USO DE HERBICIDAS NO CONTROLE DE Conyza bonariensis RESISTENTE A GLIFOSATO

Documentos relacionados
EFICÁCIA AGRONÔMICA DO USO DE HERBICIDAS NO CONTROLE DE Conyza bonariensis

AVALIAÇÃO DAS DOSES RESPOSTAS DO GLIFOSATO ISOLADO E EM MISTURAS EM BIÓTIPOS RESISTENTE E SENSÍVEIS DA ESPÉCIE Conyza bonariensis.

RESUMO:Avaliou-se a influência do controle químico e mecânico de diferentes

MANEJO DO BIÓTIPO DA ESPÉCIE Conyza bonariensis RESISTENTE AO HERBICIDA GLYPHOSATE NO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS APRESENTANDO PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

ALTERNATIVAS PARA MANEJO OUTONAL DE BUVA (Conyza sp.)

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

HERBICIDAS ALTERNATIVOS PARA O CONTROLE DE BUVA RESISTENTE AO GLYPHOSATE EM DIFERENTES ESTDIOS DE DESENVOLVIMENTO

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE CONTROLE RESIDUAL DE PLANTAS DANINHAS DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NA CULTURA DO ALGODÃO

RESPOSTA DE BIÓTIPOS DE Borreria latifolia DO SUDOESTE DO PARANÁ E NORTE DE SANTA CATARINA AO HERBICIDA GLYPHOSATE

ÉPOCAS DE APLICAÇÃO COMPLEMENTAR DE GRAMOCIL NO MANEJO QUIMICO DA BUVA (Conyza sp.)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 774

Interação de coberturas de solo e herbicidas no manejo de Conyza bonariensis resistente ao glifosato

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 822

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

EFEITOS DA CONVIVÊNCIA DO CAPIM-AMARGOSO NA PRODUTIVIDADE DA SOJA

CONTROLE DE CAPIM-AMARGOSO COM DIFERENTES MISTURAS

INTERFERÊNCIA DA INFESTAÇÃO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO COM A SUCESSÃO SOJA E MILHO SAFRINHA

EFICÁCIA DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO

Avena fatua RESISTENTE AO HERBICIDA CLODINAFOPE-PROPARGIL: PRIMEIRO CASO NO BRASIL

DESSECAÇÃO TARDIA DE Ambrosia artemisiifolia L. NA PRÉ SEMEADURA DA SOJA. 1

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 797

MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 971

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA SAFLUFENACIL, NO CONTROLE DE Conyza spp. EM DESSECAÇÃO PRÉ-PLANTIO DA SOJA

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

Revista Ciência Agronômica ISSN: Universidade Federal do Ceará Brasil

CULTIVARES DE TRIGO SUBMETIDAS À INTERAÇÃO ENTRE ADUBAÇÃO NITROGENADA E DENSIDADE DE SEMEADURA EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

AVALIAÇÃO DO EFEITO FITOrÓXICO DE TRIFLURALINA APLICADA EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA DO MILHO l

RESUMO: O valor adaptativo de uma espécie consiste na sua capacidade de

Trigo como supressor de infestação de capim-amargoso 1

MANEJO QUÍMICO DE BUVA (CONYZA BONARIENSIS) PELO USO DE HERBICIDAS ISOLADOS E EM MISTURA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1196

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 869

Daninhas. Plantas. buva. capimamargoso. buva. buva. buva. buva. Manejo de. buva. buva. buva. buva. buva. buva

ANÁLISE DO CRESCIMENTO DO CAPIM-AMARGOSO SOB INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA: ALTERNÂNCIA 20 C DIURNA E 15 C NOTURNA

UM PROGRAMA COMPLETO PARA CONTROLAR AS DANINHAS RESISTENTES.

RESPOSTA DE Borreria latifólia E Richardia brasiliensis A DOSES DO HERBICIDA GLYPHOSATE EM PÓS-EMERGÊNCIA

CONTROLE DE SOJA TIGUERA COM DIFERENTES DOSES DE ATRAZINE EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1145

Dessecação de Plantas Daninhas em Pré-Semeadura do Milho

BIOENSAIO PARA IDENTIFICAÇÃO DE GIRASSOL RESISTENTE AO HERBICIDA IMAZAPYR

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1189

I SIlVIPÓSIO INTERNAClüNALSOBRE

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Controle de Conyza bonariensis (L.) Cronquist

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 863

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 829

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

MANEJO DE BUVA (Conyza spp.) E DE AZEVÉM (Lolium multiflorum) RESISTENTES AO GLIFOSATO

EFEITO DO GLYPHOSATE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA

Manejo de Conyza bonariensis com glyphosate + 2,4-D e amônio-glufosinate em função do estádio de desenvolvimento 1

Características e manejo de azevém resistente ao glyphosate

EFEITO DO GLYPHOSATE NA ALTURA DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA

Avaliação de Linhagens de Soja da Embrapa Trigo, Safra Agrícola 2009/2010

SISTEMAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS PARA SEMEADURA DIRETA DA CULTURA DA MAMONA

SUPRESSÃO QUÍMICA DO CRESCIMENTO DE Panicum maximum CV. ARUANA CULTIVADO EM CONSÓRCIO COM A SOJA

Avaliação de dose resposta em biótipos de buva resistentes ao glifosato 1

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

DESSECAÇÃO DE Conyza bonariensis, Ageratum conyzoides E Gamochaeta coarctata

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE INVERNO E VERÃO VISANDO AO CONTROLE

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 577 INTRODUÇÃO

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO DESENVOLVIMENTO DE BUVA, CARURU E CAPIM-AMARGOSO

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DA CULTURA DO MILHO. Resumo

Uso de fertilizante na semente do trigo

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

Inovação no manejo de plantas daninhas RUDOLF WOCH

MONITORAMENTO DA SUSCETIBILIDADE DO CAPIM-AMARGOSO AO HERBICIDA GLYPHOSATE NO SUL DE MINAS GERAIS

Palavras-chave - Sorghum bicolor, tolerância, controle químico, plantas daninhas.

Autores: considerado como não seletivo, atuando apenas em pósemergência

PROGRAMAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI EM SINOP-MT

SUPRESSÃO DE PLANTAS DANINHAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE CULTIVO COM MILHO SAFRINHA

CONTROLE DE Macroptilium lathyroides COM HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA INICIAL

Palavras chaves: Plantas de cobertura, Rendimento de grãos, Raphanus vulgaris.

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

Aspectos Biológicos de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) Alimentada com Buva (Conyza sp.)

PLANTAS DANINHAS NO BRASIL: AMARGOSO

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1006

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

SELETIVIDADE DO HERBICIDA CLOMAZONE ISOLADO E EM MISTURA PARA A VARIEDADE DELTA OPAL, CULTIVADO NO NORTE DO PARANÁ

Análise do Custo de produção por hectare de Milho Safra 2016/17

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

O que é resistência de plantas daninhas a herbicidas?

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM HERBICIDAS NA CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.)

Programa Analítico de Disciplina FIT320 Biologia e Controle de Plantas Daninhas

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM CANOLA SEMEADA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS. RESUMO

MANEJO DE AZEVÉM RESISTENTE AO GLYPHOSATE EM POMARES DE MAÇÃ COM HERBICIDA SELECT (CLETHODIM)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 625

5. Titulo: Efeito da incorporação superficial de herbicidas na cultura da Pesquisadores: José Alberto Roehe de Oliveira Velloso, Antonio Fa

FiberMax. Mais que um detalhe: uma genética de fibra.

CONSIDERAÇÕES SOBRE PLANTAS DANINHAS RESISTENTES SEMEANDO O FUTURO

CLOMAZONE E PROMETRYNE UTILIZADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA PARA O CONTROLE DE BELDROEGA

RESISTÊNCIA AO GLYPHOSATE EM BIÓTIPOS DE Conyza bonariensis

Transcrição:

USO DE HERBICIDAS NO CONTROLE DE Conyza bonariensis RESISTENTE A GLIFOSATO SANTOS; B.C. 1 ; FERREIRA; P.R.S 1 ; FORNAROLLI; D. 1 ; FORNAROLLI; D.A. 1 GAZZIERO,D.L.P 2 ; ALVES; A.P.F. 3 1 Faculdade Integrado de Campo Mourão 2 Embrapa Soja Londrina; (44) 3371 6000; gazziero@cnpso.embrapa.br 3 Universidade Estadual de Maringá - UEM Resumo Após o inicio do cultivo de soja transgênica o excesso da utilização de glifosato na cultura, proporcionaram por pressão de seleção a resistência da espécie Conyza bonariensis. Na ocorrência de plantas daninhas resistentes em uma área agrícola, tornam-se necessárias mudanças nas práticas de manejo para obtenção de controle adequado das populações resistentes, bem como para a redução da pressão de seleção sobre outras espécies. Assim, este trabalho teve como objetivo identificar herbicidas alternativos para controle de Conyza bonariensis resistentes ao herbicida glifosato. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições em parcelas nas dimensões de 3,0m de largura e 6,0m de comprimento. O experimento foi aplicado com pontas do tipo XR 11002, pressão de 30 Lb/pol/2 e volume de calda de 200 L.ha -1. Os tratamentos foram: T1 glifosato a 2,0 L.ha - 1 ; T2 glifosato+2,4-d (2,0+1,0 L.ha -1 ), T3 glifosato+clorimuron (2,0 L.ha -1 +80 g.ha -1 ); T4 glifosato+metsulfuron (2,0 L.ha -1 +4,0 g.ha -1 ); T5 - glifosato+cloransulam (2,0 L.ha -1 +30 g.ha -1 ); T6 glifosato+diclosulam (2,0 L.ha -1 +30 g.ha -1 ); T7 - glifosato+diclosulam+cloransulam (2,0 L.ha -1 +30+30 g.ha -1 ); T8 glifosato+2,4-d+diclosulam (2,0+1,0+30 L.g.ha -1 ); T9 glifosato+imazetapir (2,0+1,0 L.ha -1 ); T10 glifosato+imazaquim (2,0+1,0 L.ha -1 ); T11 - glifosato+2,4-d+imazetapir (2,0+0,5+1,0 L.ha -1 ); T12 - glifosato+2,4-d+imazaquim (2,0+0,5+1,0 L.ha -1 ); T13 - glifosato+sulfentrazona+2,4-d (2,0+0,6+1,0 L.ha - 1 ); T14 - glifosato+2,4-d+diclosulam+sulfentrazona (2,0+1,0+30 g.ha -1 +0,5 L.ha -1 ); T15 glifosato+2,4-d +flumiozazina (2,0+1,0 L.ha -1 +200 g.ha -1 ); T16 glifosato+atrazina (2,0+6,0 L.ha -1 ); e T17 (imazetapir+glifasato)+kixor+dash (2,0+50+0,5%). A partir dos resultados, comprovou-se a existência de populações resistente ao herbicida glifosato. Apenas os tratamentos com imazetapir e imazaquim não controlaram de forma eficiente as Conyza bonariensis. Palavras-Chave: buva, glifosato, controle, plantas daninhas. Abstract After the beginning of the cultivation of transgenic soybeans over the use of glyphosate in culture, provided the selection pressure for resistance of the species Conyza bonariensis. The occurrence of resistant weeds in an agricultural area, become necessary changes in management practices to obtain good control of resistant populations, as well as to reduce the selection pressure on other species. This study aimed to identify alternative herbicides for control of Conyza bonariensis resistant to the herbicide glyphosate. The experimental design was a randomized block design with four replications in plots with dimensions of 3.0 m wide and 6.0 m in length. The experiment was implemented with tips on the type XR 11002, 30 Lb/pol/2 pressure and spray volume of 200 L.ha-1. The treatments were: T1 - glyphosate at 2.0 L.ha -1, T2 - glyphosate+2,4-d (2.0+1.0 L.ha -1 ), T3 glyphosate+ clorimuron (2.0 L.ha -1 +80 g ha -1 ), T4 - glyphosate+metsulfuron (2.0 L.ha -1 +4.0 g ha -1 ), T5 - glyphosate+cloransulam (2.0 L. ha -1 +30 g ha -1 ), T6 - glyphosate+diclosulam (2.0 L.ha -1 +30 g ha -1 ); T7 - glyphosate+diclosulam+cloransulam (2.0-L.ha -1 +30+30 g ha -1 ), T8 - glyphosate+2,4-d+diclosulam (2.0+1.0+30 L.g.ha -1 ); T9 - glyphosate+imazethapyr (2.0+1,0 L.ha -1 ), T10 - glyphosate+imazaquin (2.0+1.0 L.ha -1 ), T11 - glyphosate+2,4-d+imazethapyr (2.0+0.5+1,0 L.ha -1 ), T12 - glyphosate+2,4-d+imazaquin (2.0+0.5+1.0 L.ha -1 ), T13 - glyphosate+sulfentrazone+2,4-d (2.0+0.6+1.0 L.ha -1 ), T14 - glyphosate+2,4-d+diclosulam+sulfentrazone (2.0+1.0+30 g ha -1 +0,5 L.ha -1 ), T15 - glyphosate+2,4-d+flumiozazina (2.0+1.0 L.ha -1 +200 g ha -1 ), T16 - glyphosate+atrazine (2.0+6.0 L.ha -1 ) and T17 - (imazethapy+gliphosate)+kixor+dash (2.0+0.5+0,5%). From the results, proved the existence of populations resistant to the herbicide glyphosate. Only treatment with imazethapyr and imazaquin did not control efficiently the Coniza bonariensis. 40

Key Words: horseweed, Glyphosate, control, weeds. Introdução Uma planta é considerada daninha quando nasce espontaneamente em local e momento indesejado, podendo interferir negativamente na agricultura (LORENZI, 2006). Essas plantas são classificadas com base no formato das folhas e raízes, tipo de semente, se monocotiledôneas ou dicotiledôneas, ciclo de vida, podendo ser anuais ou perenes. As anuais germinam, florescem e produzem sementes e encerram o ciclo no período de um ano e as perenes por vários anos e entre as dicotiledôneas anuais destaca-se a buva (Conyza bonariensis), (GAZZIERO, 2008) A Conyza bonariensis ou popularmente conhecida como buva, margaridinha-do-campo, catiçoba, rabo-de-foguete, rabo-de-raposa, voadeira (LORENZI, 2000) entre outros, é um espécie nativa da América do Sul, e de acordo com Vidal et al. (2007) pertence à família Asteraceae, possui ciclo de desenvolvimento anual, é uma herbácea de porte ereto que dependendo das condições edafoclimáticas pode chegar a dois metros de altura. São plantas de grande adaptabilidade e rusticidade, presentes em diversos ecossistemas, ocorrendo intensamente nas zonas subtropicais e temperadas da América do Sul (KISSMANN e GROTH, 1999). É uma espécie de alta prolificidade, que pode conter até 200 mil sementes viáveis por planta, essas são extremamente leves o que facilita a dispersão, os indivíduos são capazes de efetuar auto fecundação, a junção dos fatores citados fazem com que a espécie possa difundir-se em diversas regiões. Para o controle das plantas indesejáveis, um dos métodos utilizados é o método químico, através dos herbicidas, e para o controle da C. bonariensis, sempre foi muito utilizado o herbicida Glyphosate. Trata-se de um herbicida não-seletivo utilizado há mais de 20 anos no manejo da vegetação, para formar a palhada no sistema plantio direto. Com a introdução comercial da soja transgênica resistente a Glyphosate, o uso desse herbicida aumentou, e atualmente são realizadas de duas a três aplicações por ciclo da cultura da soja. O uso constante promoveu a seleção de muitos biótipos de varias espécies resistentes a herbicidas (MELO et al., 2004). Sabe se que os herbicidas provocam mudanças no tipo e proporção de espécies de plantas daninhas que compõem a população da lavoura, devido não controlarem igualmente as espécies existentes na área, e algumas predominam sobre outras. Desta forma, plantas que apresentavam baixa ocorrência podem acabar se tornando um grave problema para o produtor. O tempo para seleção de espécies tolerantes e/ou resistentes pode variar de dois anos (caso dos herbicidas inibidores da ALS) a até mais de 20 anos caso do Glyphosate (MOREIRA et al., 2007). O controle das plantas daninhas não pode se restringir apenas ao período em que as culturas estão implantadas, mas deve ser realizado também no intervalo entre um plantio e outro. Impedindo assim que as ervas daninhas que surgem na entressafra produzam propágulos, e assim garantindo um menor nível de infestação para próxima cultura, promovendo desta forma melhor manejo para o ano seguinte (VARGAS et al., 2004). Portanto, conduziu-se o presente experimento com o objetivo de verificar a eficácia de herbicidas em dessecação como alternativas que possam promover o controle de C. bonariensis resistente a Glyphosate. Material e Métodos O presente experimento foi conduzido no Município de Campo Mourão, PR, na safra 2009/2010, que está situada com latitude 23º89 857 Sul e longitude 52º44 740 Oeste e altitude média de 480 metros, e clima do tipo Cfa, caracterizado como subtropical, sem estação seca e temperatura do mês mais quente maior que 22ºC na classificação de Koppen (PEREIRA, 2002), em solo do tipo argiloso, composto por 82% de argila, 12% de areia e 6 % de silte, ph de 5,95 classificado como LVd (LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico) (EMBRAPA, 1999); (BHERING e SANTOS, 2008). O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com 25 tratamentos e 4 repetições, e os tratamentos com as respectivas doses dos ingredientes ativos em g.ha -1, formulação comercial e doses do produto comercial em L.g.ha -1, encontram-se na Tabela 1. 41

Tabela 1. Descrição dos tratamentos aplicados em experimento com herbicidas para o controle de Conyza bonariensis resistente ao glifosato, em solo arenoso, no município na safra 2009/2010. N Tratamento Dose p.c. (L/g//ha) 1 Glifosato 2,0 2 Glifosato+2,4-D 2,0+1,0 3 Glifosato+Clorimuron 2,0+80 4 Glifosato+Metsulfurom 2,0+4,0 5 Glifosato+Cloransulam 2,0+30 6 Glifosato+Diclosulam 2,0+30 7 Glifosato+Diclosulam+Cloransulam 2,0+30+30 8 Glifosato+2,4-D+Diclosulam 2,0+1,0+30 9 Glifosato+Imazetapir 2,0+1,0 10 Glifosato+Imazaquim 2,0+1,0 11 Glifosato+2,4-D+Imazetapir 2,0+0,50+1,0 12 Glifosato+2,4-D+Imazaquim 2,0+0,50+1,0 13 Glifosato+Sulfentrazona+2,4-D 2,0+0,6+1,0 14 Glifosato+2,4-D+Diclosulam+Sulfentrazona 2,0+1,0+30+0,5 15 Glifosato+2,4-D+Flumioxazina 2,0+1,0+200 16 Glifosato+Atrazina 2,0+6,0 17 (Imazetapir+Glifosato)+Kixor+Dash 2,0+50+0,5% A primeira aplicação dos tratamentos foi realizada em 15 de Setembro de 2009, iniciando às 10h00 e finalizando às 10h30, estando o solo com média umidade, temperatura do ar em 27ºC, umidade relativa do ar em 48%, ventos a 3,0 Km/h, céu aberto, pontas XR 11002, pressão de 30 Lb/pol/2 e volume de calda de 200 L.ha -1. A aplicação seqüencial foi realizada aos 15 dias após a primeira aplicação, sendo realizada no dia 30 de Setembro de 2009, iniciando as 09h30 e finalizando as 09h52, com temperatura do ar em 15,8ºC, umidade relativa do ar em 59%, ventos de 3,5 Km/h, céu encoberto, pontas XR 11002, pressão de 30 Lb/pol/2 e volume de calda de 200 L.ha -1, em parcelas nas dimensões de 3,0m de largura e 6,0m de comprimento, tendo como área útil 2,0m de largura e 5,0m de comprimento. Durante o preparo das caldas, instalação e em todas as aplicações foi utilizado pelos pesquisadores os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de acordo com as recomendações para os tipos de formulações utilizadas. As avaliações foram realizadas aos 15 dias após a aplicação (DAA) 15, 35 e 80 dias após seqüencial (DAS). O parâmetro avaliado foi a porcentagem de controle de plantas para a espécie C. bonariensis utilizando a escala conceitual da S.B.C.P.D.,1995, Tabela 2. Tabela 2 Descrição dos valores conceituais aplicado para avaliações visuais de controle aplicados na escala da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, Londrina PR, 1995. a Controle excelente. Sem efeito sobre a cultura b Controle bom, aceitável para a infestação da área. c Controle moderado, insuficiente para a infestação da área. d Controle deficiente ou inexpressivo e Ausência de controle. Fonte: SBCPD, 1995 Resultados e Discussão Verifica-se na Tabela 3 a porcentagem média para o controle de C. bonariensis, o tratamento utilizando somente glifosato apresentou resultado abaixo de 25% quando não se utilizou aplicação seqüencial, no momento em que aplicou glufosinato a eficiência passou de 25 aos 80 DAA para 50 DAA. Para dos demais tratamentos, quando associado glifosato com outros produtos se obteve controle acima de 65% aos 35 DAA sem seqüencial, quando aplicado glufosinato os níveis de controle foram acima do mínimo aceitável, que é de 80% segundo a SBCPD (1995) onde estes se mantiveram entre 80 e 100% 42

de controle aos 35 e 80 DAA, apenas os tratamentos com imazetapir e imazaquim não atingiram o mínimo aceitável em nenhuma das avaliações. Tabela 3. Porcentagens média de controle da espécie Conyza bonariensis aos 15, 35, e 80 DAA sem e com seqüencial, do experimento com herbicidas, no experimento no manejo da espécie Conyza bonariensis, em solo argiloso, no município de Campo Mourão/PR, 2009/10. Após aplicação Nº Tratamentos Dose P.C. Sem sequencial Sequencial Glufosinato 15da 35da 80da a a a 15daa 35daa 80daa 1 Glifosato 2,0 5 e 20 d 25 d 35 d 35 d 50 c 2 Glifosato+2,4-D 2,0+1,0 15 d 75 c 70 c 75 c 98 a 95 a 3 Glifosato+Clorimuron 2,0+80 15 d 75 c 75 c 75 c 80 b 70 c 4 Glifosato+Metsulfurom 2,0+4,0 15 d 70 c 75 c 65 c 85 b 70 c 5 Glifosato+Cloransulam 2,0+30 10 d 75 c 70 c 65 c 85 b 80 b 6 Glifosato+Diclosulam 2,0+30 20 d 75 c 75 c 90 a 95 a 85 b 7 Glifosato+Diclosulam+Cloransulam 2,0+30+30 20 d 75 c 70 c 90 a 95 a 90 a 8 Glifosato+2,4-D+Diclosulam 2,0+1,0+30 30 d 75 c 75 c 100 a 100 a 100 a 9 Glifosato+Imazetapir 2,0+1,0 15 d 35 d 45 d 60 c 45 d 65 c 10 Glifosato+Imazaquim 2,0+1,0 15 d 30 d 40 c 60 c 50 c 60 c 11 Glifosato+2,4-D+Imazetapir 2,0+0,50+1,0 25 d 75 c 70 c 95 a 90 a 98 a 12 Glifosato+2,4-D+Imazaquim 2,0+0,50+1,0 20 d 70 d 65 c 90 a 95 a 100 a 13 Glifosato+Sulfentrazona+2,4-D 2,0+0,6+1,0 30 d 65 c 75 c 95 a 100 a 100 a 14 Glifosato+2,4-D+Diclosulam+Sulfentrazona 2,0+1,0+30+0,5 70 c 75 c 80 b 98 a 95 a 100 a 15 Glifosato+2,4-D+Flumioxazina 2,0+1,0+200 70 c 75 c 70 b 100 a 98 a 98 a 16 Glifosato+Atrazina 2,0+6,0 25 d 80 b 80 a 75 c 85 b 98 a 17 (Imazetapir+Glifosato)+Kixor+Dash 2,0+50+0,5% 98 a 95 a 95 a - - - Na Tabela 4 encontra-se as medias para o controle de C. bonariensis aos 15, 35 e 80 DAA com aplicação seqüencial. Onde observa-se que o tratamento onde utilizou apenas glifosato não apresentou com controle satisfatório, ou seja, controle inferior a 80%. Para os demais tratamentos onde realizou aplicação seqüencial com paraquat+diuron os tratamentos apresentaram controle acima de 85 desde os 35 DAA assim como (Imazetapir+Glifo)+Kixor+Dash onde os mesmos apresentaram controle acima de 90% desde os 15 DAA seqüencial, apenas os tratamentos contendo imazetapir e imazaquim não obtiveram controle satisfatório, onde os mesmos ficaram com controle entre 40 e 65%, sendo considerado como controle moderado, insuficiente para a infestação da área (SBCPD, 1995). Tabela 4. Porcentagens média de controle da espécie Conyza bonariensis aos 15, 35, e 80 DAA com seqüencial, do experimento com herbicidas, no experimento no manejo da espécie Conyza bonariensis, em solo argiloso, no município de Campo Mourão/PR, 2009/10. Nº Tratamentos Dose P.C. Após aplicação Sequencial paraquat+diuron (imazethapyr+glifosato) + Kixor 15daa 35daa 80daa 15daa 35daa 80daa 1 Glifosato 2,0 20 d 20 d 50 c 45 d 80 b 70 c 2 Glifosato+2,4-D 2,0+1,0 85 b 85 b 98 a 98 a 98 a 98 a 3 Glifosato+Clorimuron 2,0+80 65 c 85 b 75 c 95 a 98 a 75 c 4 Glifosato+Metsulfurom 2,0+4,0 70 c 90 a 75 c 95 a 90 a 90 a 5 Glifosato+Cloransulam 2,0+30 60 c 85 b 75 c 90 a 85 b 90 a 6 Glifosato+Diclosulam 2,0+30 80 a 90 a 85 b 95 a 100 a 98 a 7 Glifosato+Diclosulam+Cloransulam 2,0+30+30 85 a 95 a 90 a 98 a 100 a 98 a 8 Glifosato+2,4-D+Diclosulam 2,0+1,0+30 90 a 98 a 100 a 100 a 100 a 98 a 9 Glifosato+Imazetapir 2,0+1,0 65 c 40 d 60 c 90 a 98 a 95 a 10 Glifosato+Imazaquim 2,0+1,0 50 c 45 d 65 c 95 a 90 a 85 a 11 Glifosato+2,4-D+Imazetapir 2,0+0,50+1,0 95 a 98 a 100 a 98 a 100 a 100 a 12 Glifosato+2,4-D+Imazaquim 2,0+0,50+1,0 98 a 98 a 98 a 98 a 100 a 100 a 13 Glifosato+Sulfentrazona+2,4-D 2,0+0,6+1,0 95 a 100 a 100 a 100 a 100 a 100 a 14 Glifosato+2,4-D+Diclosulam+Sulfentrazona 2,0+1,0+30+0,5 100 a 100 a 100 a 100 a 98 a 100 a 15 Glifosato+2,4-D+Flumioxazina 2,0+1,0+200 100 a 100 a 100 a 95 a 100 a 100 a 16 Glifosato+Atrazina 2,0+6,0 80 b 95 a 90 a 70 c 80 b 90 a 43

Para o controle da espécie C. bonariensis, somente o tratamento com glifosato não foi eficaz, matendo seu percentual de controle abaixo dos 25% sem sequencial e 80 % com aplicacao sequencial ou seja, abaixo do minimo aceitável. Aos 80 DAA sem sequencial somente o (Imazetapir+Glifo)+Kixor+Dash atingiu a média minima de controle, que é de 80%. Os tratamentos com imazatabir e imazaquim demonstraram obter o menor controle aos 80 DAA sem sequencial, quando utilizado (Imazetapir+Glifo)+Kixor+Dash como seqüencial os mesmos atingiram controle acima de 85% chegando até 98%. Os demais tratamentos mostraram-se eficiente desde que realizado aplicação seqüencial de glufosinato, paraquat+diuron e (Imazetapir+Glifo)+Kixor+Dash. Literatura Citada BHERING, S.B.; SANTOS, H.G. Mapa de Solos do Estado do Paraná. Legenda atualizada. Rio de Janeiro: Embrapa Florestas: Embrapa Solos: Instituto Agronômico do Paraná, 2008. 74p. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília. Embrapa-SP, 1999. GAZZIERO, D. L. P., As Planta Daninhas e Soja Resistente ao Glifosato no Brasil, Londrina, PR, 2008. Disponível em: <www.inia.org.uy/estaciones>. Acessado dia 10/04/2010. KISSMANN, K. G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2. ed. São Paulo: BASF, 1999. v. 2. 978 p. CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 25. 2006. LORENZI, H., Manual de Identificação e de Controle de Plantas Daninhas, Ed. Plantarum de Estudos da Flora LTDA., Sexta edição, Nova Odessa, SP, 2006, 339 p. LORENZI, H., Plantas Daninhas do Brasil. 3º edição, Nova Odessa, SP, 2000, 143p. MELO, M.S.C., et al, Avaliação do crescimento dos biótipos de buva (C. canadensis e C. bonariensis) suscetível e resistente ao glifosato. E.S.A. Luiz de Queiroz - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. MOREIRA, M.S., NICOLAI, M., CARVALHO, S.J.P. e CHRISTOFFOLETI, P.J. Resistência de Conyza canadensis e C. bonariensis ao herbicida Glyphosate. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 25, n. 1, p. 157-164, 2007. PEREIRA. A. R; ANGELOCCI. L. R; SENTELHAS, P. C. Agrometereologia Fundamentos e Aplicações Práticas. Ed. Agropecuária Guaíba, RS. 2002, 478p. SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS. Procedimentos para instalação, avaliação e análise de experimentos com herbicidas. Londrina: SBCPD, 1995. VARGAS, L; ROMAM, E.S. Manual de manejo e controle de plantas daninhas. Dionizio I.p. GAZZIERO, Leandro Vargas, Erivelton Scherer Romam bento Gonçalves - RS : Embrapa Uva e Vinho, 2004. 652. ; Cap. 7. VIDAL, R.A., KALSING, A., GOULART, I.C.G.R., LAMEGO, F.P. e CHRISTOFFOLETI, P.J. Impacto da temperatura, irradiância e profundidade das sementes na emergência e germinação de Conyza bonariensis e Conyza canadensis resistentes ao Glyphosate. Planta Daninha,Viçosa-MG, v. 25, n. 2, p. 309-315, 2007 44