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Transcrição:

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6. EDUCAÇÃO E CULTURA

Senhor Reitor: JUIZ DE FORA, MG, 28 DE MAIO NA UNIVERSIDADE DE JUIZ DE FORA. AO RECEBER O TITULO DE «PROFESSOR HONORIS CAUSA». À medida em que se me abrem oportunidades de visitar mais cidades e regiões do Brasil, mais me convenço de estar na diversidade do nosso País o fundamento da sua grandeza. Hoje, associando-me às comemorações do seu aniversário, é-me dado visitar a vossa laboriosa cidade, a antiga Vila de Santo Antônio do Paraibuna, tão singular nas suas atividades, algumas delas com a marca do pioneirismo, que nenhuma outra se lhe pode comparar. Com justiça chamou-a Rui Barbosa, numa de suas famosas orações, a Manchester mineira, tal o destaque que já àquele tempo tinham as suas fábricas. Mas, também não é de esquecer o entusiasmo com que Mariano Procópio, cujo nome tanto se liga ao progresso nacional, se empenhou na construção da primeira de nossas estradas de rodagem, a antiga «União e Indústria», que vos uniu a Petrópolis e conseqüentemente à vida litorânea do País. : Não são, porém, esses avanços materiais os únicos que assinalam a vossa história. Esta se encontra igualmente marcada pelo civismo com que tendes participado da vida política do País, cujas grandes campanhas sempre encontraram guarida e apoio entre o povo de Juiz de Fora. Por isso mesmo, ao dirigir-me à mocidade desta ilustre Universidade, desejaria lembrar-lhe os deveres que tem com a vida brasileira, ajudando-a a encontrar os caminhos que nos conduzirão à grandeza nacional. Nesse 177

particular, quero dizer aos moços que a prime ira condição para bem servirem ao engrandecimento do Brasil está em se convencerem de que somos efetivamente uma grande nação, e que devemos nos comportar como tal, sem temores e sem ressentimentos. De fato, somente um país fraco ou dirigido por homens fracos poderá ter os seus passos limitados ou constrangidos pelo receio de qualquer influência estrangeira. E o pior é que, quando tal ocorre, vemos o País, para evitar o que teme, entregar-se a outras forças alienígenas. À verdade é sermos bastante fortes para não alimentarmos aqueles receios. Receios somente explicáveis em relação às nações que não possuam, cultural ou materialmente, o vigor necessário para suportar sem perigo a colaboração estranèeira. Quanto ao Brasil, já adquiriu uma estrutura que nenhuma influência poderá dominar, modificar ou prejudicar. Precisamos ter a consciência de sermos uma grande nação, pois isso permitirá que nos tornemos ainda maiores. Disso, aliás, creio ser Juiz de Fora bom exemplo, tanto se tem valido o seu espírito empreendedor da colaboração de conhecimentos adquiridos em outras terras, que em j nada empana a exaltação dos seus sentimentos e hábitos arraigadamente brasileiros. Mas, se evoco passagens da vossa história,! no momento em que me honrais, entregando-me o título de Professor «Honoiis Causa» da vossa conceituada Universidade, é : porque na base da vossa existência está o trabalho e o espírito progressista desta laboriosa e culta cidade. Realmente, não é esta Universidade o fruto de uma preferência governamental, ou de algijima circunstância fortuita. Longe disso, é ela um imperativo da vossa existência. E por isso mesmo constitui eloqüente demonstração de que instituições como esta, para bem corresponderem às suas altas finalidades, devem ser uma decorrência normal do ambiente em que vivem e a que servem. Há, porém, outra lição a tirar do passado a que estais vinculados: é,a de que, como instrumento de trabalho e prosperidade, devem as instituições de ensino adaptar-se às coindições da sua própria comunidade. E disso encontramos aqui um exemplo 178

magnífico. Refiro-me à vossa antiga Escola de Engenharia Mecânica, a primeira do País, e que podemos ter como pioneira no campo dos estudos tecnológicos no Brasil. Foi ela a conseqüência ou a imposição das necessidades nascidas da vossa industrialização. Mas, certamente, não estarei em erro ao dizer-vos que muito deveu àquele núcleo educacional a vossa continuada e progressiva industrialização. Realmente, e cada vez mais, é impossível concebermos o desenvolvimento industrial senão de mãos dadas com a técnica e a presença de elementos altamente qualificados e preparados para as tarefas que terão de desempenhar, sejam dirigentes ou operários. Foi lição que aprendestes bem cedo. E daí haver Juiz de Fora acrescentado às suas felizes condições geográficas novos elementos humanos para o seu progresso. São essas tradições que cabe à vossa Universidade manter e desenvolver. Do mesmo modo que aos educadores nacionais, para ilustração do assunto, não deve passar despercebido o ensinamento que se encontra no vosso passado. Aliás, em boa parte, é justamente a circunstância de haverdes surgido naturalmente como decorrência de uma riqueza e de uma cultura anteriores à vossa constituição que explica a rapidez com que vos afirmasíes no meio universitário nacional. Sois uma jovem Universidade. Mas, isso não impede que já sejais uma acreditada Universidade. E os meus votos, votos que formulo na condição com que me distinguistes de membro honorário desta Casa, são por que continueis a ser um ativo, útil e laborioso fator da crescente prosperidade de Juiz de Fora. Aceitai agora os meus agradecimentos pela iniciativa com que me honrastes e que as palavras com que me recebestes tornaram ainda maior. Desejo que a vossa Universidade seja realmente aquilo que fostes buscar em Sua Santidade o Papa Paulo VI para inscrever no último dos vossos relatórios: «Um empório do espírito, uma aula gigantesca, um laboratório de pesquisas e inventos, uma infinidade de salas para especialistas solitários e escritores, um estúdio de produção artística, um constante diálogo, um local de encontro para estudiosos e um lar para estudantes. 179