Análise de Conjuntura do Sector da Construção 3º trimestre 2013

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diminuições de 0,031 p.p., de 0,043 p.p. e de 0,035 3,3% 3,1% 2,9% 2,7% p.p., com as respectivas taxas de juro a fixarem-se 2,5% 2,3% 2,1% 1,9% 1,7%

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Transcrição:

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 3º trimestre 2013 Apreciação Global O terceiro trimestre de 2013 ficou marcado pela primeira variação positiva, em muitos anos, do índice trimestral de produção da construção, confirmando o abrandamento da intensidade no processo de recessão que se tinha observado no trimestre anterior. Na verdade, o índice de produção no sector da construção e obras públicas apresentou um ligeiro aumento de 4,8% quando comparado com o segundo trimestre do ano (-3,48% no trimestre anterior). Esta subida foi mais acentuada no segmento de construção de edifícios, 9,5%, enquanto no segmento de obras de engenharia a variação foi de apenas 0,9%. Em termos homólogos, todavia, verificou-se uma diminuição de 13,5% (16,3% no trimestre anterior) no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 13% na construção de edifícios e de 13,9% nas obras de engenharia. A evolução trimestral das obras licenciadas foi ligeiramente negativa, ainda que superior à do trimestre anterior, com a variação a ficar pelos -4,1% (contra -2,3% no 2º trimestre), condicionada pela evolução desfavorável no licenciamento das construções novas. Por sua vez, a variação homóloga trimestral registou uma diminuição de 20,5% (-18% no trimestre anterior). O número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar, registou, pelo segundo trimestre consecutivo, uma variação trimestral positiva, da ordem dos 6,9%, situando-se em 2 090 fogos (contra 1 956 fogos no trimestre anterior), apesar de, como dissemos, a variação do número de construções novas licenciadas para habitação ter regressado a terreno negativo (-5,8%, contra 8% no trimestre anterior). Ainda assim, a variação homóloga trimestral registou um valor negativo de 18,6% e a variação média anual de 34,9%, igualmente negativo. Importa reter que, apesar da evolução recente mais favorável, o número total de fogos licenciados em construções novas para habitação no ano terminado em 30 de Setembro de 2013 caiu para 8 189, contra os 8 668 no ano terminado em 30 de Junho de 2013. Por contraponto ao comportamento menos negativo observado ao nível do licenciamento da construção nova, o número de licenças de obras de reabilitação continua em decréscimo, confirmando a perda de dinâmica já observada desde o 2º trimestre de 2012. Na verdade, variação trimestral do número de licenças para obras de reabilitação foi de -4,1%, a que corresponde uma variação homóloga de -30,7% (contra -28% no trimestre anterior) e uma variação anual média que se fixou em -23,5% (contra -17% no 2º trimestre de 2013). A evolução trimestral das vendas de cimento para o mercado interno terá sido ligeiramente negativa. Em termos homólogos a diminuição foi de 14,7%, menor que a do último trimestre (20,5%) e significativamente inferior às quebras homólogas registadas nos trimestres antecedentes (39,2% no 1º trimestre de 2013 e 29,1% no 4º trimestre, 31,5% no 3º trimestre e 29,7% no 2º trimestre de 2012, respetivamente).não obstante, recorde-se que o ano de 2012 já tinha sido o pior dos últimos 39 anos, prevendo-se agora que para encontrar um ano com um consumo inferior ao de 2013 terá que se recuar mais de quatro décadas. Apesar da variação marginalmente positiva do índice de produção, tal não significa que a recessão tenha terminado, como, aliás, a evolução do licenciamento deixa perceber. No domínio das Obras Públicas verifica-se uma situação semelhante. De acordo com a FEPICOP, até final de outubro foram adjudicadas obras no valor de 775,8 milhões de euros, o que traduz uma quebra de 27,8% face aos mil milhões adjudicados há um ano atrás, não obstante o valor dos concursos abertos ter subido ligeiramente (1,6%) em termos homólogos, de 1 497 milhões de euros para 1 536 milhões. Entretanto, o número de trabalhadores da construção continua em queda, tendo diminuído cerca de 12 mil postos de trabalho neste terceiro trimestre. Dos 301,9 mil trabalhadores registados no trimestre anterior, passou-se para os 288,9 mil o que se traduz numa redução de 66.800 postos de trabalho (-18,8%) face ao mesmo trimestre do ano passado. Por outro lado, em termos de expetativas de curto prazo por parte dos empresários da construção, existem alguns sinais positivos. Os resultados do Inquérito Mensal à Atividade da FEPICOP, relativos ao mês de outubro, revelam uma manutenção da tendência de recuperação dos índices baseados nas opiniões dos empresários, apesar de se manterem em níveis extremamente reduzidos. O Indicador de Confiança e o Índice de Nível de Atividade têm vindo a recuperar, em termos homólogos, há quatro meses consecutivos e o Índice relativo à Carteira de Encomendas registou, nos últimos dois meses, uma variação positiva, depois de 18 meses consecutivos de queda. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 1

A melhoria do Índice relativo Carteira de Encomendas não é, contudo, uniforme. Analisando a evolução da atividade assegurada pelas empresas, por segmento, nos últimos 12 meses e considerando um ritmo de produção normal, verifica-se uma recuperação da atividade nos edifícios não residenciais, uma estabilização nas obras públicas e um forte decréscimo do trabalho assegurado na habitação. Os próximos seis meses serão importantes para confirmar ou não se a atividade da construção já bateu no fundo. Obras Licenciadas Comparativamente com o 2º trimestre de 2013, o número de edifícios licenciados diminuiu 4,1%. A variação homóloga trimestral registou uma diminuição na ordem dos 20,5%. Edifícios Licenciados (Valores Trimestrais nº) O número de edifícios licenciados no terceiro trimestre de 2013 registou uma redução média anual de 21,2%, fixando-se em 4,1 mil edifícios licenciados. Edifícios Licenciados (Variação média anual) Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 2

O número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou, finalmente, uma variação trimestral positiva de 6,9%. Todavia, a variação homóloga permaneceu em valores negativos de 18,6% e a variação média anual também foi negativa na ordem dos 34,69%. Licenciamento de Obras (Valores Trimestrais nº) No que diz respeito ao número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se um decréscimo, em termos trimestrais, de 4,1%. Licenças para Obras de Reabilitação (Valores Trimestrais nº) A variação homóloga das licenças para obras de reabilitação no terceiro trimestre foi de -30,7%, e a variação anual média foi de -23,5%. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 3

Produção na Construção e Obras Públicas O índice de produção no sector da construção e obras públicas apresentou uma subida de 4,8% no terceiro trimestre de 2013 quando comparado com o trimestre anterior. A subida no segmento de construção de edifícios foi de 9,5%, e no segmento de obras de engenharia foi de 0,9%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 13,5% no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 13,0% na construção de edifícios e de 13,9% nas obras de engenharia. Índice de Produção na Construção e Obras Públicas Índice corrigido de sazonalidade Índice médio mensal no trimestre em referência (Base 2005=100) A variação média anual no índice de produção total foi de -18,1%, verificando-se uma quebra de 16,9% no sector dos edifícios e uma quebra de 19,1% nas obras de engenharia. Vendas de Cimento No terceiro trimestre de 2013 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos 14,7%. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construção foi menos negativo que segundo trimestre do ano, fixando-se nos -58 pontos. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 4

Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção (Indicador no Trimestre em Referência) Emprego No terceiro trimestre do ano de 2013, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -14,8% e uma taxa de variação trimestral de -2,5%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro foi de -17,5%. Remunerações No terceiro trimestre de 2013, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga de -14,6% e uma variação trimestral de -2,5%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro foi de -17,2%. Taxas de Juro A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em setembro o valor de 1,410%, o que traduz um aumento mensal de 0,003 pontos percentuais face ao mês de agosto. Nos contratos para Aquisição de Habitação, a taxa de juro implícita observada em setembro foi de 1,425%, aumentando 0,003 p.p. em relação à taxa observada no mês anterior. Taxa de Juro do Regime Geral Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 5

Fontes: Banco de Portugal, Instituto Nacional de Estatística Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 6