A utilização da radiofrequência no tratamento da flacidez facial



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1 A utilização da radiofrequência no tratamento da flacidez facial Resumo Geovana Xavier Lima da Silva 1 geovana_xavier@yahoo.com.br Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Dermato Funcional Faculdade Ávila A Radiofreqüência é uma técnica que gera um calor no tecido subcutâneo, mantendo a epiderme resfriada e protegida. O dano térmico ativa os fibroblastos que produzem novas fibras de colágeno, encurtadas no sentido longitudinal e engorgitadas no sentido vertical, e remodelam o tecido, melhorando rugas e linhas de expressão, flacidez tissular e melhora da elasticidade da pele. Trata-se de uma técnica não-invasiva, sem efeitos sistêmicos, que não causa dependência e que não tem efeitos colaterais indesejáveis. As indicações da técnica englobam: melhora de rugas e linhas de expressão, melhora da elasticidade e textura da pela, estimulando a neocolagênese, flacidez tissular e cicatrizes de acne. A técnica não oferece riscos, sem efeitos colaterais, indolor e dispensa o uso de anestesia, não causa nenhum dano para a epiderme e não interfere na rotina normal. Tem-se um tratamento em curto prazo com melhores resultados após 2-6 meses. Palavras-chave: Radiofrequência; Flacidez; Tratamento. 1. Introdução Conforme Magalhães (2002) de todas as causas de morte, a única que é verdadeiramente previsível e inevitável é o envelhecimento. Ao longo da História da Humanidade, sempre se tentou descobrir a fonte da eterna juventude. Nos dias de hoje essa busca não cessou. Pelo contrário, ela é atualmente mais intensa do que nunca. Laboratórios de alta tecnologia trabalham para abrandar, parar e até reverter este processo. Segundo Gawkrodger (2002), a pele é o maior órgão do corpo humano, tendo a função de proteger os sistemas internos. De acordo com Lira e Lima (2008) ela é constituída pela epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais externa, onde se fabrica e acumula a queratina. A derme tem mais resistência e elasticidade e é onde estão as células que produzem o colágeno e a elastina. A hipoderme tem como função o isolamento térmico e a proteção contra choques mecânicos. Souza et al. (2007) assinalam que os sinais de envelhecimento são consequências da diminuição de funcionamento do tecido conjuntivo, onde o colágeno fica mais rígido, as fibras de elasticidade perdem sua força, diminuindo a elasticidade, ocorre a diminuição das glicosominoglicanas e também a redução da água, diminuindo assim o desenvolvimento celular. Este declínio constante impossibilita a manutenção da camada de gordura sob a pele, e a degeneração das fibras elásticas juntamente com a diminuição de troca de oxigenação nos tecidos leva a desidratação, resultando em flacidez e rugas (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Conforme pontuam Souza et al. (2007) a flacidez facial é consequência do processo fisiológico, com a diminuição das funções do tecido, onde o colágeno vai se tornando cada 1 Pós-graduanda em Dermato Funcional. 2 Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em Saúde.

2 vez mais rígido. Essa diminuição impossibilita a manutenção de uma camada uniforme de tecido adiposo sobre a pele, resultando na diminuição de troca gasosa entre os tecidos com a degeneração das fibras elásticas, ocasionando a desidratação da pele e resultando na flacidez. Suponha-se que com o tratamento a amostra apresentará diferenças na flacidez facial, entretanto a satisfação pessoal dependerá da resposta tecidual das voluntárias individualmente. Para Pino et al. (2006) a radiofrequência (RF) conceitua-se na emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as frequências projetadas ao tecido corporal, a fim de se atingir a camada subdérmica. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos. A Fisioterapia Dermato-Funcional tem se estabelecido de forma efetiva nesse contexto por promover a recuperação físico-funcional dos distúrbios endócrino-metabólicos e dermatológicos através de diversas modalidades terapêuticas já comprovadas cientificamente. Além disso, promovem estudos os quais buscam a comprovação técnica de recursos que estão em plena ascensão no mercado como é o caso da Radiofrequência (RF), uma modalidade não invasiva capaz de estimular mudanças na conformação do colágeno e induzir a neocolagênese através da geração de energia térmica, de forma controlada, em camadas profundas do tecido cutâneo e subcutâneo (AGNE, 2009). 2. Anatomia da face De acordo com Guirro e Guirro (2002) os músculos responsáveis pela expressão facial são: o músculo frontal, o corrugador do supercílio, músculos orbiculares dos olhos, músculo orbicular da boca, depressor do lábio inferior, músculo levantador do ângulo da boca, levantador do lábio superior, zigomático maior e menor, mentual, bucinador, risório, prócero e plastina, conforme ilustra a figura 1. Fonte: Netter, 2000. Figura 1: Músculos da face vista lateral.

3 O músculo frontal tem como função a elevação do supercílio e enrugar a fronte, sendo conhecido como o músculo da atenção. Suas fibras produzem as linhas transversais na testa (PALASTANGA et al, 2000). O corrugador do supercílio exerce a função de aproximação do supercílio, com isto são produzidas as rugas verticais entre os supercílios. Esse músculo é considerado o principal na expressão de sofrimento (LUZ, 2003). O músculo orbicular dos olhos tem a função de piscar os olhos. Ele é constituído de três porções, e quando estas porções se contraem formam-se os pés de galinha (MADEIRA, 2001). O orbicular da boca fecha e protrai os lábios (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Exerce a função de compressão dos lábios contra os dentes, fecha a boca e protrai os lábios (CASTRO, 1985). O músculo depressor do ângulo da boca determina o abaixamento deste ângulo, que é desviado no sentido lateral, sendo conferida a expressão de tristeza (LUZ, 2003). O músculo que deprime a parte inferior do lábio e repuxa-o para baixo se chama depressor do lábio inferior. Colaborando também para a expressão de tristeza (GUIRRO e GUIRRO, 2002). O levantador do ângulo da boca tem como função a elevação do ângulo da boca, acentuando o sulco nasolabial. Sendo o músculo do choro e do riso (MADEIRA, 2001). O músculo zigomático maior exerce a função de tracionar o ângulo da boca superior e lateralmente, sendo observada a ação na risada (GUIRRO e GUIRRO, 2002). O zigomático menor eleva obliquamente o lábio superior acentuando o sulco nasolabial e concede a expressão de desprezo (LUZ, 2003). O músculo mentual exerce a função de elevar e protrair o lábio inferior (GUIRRO e GUIRRO, 2002), contribuindo para expressar o desdém (CASTRO, 1985). O músculo bucinador tem a função de comprimira bochecha e de puxar o ângulo da boca lateralmente (GUIRRO e GUIRRO, 2002). O risório exerce a função de repuxar lateralmente o ângulo da boca, determinando a expressão de sorriso forçado (LUZ, 2003). A contração do músculo prócero abaixa a região intersuperciliar, provocando rugas transversais na raiz do nariz. A plastima tem influência na expressão da face, repuxando para baixo e para o lado o canto da boca. Também auxilia no abaixamento da mandíbula (MADEIRA, 2001; PALASTANGA et al, 2000). As artérias que nutrem a face e o pescoço são ramificações da artéria carótida externa, e os que recebem ramos da artéria carótida interna são partes da cavidade nasal e partes superiores da face (DANGELO e FATTINI, 2004). 3. Fisiologia da pele Segundo Chandrasoma (1993) a pele é um importante órgão de controle da temperatura. A vasoconstrição cutânea reduz e a vasodilatação aumenta a perda de calor. A sudorese também permite perda do calor como uma função da evaporação. O fluxo sanguíneo cutâneo e a sudorese são regulados pelo sistema nervoso simpático. Sampaio e Rivitti (2001) salientam que é o órgão externo que recobre e delimita o organismo protegendo-o. Ela passa por alterações constantes, com impermeabilidade, cuja função principal é a conservação da homeostasia. Os mesmos autores pontuam ainda que as principais funções da pele são: de proteger o organismo contra agressões do meio externo; de percepção devido às terminações nervosas que existem na derme, fornecendo sensações e direcionando o ser no sentido da sobrevivência; de termorregulação e hemorregulação porque há um aumento na saída de líquidos e ocorre uma maior evaporação de calor; de secreção de substâncias tais como, a

4 queratina, a melanina, o suor e o sebo; de excreção por meio das glândulas sudoríparas que eliminam as excretas; de metabolização de hormônios tais como, a testosterona, o estrógeno, dentre outros. A pele, através de seus extensos plexos vasculares e seus corações periféricos (os glomos), permite manter e regular o débito circulatório. Em determinadas ocasiões, o aumento do débito sanguíneo periférico é suprido pela atividade dos glomos e pela suplementação de outros vasos que não estão com sua capacidade total de repleção. No choque, a palidez traduz essa elevada função de hemorregulação da pele. Por outro lado, a homeotermia ou termorregulação é mantida por mecanismo comandado pelo centro termorregulador através das vias do sistema nervoso autônomo, levando à vasocontrição ou vasodilatação (AZULAY, 1999). A elasticidade da pele (figura 2) pode ser determinada pela orientação das linhas de fenda, ou linhas de Langer. Langer demonstrou que até no cadáver a pele é sujeita a tensões direcionadas de acordo com as linhas. A perfuração da pele provoca a formação não de um orifício circular, mas de uma fenda, cuja direção corresponde à orientação dos feixes conjuntivos elásticos, que indicam, portanto, a direção de menor distensibilidade, ou seja, de resistência da pele à tração (GUIRRO e GUIRRO, 2002). 4. Sistema linfático Fonte: Guirro e Guirro, 2002. Figura 2: Linhas de fenda do rosto e pescoço. De acordo com Mendonça (2003) e Rodrigues (2003) o sistema linfático auxilia na drenagem dos líquidos nos espaços intersticiais e remove os resíduos das células, levando-os à corrente sanguínea sob forma de linfa. Os linfáticos originam-se nas papilas como fendas revestidas por endotélio que em seguida entram num plexo horizontal de capilares linfáticos que se estende na camada papilar.

5 Este plexo comunica-se com outro formado por capilares linfáticos maiores no tecido subcutâneo, que também recebem a linfa dos delicados plexos que envolvem as glândulas sudoríparas sebáceas e os folículos pilosos (LEESON, 1977). A circulação linfática se realiza por contrações musculares e de pulsação de artérias que ficam próximas dos vasos linfáticos (LEDUC e LEDUC, 2000). 5. Envelhecimento Magalhães (2002) pontua que de todas as causas de morte, a única que é verdadeiramente previsível e inevitável é o envelhecimento. Ao longo da história da humanidade, sempre se tentou descobrir a fonte da eterna juventude. Ponce de Leon descobriu a Florida quando procurava essa mesma fonte. Nos dias de hoje essa busca não cessou. Pelo contrário, ela é atualmente mais intensa do que nunca. Laboratórios de alta tecnologia trabalham para abrandar, parar e até reverter este processo. Para Guirro e Guirro (2002) envelhecer é um processo natural, sendo a deterioração gradual da função e capacidade de responder aos estresses do ambiente. Os processos involutivos são hormônicos, ocorre à diminuição da função cardiocirculatória, correndo paralelamente com a baixa da atividade respiratória. O fenômeno metabólico do envelhecimento é o retardamento da síntese de proteína, ocorrendo o desequilíbrio entre a formação e degradação, tornando a pele frágil, em alguns locais seca, enrugada e às vezes escamosa. As fibras colágenas se tornam cada vez mais grossas e as elásticas perdem muito sua elasticidade. Mostrando flacidez, rugas e podendo desenvolver nódulos e tipos anormais de colágeno. Segundo os mesmos autores, no envelhecimento fisiológico, todos os processos são harmônicos; a diminuição da função cardiocirculatória corre paralela com a depressão da atividade respiratória, as duas com a queda do metabolismo, e assim por diante. O fenômeno metabólico mais evidente do envelhecimento parece ser, no entanto, o retardamento da síntese de proteínas, em virtude do qual há um desequilíbrio entre a formação e a degradação. A função celular declina progressivamente com a idade. As mitocôndrias velhas têm menor capacidade de sobreviver a uma lesão hipóxica. A fosforilação oxidativa declina progressivamente, assim como a síntese de proteína estrutural enzimática com base no DNA e RNA, assim como de especializações das membranas como os receptores. As células velhas têm menor capacidade de captação de nutrientes e de reparo de danos cromossômicos. Há concomitamente acumulo constante de resíduos de componentes de células velhas sob a forma de lipofuscina, mas ainda não foi esclarecido se este lipopigmento afeta prejudicialmente a função celular. As células envelhecidas apresentam outras relações morfológicas incluindo núcleos irregulares e anormalmente lobulados, mitocôndrias pleomórficas e cheias de vacúolos, diminuição do retículo endoplasmático (RE) rugoso, RE liso vesiculado e distorções do aparelho de Golgi. Muitas teorias foram propostas para explicar a biologia do envelhecimento celular. Elas podem ser bem mais separadas nas categorias de conceitos de uso e desgaste e baseadas no genoma (ROBBINS et al, 1991). De acordo com Carvalho Filho et al. (2002) com o envelhecimento, as fibras elásticas se alteram, a elastina fica porosa e elas perdem a elasticidade. Somadas à diminuição da espessura da pele e do subcutâneo, estas alterações dão origem às rugas. Os melanócitos podem sofrer alterações no seu funcionamento em certas regiões como a face e o dorso da mão, levando à formação de manchas hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas. Como a epiderme fica mais fina, os menores traumas podem formar equimoses com manchas vermelhas ou púrpuras salientes (CARVALHO FILHO et al, 2000). A pele perde elasticidade. Este fato é relevante por estar na dependência das alterações das fibras colágenas e elásticas que fundamentam fisiologicamente aquela propriedade cutânea. A

6 perda da elasticidade junto com a atrofia do panículo adiposo origina um pregueamento cutâneo que designa se vulgarmente como rugas, as quais constituem um dos elementos definitórios precoces do processo involutivo cutâneo (ESTEVES et al, 1991). 6. Flacidez Segundo Guirro e Guirro (2002) dentre os órgãos do corpo humano, o que mais revela o envelhecimento é a pele. A flacidez juntamente com as linhas tensionadas fornece a base para o enrugamento da pele. A redução das fibras elásticas faz com que a pele fique flácida, e quando é estirada ela não retorna a sua forma inicial, resultando nas rugas. Algumas são congênitas, outras são adquiridas ou exacerbadas, devido às expressões faciais. As características senis variam de acordo com os tipos. Na hipertrófica a pele se apresenta mais flácida, grossa e distendida com a coloração amarelo-parda, tendo tendência às rugas profundas. Na atrófica a pele tem característica fina, seca e com manchas pigmentares. Fonte: http://www.jorgevitale.com.br/plast_f/face/face_consult_flacut_sin3.htm Figura 3: A fotografia 1 mostra flacidez já instalada nesta região, em seu estágio inicial (seta). Nos casos mais avançados, não é possível definir onde termina a face e começa o pescoço, como mostra a fotografia 2. Meyer et al. (2005) informam que a Flacidez é definida como uma disfunção da pele inerente ao processo natural ou de envelhecimento acelerado. Inicialmente, existe uma diminuição no metabolismo celular, como resultado de um descendente de colágeno e da biossíntese de elastina. O número de fibroblastos vai para baixo e a derme perde o seu tropismo normal, tornando-se de menos qualidade e perde a sua capacidade de reposição natural. A rede de colágeno e elastina, unidas á papila dérmica e aos tecidos subjacentes, apoia a epiderme. O

7 fracasso desta estrutura orgânica complexa mecânica (colágeno, elastina e substâncias fundamentais) destaca-se em maior ou menor grau, da epiderme da derme. A flacidez facial acontece pela alteração e diminuição das estruturas profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras colágenas se tornam mais grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade, (onde o número de fibroblastos diminui), no tecido celular subcutâneo, ocorre à diminuição de gordura. Também ocorre a diminuição do trofismo (volume) e tônus muscular (força) e em fase mais tardia diminuição do arcabouço ósseo. Acompanhando estas mudanças pode haver ou não acúmulos localizados de gordura ( exemplo: região sub-mentoniana (pescoço) (GUIRRO e GUIRRO, 2002). A flacidez facial faz com que a pele perca sua firmeza, provocada pela frouxidão tecidual. Aparecem as rugas superficiais e profundas onde as bochechas e as pálpebras são as primeiras a decair. Logo depois surgem as marcas de expressão, rugas, depressões e sulcos na pele, especialmente na região dos olhos, bochechas, pálpebras, pescoço, queixo e em volta da boca (MEYER et al., 2005). Segundo Rocha (2004) a própria parte hormonal feminina faz com que as mulheres acumulem mais gordura no corpo. Por razão da variação hormonal, há uma diminuição do colágeno e da elastina, fibras que dão sustentação à pele. Além de uma diminuição nos líquidos da pele. A flacidez da face tem sido tratada há anos com lasers ablativos e estes são efetivos, mas requerem um longo período de recuperação. No entanto, ambos os laser e cirurgia plástica carregam riscos de discromia, infecção, sangramento e cicatriz. Hoje temos como tratamento de flacidez, além do laser e cirurgia, a radiofrequência e a luz intensa pulsada, mas estes dois exigem múltiplos tratamentos e os resultados são suaves a moderados. As pacientes ideais para tratamento com radiofrequência são aqueles com idade entre 35 a 45 anos, sem muito tecido redundante. 7. Radiofrequência O uso terapêutico da radiofrequência iniciou em 1920, quando Bovie e Jushing introduziram o eletrocautério. Em 1950 a radiofrequência foi usada por neurocirurgiões, intraoperatório, por produzir lesões confiáveis no sistema nervoso central. Nos anos 60, tornou-se tratamento seguro e efetivo na área cardíaca. A tecnologia da radiofrequência é usada em numerosos campos da medicina com o propósito de cauterização e ablação. Recentemente tem sido introduzido um novo tratamento não ablativo e não invasivo com a radiofrequência, para flacidez facial e periorbital um, dois, três e quatro. O efeito de firmeza é o resultado do calor gerado pela radiofrequência nos tecidos, induzindo a contração do colágeno. A energia gerada pela RF produz aquecimento controlado na derme profunda. De acordo com Brown e Almeida (2008) o tratamento por radiofrequência é baseado num equipamento criado nos EUA para o tratamento da flacidez da face sem cirurgia. Ele causa uma contração da pele, sem cortes, hematomas, inchaço ou descamações fortes e sem se afastar das atividades normais e sob anestesia local. Para Armenacas et al.(2008) este procedimento é uma nova tecnologia, diferente do Laser, dos Peelings e da Cirurgia Convencional, e é utilizado para o tratamento de um dos mais difíceis problemas do envelhecimento facial, que é a flacidez da pele do rosto e do pescoço. Não há cortes, lesões superficiais, edemas ou equimoses. Também não há necessidade de afastamento do trabalho ou das atividades esportivas. A radiofrequência (RF) tem sido usada em cirurgias cardíacas, oftalmológicas, otorrinolaringológicas e ginecológicas de forma ablativa nos últimos 70 anos. A RF com correntes alternadas de baixa frequência tem sido usada na fisioterapia para contraturas musculares. Com o recente desenvolvimento tecnológico, a RF de forma não ablativa, passou

8 a ser utilizada no rejuvenescimento e flacidez agindo na derme e subcutâneo protegendo a epiderme (ZELICKSON et al., 2004). O termo Radiofrequência se aplica a uma porção do espectro eletromagnético onde ondas eletromagnéticas, através de corrente alternada, gera calor profundo para tratamento de fibroedema gelóide, gordura localizada e de colágeno (flacidez tissular, estrias e rugas). A frequência dos equipamentos pode variar de 30KHz a 50MHz (MAYORAL, 2007). Segundo Zelickson et al.(2004) a Radiofrequência gera um campo elétrico que muda de positivo para negativo, o que provoca um movimento de rotação das moléculas e que gera aquecimento. Ao atingir a pele profundamente o tecido celular subcutâneo desencadeia uma cascata de reações que melhora várias patologias. Antes de passar a explicar como a celulite e a flacidez muscular são melhoradas, devemos primeiro compreender ambas as condições. O objetivo do procedimento é alcançar a temperatura de 40 C na superfície da pele enquanto a temperatura na profundidade desejada alcança 60 C. O tratamento por radiofrequência vem sendo considerado um grande avanço, que permite a correção de sinais de envelhecimento, sem deixar as atividades rotineiras e com baixo risco, exigências modernas, onde a racionalização do tempo é imperativa. Ele pode ser utilizado isoladamente ou associadamente para ação em diversas condições inestéticas como: flacidez da pele facial, flacidez da pele do pescoço, rugas periorbitais e frontais, elevação das sobrancelhas, conforme ilustra a figura 3. Cada aplicação é seguida de uma sensação de frio imediato, seguida por uma sensação mais quente e mais breve, seguida novamente por uma sensação fria. Depende do tamanho da área tratada, o procedimento pode tomar de alguns minutos a uma hora. Fonte: Mayoral, 2007. Figura 3: Antes e depois do tratamento com radiofrequência. Pode-se retomar as atividades normais imediatamente. Uma vermelhidão pequena pode ser vista em alguns pacientes, mas normalmente desaparece logo depois do tratamento. Complicações do aquecimento podem ocorrer, mas são raras. Não há cuidado especial que seja necessário após o tratamento. Protetor solar é recomendado. Os resultados aparecem gradualmente de 2-6 meses, embora alguns pacientes obtenham uma resposta mais cedo. O resultado esperado é uma pele mais firme, que vai surgindo de dentro para fora, seguindo a aplicação. Quatro meses depois que o tratamento com radiofrequência foi realizado, há a deposição de um novo colágeno, mais denso, e um aumento apreciável na espessura da epiderme. Ou seja, o resultado do tratamento com não é imediato, havendo um período de tempo de meses para que se torne aparente, que é o período necessário para que se forme o colágeno. A atividade biológica que a RF propicia aos tecidos se manifesta de duas modalidades principais. A primeira é o efeito energético, que depois de estimulado pela RF, o tecido

9 cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo uma maior movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilita, portanto, a transformação de ADP em ATP. A segunda é o efeito térmico, que como a movimentação dos íons e seus atritos e choques entre si, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também, aumento da saída dos catabólitos e subprodutos celulares (MARTÍN, 2001). 8. Metodologia Este estudo foi construído através do levantamento de dados encontrados na literatura já existente. Foram realizadas pesquisas bibliográficas por meio de livros e artigos dispostos em bases de dados, onde foram consultados artigos originais e de revisão sobre o tema ora proposto. A metodologia utilizada neste estudo foi à pesquisa bibliográfica, pois a mesma oferece meios que auxiliam na definição e resolução dos problemas já conhecidos, como também permite explorar novas áreas onde os mesmos ainda não se cristalizaram suficientemente. Permite também que um tema seja analisado sob novo enfoque ou abordagem, produzindo novas conclusões. Além disso, permite a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla, principalmente quando o problema da pesquisa requer a coleta de dados muito dispersos no espaço. A escolha desta metodologia, para o caso específico, deve-se ao fato de o material disponível pesquisado, estar estruturado para situações e realidades diferentes. Através da revisão bibliográfica pôde-se contornar problemas relacionados a tempo e recursos financeiros, uma vez que um estudo dessa natureza necessariamente envolveria pesquisa de campo e mais tempo para a coleta e análise de dados, mais característicos a um estudo de caso. Deve-se ressaltar ainda que o material assim organizado constitui uma base de dados consistente para a elaboração de estudos mais avançados. De acordo com Martins (2000) não existem regras fixas para a realização de pesquisas bibliográficas, mas algumas tarefas que a experiência demonstra serem importantes. Dessa forma, seguiu-se o seguinte roteiro de trabalho: a. Exploração das fontes bibliográficas: livros, revistas científicas, teses, relatórios de pesquisa entre outros, que contêm não só informação sobre determinados temas, mas indicações de outras fontes de pesquisa; b. Leitura do material: conduzida de forma seletiva, retendo as partes essenciais para o desenvolvimento do estudo; c. Elaboração de fichas: contém resumos de partes relevantes do material consultado; d. Ordenação e análise das fichas: organizadas e ordenadas de acordo com o seu conteúdo, conferindo sua confiabilidade; e. Conclusões: obtidas a partir da análise dos dados. O cuidado aqui observado diz respeito ao posicionamento neutro em relação ao problema pesquisado. Através da pesquisa bibliográfica, torna-se possível o exame do tema deste artigo sob uma nova abordagem. Finalmente, através deste método, viabiliza-se agrupar em uma única base de dados todas as informações coletadas, cujas fontes encontram-se em bibliotecas, coleções particulares de professores e amigos, publicações, entre outros. Assim sendo, consegue-se obter um panorama mais completo sobre a utilização da radiofrequência em flacidez facial.

10 9. Resultados e discussão Atualmente, a flacidez facial e corporal representa um grande desafio para os médicos, principalmente quando os pacientes não querem se submeter a uma cirurgia plástica para retirar o excesso de pele. Weiss et al. (2006) revelaram que o uso da radiofrequência com múltiplas passadas em baixa frequência, ao contrário de uma passada em alta fluência, melhora a tolerabilidade e o resultado clínico. Sadick et al.(2007), relataram que a radiofrequência é uma fonte de energia cromófora independente, que afeta a camada da derme diretamente e, reduz o risco de queimadura da epiderme como outros efeitos adversos associado a energia óptica. A maioria dos autores relata que os efeitos colaterais foram auto limitados, tais como eritema e edema, que resolveram em torno de 48-72hs. Vários produtos cosméticos entram no mercado com promessa de firmar a pele, só que, na maioria das vezes, melhoram a hidratação e a textura, mas não a flacidez (BROWN e ALMEIDA, 2008). Sabe-se que, a partir dos 25 anos de idade, as fibras colágenas e elásticas têm sua produção diminuída e começa a ocorrer um processo de esgarçamento das mesmas. Vários fatores contribuem para acelerar este processo: fumo, sedentarismo, distúrbios hormonais, gravidez, obesidade, emagrecimento importante em curto espaço de tempo, entre outros que levam aos diversos graus de flacidez. Diante disso, quanto mais precocemente for iniciado o tratamento, maior a chance de se evitar a cirurgia plástica (ARMENAKAS et al., 2007). Este tratamento é feito em 2 sessões, em média, para a face, com intervalo de 15 dias, e em 4 sessões para a área corporal. O tratamento não é doloroso, dando apenas uma sensação de queimação da pele, e é interrompido quando a mesma chega a 40 graus, evitando, assim, a ocorrência de queimaduras. Os resultados apresentados até agora, no exterior, são impressionantes, mas é necessário mais tempo de uso para sabermos se, de fato, o tratamento é mesmo uma revolução no combate à flacidez. 10. Conclusão Em nossa revisão a radiofrequência monopolar não tem aumentado os riscos, quando comparada a outros métodos não ablativo para rejuvenescimento facial e seu uso é um procedimento seguro e eficaz para flacidez e contração da pele da face. Conclui-se, portanto, que a Radiofrequência é atualmente uma das sugestões que podem ser consideradas para quem busca uma alternativa saudável para melhorar a estética da face, obtendo resultados que se fazem visível, tanto no físico quanto no psicológico. Porém, sugere-se a realização de pesquisas atuais para averiguar melhor os seus efeitos, se estes são temporários ou definitivos, e se tem aspecto preventivo ou curativo. 11. Referências AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2004. ARMENAKAS MA, DOVER JS, ARNDT KA. Unipolar radiofrequency treatment to improve the appearance of cellulite. Journal of Cosmetic and Laser Therapy. 2008; 10:148-53. AZULAY, D. R.; AZULAY, R. D. Dermatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: ED Guanabara Koogan S.A., 1999.

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