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Processo nº. : 10980.001144/2001-30 Recurso nº. : 132.127 Matéria : IRPF - Ex(s): 1999, 2000 Recorrente : JOAQUIM NEGRI FILHO Recorrida : 4ª TURMA/DRJ em CURITIBA PR Sessão de : 21 DE SETEMBRO DE 2006 Acórdão : 106-15.859 IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. AÇÃO TRABALHISTA os rendimentos percebidos pelo contribuinte em ação trabalhista têm natureza salarial, portanto, devem ser oferecidos à tributação, pois, representam renda e resulta da aquisição de disponibilidade econômica. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por JOAQUIM NEGRI FILHO. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. JOSÉ RIBAMAR BARROS PENHA PRESIDENTE LUIZ ANTONIO DE PAULA RELATOR FORMALIZADO EM Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros SUELI EFIGÊNIA MENDES DE BRITTO, GONÇALO BONET ALLAGE, JOSÉ CARLOS DA MATTA RIVITTI, ANA NEYLE OLÍMPIO HOLANDA e ANTÔNIO AUGUSTO SILVA PEREIRA DE CARVALHO (Suplente convocado). Ausente a Conselheira ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI.

Recurso nº. : 132.127 Recorrente : JOAQUIM NEGRI FILHO R E L A T Ó R I O Retornam os presentes autos a esta Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, proveniente de decisão da Câmara Superior de Recursos Fiscais Quarta Turma, constante no Acórdão CSRF/04-00.173, de 13 de dezembro de 2005, fls. 378-383, onde a Fazenda Nacional inconformada com a decisão consubstanciada no Acórdão nº 106-13.268 (fls. 331-359), proferido na sessão de 16 de abril de 2003, interpôs o Recurso Especial, com fulcro no art. 32, inciso I, do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, aprovado pela Portaria MF nº 55, de 16/03/98. Eis a decisão da Câmara Superior de Recursos Fiscais: ACORDAM os Membros da Quarta Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso especial e determinar o retorno dos autos à Câmara recorrida para o exame do mérito do recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. A ementa que consubstancia a presente decisão é a seguinte: IRPF RENDIMENTOS TRIBUTAÇÃO NA FONTE ANTECIPAÇÃO RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA Em se tratando de imposto em que a incidência na fonte se dá por antecipação daquele a ser apurado na declaração, inexiste responsabilidade tributária concentrada, exclusivamente, na pessoa da fonte pagadora, devendo o beneficiário em qualquer hipótese, oferecer os rendimentos à tributação no ajuste anual. Recurso especial provido O relator voto condutor concluiu que: Relevante observar que as questões de mérito relativas à (1) indenização trabalhista não ser renda e (2) existir pendência de discussão judicial da quantia recebida pelo contribuinte, ainda não foram enfrentadas pela Câmara recorrida, vez que a preliminar foi acatada. Assim, com as presentes considerações, encaminho meu voto no sentido de DAR provimento ao recurso especial formulado pela douta 2

Procuradoria da Fazenda Nacional, para que os autos retornem à Câmara de origem para, uma vez superada a questão preliminar, seja enfrentado o mérito do recurso voluntário. Uma vez que todos os fatos existentes nos autos naquele momento estão devidamente relatados às fls. 333-335, visando repetições desnecessárias, adoto aquele relatório, que leio em sessão. É o relatório. 3

V O T O Conselheiro LUIZ ANTONIO DE PAULA, Relator Em limine, cabe destacar que já foi superada pela Câmara Superior de Recursos Fiscais (Acórdão CSRF/04-00.173, de 13 de dezembro de 2005) acerca de erro de identificação do sujeito passivo, onde os Membros da Quarta Turma acordaram em determinar o retorno dos autos a esta Câmara, para apreciação do mérito. Conforme relatado, o presente lançamento ocorreu em virtude de omissão de rendimentos pelo trabalho com vínculo empregatício recebido de pessoa jurídica, decorrente de uma Ação Trabalhista em que o autuado moveu contra o Banco do Estado do Paraná S/A, tendo recebido as importâncias de R$ 262.490,09 em 1998; R$ 178.989,12 em 1999 e, R$ 7.462,36 em 2000, sendo tais rendimentos informados nas respectivas declarações, como rendimentos isentos e não-tributáveis. O Auto de Infração, fls. 54-59, diz respeito aos rendimentos omitidos nos anos-calendário de 1998 e 1999, nos valores de R$ 129.140,09 e R$ 88.028,54, respectivamente e, traz a aplicação da multa de ofício de 75%. Em grau de recurso, o Recorrente reiterou os argumentos da impugnação, apenas acrescentando que recebeu os mencionados valores em decorrência da ação trabalhista, decorrente de diferenças salariais; gratificações; horas extras; gratificações natalinas; horas de sobreaviso e verbas rescisórias, sendo assim essas parcelas não podem ser consideradas como renda, visto que somente recompuseram a lesão sofrida. Ainda, afirmou que mesmo que se entenda que tais rendimentos são tributáveis, a exigência não pode prosperar, posto que o lançamento sofre de erro na identificação do sujeito passivo, uma vez que é da fonte pagadora a responsabilidade pela retenção e recolhimento do tributo em questão. 4

E, por último salientou que existe uma Ação Rescisória em andamento e, que ele pode estar sujeito a devolver o que recebeu, logo, não houve acréscimo patrimonial. De início, destaco que em relação ao argumento do erro de identificação do sujeito passivo já fora objeto de decisão da Câmara Superior de Recursos Fiscais nos termos do Acórdão CSRF/04-00.173, fls. 378-383, onde os Membros da Quarta Turma acordaram, por unanimidade de votos, que nos casos de antecipação do imposto devido na declaração de ajuste é reiterada a jurisprudência deste Conselho no sentido de que inexiste responsabilidade tributária concentrada, exclusivamente, na fonte pagadora. Desta forma, só resta para análise desta Câmara apenas aspectos sobre os rendimentos percebidos pelo contribuinte. Na oportunidade, ressalto, por ser oportuno, que o art. 3, 4º, da Lei nº 7.713, de 1988, dispõe: O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução,... (...) 4º - A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título. (destaque posto) O art. 45, do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto nº 1.041, de 1994, cujas bases legais são as Leis nº 4.506, de 1964, art. 16; 7.713, de 1988, art. 3º, 4º, e 8.383, de 1991, art. 74, verbis: São tributáveis os rendimentos provenientes do trabalho assalariado, as remunerações por trabalho prestado no exercício de empregos, cargos e funções, e quaisquer proventos ou vantagens percebidos, tais como: I - salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, vantagens, subsídios, honorários, diárias de comparecimento, bolsas de estudo e de pesquisa, remuneração de estagiários;... 5

X - verbas, dotações ou auxílios, para representações ou custeio de despesas necessárias para o exercício de cargo, função ou emprego. Assim, entendo que não resta dúvida alguma sobre a tributação dos rendimentos percebidos pelo recorrente, pois, foram verbas provenientes de diferenças salariais, ressaltando que aquelas consideradas isentas já foram excluídas para a apuração da base de cálculo do lançamento, conforme se denota à fl. 58 do Auto de Infração. E, ainda em relação ao argumento da existência de uma ação rescisória, para evitar repetições desnecessárias, peço vênia para transcrever o trecho do Voto Vencido da Relatora no Acórdão n 106-13.268, fls. 346-347:... Ocorre que a ação rescisória somente pode ser impetrada se houver o trânsito em julgado de sentença, o que significa que se operou a coisa julgada. Sendo assim, a sentença tornou-se imutável e indiscutível para as partes do processo. O remédio para atacar a sentença definitiva é a ação rescisória, que se trata de outra ação, que visa à desconstituição de sentença transitada em julgado, com eventual re-julgamento. Assim, o fato econômico tributário já aconteceu quando do recebimento dos rendimentos, sendo a ação rescisória fato que não interfere na imposição fiscal referente a fato gerador já configurado.... Do exposto, voto em NEGAR provimento ao recurso voluntário. Sala das Sessões - DF, em 21 de setembro de 2006. LUIZ ANTONIO DE PAULA 6