João Fernando Prado Departamento de Biologia. Centro de Ciências Naturais e Exatas.UFSM Santa Maria, RS.

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Ciência e Natura,Santa Maria, 13: 133-138, 1991. 133 ALGAS MARINHAS MACROSCOPICAS (CHLOROPHYTA, PHAEOPHYTA, RHODOPHYTA) DA REGOAO DE TRAMANDAI E IMB~ - RS, BRASIL. --- João Fernando Prado Departamento de Biologia. Centro de Ciências Naturais e Exatas.UFSM Santa Maria, RS. RESUMO O trabalho relaciona as 21 espécies de algas marinhas macrosc6picas pertencentes à Chlorophyta, Phaeophyta e Rodophyta encontradas nos municípios de Tramandaí e Imbé, localizados no litoral norte do Estado do Rio Grande do Sul, obtidas pelo método de raspagem do substrato, durante os anos de 1983 e 1984. Coletas esporádicas também foram realizadas nos anos de 1985, 1986 e 1988. SlJM.'IARY PRADO, J. F., Macroscopic Marine Algae of Tramandal and Imbê, RS, B r a z i 1. C i ê n c i a e Na t u r a, 13: 133-13 3, 1 991. A list of 21 species of macroscopic marine algae (Chlorophyta, Phaeopyta, Rhodophyta) is presented. AlI of them founded in Tramandaí and Imbé, north coast of Rio Grande do Sul State, Brazil. The cited marine algae were obteined from the substrate, by scraping method, during the years of 1983 and 1984. Sporadical collecting was effected also throughout 1985, 1986 and 1988. INTRODUÇÃO No litoral brasileiro, o Estado do Rio Grande do Sul possui uma costa de 622 km de extensão, formada por uma faixa contínua de praias arenosas, constantemente batidas pelas ondas e pelos ventos, o que faz com que esse ambiente em constantes transformações não apresente condições favoráveis de substrato ~ surgimento de uma flora marinha de macroalgas. Exceção, no entanto, constitui-se o conjunto de rochedos no município de Torres, no extremo norte do litoral do Estado, onde existem os únicos substratos naturais apropriados ao crescimento de uma flora algal bentônica, com uma diversidade considerável de espécies. Substratos artificiais, isto é, construí dos pelo homem, criam condições para o surgimento de muitas espécies de algas. Assim, acontece no Arroio Chuí, na Barra de Rio Grande, na Lagoa do Peixe, na Barra de Tramandaí e no Rio Mampituba com a instalação de molhes (quebra-mares) na desembocadura de rios e lagoas, e de plataformas de pesca. Trabalhos relativos à flora marinha bentônica do Rio Grande do Sul foram realizados por Baptista (1977), na região de Torres, quando, pela primeira vez tem-se um trabalho efetivo da macroflora marinha do Estado, e por Coutinho (1982), que faz um estudo da taxonomia e da ecologia das algas bentônicas do estuário da Lagoa dos Patos. O presente trabalho, realizado na região de Tramandaí e

Imbé, tem por objetivos: o levantamento e a elaboração de uma lista com as espécies de algas marinhas macroscópicas (Chlorophyta, Phaeophyta, Rhodophyta) encontradas na região estudada; tornar a flora da região conhecida, contribuindo para a determinação e o conhecimento da composição florística do litoral d~io Grande do Sul e do Brasil. 134 A REGIÃO ESTUDADA Situada na Planície Costeira do Estado do Rio Grande do Sul, entre 29 45' S e 30 15' S; 50 00' W, a área de estudos abrange estações de coleta nos municípios de Tramandaí e Imbé (fig. 1). Com toda a costa sul-riograndense, à exceção de Torres, as praias dessas cidades balneárias são extensas faixas arenosas, batidas pelas ondas e pelos ventos. AS ESTAÇÕES DE COLETAS As estações (fig.2) estabelecidas correspondem aos pontos da região que oferecem condições de substrato para a fixação e o desenvolvimento de macroalgas, constituindo-se, todos, em substratos artificiais. Estação 1: Plataforma de Pesca Instalada para o transporte da pesca, a plataforma é construí da em concreto e está assentada sobre pilares em contato com as águas do mar, nos quais predominam espécies dos g~neros uzva e Enteromorpha. Encontra-se, também, uma fauna constituída, principalmente, por mexilhões e pequenos crustáceos. Estação 2: Canal da Barra Constitui-se nos molhes de fixação do canal de deságüe do rio Tramandaí ao mar. Com uma extensão aproximada de 1.500 m e uma largura média de 300 m, o canal apresenta os molhes formados, na sua metade inicial, por um muro de concreto com cerca de 1 m de altura, e, no restante, até sua saída ao mar, por blocos de basalto. Muitas pedras, pedaços de tijolos e de madeira, galhos e troncos de árvores são encontrados semi enterrados no leito l~ do canal, que, juntamente com o muro de concreto e os blocos de basalto, abrigam muitas espécies, predominando as dos g~neros Enteromorpha e CZadophora, e uma espécie de PoZysiphonia. Estação 3: Alto Mar Localizada cerca de 4,5 km da costa, é constituída pelas bóias e oleodutos do Terminal Petrolífero Almirante Soares Dutra - TEDUT da Petrobrás. As bóias, com as seguintes posições: bóia SBM" 30 00'40" S e 50 05' 42" We bóia SBM 2, 30 01' 06" S e 50 05' 10" W, abrigam muitas algas e uma rica fauna de moluscos e crustáceos em toda a sua periferia e ao longo dos mangotes (oleodutos). MATERIAL E MÉTODOS As plantas estudadas foram mensais feitas pelo método de raspagem período de setembro/83 e dezembro/84 e anos de 1985, 1986 e 1988. As estações obtidas através de coletas do substrato, durante o de coletas esporádicas nos da orla (1 e 2) foram

135 STA. CATARINA 50" 28" RIO GRANDE DO SUL -: R. J cui 30" --- - 32" 34" FONTE' BAPTlSTA. ~77 - ESCALA: 1/2.500.000 Figura 1. Localização da região estudada.

136 B. ESCALA: 1/250.000 FONTE' CARTA -DIRETORIA DE SERViÇO GEOGRÁFICO 00 EXÉRCITO. Figura 2. Localização das estações de coleta. A- Estaçao 1: PLATAFORMA DE PE5CA Estação 2: CANAL DA BARRA B- Estação 3: ALTO MAR

percorridas à pé; para a estação 3, utilizaram-se as embarcações da Petrobrás e as coletas foram feitas através de mergulhos, percorrendo-se a circunfer~ncia das b6ias e alguns metros dos oleodutos, na linha da água. O material foi armazenado em sacos plásticos etiquetados e levado ao laborat6rio de Departamento de Botânica do Instituto de Bioci~ncias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde foi analisado, identificado, fixado em formol 4%' e armazenado em frascos etiquetados. Todo o material examinado encontra-se depositado no Herbário do Departamento acima referido. ~7 RESULTADOS As espécies encontradas estão relacionadas enquadramento taxon6mico sugerido e adotado por parke (1976); sinonímias, de acordo com Wynne (1986). segundo o & Dixon CHLOROPHYTA Enteromorpha LinguLata J. Agardh Enteromorpha Linza (Linnaeus) J. Agardh Enteromorpha clathrata (Roth) Greville ULva fasciata Delile ULva Lactuca Linnaeus ULvaria oxysperma (Kützing) Bliding CLadophora prolifera (Roht) Kützing CLadophora vagabunda (Linnaeus) Van den Hoek CLadophora delicatula Montagne Bryopsis pennata Larnouroux PHAEOPHYTA FaLdmannia irregularis (Kützing) Harnel Giffordia mi t c he l l i a e (Harvey) Farnel petalonia fascia (O. F. rlüller) Kuntze Scytosiphon Lomentaria (Lyngbye) Link RHODOPHYTA El ~h-rucladia subintegra Rosenvinge Bangia fuscopurpurea (Dillwin) Lyngbye Porphyra acanthophora Oliveira Filho & Coll Acrochaetium globosum B6ergesen GeLidium pusillum (Stackhouse) Le Jolis PoLysiphonia subtilissima Montagne Bostrychia radicans (Montagne) Montagne in Kützing DISCUSSÃO E CONCLUSÕES Foram identificadas 21 espécies de macroalgas, assim representadas: 10 Chlorophyta, 4 Phaeophyta e 7 Rhodophyta. Chlorophyta é o grupo de algas que apresentou o maior número de espécies na região estudada e Phaeophyta, o grupo com o menor número de espécies. Baptista (1977) relaciona 87 espécies de algas marinhas macrosc6picas para o município de Torres e Coutinho (1982), 57 para o de Rio Grande. É no município de Torres que se encontra a flora de macroalgas mais rica e numerosa do litoral do Estado do Rio Grande

do Sul e na região de Tramandaí e Imbé, a flora menos abundante. Este fato pode ser justificado pela falta de condições ambientais mais propícias para as algas, pois além de na região não existirem substratos adequados (rochedos naturais), o local recebe grande influ~ncia da água doce através do sisterma de lagoas (fig. 2). Rio Grande (53 e 29, respectivamente) e Chlorophyta o é na região de Tramandaí e Imbé. Vauaheria ZongiaauZis (Xantophyta) não foi encontrada nessa região (apenas em Torres e Rio Grande) e considerou-se Phaeophyta como sendo o grupo com o menor número de espécies para as tr~s localidades. 138 AGRADECIMENTOS O autor agradece ao Desenhista Paulo Roberto Prado, pela confecção dos mapas à nanquim, à Tradutora Carmen Lídia Prado pela versão do resumo para o ingl~s e aos Professores Adelino Alvarez Filho e Jumaida Maria Rosito, pela leitura dos originais e sugestões. BIBLIOGRAFIA 1. BAPTISTA, L.R.M. 1977. Flora Marinha de Torres (Chlorophyta, Xantophyta, Phaeophyta, Rhodophyta). Bol. Inst. Bioci~nc. Univ. Fed. Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 37 (7): 1-244. 2. COUTINHO, R. 1988. Taxonomia, Distribuição, Crescimento, Sazonal, Reprodução e Biomassa das Algas no Estuário da Lagoa dos Patos (RS). Univ. do Rio Grande. 232 p. (Dissertação de Mestrado). 3. PARKE, M. & DIXON, P. 1976. Checklist of British Marine Algae. Third revision. J. Mar. Biol. Ass. U. K., 56: 527-549. 4. PRADO, J.F. 1989. Algas Marinhas Macrosc6pi~s (Chlorophyta, Phaeophyta, Rhodophyta) da Região de Tramandaí e Imbé, RS, Brasil. Univ. Fed. do Rio Grande do Sul. 138 p. (Dissertação de Mestradp). 5. WYNNE, Michael J. 1986. A Checklist of Benthic Marine Algae of the Tropical and Subtropical Western Atlantic. C~a~an Journal of Botany. 64(10): 2239-2281. Recebido em novembro,l99l; aceito em dezembro,l99l.