LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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TCE DIREITO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS- EIA/RIMA

LICENCIAMENTO COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Transcrição:

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Artigo 10, da Lei 6.938/81: Dependerão de prévio LA: O A construção, instalação, ampliação e funcionamento dos empreendimentos e atividades: a) Que utilizarem recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores; b) Capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental

Competência para Licenciar artigo 10 da Lei nº 6.938/81 A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. (nova redação dada pela LC 140/11)

Competência para Licenciar São ações administrativas da União (art. 7º da LC 140/11) XIV promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;

Competência para Licenciar São ações administrativas da União (art. 7º da LC 140/11) f) de caráter militar, excetuando se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

Competência para Licenciar São ações administrativas dos Municípios (art. 9º da LC 140/11) XIV observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

Competência para Licenciar São ações administrativas dos Estados (art. 8º da LC 140/11) XIV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7º e 9º; XV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

Competência para Licenciar Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 1º Os demais entes federativos interessados podem manifestar se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. 2º A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador. 3º Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.

Licença Ambiental É ato administrativo de controle preventivo de atividades de particulares no exercício de seus direitos. Gera direito subjetivo ao empreendedor. É ato administrativo de controle preventivo de atividades de particulares no exercício de seus direitos. Resolução CONAMA 237/9 7,art.1º,II licença ambiental é ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Condicionantes As licenças expedidas possuem cláusulas que devem ser atendidas pelo empreendedor, denominadas condicionantes. Existe a possibilidade, por parte do empreendedor, de manejar recurso administrativo. O empreendedor deverá elaborar Planos Básicos Ambientais para executar as condicionantes.

Prazos do Licenciamento Prazos para a análise (Res. CONAMA 237/97) Máximo de 6 meses sem EIA/RIMA. Com EIA/RIMA e/ou audiência pública: 12 meses. Empreendedor deverá responder às solicitações em 4 meses (prorrogável a critério do órgão ambiental), sob pena de arquivamento.

Fluxo Lógico do Licenciamento Ambiental

Fluxo Lógico do Licenciamento Ambiental

Licença Ambiental Através da Licença Ambiental é que o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições, exigências e medidas de controle ambiental. A não observância as condicionantes ambientais pode ensejar a cassação da Licença, responsabilidade civil e administrativa e, em alguns casos responsabilidade penal.

Licença # Autorização A Autorização, por sua vez, é ato administrativo discricionário e precário, mediante a qual a autoridade competente faculta ao administrado, em casos concretos, o exercício ou a aquisição de um direito. Tem caráter transitório, podendo ser revogado a qualquer tempo pela Administração Pública. A licença ambiental, apesar de ter prazo de validade estipulado, goza de caráter de estabilidade, não podendo ser suspensa ou revogada por mera discricionariedade, mas somente em caso de relevante interesse público, ilegalidade superveniente ou quando houver descumprimento dos requisitos estabelecidos no processo de licenciamento.

Tipos de Licença

Tipos de Licença Art. 8º da CONAMA 237/97 Art. 19 do Decreto 99.274/90 Licença Prévia (LP) Na fase preliminar do planejamento da atividade ou na sua expansão. Verifica a viabilidade do projeto e/ou localização de equipamento o u atividade, quanto aos aspectos de impacto e diretrizes de uso do solo (federal, esta dual e municipal). Prazo: até 5 anos. Licença de Instalação (LI) Auto riza o início da implantação da atividade o u instalação de qualquer equipamento, de acordo com o plano de controle ambiental e com base no projeto executivo das medidas mitigadoras dos impacto s ambientais, estudadas na fase de LP. Prazo: até 6 anos.

Tipos de Licença Art. 8º da CONAMA 237/97 Art. 19 do Decreto 99.274/90 Licença de Operação (LO) Autoriza o funcionamento do equipamento, atividade o u serviço, com base em vistoria, teste de operação ou qualquer meio técnico, verificado o funcionamento dos equipamentos de controle de poluição e dos sistemas de controle de degradação ambiental, estudados nas fases de LP e LI. Prazo: até 10 anos.

ESTUDOS AMBIENTAIS

EIA / RIMA Base Legal CF/88 artigo 225, 1º, I V:... IV exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997 Promove a Revisão dos Procedimentos e Critérios Utilizados no Licenciamento Ambiental:

EIA / RIMA Base Legal Artigo 3º A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar se á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber de acordo com a regulamentação.

AUDITORIA AMBIENTAL

Breve Histórico A partir do final da década de 80, as auditorias ambientais se tornaram uma ferramenta comum de gestão nos países desenvolvidos, sendo cada vez maior sua aplicação nos países em desenvolvimento, tanto pelas empresas internacionais quanto pelas nacionais. No Brasil, a busca pela certificação de acordo com a NBR ISO 14001, o incremento e rigor da legislação ambiental e a determinação da realização de auditorias ambientais por alguns estados, tais como: Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo e, para alguns segmentos, em nível federal, como, por exemplo: portos, terminais marítimos e atividades de exploração e produção de petróleo, levaram as auditorias a fazerem parte do cotidiano das empresas.

Conceito e Classificações É um procedimento de gestão, no qual é examinado e avaliado, de maneira periódica e ocasional, o desempenho de uma empresa em relação ao meio ambiente. A auditoria ambiental pode ser voluntária, quando determinada pela própria empresa, ou obrigatória, quando determinada pelo Poder Público.

Fundamentos O fundamento ético da auditoria ambiental é a preocupação com a proteção de meio ambiente, no sentido de se buscar o desenvolvimento da atividade empresarial em consonância com os padrões legalmente determinados, utilizando-se dos recursos naturais de maneira sustentável. A auditoria, bem como outros novos mecanismos de controle ambiental, foram concebidos para que as futuras gerações possam encontrar recursos ambientais utilizáveis, que não tenham sido esgotados, corrompidos ou poluídos pelas gerações presentes.

Periodicidade A auditoria ambiental voluntária terá a sua frequência de realização determinada pela empresa, que busca a análise de seu desempenho ambiental. No entanto, a frequência da auditoria dependerá do objetivo específico que se pretenda alcançar. No caso da auditoria ambiental obrigatória, a periodicidade é determinada pela legislação em vigor, ou, por meio de condicionante de licença ambiental.

Algumas vantagens da Auditoria Ambiental A auditoria constitui a base da gestão ambiental, visando à busca contínua na melhoria do padrão e da qualidade da atividade empresarial. Pode ser considerada como uma das melhores ferramentas para checagem da situação da empresa, determinando se esta encontra-se adequada aos padrões legais, bem como as medidas que devem ser adotadas para garantir a sua qualidade ambiental. Assim, por meio da adoção das medidas de adequação legal da atividade, a auditoria ambiental pode significar a proteção da empresa contra eventuais sanções administrativas ou judiciais

RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS

Responsabilidade por Danos Ecológicos Dano e Reparação Dano Ecológico - qualquer lesão ao meio ambiente causada por condutas ou atividades de pessoa física ou jurídica de direito público ou de direito privado. Tal conceito s e coaduna com o disposto no art.225, 3º da CF/88: as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Tipos de Responsabilidade Administrativa, Civil e Criminal são independentes entre si. Não é peculiaridade do dano ambiental porque qualquer dano a bem de interesse público pode gerar os 3 tipos de responsabilidade. Amparo Legal: Lei 6.938/81, art.14, 1º Constituição Federal/88, art.225, 3º Lei 9.605/98, art.3º

Responsabilidade Administrativa Previsão Legal: Dec. 99.274/90, art.33, Dec. 6.514/08, art.2º/ Lei 9.605/98, art.70. Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente é considerada infração administrativa ambiental e será punida com sanções do presentes diploma legal, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades previstas na legislação

Responsabilidade Civil Código Civil Brasileiro: Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência ou imperícia, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. Lei 6.938/81, art.14, 1º sem prejuízo das penas administrativas previstas, o poluidor é obrigado, independentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causado ao meio ambiente e a terceiro, afetados por sua atividade. Responsabilidade Objetiva: basta a existência do dano e o nexo de causalidade com a fonte poluidora para sua configuração. A responsabilidade objetiva é integral: a indenização não pode ser limitada a um teto, mediante forma de seguro poluição. FATO + CIRCUNSTÂNCIA DANOSA = DEVER DE RESSARCIR

Reponsabilidade Penal Ambiental Origem: Lei 9.605/98 regulamentou o art. 225, parágrafo 3º da CF/88. Revogou o art. 14 da Lei 6.9 38/81, substituindo o pelos arts. 70 a 76. Inovações : Superação do caráter meramente individual da responsabilidade penal; Pessoa jurídica e seus subordinados (diretores, gerentes, conselheiros, etc...) respondem solidariamente; Origem: Lei 9.605/98 regulamentou o art. 225, parágrafo 3º da CF/88. Revogou o art. 14 da Lei 6.938/81, substituindo o pelos arts. 70 a 76. Inovações : Superação do caráter meramente individual da responsabilidade penal; Pessoa jurídica e seus subordinados (diretores, gerentes, conselheiros, etc...) respondem solidariamente;

TUTELA PROCESSUAL DO MEIO AMBIENTE

Principais Meios Processuais de Defesa do Meio Ambiente AÇÃO CIVIL PÚBLICA (LEI 7.347/85) Definição: A Ação Civil Pública Lei 7347 de 24 de julho de 1985 é o instrumento de defesa dos interesses transindividuais da sociedade. Instrumento processual por meio do qual o Estado age jurisdicionalmente na defesa dos interesses difusos da sociedade, responsabilizando o infrator pelo dano ou risco causado, mediante obrigação de fazer ou de não fazer, que recomponha "in specie" a lesão ao interesse difuso violado, sob pena de execução por terceiro, às suas expensas, ou de pagamento de multa diária pelo retardamento no cumprimento do julgado.

Ação Popular (Lei 4.717/65 E Art.5º,LXXIII, da CF/88) É o instrumento processual, previsto na Constituição Federal, posto à disposição de qualquer cidadão em dia com suas obrigações eleitorais, que tem como objetivo a invalidação de atos lesivos ao Patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios, onde suas autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com recursos públicos, bem como dos atos lesivos à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

Obrigado. ALEX CORRÊA LIMA alexclima@hotmail.com