIPS pode ser um obstáculo importante a qualquer estratégia de upgrade tecnológico e reinserção nas CGV. Este curso visa a discutir as relações entre as CGV e a nova realidade pós-trips, buscando fornecer subsídios para a formulação de estratégias bem-sucedidas de upgrade tecnológico e reinserção nas CGV que incorporem a dimensão da propriedade intelectual, com ênfase em patentes e marcas (incluindo indicações geográficas). Ementa O conceito de cadeias globais de valor (CGV). Diferentes tipos de CGV. Hierarquias nas diferentes CGV. Margens de lucro ao longo das CGV. Distribuição dos nós das

2 CGV entre países do centro e da periferia. Experiências de upgrade nas CGV. Aspectos econômicos de patentes e marcas (incluindo indicações geográficas). Apropriação dos ganhos da inovação: patentes versus segredos comerciais. Papel de patentes e marcas nas CGV. Patentes como barreiras à entrada nas CGV. Marcas e indicações geográficas como barreiras à entrada nas CGV. Políticas de upgrade nas CGV incluindo patentes, marcas e indicações geográficas. Referências bibliográficas BRAMLEY, Cerkia; BIÉNABE, Estelle; KIRSTEN, Johann. The economics of geographical indications: Towards a conceptual framework for geographical indication research in developing countries. The Economics of Intellectual Property. Genebra: WIPO, p. 109-150, 2009. CATTANEO, Olivier; GEREFFI, Gary; MIROUDOT, Sebastien; TAGLIONI, Daria. Joining, upgrading and being competitive in global value chains: a strategic framework. Washington: World Bank Policy Research Working Paper 6406, 2013. COHEN, Wesley M.; NELSON, Richard R.; WALSH, John P. Protecting their intellectual assets: appropriability conditions and why manufacturing firms patent (or not). NBER Working Paper w7552, 2000. DARENDELI, Izzet Sidki; BRANDL, Kristen; MUDAMBI, Ram; LII, Robert D. Hamilton. The effect of intellectual property standards on the catch-up process of emerging market economies. Copenhagen: Paper presented at the DRUID Society Conference, 2014. DAVIS, Jennifer; MANIATIS, Spyros. Trademarks, brands, and competition. In: LOPES, Teresa da Silva; DUGUID, Paul (ed). Trademarks, brands and competitiveness. New York: Routledge, 2010. DRAHOS, Peter. Developing Countries and International Intellectual Property Standard Setting. The journal of world intellectual property, vol. 5, n. 5, p. 765-789, 2002. ECONOMIDES, Nicholas S. The economics of trademarks. Trademark register., v. 78, p. 523-539, 1988. FIANI, Ronaldo. A tendência à harmonização internacional da proteção de patentes e seus problemas. Revista de economia política, v. 29, n. 3, p. 173-190, 2009.

3 GEREFFI, Gary. Shifting governance structures in global commodity chains, with special reference to the internet. American behavioral scientist, vol. 44, no. 10, p. 1616-1637, 2001. ; HUMPHREY, John; STURGEON, Timothy. The governance of global value chains. Review of international political economy, vol. 12, n. 1, p. 78-104, 2005. ; KORZENIEWICZ, Miguel. Introduction. In: ; (ed) Commodity chains and global capitalism. Westport, Connecticut: Praeger, 1994. GILBERT, Richard; SHAPIRO, Carl. Optimal patent length and breadth. The RAND journal of economics, vol. 21, n. 1, p. 106-112, 1990. HEMPHILL, Thomas A; VONORTAS, Nicholas S. US antitrust policy, interface compatibility standards, and information technology. Knowledge, technology & policy, vol. 18, n. 2, p. 126-147, 2005. KHAN, B. Zorina; SOKOLOFF, Kenneth L. History lessons: the early development of intellectual property institutions in the United States. The journal of economic perspectives, vol. 15, n. 3, 2001, p. 233-246. LA CROIX, Sumner; KONAN, Denise Eby. Have developing countries gained from the marriage between trade agreements and intellectual property rights? In: PETRI, Peter A.; LA CROIX, Sumner. Challenges to the global trading system: adjustment to globalization in the Asia-Pacific region. Abingdon: Routledge, 2007. LANDES, William M; POSNER, Richard A. The economic structure of intellectual property law. Cambridge, Mass.: The Belknap Press of Harvard University Press, 2003.. Trademark law: an economic perspective. Journal of law and economics, vol. 30, n. 2, p. 265-309, 1987. LAZONICK, William. Sustainable prosperity in the new economy? business organization and high-tech employment in the United States. Kalamazoo, Michigan: WE Upjohn Institute, 2009. LEMLEY, Mark A. Ten things to do about patent holdup of standards (and one not to). Boston college law rev., vol. 48, n.1, p. 149-168, 2007.

4 LERNER, Josh. TIROLE, Jean. Standard-essential patents. Cambridge, Mass: NBER working paper series, working paper 19664, 2013. Disponível em: http://www.nber.org/papers/w19664. Acessado em 24 de janeiro de 2015. LEVINSON, Robert J. Introduction: competition policy and intellectual property rights- -legal and economic perspectives. Antitrust bulletin, vol. 59, n.2, p. 173-182, 2014. LEWIS, Jeffrey I. D.; MOTT, Ryan M. The sky is not falling: Navigating the smartphone patent thicket. WIPO magazine, feb. 2013, disponível em: http://www.wipo.int/wipo_magazine/en/2013/01/article_0002.html. Acessado em 24 de janeiro de 2015. MACCALMAN, Philip. Who enjoys TRIPs abroad? An empirical analysis of intellectual property rights in the Uruguay Round. Canadian journal of economics / Revue canadienne d economique, vol. 38, no. 2, p. 574-603, 2005.. Reaping what you sow: an empirical analysis of international patent harmonization. Journal of international economics, vol. 55, n. 1, p. 161-186, 2001. MASKUS, Keith E. Intellectual property rights in the global economy. Washington, DC: Institute for International Economics, 2000. MAY, Christopher; SELL, Susan k. Intelectual property rights: a critical history. Boulder, Colorado: Lynne Rienner, 2006. MUDAMBI, Susan McDowell; DOYLE, Peter; WONG, Veronica. An exploration of branding in industrial markets. Industrial marketing management, vol. 26, n. 5, p. 433-446, 1997. MUTHUKRISHNAN, A. V.; WATHIEU, Luc. Ambiguity aversion and the power of established brands. ESMT Working Paper 07-005, 2007. ORDOVER, Janusz A. A patent system for both diffusion and exclusion. Journal of economic perspectives, vol. 5 n. 1, p. 43-60, 1991. PRETORIUS, Willem. TRIPS and developing countries, how level is the playing field? In: DRAHOS, Peter; MAYNE, Ruth. Global intellectual property rights: knowledge, access and development. Houndmills, Hampshire: Palgrave MacMillan, 2002.

5 SPULBER, Daniel F. Innovation economics: the interplay among technology standards, competitive conduct, and economic performance. Journal of competition law & economics, vol. 9, n. 4, p. 777 825, 2013. STURGEON, Timothy; GEREFFI, Gary; GUINN, Andrew; ZYLBERBERG, Ezequiel. A indústria brasileira e as cadeias globais de valor. Rio de Janeiro: Elsevier; Brasília: CNI, 2014.