MEMÓRIAS. Sistemas Digitais II Prof. Marcelo Wendling Nov/18

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Transcrição:

MEMÓRIAS Sistemas Digitais II Prof. Marcelo Wendling Nov/18 1 Definições São blocos que armazenam informações codificadas digitalmente. A localização de uma unidade de dado num arranjo de memória é denominada endereço. (FLOYD) Ou seja, um conjunto de bits chamados de bits de endereço indexam uma posição única de memória que contém um determinado dado armazenado. 2 1

Principais Características MEMÓRIAS (CARACTERÍSTICAS) 1) ACESSO 2) VOLATILIDADE 3) TROCA DE DADOS 4) TIPO DE ARMAZENAMENTO - Sequencial - Volátil - Escrita / Leitura - Estático - Aleatório - Não-volátil - Leitura - Dinâmico 3 1) Acesso Os locais onde as informações estão armazenadas são denominadas localidade de memória, onde cada localidade possui um endereço que permite o seu acesso. (Conjunto de bits) Podemos ter acesso a uma dada localidade de duas maneiras: 1.1) Acesso Sequencial 1.2) Acesso Aleatório 4 2

1.1) Acesso Sequencial Para acessar o endereço desejado passa por todos os outros endereços (localidades) intermediárias. O tempo de acesso depende do lugar onde a informação está armazenada. 5 1.2) Acesso Aleatório Acessam o endereço desejado diretamente sem passar pelas localidades intermediárias. Principais memórias: RAM (Random-Access-Memory). Possuem tempo de acesso pequeno e igual para qualquer localidade da memória. 6 3

2) Volatilidade Podem ser Voláteis ou Não-Voláteis: 2.1) Voláteis Perdem os dados armazenados quando é cortada a alimentação. Ex: RAM Feitas geralmente a partir de elementos semicondutores, como Flip- Flops por exemplo. 2.2) Não-voláteis Não perdem os dados mesmo sem alimentação. Ex: ROM, PROM, EPROM. 7 3) Troca de dados Podem ser de Escrita / Leitura ou somente Leitura. 3.1) Escrita / Leitura Permitem acesso a uma localidade qualquer para armazenar a informação desejada ou para a leitura do dado na localidade. Ex: RAM 8 4

3) Troca de dados 3.2) Leitura Como o próprio nome diz, são aquelas em que a informação é fixa, só podendo efetuar-se a leitura. São conhecidas também como ROM (Read- Only Memory). 9 4) Tipo de Armazenamento Classificam-se em Estáticas ou Dinâmicas. 4.1) Armazenamento Estático São aquelas em que uma vez inserido o dado, este lá permanece. 4.2) Armazenamento Dinâmico São aquelas em que necessitamos inserir a informação de tempos em tempos. 10 5

Estrutura Geral ADDRESS BUS MEMÓRIA DATA BUS CONTROL BUS ALIMENTAÇÃO 11 Organização No que se refere à quantidade de dados armazenados, utiliza-se a notação Nxm Onde N é a quantidade de localidades da memória e m é o número de bits que é armazenado por localidade. Ex: 32x8 128x8 64kx8 O número de localidades é sempre múltiplo de 2 n, fato derivado da possibilidade total de endereçamento por um determinado número de fios, que também é múltiplo de 2. 12 6

Algumas considerações 1) A designação k (quilo) significa 2 10 (1024 bits). A designação M (mega) significa 2 20 (1048576 bits). Portanto quando utilizamos a denominação 64kx8, dizemos que a memória possui 64 x 1024, portanto 65536, localidades com 1byte (8 bits) cada. 2) Capacidade de Memória, que significa o número total de bits que podem ser armazenados em uma memória. É determinada 13 pelo produto N x m. Algumas considerações 3) Palavra de endereço é o conjunto de níveis lógicos ou bits necessários para o endereçamento de uma determinada localidade de memória. 14 7

Determinando o Address Bus O número de bits que compõe o barramento de endereços é determinado a partir do número de localidades que a memória possui: Ex: Uma memória 256x8 possui 256 localidades de memória, portanto o barramento de dados deve seguir a expressão abaixo: 2 n = 256 2 n = 2 8 PORTANTO n = 8. O Address Bus possui 8 bits. 15 Mapeamento de memória Consideremos uma memória genérica 256x8, que possui: - 256 localidades - 8 bits para endereçamento ( 2 8 = 256 ) identificados de A 7 até A 0, sendo o endereço da localidade inicial é 00 h e da localidade final é FF h - 1byte de dados por localidade, de D 7 até D 0 16 8

Mapeamento de memória A 0 A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6 A 7 CONTROL BUS M E M Ó R I A 256x8 D 0 D 1 D 2 D 3 D 4 D 5 D 6 D 7 17 Mapeamento de memória Address Bus (binário) Address Bus (hexa) Localidade Conteúdo A 7 A 6 A 5 A 4 A 3 A 2 A 1 A 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 h 0 1 h 0 2 h 0 3 h 0 4 h L 0 L 1 L 2 L 3 L 4 I 0 I 1 I 2 I 3 I 4 18 9

Mapeamento de memória Address Bus (binário) 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 Address Bus (hexa) A 7 h A 8 h F D h F E h F F h Localidade Conteúdo L 167 L 168 L 253 L 254 L 255 I 167 I 168 I 253 I 254 I 255 19 Memória ROM Características: Permitem somente a Leitura dos dados gravados nela. Possuem acesso aleatório e memorização não-volátil. Podem ser consideradas como circuitos combinacionais, pois apresentam as saídas de dados em função das combinações entre as variáveis de entrada (endereçamento). 20 10

Bloco representativo - ROM ADDRESS BUS CS ROM DATA BUS CS Chip Select Habilita as saídas da ROM (com nível 0 ). ALIMENTAÇÃO 21 Considerações finais - ROM São programadas através de gabaritos fotográficos e fabricadas sob encomendas de grande quantidade para aplicações específicas. Podem ser programadas apenas uma vez. 22 11

Memória PROM (Programmable Read-Only Memory) Permitem o armazenamento dos dados pelo próprio usuário, porém feito de modo definitivo. Após a programação, a memória se torna uma ROM. 23 Memória PROM O princípio de programação é o rompimento das pequenas ligações dos semicondutores internas, onde se quer armazenar os dados. Memória do tipo não-volátil, acesso aleatório e de apenas de leitura. 24 12

Memória EPROM (Erasable Programmable Read-Only Mem.) Podem ser apagadas mediante a exposição à luz ultravioleta, por uma janela existente em seu encapsulamento e, ainda, ser reprogramadas. São conhecidas também como UVPROM (Ultraviolet PROM) 25 Memória EPROM Após a programação se tornam memórias PROM. Os dados são apagados de maneira universal, portanto, após o reset, toda a memória deve ser reprogramada. 26 13

Memória EPROM Diagrama de blocos básico: ADDRESS: barramento de endereço DATA: barramento de dados CE : chip enable OE : output enable PGM : habilitação da programação Vpp: tensão de programação 27 Memória EEPROM EEPROM ou E 2 PROM (Electrically Erasable Programmable Read- Only Memory). São um avanço das memórias EPROM, pois podem ser apagadas eletricamente e ainda isoladamente por palavra de dados, sem a necessidade de programação total. 28 14

Memória EEPROM Diagrama de blocos básico: ADDRESS: barramento de endereço DATA: barramento de dados CE : chip enable OE : output enable WE : write enable 29 Memória RAM Memórias de escrita e leitura. Voláteis. Acesso aleatório. Possuem tempo de acesso bastante reduzido. 30 15

Memória RAM São encontradas de dois tipos: SRAM (Static RAM): arquitetura básica flipflops. DRAM (Dynamic RAM): arquitetura interna microprocessada. 31 Memória SRAM Diagrama de blocos básico: ADDRESS: barramento de endereço DATA: barramento de dados CS : chip select R / W : Read 1; Write 0; 32 16

Memória Flash Memórias de escrita e leitura. Não-voláteis. Acesso aleatório. Possuem dois tipos: NAND e NOR. 33 Expansão de memória É a necessidade de se expandir pelo menos uma das características de uma memória, isso quando a memória utilizada não atende às necessidade de uso. Para isso faz-se associação específicas de suas características. 34 17

Expansão de memória Quando falamos de expansão de capacidade, utilizamos dois tipos de expansão: - Expansão da capacidade da palavra de dados. - Expansão da capacidade de memória (ou localidades de memória). 35 18