RECOMENDAÇÃO CONJUNTA Nº. 03/09



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Transcrição:

RECOMENDAÇÃO CONJUNTA Nº. 03/09 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, pelos Promotores de Justiça que esta subscrevem, nos termos do artigo 129, inciso IX da Constituição Federal de 1988, do artigo 201, inciso VIII e 5º, alínea c, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), do artigo 7º da Lei nº. 8080/90, e do artigo 47, inciso VII, da Lei Orgânica Estadual do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/98), e considerando: O crescente número de pessoas infectadas pelo vírus da Gripe A (H1N1) no país, destacando que inúmeros casos evoluem para uma forma mais crítica da doença, ocasionando a morte dos pacientes; Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a doença e o medicamente indicado para o tratamento não é eficaz em todos os pacientes e deve ser ministrado, em média, em até 48 (horas) após a manifestação dos sintomas do vírus da Gripe A (H1N1); A dificuldade em fechar o diagnóstico da doença, haja vista que os profissionais da saúde ainda não se prepararam para o rápido diagnóstico do vírus da Gripe A (H1N1); A presença crescente da população, especialmente crianças e adolescentes, nos postos de saúde e hospitais deste Município com quadro de gripe; R.C. 1

Que no dia 11 de agosto de 2009, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que 77% (setenta e sete por cento) dos casos de gripe no Brasil já são da Gripe A (H1N1); Que no dia 11 de agosto de 2009 o país contabilizava 192 (cento e noventa e dois) óbitos em decorrência do vírus da Gripe A (H1N1), e segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde no dia 02 de setembro de 2009, o número de óbitos em decorrência do vírus da Gripe A (H1N1) subiu para 657 (seiscentos e cinquenta e sete); Que a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás emitiu Relatório no dia 09 de setembro de 2009 anunciando a ocorrência de 20 óbitos no Estado de Goiás em decorrência do vírus da Gripe A (H1N1), sendo 02 (dois) no Município de Anápolis; Que o vírus da Gripe A (H1N1) é de fácil contaminação em locais onde existe a aglomeração de pessoas, pouca ventilação, uso de produtos em comum, dentre outros; Que a Secretaria da Educação do Estado de Goiás-GO, após reunião com o Comitê de Crise da Gripe Suína, deliberou por suspender no âmbito estadual todas as festividades cívicas do Dia da Independência; Que dentre os locais de proliferação do vírus da Gripe A (H1N1) encontram-se as Escolas, onde crianças, adolescentes, pais e servidores estão expostos ao vírus; Que foi realizada Reunião Deliberativa com a presença dos Promotores de Justiça que subscrevem a presente, de representantes da Secretaria Municipal da Saúde, Vigilância Sanitária, Câmara dos Vereadores, da Secretária Municipal da Educação, da Subsecretária Regional de Educação, do Juiz da Infância e Juventude e da imprensa local, onde forma debatidas políticas de atendimento e prevenção ao vírus da Gripe A (H1N1), assim como o apontamento de medidas capazes de atribuir maior dignidade e respeito aos cidadãos. Que a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º, inciso III, preceitua como um dos seus fundamentos a dignidade da pessoa humana e enuncia no elenco dos direitos R.C. 2

e garantias fundamentais a inviolabilidade do direito à vida (art. 5º, caput); e, seqüencialmente proclama o rol dos direitos sociais, neles incluindo a saúde (art. 6º), cujos lineamentos constam de outras disposições em título próprio; Que é dever do Estado e de toda a sociedade zelar pelo efetivo respeito à dignidade e saúde dos cidadãos, em especial, das crianças e adolescentes, salientando o direito à vida, à dignidade e à saúde; Isto posto, o Ministério Público RECOMENDA: Ao Prefeito Municipal: 1º. A criação de uma Câmara Técnica intersetorial com a função de elaborar a política pública municipal para o enfrentamento da pandemia da Gripe A (H1N1), com atribuições para articular as ações de governo e definir estratégias de execução da política estabelecida. 2º. O reforço técnico, humano e material do órgão de Vigilância Sanitária. 3º. Editar Decreto determinando o atendimento das Notas Técnicas expedidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Municipal da Saúde por todos os órgãos públicos municipais. 4º. Evitar ou adiar a realização de eventos públicos em ambientes fechados durante todo o mês de setembro do corrente ano, vez que o risco de contaminação nestas situações é muito elevado. 5º. Dar ampla divulgação às ações e aos locais de atendimento, bem como às informações relativas à Gripe A, também pelo portal da Prefeitura na internet, com relatórios sempre atualizados dos casos confirmados, suspeitos e ao número de atendimentos realizados, atendendo-se ao Princípio da Transparência na Administração Pública. R.C. 3

6º. A dispensa do serviço das servidores gestantes durante este mês de setembro, estendendo a medida se for necessário. Ao Secretário Municipal da Saúde: 1º. Estabelecer força-tarefa para atendimento dos casos confirmados e suspeitos de Gripe A. 2º. Dar condições e exigir o cumprimento das medidas preventivas pelos profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam diretamente no atendimento e tratamento dos pacientes da Gripe A. 3º. A comunicação diária à Secretaria Municipal de Educação e Subsecretaria Estadual de Educação dos casos atendidos de pessoas em idade escolar, com a qualificação do paciente e anotação da escola que frequenta. 4º. Atendimento prioritário às pacientes grávidas, crianças, adolescentes e idosos, conforme determinação legal. 5º. Tomar providências para evitar a aglomeração de pessoas em ambientes fechados no Hospital Municipal, postos de saúde e outros locais de atendimento. 6º. Apresentar quinzenalmente ao Ministério Público relatório completo do atendimento prestado, casos registrados e medidas tomadas. À Secretária Municipal de Educação: 1º. Adotar nas unidades escolares todas as medidas preventivas recomendadas para evitar o contágio da Gripe A. 2º. Liberar os alunos, servidores e professores que apresentarem sintomas de gripe, dispensando-os, pelo prazo mínimo de 01 (uma) semana, com posterior apresentação de atestado médico que aponte sintomas de gripe, a fim de suprir as faltas acontecidas. R.C. 4

3º. Aplicar programas de atividades extraclasse e aulas de reforço ou de reposição aos alunos acometidos pelo vírus da influenza. 4º. Com base nos relatórios diários fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e naqueles encaminhados pelos Gestores das Unidades Escolares, suspender as aulas, pelo período de 07 (sete) dias, em salas, turmas ou unidades quando houver casos de alunos, servidores ou professores contaminados com a Gripe A. A mesma providência para a Educação Infantil (Creche). 5º. Dar ampla divulgação à comunidade estudantil de qualquer medida de suspensão de aulas tomada. 6º. Atualizar o calendário escolar no caso de suspensão de aulas. À Subsecretária Estadual de Educação: 1º. Adotar nas unidades escolares todas as medidas preventivas recomendadas para evitar o contágio da Gripe A. 2º. Liberar os alunos, servidores e professores que apresentarem sintomas de gripe, dispensando-os, pelo prazo mínimo de 01 (uma) semana, com posterior apresentação de atestado médico que aponte sintomas de gripe, a fim de suprir as faltas acontecidas. 3º. Aplicar programas de atividades extraclasse e aulas de reforço ou de reposição aos alunos acometidos pelo vírus da influenza. 4º. Com base nos relatórios diários fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e naqueles encaminhados pelos Gestores das Unidades Escolares, suspender as aulas, pelo período de 07 (sete) dias, em salas, turmas ou unidades quando houver casos de alunos, servidores ou professores contaminados com a Gripe A. 5º. Dar ampla divulgação à comunidade estudantil de qualquer medida de suspensão de aulas tomada. R.C. 5

6º. Atualizar o calendário escolar no caso de suspensão de aulas. 7º. Fiscalizar as unidades particulares de ensino acerca das providências adotadas para prevenir o contágio da Gripe A, comunicando ao Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias, aquelas que estão descumprindo, total ou parcialmente, o recomendado. Ao Órgão Municipal de Vigilância Sanitária: 1º. Manter força-tarefa para fiscalizar as unidades escolares, públicas e particulares, inclusive as de nível superior, encaminhando ao Ministério Público o relatório dos trabalhos. Por oportuno, informo que as medidas aqui recomendadas deverão ser adotadas de imediato pelas autoridades a que se destinam, destacando que tais autoridades deverão comprovar o efetivo cumprimento destas medidas ao Ministério Público, no prazo máximo de 05 (cinco) dias. Finalmente, estes Promotores de Justiça esclarecem que o descumprimento dos termos desta recomendação ensejará a tomada de medidas de cunho administrativo e judicial, a fim de assegurar o pleno respeito aos direitos de todos os cidadãos anapolinos, às crianças e adolescentes, em especial, o direito à saúde, à educação e à dignidade humana, inclusive com a responsabilização, por dolo ou culpa, dos agentes públicos. Anápolis, 10 de setembro de 2009. Carlos Alexandre Marques Promotor de Justiça Marcelo Henrique dos Santos Promotor de Justiça R.C. 6