MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Diretoria de Avaliação da Educação Superior CAPACITAÇÃO DOS AVALIADORES NO NOVO INSTRUMENTO AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA Perguntas Frequentes MARÇO, 2012
Perguntas Frequentes Capacitação dos avaliadores no novo Instrumento Avaliação dos cursos de graduação presencial e a distância 01. Quais os documentos referenciais para auxiliar na construção da contextualização do Curso? Conforme o item 6.2 das instruções para preenchimento do Instrumento de Avaliação dos Cursos de graduação presencial e a distância, os avaliadores deverão proceder à contextualização do curso. Os documentos a serem utilizados como referenciais são o Plano de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico do Curso, Diretrizes Curriculares Nacionais, Atos Autorizativos do Curso e/ou Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 02. Onde posso verificar as informações sobre outros atos autorizativos relacionados à IES ou ao Curso que está em avaliação? Tais informações podem ser encontradas no sistema e-mec, dentro do formulário do avaliador, onde pode-se encontrar o botão Demais Relatórios da IES. Se houver outros processos, estes serão elencados. 03. Como faço para ter acesso as DCNs dos cursos de graduação? Dentre outros endereços eletrônicos as DCNs estão disponíveis no link http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=articl e&id=12991:diretrizes-curriculares-cursos-de-graduacao-&catid=3 04. O subitem m do item 6.2 das instruções para preenchimento do instrumento prevê o cálculo do tempo 2
médio do corpo docente no curso. Para quais processos a comissão deverá realizar o referido cálculo? Em processos de Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento. Não deverá ser apresentado em processos de autorização de cursos. O resultado do tempo médio do corpo docente no curso é obtido somando-se o tempo de o tempo de permanência dos docentes no curso, incluindo o tempo do coordenador, dividido pelo total de docentes. Não é necessário que a comissão comente a cerca deste resultado, uma vez que ele servirá exclusivamente como referencial para a regulação. Exemplo: Um curso tem cinco professores, com o seguinte tempo de atuação: Docente 1: 24 meses, docente 2: 48 meses, Docente 3: 2 meses, Docente 4: 30 meses e Docente 5: 1 mês. Soma-se: (24+48+2+30+1)=105 meses. Divide-se este resultado por 5, que é o total de docentes: 105 dividido por 5 = 21 meses. O tempo médio de permanência dos docentes é de 21 meses. 05. Como é aferido o Conceito das dimensões e o Conceito final no Instrumento de Avaliação de Curso? Cada dimensão será conceituada numa escala de 1 a 5, conforme o 3º do art. 3º da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004. Este conceito é obtido a partir da média aritmética simples dos conceitos obtidos no conjunto de indicadores que compõem aquela dimensão. Para atribuição do conceito da dimensão não haverá arredondamentos, a fim de se evitar erros consideráveis no conceito final do curso, assim, o conceito de cada indicador será considerado em 02 casas decimais, somado aos demais e o resultado divido pelo número de indicadores da dimensão. O Conceito do Curso - CC será calculado de forma automática pelo sistema e-mec a partir da média aritmética ponderada, de acordo 3
com o peso de cada dimensão, dos conceitos do conjunto das dimensões, somente neste momento haverá arredondamento do conceito. 06. Como a comissão deverá proceder ao avaliar um curso em que as Diretrizes Curriculares Nacionais não prevejam a realização de trabalho de conclusão de Curso, estágio supervisionado, extensão, pesquisa, iniciação científica, protocolos de experimento, comitê de ética em pesquisa, laboratórios de habilidades, dentre outras iniciativas, contudo, há previsão deste elemento no Projeto Pedagógico do Curso? Aplica-se NSA ou pondera-se e atribuí-se conceito? Ainda que não haja previsão nas DCNs de determinado curso, se houver previsão das ações ou atividades no PPC, este indicador deverá ser analisado e atribuído o conceito correspondente. 07. No indicador 2.4 como devemos contabilizar o tempo de experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica do coordenador (a) do curso? Para o cálculo necessário no indicador 2.4 o tempo de experiência profissional e de magistério superior serão somados, assim, para se atribuir um conceito satisfatório, é necessário comprovar um tempo mínimo de 4 anos de experiência no magistério superior e de gestão acadêmica do coordenador (a) do curso, somados, não havendo diferenciação se durante este período ele esteve, na maior parte do tempo, somente como professor e em dado momento assumiu a coordenação de curso. 08. Quando o coordenador do curso tiver assumido o cargo recentemente o indicador 2.4 deverá, necessariamente, ter um conceito insatisfatório? 4
A comissão deverá observar que mesmo que o coordenador tenha assumido recentemente a função no curso, não significa que ele não seja um docente atuante. Ou seja, se é um professor que compõe o NDE, ou faz parte, como representante docente do colegiado de curso, tem bom relacionamento com os professores e alunos do curso, por exemplo, ele participa das decisões do curso ativamente. Logo, sua atuação poderá ser considerada satisfatória. 09. Como a comissão deverá proceder ao avaliar um curso que possui docentes com formação stricto sensu, e, doutores o suficiente para receber conceito satisfatório, 5 por exemplo, mas possui professores somente com graduação. Ainda assim, o curso poderá obter conceito satisfatório nos indicadores de titulação do corpo docente do curso e titulação do corpo docente do curso-percentual de doutores? Considerando os indicadores descritos no instrumento, será atribuído o conceito correspondente para titulação do corpo docente e percentual de doutores, porém, a IES não atende ao requisito legal e normativo, referente à Titulação do corpo docente de acordo com o Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que diz: Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. O não atendimento ao requisito legal é uma análise da regulação. Portanto, ainda que se atinja o conceito satisfatório, na análise do respectivo indicador, a existência de docentes apenas com graduação fere a LDB e deve ser objeto de comentário por parte da comissão de avaliadores quando da análise dos requisitos legais. 10. Para um professor ser considerado docente do curso, obrigatoriamente, é necessário que ele esteja vinculado a uma disciplina do curso, no momento da avaliação? 5
No momento da Avaliação o curso pode não possuir disciplina para aquele docente, que à época do preenchimento do formulário eletrônico foi vinculado à determinada disciplina, pois é professor do curso. Comprovando-se documentalmente o vínculo do docente com o curso, ele será considerado docente do curso. O professor pode estar desempenhando função administrativa e continuar vinculado ao curso, pode ainda, estar apenas orientando estágio, TCC ou outras atividades no curso. 11. Para fins da avaliação, qual é a definição de docente em tempo integral? Conforme o anexo da Portaria Normativa nº 40 e o item 19 do glossário do instrumento de avaliação de curso, docente em tempo integral é aquele contratado com 40 horas semanais de trabalho na mesma instituição, reservado o tempo de pelo menos 20 horas semanais a estudos, pesquisa, trabalhos de extensão, gestão, planejamento, avaliação e orientação de estudantes. 12. Para que o docente seja classificado como em regime de trabalho em tempo integral, é necessário que ele possua, pelo menos, 20 horas dedicadas as atividades extraclasse. Quais são as atividades consideradas como atividades extraclasse? São todas as atividades desenvolvidas fora do ambiente de sala de aula, bem como aquelas desenvolvidas para o aprimoramento e desenvolvimento dos docentes e discentes, remuneradas e consideradas em sua carga horária total. São consideradas atividades extraclasse aquelas realizadas fora da sala de aula, tais como orientação de monitoria, orientação em trabalhos científicos, projeto de iniciação científica, monografias, atendimento para orientação ao aluno, projetos de extensão, estudo, elaboração de avaliações e etc. 6
13. Há indicadores específicos para determinadas avaliações no instrumento? O que significa o NSA? NSA significa não se aplica. Trata-se de um conceito alternativo para o caso de não se aplicar as informações inerentes a um dado indicador para o curso objeto da avaliação. O indicador 2.11, por exemplo, é aplicado somente em cursos de Licenciatura, se a avaliação for de um curso de Bacharelado ou de um Curso Superior de Tecnologia deverá ser utilizado NSA, com a devida justificativa. 14. Como a comissão deverá proceder ao conceituar o indicador 2.10 - Experiência profissional do Corpo docente? Conforme o respectivo critério de análise, NSA para os professores de licenciatura. Exemplo: Suponha que o Corpo Docente de determinado bacharelado esteja sob avaliação e ele é constituído de 20 docentes dos quais 2 são formados em Letras e história. O cálculo do indicador 2.10 deverá ser feito com base nos 18 professores, não incluindo os 2 com grau de licenciatura. 15. Como deveremos contabilizar, para fins do cálculo previsto no indicador 2.18. Relação docentes e tutores presenciais e a distância por estudante, um docente que também seja tutor? No cálculo para o indicador 2.18 serão considerados todos os professores do curso, docentes e docentes/tutores, ou seja, busca-se o número médio de alunos por professor. Considerando que o professor pode exercer duas atividades no mesmo curso, ou até na mesma disciplina, sendo o professor docente nos encontros presenciais e sendo o tutor desta mesma disciplina, ele é contado, a título de cálculo da relação docentes e tutores, duas vezes. 7
Observando que as atividades não são desenvolvidas concomitantemente. 16. Para os cursos de Medicina, os locais de estágio/ internato conveniados ou próprios, deverão obrigatoriamente, serem certificados como hospitais de ensino pelo MEC e MS? Todas as unidades hospitalares que possuem internato de cursos de Medicina, obrigatoriamente, deverão ser certificadas como hospital de ensino, mesmo que a IES possua um hospital próprio, que já seja certificado, os demais conveniados também deverão ser certificados pelo MEC e Ministério da Saúde. 17. Existe atividades complementares em cursos de Medicina? As DCNs de Medicina (Resolução CNE/CES nº 4 de 7 de novembro de 2001) não preveem a realização de atividades complementares no Curso. 18. Como devem ser consideradas as atividades complementares nos Cursos Superiores de Tecnologia? As atividades complementares são componentes curriculares que possibilitam o reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno, inclusive adquiridos fora do ambiente escolar. São considerados para fins de avaliação, quando prevista sua inclusão na carga horária mínima do PPC, pelas DCNs correspondentes. Caso não estejam previstas nas DCNs poderão ser consideradas apenas como oferta além da carga horária mínima obrigatória do curso. 19. Como se faz o cálculo do Docente equivalente em Tempo Integral? 8
O cálculo do docente equivalente a 40 horas é feito pelo somatório das horas semanais alocadas ao curso, considerando todos os docentes previstos/contratados, dividindo este somatório por 40. Exemplo: Supondo que uma IES tenha 3 professores de tempo integral (40 horas), 4 professores de 20 horas e 13 professores horistas sendo 7 deles com 8 horas e 6 docentes com 10 horas alocadas. S=(3x40)+(4x20)+(7x8)+(6x10)= 316 Total de professores = 20 docentes Total docente equivalente a 40 horas = 316/40 = 7,9 docentes equivalentes em tempo integral. Ou seja, são 20 docentes que equivalem a 7,9 docentes em tempo integral. 20. Como se faz o cálculo da hora relógio? Considera-se a carga horária total das disciplinas do curso, multiplicase pela hora aula local (45, 50 ou outros minutos), e divide-se pela hora-relógio (60 minutos). Esse resultado deve ser somado à carga horária de atividades complementares e estágio supervisionado, resultando a carga horária total do curso. Exemplo: Supondo que um curso de Engenharia Civil apresente a carga horaria de 4.160 horas-aula, assim distribuídas: 3.720 horas em componentes curriculares obrigatórios e optativos (aulas expositivas e práticas conduzidas pelo professor em sala e em laboratórios), 240 horas em estágio e 200 horas em atividades complementares. As aulas na instituição que oferece o curso são de 50 minutos (50 min de aula + 10 min de intervalo). Assim, (3.720 x 50 / 60) + 240 + 200 = 3.540 horas. Dessa forma, o curso não 9
atende à carga horária mínima de 3.600 horas-relógio para os cursos de Engenharia (Resolução nº2 de 18 de junho de 2007). 21. Qual o instrumento será utilizado em caso de avaliação realizada devido o protocolo de compromisso? Para avaliações de protocolo de compromisso será utilizado o instrumento em que ocorreu a avaliação que gerou o protocolo de compromisso. 10