Pteridófitas Filos Pterophyta (Pteridophyta) e Lycopodiophyta (Lycophyta) Professora Letícia
Características Gerais Apresentam vasos condutores de seiva Traqueídes plantas traqueófitas. Xilema (seiva bruta) e floema (seiva elaborada). Melhor sustentação do corpo das plantas. Transporte mais rápido plantas maiores. Não apresentam sementes. Gametófitos reduzidos. Esporófitos são a fase predominante do ciclo de vida.
Características Gerais Esporófitos podem ter seus esporângios agrupados em soros ou estróbilos (cones). Soros: vários esporângios na face inferior das folhas. Ocorre em samambaias e avencas. Estróbilos (cones): ramo curto com pequenas folhas férteis, nas quais estão os esporângios. Ocorre em selaginelas. Estróbilos Soros
Filo Pterophyta Grande porte Samambaias e avencas (filicíneas), comuns em regiões tropicais. Pequeno porte Salvinia, Azolla e Marsilea. Folhas jovens formando báculos. Podem apresentar xaxins, formados por raízes adventícias explorado por humanos.
Filo Pterophyta Psilófitas: esporófito verde, ramificado e sem folhas. Esporos nas extremidades de ramos laterais curtos. Cavalinhas: esporófitos eretos com gomos e folhas pequenas em forma de escamas. Possuem estróbilos na extremidade do caule.
Filo Lycopodiophyta Gêneros Lycopodium (de regiões árticas a tropicais) e Selaginella (regiões tropicais e áridas/semiáridas). Selaginella chamadas de plantas revivescentes, pois ficam latentes até que aumente a umidade. Esporângios em estróbilos. Lycopodium Selaginella
Ciclo de Vida das Pteridófitas Pode ocorrer em: Homosporia um único tipo de esporo, que dará origem a um único tipo de gametófito (desenvolvendo tanto gametângios masculinos como femininos). Heterosporia dois tipos de esporos (micrósporo e megásporo), cada um originando um gametófito diferente (masculino e feminino, respectivamente). Nas plantas heterosporadas, os gametófitos se desenvolvem dentro dos esporos, ficando então protegidos por sua parede. A maioria das pteridófitas (em sentido amplo) é homospórica, porém há espécies de licopódios com os dois tipos de reprodução.
Ciclo de vida de uma pteridófita homosporada
Ciclo de vida de uma pteridófita heterosporada
Para relembrar: Gametófitos Gametângio feminino = arquegônio gameta = oosfera Gametângio masculino = anterídio gameta = anterozoide Esporófitos Esporângios Esporos
Gimnospermas Filos Cycadophyta, Ginkgophyta, Gnetophyta e Coniferophyta
Características Gerais Totalmente terrestres não necessitam de água para a reprodução sexuada. Possuem xilema e floema (traqueófitas). Reprodução por estróbilos, onde se desenvolvem os esporângios. Primeiras plantas a desenvolver sementes (espermatófitas) proteção do embrião e facilitação da dispersão da planta. Possuem raiz, caule e folhas. Médio e grande porte. Não apresentam frutos sementes nuas.
Filo Cycadophyta Cicas. Segundo maior grupo de gimnospermas. Estruturas reprodutivas muito evidentes. Troncos volumosos. Folhas parecidas com folhas de palmeiras (angiospermas).
Tronco com sementes Filo Ginkgophyta Apenas uma espécie atual: Ginkgo biloba. Aplicações medicinais (rica em flavonóides e terpenóides ação anti-inflamatória e antioxidante). Muito utilizada como planta ornamental em regiões de clima temperado. Resistente à poluição.
Filo Gnetophyta Gêneros: Gnetum regiões tropicais da África e da Ásia Ephedra locais áridos; produz efedrina, utilizada como descongestionante; Welwitschia W. mirabilis, nos desertos africanos; tem caule subterrâneo e folhas muito grandes.
Filo Coniferophyta Maior filo de gimnospermas. Comum em regiões temperadas Floresta de coníferas. Pinheiros, abetos, sequoias e pinheiro-do-paraná (araucária mata de araucárias) Muito utilizadas na exploração de madeiras.
Características Reprodutivas Óvulos fecundação sementes. Grãos de pólen (gametófito ) germinação gametas masculinos e tubo polínico (leva o gameta masculino até o gameta feminino). Heterosporia: Microsporângio micrósporos gametófito Megasporângio megásporos gametófito Desenvolvimento endospórico (dentro do esporo). Esporos retidos nos esporângios.
Características Reprodutivas Gametófito muito reduzido, se desenvolvendo no esporófito durante pelo menos uma parte da vida. Estrutura do óvulo: Megasporângio envolto por tegumentos (camadas de tecido, protetoras), com um pequena abertura (micrópila). Tecido nutritivo (nucelo). Célula especial meiose quatro células haploides, dentre as quais apenas uma permanece, se torna o megásporo funcional e continua dentro do megasporângio. O gametófito feminino fica protegido pelo tegumento do óvulo, além da parede do esporo.
Características Reprodutivas Estróbilos Femininos: megasporangiados/ovulados. Maiores e mais complexos. Masculinos: microsporangiados. Menores e mais simples. O Grão de pólen é liberado de dentro do microsporângio e transportado pelo vento. Expansões aladas polinização anemófila. Grão de pólen germina ao chegar na micrópila e desenvolve o tubo polínico e dois gametas.
Características Reprodutivas Araucária Semente: pinhão Estróbilo feminino: pinha Tegumento (diploide) tecido nutritivo da semente (película ao redor do gametófito).
Ciclo de vida de pinheiros
Angiospermas Monofiléticas: Filo Anthophyta
Características Gerais Único grupo de plantas com flores e sementes protegidas/guardadas em frutos. Grupo mais abundante em número de espécies (235 mil, cerca de 90% do total de plantas atuais). Podem abrigar grande diversidade de seres vivos. Traqueófitas e espermatófitas. Esporófito maior e mais duradouro que o gametófito. Apresentam raiz, caule e folhas. Pequeno, médio e grande porte. Habitat muito variado.
Grupos de Angiospermas Separadas em quatro grupos: Monocotiledôneas Eudicotiledôneas Magnoliídeas (características semelhantes a mono e dico) Angiospermas basais (vitórias-régias e lírios d água) Monocotiledôneas e eudicotiledôneas são diferenciadas por várias características, dentre elas o número de cotilédones em suas sementes (um ou dois). Cotilédones: primeiras folhas que se formam ainda no embrião das angiospermas e gimnospermas; pode ser um órgão de reserva para o desenvolvimento da plântula.
Principais diferenças entre Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas
Principais diferenças entre Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas
Exemplos dos Grupos de Angiospermas Magnoliídeas Abacateiro Louro Eudicotiledôneas Rosa silvestre Feijão Monocotiledôneas Bambu Arroz Milho Canela Pimenta-do-reino Jequitibá Pequizeiro Trigo Palmeira Cana Eucalipto Abóbora Lírio Orquídeas
A Estrutura das Flores Pedicelo/pedúnculo Receptáculo floral Verticilos florais (folhas modificadas): Cálice (conjunto de sépalas) Corola (conjunto de pétalas) Androceu (conjunto de estames, estruturas reprodutivas masculinas) Gineceu (pistilo(s), estrutura reprodutiva feminina) Cálice + corola = perianto. Quando as pétalas e as sépalas tem a mesma coloração, chamamos de tépalas (juntas formam o perigônio).
A Estrutura das Flores Todas as flores devem ter ao menos estrutura reprodutiva (androceu, estames) ou (gineceu, pistilos). Apenas estames flor estaminada. Apenas pistilo flor pistilada. Quando uma mesma flor apresentar os dois, dizemos que ela é hermafrodita. Nesses casos costuma haver mecanismos para evitar a autofecundação. A polinização pode ocorrer pelo vento ou por animais.
A Estrutura das Flores As plantas podem ser: Dioicas: flores com estruturas reprodutivas e em indivíduos distintos Monoicas: um mesmo indivíduo apresenta flores com as duas estruturas reprodutivas. Inflorescências: flores agrupadas.
Gineceu Formado por um ou mais pistilos (folhas modificadas carpelos). Pistilos: Ovário com óvulo Estilete/estilo Estigma recebe os grãos de pólen O óvulo, após fecundado e desenvolvido, dará origem à semente. O ovário desenvolvido dá origem ao fruto.
Androceu Conjunto de estames (folhas modificadas). Estames: Filete Antera com microsporângios (sacos polínicos) formação de micrósporos por meiose, que darão origem aos grãos de pólen.
Polinização Pelo vento Em geral flores menos chamativas e com estigmas plumosos. Por animais Flores coloridas e/ou com cheiro atrativo a polinizadores. Entomofilia (insetos) Ornitofilia (aves) Quiropterofilia (morcegos) Nectários: estruturas que produzem néctar, líquido nutritivo. Ajudam na atração de polinizadores.
Ciclo de Vida das Angiospermas Ovário contendo um óvulo com tegumentos protegendo o megasporângio. Megasporângio Megásporo (n) gametófito feminino (saco embrionário) Abertura: micrópila. Gametófito feminino (n): Não forma arquegônios. Diferenciação direta da oosfera (gameta feminino) Núcleos polares
Ciclo de Vida das Angiospermas Polinização germinação do grão de pólen Formação do tubo polínico, que leva duas células espermáticas até o gametófito feminino. Uma delas se une à oosfera embrião (2n) A outra se une aos núcleos polares endosperma (3n) Endosperma: tecido nutritivo. Desenvolvimento do embrião: Desidratação e impermeabilização dos tecidos do óvulo. Forma-se a semente. Desenvolvimento do ovário fruto. Germinação: semente plântula.
Ciclo de Vida das Angiospermas
Reprodução Assexuada das Plantas Não tem variabilidade genética. Muito utilizado na agricultura. Briófitas: Fragmentação. Propágulos em conceptáculos (hepáticas e musgos). Plantas vasculares: propagação vegetativa Geralmente partir do caule, que tem botões vegetativos (gemas). Pode ocorrer a partir de folhas.
Os Frutos e as Sementes
Frutos Função: proteger e disseminar as sementes. Em geral, frutos são originados após a fecundação. Frutos gerados sem fecundação são chamados de partenocápicos. Eles não produzem sementes. Ovário de desenvolve pericarpo. Pericarpo é composto por: Epicarpo (modificação da epiderme externa; casca ) Mesocarpo (modificação do tecido interno, entre epicarpo e endocarpo) Endocarpo (modificação da epiderme interna)
Frutos Sementes são compostas por: Tegumento (originado dos tegumentos do óvulo) Amêndoa (embrião + endosperma)
Tipos de Frutos Carnosos pericarpo suculento, coriáceo ou fibroso. Podem ser de dois tipos: Baga: normalmente tem várias sementes, que se separam facilmente do fruto. Drupa: em geral tem apenas uma semente, proporcionalmente grande (com relação tamanho do fruto),cujo tegumento está fundido à parede do endocarpo, formando um caroço.
Tipos de Frutos Secos pericarpo seco. Podem ser: Deiscentes: abrem-se quando maduros para liberar as sementes. Legume/vagem Lomento
Tipos de Frutos Secos pericarpo seco. Podem ser: Indeiscentes: não se abrem quando maduros. Cariopse/grão Aquênio Sâmara
Tipos de Frutos Pseudofrutos estruturas suculentas, com reservas nutritivas, mas que não se originam de um único ovário. Podem ser: Simples: formados a partir do desenvolvimento do receptáculo ou do pedúnculo floral de uma só flor. Agregados/compostos: surgem do desenvolvimento do receptáculo de uma flor com muitos pistilos (e muitos ovários). Múltiplos/infrutescências: provenientes do desenvolvimento de flores de uma inflorescência, que crescem juntos formando uma única estrutura.
Pseudofrutos
Dispersão de Frutos e Sementes Importante para o sucesso da espécie colonização de novos ambientes. Três tipos básicos: Anemocoria pelo vento; Sementes e frutos leves, com pelos ou expansões aladas. Zoocoria por animais; Frutos como alimentos ou que grudam no corpo temporariamente. Hidrocoria pela água; Frutos/sementes que retém ar, para ficar mais leves.