Engenharia Civil Construção Civil I ALVENARIA ESTRUTURAL Aula 17 Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc
É um sistema construtivo racionalizado que além de constituir a estrutura do edifício, constitui a sua vedação vertical. É um subsistema projetado segundo modelos matemáticos préestabelecidos. 2
A alvenaria estrutural tem como premissas a racionalização e a velocidade de execução. Esse sistema alia qualidade e economia. 3
A viabilidade deste sistema está diretamente relacionada ao atendimento dos requisitos de desempenho dos elementos e da construção às necessidades dos usuários. Requisitos de desempenho: o Segurança estrutural. o Durabilidade. o Segurança ao fogo. o Proteção térmica e acústica. 4
Classificação: o Segundo a antiga NBR 8798:1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados concreto: Estruturas de alvenaria não armada de blocos vazados de concreto: Estruturas de alvenaria nas quais as armaduras têm finalidade construtiva e de amarração, não sendo estas consideradas na absorção dos esforços calculados. 5
Classificação: o Segundo a antiga NBR 8798:1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados concreto: Estruturas de alvenaria parcialmente armada de blocos vazados de concreto: Estruturas de alvenaria nas quais são dispostas armaduras localizadas em certas regiões para resistir aos esforços. 6
Classificação: o Segundo a antiga NBR 8798:1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados concreto: Estruturas de alvenaria armada de blocos vazados de concreto: Estruturas de alvenaria nas quais são dispostas armaduras ao longo do componente estrutural, constituindo um todo solidário com os elementos da alvenaria, para resistir aos esforços. Norma substituída pela NBR 15961-1:2011 Alvenaria estrutural - Blocos de concreto - Parte 1: Projeto 7
Classificação: o Segundo Franco (2008): Alvenaria estrutural protendida: São utilizadas armaduras ativas (pré-tensionadas) que submetem a alvenaria à tensões de compressão. 8
Vantagens: o Técnica executiva simplificada. o Facilidade de treinamento da mão-de-obra. o Menor diversidade de materiais e mão-de-obra. o Facilidade de controle. o Flexibilidade nos planejamentos de execução das obras. 9
Vantagens: o Possibilidade de diferentes níveis de mecanização. o Utilização de equipamentos tradicionais. o Facilidade de organização do processo de produção. o Pode dispensar integralmente as fôrmas. o Utilização de menos aço. 10
Vantagens: o Ausência quase total de resíduo de construção (entulho). o Proporciona elevada produtividade para a execução do edifício, principalmente pela simultaneidade de etapas. 11
Vantagens: o Atende à obras simples e sofisticadas. 12
Vantagens: o Regularidade superficial dos componentes. o Permite a coordenação modular. 13
Vantagens: o Permite acabamentos de menor espessura, face à precisão dimensional dos blocos utilizados. o Permite a aplicação da pintura diretamente sobre a alvenaria. 14
Vantagens: o Eliminação de interferências (instalações). o Facilidade de integração com os outros subsistemas. 15
Vantagens: Alvenaria convencional Alvenaria estrutural Paredes com furos em locais estratégicos para instalação de pontos de tomada. 16
Vantagens: o A obtenção de ganhos e de vantagens está condicionada a uma coordenação eficaz de todo o processo projetivo e executivo. Característica da obra Economia (%) Quatro pavimentos 25-30 Sete pavimentos sem pilotis, com alvenaria não armada Sete pavimentos sem pilotis, com alvenaria armada 20-25 15-20 Sete pavimentos com pilotis 12-20 Doze pavimentos sem pilotis 10-15 Doze pavimentos com pilotis, térreo e subsolo em concreto Dezoito pavimentos com pilotis, térreo e subsolo em concreto 8-12 4-6 17
Limitações: o Não admite improvisações do tipo: depois tira na massa, faz e quebra, na obra a gente vê o que faz. o Impossibilidade de construir edifícios de grande altura. o Condiciona a arquitetura, podendo inibir a destinação dos edifícios ou restringir as possibilidades de mudanças. o O desempenho da parede está condicionada à mão-de-obra e aos materiais. 18
Exigências: o Projeto bem estudado e elaborado. o Materiais com qualidade assegurada. o Mão-de-obra treinada e supervisionada. o Obra organizada e planejada. 19
Materiais e equipamentos: o Blocos cerâmicos: 20
Materiais e equipamentos: o Blocos de concreto: 21
Materiais e equipamentos: o Utilização dos blocos estruturais: Jota Compensador Hidráulico Elétrico 22
Materiais e equipamentos: o Utilização dos blocos estruturais: 23
Materiais e equipamentos: o Argamassa de assentamento: Absorve a deformação da estrutura para não fissurar a alvenaria e o revestimento. Corrige imperfeições do bloco. O encabeçamento tem a função de resistir aos esforços cisalhantes. 24
Materiais e equipamentos: o Armaduras: Podem ser: De cálculo; Absorver esforços. Construtivas. Cobrir necessidades construtivas. 25
Materiais e equipamentos: o Graute: Consiste em um concreto fino (microconcreto), composto por cimento, água, agregado miúdo e agregados graúdos de pequena dimensão (até 9,5 mm). Apresenta alta fluidez e baixa retração na secagem, atingindo 30 MPa aos 3 dias. Sua função é aumentar a resistência da parede e propiciar aderência com as armaduras. 26
Execução: o A utilização da alvenaria estrutural gerou a necessidade de desenvolvimento do processo construtivo e de produção através do projeto para produção, no qual são feitas a modulação das peças e o detalhamento construtivo, a partir da integração com outros subsistemas. Projeto de produção Marcação da alvenaria Locação das instalações Elevação da alvenaria 27
Execução: o Projeto de produção: 28
Execução: o Projeto de produção: 29
Execução: o Marcação da alvenaria: Nesta etapa, deve-se atentar para a locação das instalações. Furos dos blocos devem coincidir a posição das canalizações e conduítes. 30
Execução: o Elevação da alvenaria: Nesta etapa, é realizado o embutimento dos eletrodutos, armação e grauteamento. São definidos em projeto os locais para as instalações de água e esgoto (shafts) e os detalhes estruturais. 31
Execução: o Elevação da alvenaria: Aplicação da argamassa de assentamento: Juntas horizontais Juntas verticais 32
Execução: o Elevação da alvenaria: O traço da argamassa depende da especificação do projeto estrutural. 33
Execução: o Elevação da alvenaria: Amarração direta: executada através do entrelaçamento dos blocos. 34
Execução: o Elevação da alvenaria: Amarração com ferros em L ou com ganchos: usada quando o bloco a ser utilizado não permite amarração direta. 35
Execução: o Elevação da alvenaria: Vergas e contravergas pré-moldadas: 36
Execução: o Elevação da alvenaria: Gabaritos para esquadrias: 37
Execução: o Elevação da alvenaria: Gabaritos para esquadrias: podem ser pré-moldados. 38
Execução: o Elevação da alvenaria: o Instalações: Caixas de luz previamente embutidas nos blocos. 39
Execução: o Elevação da alvenaria: o Instalações: Passagem das instalações por dentro dos blocos. 40
Execução: o Grauteamento: Executado em locais definidos no projeto estrutural. As ferragens devem ser posicionadas cuidadosamente. O lançamento deve ser realizado 24 horas após a execução da parede. 41
Execução: o Grauteamento: Deve ser previsto local apropriado para remoção de materiais. 42
Execução: o Grauteamento: A altura máxima de lançamento permitida é de 3,0 m com uso de adensamento manual ou mecânico e 1,6 m sem adensamento e com obrigatoriedade de existência de furos de visita ao pé de cada trecho a grautear. Deve ser verificada a saída do graute através do furo de visita. O número máximo de juntas de grauteamento permitido é de duas juntas por trecho vertical de 3 m. 43
Execução: o Grauteamento: Realizar o adensamento. Realizar a cura, cujo tempo é função do tipo de cimento utilizado (3 a 10 dias). Falta de adensamento 44
Ensaio: o O ensaio dos prismas fornece a resistência da parede. o Esse ensaio sinaliza também a influência da espessura da argamassa de assentamento na resistência. 45